sábado, 1 de julho de 2017

Wagner Moura resolveu deixar o Brasil, mas não vai para Cuba; vai morar em Los Angeles

Causou polêmica nas redes sociais a notícia  de que o ator Wagner Moura resolveu deixar o Rio de Janeiro para morar em Los Angeles.

Como o ator é defensor do PSOL e dos projetos ditatoriais de esquerda na América Latina, os internautas passaram a questionar qual o motivo dele, ao deixar o Brasil, ter escolhido para morar o país símbolo do capitalismo e não o paraíso socialista Cuba.

Também questionam porque ele não irá ceder sua casa no Rio de Janeiro para o MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, e sim alugar a mansão por uma boa soma de dinheiro, ao partir para os Estados Unidos.

Enfim, essa é a esquerda caviar.

Jean Wyllys passa vergonha ao discutir com cidadão, pois não sabe nem quem paga seu salário


Jean Wyllis tornou-se alvo de chacota na internet após rebater um internauta, que lamentava que seus impostos pagassem o salário do deputado. O deputado, demonstrando ser um completo ignorante sobre o uso do dinheiro público, afirmou: 

"Você não paga o salário do deputado. Quem o paga são seus (dele) 145 mil eleitores". E continuou, agredindo o cidadão: "Vá se informar em vez de escrever asneiras". 

Os internautas não perdoaram e o deputado recebeu uma enxurrada de comentários, que iam da incredulidade aos pedidos de reembolso de impostos. 

Veja o post de Jean Wyllis:




Janaína: 'Vocês não acham uma grande coincidência que todas essas decisões ocorram a um só tempo, às vésperas da sentença referente a Lula?'


A última semana trouxe uma enxurrada de decisões judiciais que surpreenderam os brasileiros e agradaram a políticos encrencados na Lava Jato. 

A autora do pedido de impeachment de Dilma, jurista Janaína Paschoal, chama a atenção para o fato de que as decisões ocorrem às vésperas do julgamento do ex-presidente Lula. E alerta: "Acordem!". 

Leia abaixo as reflexões de Janaína Paschoal: 
"Sei que muitos interpretam as decisões conflitantes como prova de tratamento diverso entre gregos e troianos! Não são!
Vocês estão vendo políticos reclamarem das últimas decisões? Eu não! Vejo o povo reclamando, por razões várias.
As últimas decisões atentam contra o processo de depuração, que não vê siglas. Agradam a todos os implicados, que estão unidos contra nós!
Por isso tenho insistido que estão errados os que fazem vistas grossas para com os crimes de alguns. Essa omissão só fortalece o crime.
Eu escrevi, mais de uma vez, que os riscos ao processo de depuração não vinham do Congresso.
Vocês não acham uma grande coincidência que todas essas decisões ocorram a um só tempo, às vésperas da sentença referente a Lula?
Eu nunca acreditei em coincidências! Acordem!"

Álvaro Dias é anunciado, em Brasília, como pré-candidato à Presidência da República em 2018

Com anúncio da pré-candidatura do senador Álvaro Dias (PR) à Presidência da República em 2018, o Podemos foi lançado neste sábado (1º) em Brasília.




Ao falar no evento, o senador foi anunciado como um candidato "sensato" que vai unir o país."Vamos arrancar o Brasil das mãos sujas de corrupção dos que nos assaltaram nos últimos anos", disse o senador, ex-tucano, que na semana passada trocou o PV pelo Podemos.

"Sem reformas e sem mudanças mergulharemos nas águas sujas do fracasso", acrescentou.

O novo partido é uma atualização da sigla PTN, que obteve autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio para mudar de nome. Apesar da inspiração na sigla homônima da Espanha, o Podemos brasileiro é lançado como um partido de centro, enquanto a proposta europeia é de esquerda.

Atualmente, o Podemos conta com uma bancada de 14 deputados federais e 2 senadores, com as filiações de Romário (RJ), que deixou o PSB na semana passada, e de Dias.

Muito embora oficialmente o partido se apresente como "independente" em relação ao governo de Michel Temer, ainda possui cargos como a presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

Em seu discurso, a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional da sigla, negou que seja motivada por cargos no governo. "Os que vieram para o Podemos não vieram por troca-troca, por ministérios. Vieram pela mudança", disse.

