domingo, 21 de maio de 2017

JBS: 70 milhões de dólares para Lula

O dono da JBS, Joesley Batista, disse que transferiu para contas no exterior US$ 70 milhões destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais US$ 80 milhões em conta, também no exterior, em benefício da ex-presidente Dilma Rousseff.
Os montantes, afirmou, foram enviados por meio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e gastos “tudo em campanha”. Joesley falou que tanto Lula quanto Dilma tinham conhecimento dos repasses.
A defesa do ex-presidente Lula afirma “que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”. Lula é inocente, ainda segundo nota assinada pelos advogados Cristianio Zanin Martins e Roberto Teixeira. A assessoria da ex-presidente Dilma negou irregularidades, e disse que “são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário” 
A declaração foi dada por Joesley em 3 de maio de 2017 na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília. “Teve duas fases, a do presidente Lula e teve a fase da presidente Dilma”, disse. “Na fase do presidente Lula chegou a US$ 80 milhões de dólares, na fase da presidente Dilma chegou a uns US$ 70 [milhões]. Ou ao contrário: US$ 70 [milhões] na do Lula e US$ 80 [milhões] na da Dilma.”
Joesley disse que inicialmente não tinha se dado conta de que os valores eram destinados às campanhas eleitorais de Lula e Dilma. Ele afirma ter percebido quando, ainda segundo ele, Guido pediu a abertura de uma segunda conta, em nome do próprio empresário. “Foi aí a primeira vez que eu desconfiei que o dinheiro não era dele [Guido]”

JBS: 70 milhões de dólares para Lula

O dono da JBS, Joesley Batista, disse que transferiu para contas no exterior US$ 70 milhões destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais US$ 80 milhões em conta, também no exterior, em benefício da ex-presidente Dilma Rousseff.
Os montantes, afirmou, foram enviados por meio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e gastos “tudo em campanha”. Joesley falou que tanto Lula quanto Dilma tinham conhecimento dos repasses.
A defesa do ex-presidente Lula afirma “que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”. Lula é inocente, ainda segundo nota assinada pelos advogados Cristianio Zanin Martins e Roberto Teixeira. A assessoria da ex-presidente Dilma negou irregularidades, e disse que “são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário” 
A declaração foi dada por Joesley em 3 de maio de 2017 na sede da Procuradoria Geral da República, em Brasília. “Teve duas fases, a do presidente Lula e teve a fase da presidente Dilma”, disse. “Na fase do presidente Lula chegou a US$ 80 milhões de dólares, na fase da presidente Dilma chegou a uns US$ 70 [milhões]. Ou ao contrário: US$ 70 [milhões] na do Lula e US$ 80 [milhões] na da Dilma.”
Joesley disse que inicialmente não tinha se dado conta de que os valores eram destinados às campanhas eleitorais de Lula e Dilma. Ele afirma ter percebido quando, ainda segundo ele, Guido pediu a abertura de uma segunda conta, em nome do próprio empresário. “Foi aí a primeira vez que eu desconfiei que o dinheiro não era dele [Guido]”

JBS comprou Kassab por R$ 7 milhões para apoiar PT

Ricardo Saud contou à PGR que Gilberto Kassab vendeu o apoio do PSD à reeleição de Dilma Rousseff, mas desviou parte do dinheiro para o próprio bolso. “O cara roubar dele mesmo duas vezes, nunca tinha convivido com isso.”
“O PT comprou o PSD do Kassab, comprou o apoio com propina (paga pela JBS) e o Kassab fez uma coisa, uma parte colocou na campanha dele para o Senado, uma parte ele ajudou uns poucos candidatos a deputado, outra ele investiu no Robson Faria lá e no Fábio Faria e uma parte ele tirou para ele, pessoa física. Pediu para guardar R$ 7 milhões para ele, dividir em 22 parcelas de 250 mil, tirando os impostos.”
Segundo Saud, o dinheiro foi repassado pela empresa de Renato Kassab, irmão do ministro, chamada Hiato Consultoria. “Não houve prestação de serviço. Só nota gelada. Eu conversava diretamente com Kassab e com o Flávio, o imediato dele que levava nas notas fiscais.”
Saud disse ainda que Kassab recebia, havia anos, uma propina mensal de R$ 300 mil, disfarçada em aluguel de caminhões para a JBS, por meio de outra empresa de Renato, a Hiato Transportes.