A aposta do partido é lançar candidaturas de "centro" ligadas ao discurso de mudança e de maior participação popular, principalmente com intenso uso das redes sociais. Durante os discursos repetiu-se várias vezes que a divisão entre "direita e esquerda" era uma "coisa do passado".

Além de Dias, o Podemos pretende lançar Romário ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Entretanto, o senador não compareceu ao evento, por problemas com o voo.

O evento contou ainda com a participação do ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca e de Antônio Campos, que disputou a prefeitura de Olinda-PE, em 2016, pelo PSB.

Antônio Campos é irmão de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República morto em acidente aéreo em 2014. 


Quem é Rocha Loures, o homem da mala

O ministro Luiz Edson Fachin, do STF, curitibano, mandou soltar nessa sexta-feira (30) o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), conhecido nacionalmente como "o homem da mala", pois foi flagrado em uma corridinha carregando uma mala com R$ 500 mil reais provenientes de propina.

Mas você conhece quem é esse ex-deputado Rodrigo Rocha Loures ?
Para ajudar, leia esse artigo abaixo, que foi publicado originalmente no site DCM*, em 02/06/2017:

Quem é Rocha Loures, o homem da mala, e por que ele vai delatar Temer. 
Por Geraldo Muniz


É da Boca Maldita, o folclórico e tradicional quarteirão no centro curitibano, frequentado por políticos, empresários, boateiros conhecidos, os desocupados de sempre ou simples curiosos, que vem a certeza absoluta e irretorquível: “Rodriguinho” delatará.
Rodrigo Rocha Loures, o filho, foi criado como príncipe. Todos o viam assim. Educado, elegante, extremamente simpático e prestativo. Filho de uma tradicionalíssima família curitibana, daquelas cujo sobrenome abre portas, independente do dinheiro, cheio de primos e de tios, frequentador dos dois clubes da elite local, o Graciosa Country e o Curitibano etc e etc.
E Rodriguinho, um bom sujeito, trazia um segredo conhecido e pouco dito pela elite local. Príncipe herdeiro de uma família respeitada e querida, ele é o filho do único Rocha Loures. Antes de ser anteparo para Michel Temer, Rodriguinho serviu para limpar a barra do pai.
Encontraremos Rodrigo em São Paulo, em 2000, voltando da Europa com as barrinhas de cereal e dinamizando a empresa do pai, empresário polêmico e falido. Lança as barrinhas “Nutry” e dinamiza a empresa que seu velho havia quebrado alguns anos antes ao perder contratos do governo federal.
A primeira experiência empresarial de Rodriguinho foi exitosa e feliz. E mostrou aos curitibanos e à própria família uma diferença imensa entre ele e o pai. Apesar de profundamente ligados, numa relação quase perfeita, o filho demonstrava mais cuidado nas relações humanas e mais seriedade no trato empresarial. Passaram a ser o Rodrigo bom e o Rodrigo mau.
A Nutrimental, que viveu o seu auge na ditadura militar, protegida pelo ex-ministro da educação Ney Braga, donatário da capitania paranaense durante o regime de 64, fartou-se em dinheiro do MEC fornecendo misturas lácteas indigentes para a alimentação escolar.
Rodrigo, o pai, fez-se milionário. Tempos depois, sequer atendia os telefonemas do velho cacique que tanto o ajudou e morreu profundamente magoado com o ex-protegido.
A vistosa sede da Nutrimental em São José dos Pinhais, na avenida que liga o aeroporto ao centro de Curitiba, transformou-se em um mausoléu, abandonado e entregue ao mato que crescia. Enquanto isso, os Rocha Loures, pai e filho, inauguravam duas coberturas espetaculares em São Paulo, próximas ao aeroporto de Congonhas. Quem já teve a chance de ir até lá as classifica como verdadeiras homenagens à arte do bem viver e morar.
Recuperada a Nutrimental e o caixa de pai e filho, em 2003 Rodrigo filho assume a chefia de gabinete do governador Roberto Requião (PMDB). Sua presença simpática e suave na antessala do polêmico Requião foi um bálsamo para os paranaenses.
Resolveu conflitos, serviu a Requião com discrição e competência, fez amigos e… ajudou o pai. Com a máquina oficial nas mãos, colocou o secretariado estadual para pressionar os sindicatos patronais e federações industriais do Estado e desalojou da poderosa FIEP, a Federação das Industrias do Estado do Paraná, o rico empresário e ex-senador José Carlos Gomes de Carvalho, o pitoresco “Carvalhinho”.
Rodrigão, entronizado na vistosa sede da FIEP, uma espécie de pirâmide que os curitibanos admiram e os arquitetos e experts abominam pelo evidente mau gosto, traiu um a um os apoiadores.
“Rodrigão foi rejeitado pela CNI e pelas lideranças locais. Se deu bem, mas foi mamoeiro tuberculoso, só deu uma safra”, conta um destacado líder dos produtores de artefatos de madeira do Estado.
“O filho, coitado, está pagando o carma dele. Há sujeitos aqui no Paraná que você não pode e não deve chegar perto. O Roberto Bertholdo, que é o operador do Ricardo Barros lá no ministério da Saúde, já foi preso e está condenado pelo Sérgio Moro e solto por um HC do Lewandowsky; o Luis Abi, primo e operador do Beto Richa, que foi preso; o Giovani, que elegeu o Greca… Essa turma vive olhando o dinheiro público com olhos de ratazanas”.
“Rodriguinho nunca fumou maconha, nunca mentiu, nunca ficou de recuperação, nunca tirou nota baixa, foi um menino exemplar, estudou no exterior, era o genro que toda sogra sonhava. As tias velhas estão sedadas, tá todo mundo de óculos escuros na família Rocha Loures, um chororô geral. É como se encontrassem o papa Francisco numa boate gay na periferia de Roma”, afirma um político paranaense que me recebeu sob condição de preservar o anonimato.
“Quando o Temer disse que ele tem boa índole, talvez tenha dito a única verdade em toda sua vida!”. 
Rodriguinho, depois de fazer do pai o presidente da poderosa FIEP, se elege deputado federal em 2006 pelo PMDB. Uma campanha bem fornida e organizada. Foram milhões de reais em centenas de municípios paranaenses, onde pingaram seus votos.
Em Brasilia o rapaz educado, discreto, elegante, bem-vestido, com fama de bom caráter, generoso e sempre pronto a pagar a conta do restaurante e dar boas gorjetas aos garçons, se torna amigo e sombra do presidente do partido e futuro vice-presidente Michel Temer.
Torna-se um homem forte e, paradoxalmente, começaria aí a sua desgraça.
Na eleição municipal seguinte, para surpresa do mundo político e empresarial paranaense, Rodrigão, o pai, resolve ser candidato à prefeitura da cidade de São José dos Pinhais, exatamente onde ficam grandes empresas, o aeroporto de Curitiba e a sede da sua Nutrimental.
Campanha rica, muito cara, o empresário de sucesso, o dândi que viajava em jatinhos e vivia em São Paulo visitando bairros periféricos e pedindo votos a pessoas que nunca o viram em toda sua vida.
Michel Temer, já amigão do filho deputado, deixa o Jaburu e despeja suas mesóclises em comício movimentado na periferia da cidade industrial, prometendo mundos e fundos pela eleição do amigo pai do amigo. Terceiro lugar. 
Em 2010, o PMDB do senador Roberto Requião indica Rodriguinho para ser o vice-governador na chapa do senador Osmar Dias (PDT), irmão do belicoso senador Álvaro Dias (PV), em coligação no segundo turno com o PT da senadora Gleisi Hoffman.
Saíram todos pelos sertões paranaenses numa caravana rolidei incrível, em aviões e helicópteros, carreatas e comícios, em campanha tão milionária quanto a do tucano Beto Richa, que acabou vencendo por muito pouco.
Sem mandato, Rodriguinho, que ia ser vice-governador do Paraná, virou assessor do vice-presidente da República. Nada mau. Tornou-se onipresente e poderoso. Em 2014, tenta se eleger deputado federal novamente. Campanha milionária, arrecadação imensa (por fora, segundo se comenta no meio político paranaense), e fica como primeiro suplente.
Isso, agora, será a sua desgraça.
Magoado, Osmar Serraglio recusou o Ministério da Transparência e abriu a porta da cadeia para o Rodrigo bom. De-li-be-ra-da-men-te. 
Rodrigo Rocha Loures Filho era o falso príncipe herdeiro da falsa aristocracia de um Estado em evidente decadência política, social e econômica. Era uma das figuras exponenciais de uma cidade provinciana que se crê semelhante a Milão, Barcelona ou Paris.
Pois é. Em muito poucas horas, pelas trapaças da sorte e pela caneta de outro curitibano, o ministro Edson Fachin, ele deixará de ser príncipe para ser um sapo.
Um sapo na gaiola, por obra e graça das imagens inesquecível de algo nada nobre: a corridinha malandra, a mala cheia de dinheiro sujo, na porta de uma pizzaria, no bagageiro de um táxi, na noite paulistana.