Dilma foi comprada por 80 milhões de dólares, afirma JBS

Joesley Batista, dono da JBS, contou  em depoimento que  havia contas no exterior, para pagamento de propina, cujos beneficiários eram a petista Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Segundo o empresário, o saldo das contas chegaram ao valor de US$ 150 milhões em 2014 e que o ex-ministro Guido Mantega controlava a operação.  Para Dilma foi transferido US$ 80 milhões e para Lula, US$ 70 milhões.
A respeito das acusações feitas por Joesley Batista, a assessoria de imprensa da ex-presidente negou que Dilma negociou pagamentos ilegais com o dono da JBS, acrescentando que a petista nunca autorizou a abertura de empresas em paraísos fiscais.

A CONSTITUIÇÃO, ACIMA DOS DIGNOS E DOS INDIGNOS

Se o Diabo veste Prada, as esquerdas vestem Armani, consomem caviar, têm penthouses na Flórida e triplexes no Guarujá. Curiosamente, porém, lhes são atribuídas importantes virtudes na relação com os ocupantes dos mais miseráveis porões da vida social. É um fenômeno real: não é o pobre que precisa da esquerda; é a estratégia e o projeto político da esquerda que precisam do pobre na sua pobreza. Duvida? Vá a Cuba e à Venezuela e depois nos conte. A aparente empatia entre a esquerda e a pobreza não se compara à que une seus mais poderosos representantes aos donativos, mesadas e jatinhos disponibilizados pelo "capitalismo" de compadrio, construído com dinheiro do condomínio Brasil, ou seja, com o dinheiro de nossos impostos. Enquanto faz juras de amor aos pobres, pisca o olho e vai para a cama com os mais inescrupulosos bilionários.
 A conversa entre Michel Temer e Joesley Batista faz lembrar muito, mas muito mesmo, certas gravações colhidas em grampos com pessoal do PCC. Ouvindo a confusa loquacidade do empresário, construindo frases de um modo meio cifrado, a gente fica à espera do momento em que vai chamar Temer de "mano". E este se comporta como tal, embora alguém do PCC tivesse, ligeirinho, percebido a armação e dado uma curva no escandaloso encontro.
 O presidente caiu como um pato em pleno voo e a crise política instalou-se no mais inoportuno dos momentos, quando o país começava a se aprumar para uma gradual emersão desde as profundezas da pior crise de nossa história econômica. Quem perde com essa nova enxurrada de lama? Há quem, feliz da vida, diga que perde a base do governo, que perdem os "golpistas". Eu vi essa expressão nos rostos de diversos parlamentares quando a notícia da gravação chegou ao Congresso Nacional. De fato, embora quase todos os que observei tivessem contas a acertar com o mesmo STF, a nova situação os excitou positivamente. "Enfim, uma notícia boa!" - pareciam dizer.
 Boa? Eis onde quero chegar. Nas horas subsequentes, ocorreram manifestações. Pontos de concentração, em várias capitais do país, pintaram-se de vermelho. Era marcante o tom político, partidário e militante que caracterizava quem a elas afluiu. A atitude, as bandeiras, as faixas e cartazes funcionavam como carteiras de identidade do público presente. O povo, aquele que "vive e move-se por vida própria", na feliz definição de Pio XII, estava em casa, chocado, desolado, porque inteligentemente presumiu as penosas consequências daquelas revelações. O povo sabe que fora, acima e além das mesquinharias políticas, é ele quem perde. Ele perde sempre que o espírito público é comprado e o interesse nacional, vendido.
 É hora de prestar atenção a quem tenha atitude responsável, esteja pensando no Brasil, na imagem do país, nas necessárias reformas, na retomada do crescimento em favor dos desempregados, dos endividados, dos jovens da geração nem-nem. É uma boa oportunidade, também, para monitorar e, em 2018, varrer da cena políticos corruptos, demagogos, populistas, oportunistas. E como os temos!
Nesta quadra amargamente pedagógica da vida nacional resta-nos a Constituição. Silenciosa, ela se ergue acima dos dignos e dos indignos. Há que segui-la, sem casuísmos, para a necessária substituição do presidente, forçada ou voluntária, repudiando quem queira aprofundar a crise e convulsionar ou parar o país.
 por Percival Puggina. 