Eduardo Cunha mandou avisar à PGR que vai delatar


Por meio de seus advogados de defesa de Eduardo Cunha avisou à PGR que ele, enfim, vai delatar. 
Os seus advogados saíram da reunião com os procuradores dizendo que agora iniciarão a colher as informações que o ex-deputado tem para entregar.

A MANIFESTAÇÃO DOS PELEGOS NÃO LIGA PRA VIDA HUMANA


Na manifestação organizada pelos sindicalistas no último dia 30 de junho. Vejam como eles tratam a vida. Estamos parecendo a Venezuela !

'Aécio está livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia', diz Deltan Dallagnol

Deltan Dallagnol, procurador e coordenador da Lava-Jato, lamentou a decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que negou a prisão de Aécio Neves e permitiu que ele retome seu mandato de senador. 

Segundo Dallagnol, "Havia razões para estar preso, mas influenciará leis que governam nosso país. Livre inclusive para articular o fim das Lava Jato e anistia".


Segundo os tucanos, Aécio pode voltar à presidência do PSDB a qualquer momento

A decisão STF de permitir ao senador Aécio Neves (MG) retomar as atividades parlamentares criou uma situação embaraçosa no PSDB, uma vez que o partido já discutia há algum tempo a antecipação de uma convenção nacional, com o objetivo de eleger uma nova Executiva para retirar o mineiro do posto. 

Agora, Aécio tem condições de reassumir a presidência do partido a qualquer momento, dizem os tucanos.

“O afastamento do senador foi uma decisão voluntária. Foi ele que indicou o Tasso Jeiressati para o lugar dele. Portanto, se ele quiser voltar, essa é uma decisão pessoal”, explicou o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP).

A reportagem apurou que o presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), aguarda uma posição de Aécio para saber o que ele vai fazer. Isso porque, segundo a cúpula, não há nenhum procedimento formal ou burocrático que impeça o senador Aécio de reassumir, imediatamente, suas funções no comando do partido.

A situação deve evidenciar ainda mais a disputa entre paulistas e mineiros no partido. Próximo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Torres afirmou que o retorno de Aécio não impede o partido de pedir a antecipação das eleições internas. “Seja qual for a decisão do Aécio, defendo uma antecipação da convenção nacional”, explicou.

A ideia do grupo de Alckmin é realizar eleições municipais, estaduais e nacionais consecutivas a partir de agosto, uma a cada mês. Além disso, os tucanos paulistas querem alterar a atual composição da Executiva nacional para que governadores e prefeitos tucanos também tenham seus representantes na direção partidária.

A avaliação de parte dos tucanos é de que, ainda que esteja liberado para retomar suas atividades parlamentares, Aécio não tem condições de estar à frente da legenda neste momento. Apesar disso, os mineiros já usam a decisão do Supremo como argumento para enterrar o debate sobre uma nova convenção tucana.

“Essa é decisão muito importante que, dentro do partido, acaba com essa história de falar em convenção. Ele pode até continuar como presidente licenciado porque, obviamente, deve focar na sua defesa, mas é um senador da República do qual nos orgulhamos”, rebateu o deputado federal Domingos Sávio (MG).

Aécio recebeu a notícia da decisão do STF de um assessor, quando estava com sua família, em Brasília. Assim que retomar suas atividades no Senado, ele pretende usar a tribuna para sair da defensiva e discursar a favor das reformas.

Joesley admite que 6% dos contratos com o BNDES eram repassados ao PT

Joesley Batista dono da JBS, maior processadora de carne do mundo, no auge das eleições em 2014, entrou no Palácio do Planalto, em Brasília, e se dirigiu ao terceiro andar. Ali se encontrou com a então presidente Dilma Rousseff e disse: 

“Presidenta, eu vou falar um negócio aqui para a senhora. A senhora não precisa me confirmar nada. Mas só para te falar o que o Guido (Mantega, então ministro da Fazenda) me fala para a gente estar na mesma página. Tinha uma conta tal, que tinha 70 milhões (de dólares), outra 80 (milhões de dólares). Diz ele uma ser sua e uma ser do Lula. Veio as eleições, a gente já fez 300 e tantos milhões. Em tese, está acabando o dinheiro”. 