OAB se fez de morta por 14 anos. Agora ressurge como guardiã da moralidade ?

Desde a primeira notícia na última semana acerca de inúmeras denúncias envolvendo figurões da nossa política e o alarde bombástico sobre a já costumeira podridão na República, a desconfiança deveria no mínimo acompanhar o cidadão brasileiro.
Tudo está se desenrolando de uma forma muito célere para a velocidade da nossa conhecida justiça pachorrenta, e com isto notamos um atropelo suspeitíssimo, provavelmente doloso, naquilo que sempre defendemos – não por virtudes morais – mas pela simples obediência à lei.
A delação absolutamente atípica dos irmãos matutos JBS, comandada por um ministro da mais alta Corte do país, que possui ligações viscerais com uma turma que necessita desesperadamente livrar a cara de um certo réu na República de Curitiba, e a pressa em se exigir a saída de um presidente ( que não é flor que se cheire, mas o que temos) em virtude da existência de provas frágeis e que não seriam suficientes para derrubar um mosquito na republiqueta da corrupção lulopetista, nos mostram que existe um angu deveras encaroçado em Brasília. Some-se a isto, a incerteza com relação a legalidade desta prova ainda não periciada, e do que realmente está por trás de tanta sofreguidão para mudança do ocupante do Palácio do Planalto.
Aquela entidade diligente, a OAB, mais do que depressa já está se movimentando neste sentido. Seus expoentes máximos fizeram cara de paisagem e fingiram-se se mortos por longos quatorze anos, ignoraram todas as falcatruas dos nossos barões vermelhos e ficaram inertes diante das mais diversas inconstitucionalidades na última década. Todavia, como num passe de mágica, eis que ressurgiram como Fênix – agora- nossos guardiães da moralidade, da lei e do povo brasileiro.
Temer mostrou uma conduta pouco republicana e merece toda nossa reprovação moral. Ele precisa responder por seus eventuais erros ou crimes. Entretanto, tudo precisa ser feito sob a batuta constitucional, qualquer coisa fora deste mandamento configurará um golpe de Estado.
As perguntas que deveriam ser feitas são as seguintes: a quem interessaria o caos, num momento em que o Brasil precisa de reformas inadiáveis e que sua economia ensaiava sair do buraco negro? A quem interessaria a troca do rito constitucional por um outro rito que colocaria em risco nossa democracia, e poderia contribuir para a volta de figuras nefastas à República? A quem interessaria encobrir fatos graves e destacar seletivamente apenas aqueles que podem render frutos na árvore da impunidade nacional? Em quem confiar neste momento? __Apenas para esta última indagação existe resposta imediata, e ela se chama Constituição Federal.
O povo brasileiro não pode se deixar manobrar por interesses escusos vindos de setores que sempre estiveram contra o desenvolvimento do Brasil, e que lucraram horrores com a corrupção endêmica brasileira, e, que, portanto, sempre apoiaram o projeto autoritário de poder marxista que hoje ameaça voltar. Antes de engrossar o coro de “fora isso, fora aquilo“ reflita sobre estas questões elementares, e exija apenas o cumprimento da lei constante de nossa Carta Magna. Apenas ela deve traçar nosso futuro, e não promessas demagógicas e risíveis, como aquela apresentada ontem pela a viva alma mais honesta deste país, o pai dos pobres, nosso guru-guia; “O PT pode ensinar ao Brasil como acabar com a corrupção“.
E aqueles que não exigirem a observância do rito constitucional estarão dando aval para que o PT e seus quadrilheiros nos “ensinem“ a combater a corrupção no Brasil. Nunca antes na história deste país tivemos tanta massa de manobra que ainda não percebeu o golpe em curso.
Por Claudia Wild
fonte: república de curitiba