Ele se referia a um acordo que fora feito com Mantega para criar uma conta-propina no exterior no valor de 150 milhões de dólares em troca dos investimentos bilionários feitos pelo BNDES e pelos fundos de pensão na JBS. 
Esses recursos ficavam sob administração da JBS lá fora – e eram liberados para candidatos do PT durante as eleições daquele ano.

Naquele momento, Joesley estava preocupado, porque o saldo da conta secreta estava chegando ao fim. O empresário alertou Dilma que o seu tesoureiro, Edinho Silva, queria mais 30 milhões de reais para a campanha do ex-ministro Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais. “Fazendo esses 30 milhões, aí acabou mesmo o dinheiro, aí não tem mais nada. Queria que a senhora ficasse ciente disso. É para fazer mesmo 30 milhões?”, perguntou Joesley a Dilma. “Ela (Dilma) falou: ‘Tem que fazer mesmo, os 30 milhões’”, conta o empresário, reproduzindo o diálogo no depoimento prestado ao Ministério Público Federal em Brasília no último dia 12 de junho.

O empresário conta que após o encontro com Dilma foi também ao Instituto Lula, em São Paulo. “Tive uma vez com o Lula (para falar) sobre esse assunto (…) Já tinha passado as doações de 300 e tantos milhões (…) Em 2014. Devia ser no segundo turno (…) Estive lá no Instituto Lula, mais ou menos com o mesmo propósito de ter ido na Dilma, um pouquinho diferente, porque a Dilma ainda estava me pedindo para mandar 30 milhões”, afirmou o empresário. ”O Lula não estava me pedindo dinheiro nem nada. Mas eu fui lá porque eu estava preocupado com essa história da conta dele, de estar gastando dinheiro dele, supostamente, se fosse dele mesmo. Aí eu fui lá e só contei a história para ele. Eu disse: ‘Presidente, eu vim aqui, tal, porque eu estou muito preocupado, a gente vai ser o maior doador de campanha disparado. Eu tenho atendido aí o partido, o Guido, todo mundo, tal, tem pedido, mas, enfim, já está em 300 e tantos milhões. O senhor está consciente aí da exposição que vai dar isso, do risco de exposição e tal?’ Enfim, ele se encostou para trás, olhou bem para mim, fiou calado, não falou nada”, disse Joesley. O empresário ainda insistiu em alertar o presidente Lula: “Eu dei meu dever cumprido. Eu falei: ‘Olha, estou vindo aqui te falar isso só para o senhor precisa saber disso’. Porque eu, naquele momento ali, eu entendi que, ele sabendo que tinha sido mais de 300 milhões, amanhã ele não poderia vir me cobrar… Se aquele dinheiro fosse dele”.

Essas duas histórias fazem parte do acordo de delação premiada feito por Joesley com o Ministério Público Federal e foram narradas com mais detalhes pelo empresário numa investigação que vai rastrear os 150 milhões de dólares que a JBS destinou aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. 

Em seu depoimento, Joesley confirmou que pagava 6% de propina sobre o valor de todos recursos do BNDES e dos fundos de pensão aportados em empresas do grupo J&F, dono da JBS. Ao todo, o conglomerado recebeu mais de 9 bilhões de reais dos cofres públicos. 

O pixuleco, segundo o empresário, era distribuído da seguinte forma: o ex-ministro Guido Mantega reservava 4% para as contas de Lula e Dilma, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ficava com 1% e os presidentes dos fundos de pensão abocanhavam 1%.

O empresário contou ao Ministério Público que se aproximou de Mantega por meio de um amigo em comum, o empresário Victor Sandri, em meados de 2005. Algumas das propinas pagas para Mantega foram entregues inicialmente ao empresário Sandri. Joesley começou a pegar seus empréstimos bilionários no BNDES quando Mantega assumiu a presidência da instituição. 

O procurador Ivan Cláudio Marx perguntou se havia contrapartidas nessas operações. Joesley foi bem claro: “Todos esses casos (empréstimos) teve”, disse o empresário. O dono da JBS, no entanto, só passaria a negociar a propina diretamente com Mantega em 2009, quando o economista comandava o Ministério da Fazenda. 

Joesley conta que perguntou como seriam feitos os pagamentos: “Vamos fazer assim: o dinheiro fica contigo”, pediu Mantega, conforme narrou o empresário. “Eu ficava lá como fiel depositário”, ironizou Joesley.