“O autor do grampo está livre e solto passeando em Nova York”, rebate Temer

O presidente Michel Temer (PMDB) atacou duramente neste sábado (20), em pronunciamento oficial na TV, as acusações feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, desqualificou a conversa gravada pelo empresário em reunião com ele no Palácio do Jaburu, afirmou que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito contra ele e reafirmou que vai continuar no cargo.
Em fala de pouco mais de 12 minutos, ele citou evidências de que o áudio da reunião dele com Joesley teve mais de 50 edições. “Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos e, incluído no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”, afirmou em pronunciamento no Palácio do Planalto.
Ele disse que, em razão das dúvidas sobre a autenticidade das gravações, ele vai entrar com um pedido no STF para arquivamento do inquérito aberto contra ele pelo ministro Edson Fachin após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que viu evidências de três crimes por Temer: obstrução da Justiça, corrupção passiva e organização criminosa. “Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no colendo STF para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autenticidade da gravação clandestina”, disse.
No pronunciamento, ele também criticou fortemente Joesley. “O autor do grampo está livre e solto passeando pelas ruas de Nova York”, disse. “Não passou nem um dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado e não foi punido. E, pelo jeito, não será”, disse. Ele também atacou o empresário por ter comprado grande quantidade de dólares às vésperas da divulgação de sua delação. “Ele especulou contra a moeda nacional”, afirmou.

'Se o PT tem tanta certeza da vitória de Lula em 2018, por que pede eleições antecipadas que não estão na Constituição?', questiona colunista



O colunista Eric Balbinus, do site O Reacionário, propõe uma "provocação". Ele pergunta: "se o Partido dos Trabalhadores e suas linhas auxiliares estão tão certos da vitória de Lula em 2018, qual o motivo de pedirem eleições antecipadas que sequer estão na Constituição? 

Leia abaixo o texto de Eric Balbinus:

Uma provocação: se o Partido dos Trabalhadores e suas linhas auxiliares estão tão certos da vitória de Lula em 2018, qual o motivo de pedirem eleições antecipadas que sequer estão na Constituição? 
Bom, sabemos que as pesquisas que colocam Lula na frente são tão conclusivas quanto a pesquisa Datafolha que colocou Luiza Erundina como favorita para a prefeitura de São Paulo em 2016. É um cenário onde um candidato já definido enfrenta nomes que são apenas cogitados. Também se trata de um nome já definido na extrema-esquerda, onde se vota em massa em um nome independente de suas obras. As pesquisas têm sido muito exóticas também no que tange aos adversários mencionados. O Datafolha chegou a colocar três tucanos de uma vez concorrendo com Lula, um tirando voto do outro. Adicionaram ainda Sérgio Moro, que sequer é político. Foram dois coelhos acertados com uma cajadada: reforçaram a narrativa de que a Operação Lava Jato tem caráter político e diluíram os votos contrários a Lula, que conta com uma rejeição de 45% do eleitorado. 
Não obstante, a extrema-esquerda fez festa com os números que foram compilados para induzir o eleitor ao erro. A mensagem das pesquisas era a mesma que os Borg repetiam à exaustão em Star Trek: resistir é inútil. Não adianta criticar Lula, torcer pela Lava Jato ou votar contra: ele voltará para o Terceiro Advento e esmagará a oposição de forma impiedosa.
O furo disso pode ser identificado na tentativa de se aplicar uma rasteira na Constituição por meio da aprovação da proposta de emenda constitucional do deputado Miro Teixeira, da Rede. O texto estabelece eleições diretas para a substituição de um presidente cassado. Trata-se não só de um parlamentarismo paraguaio, como também de uma tentativa de desestabilizar o país e devolver o poder à extrema-esquerda por meio das opções Ciro, Lula ou Marina. Tanto é verdade que todos estes apoiam este remendo golpista. Tanto é verdade que todos estão em campanha antecipada para tal, sendo que só Lula possui musculatura para reunir em torno de si os vermelhos e voltar para o Planalto. 
Mas daí fica a pergunta: ele não tinha tanta certeza de que seria eleito em 2018 nos braços do povo? Qual é a razão de novas eleições agora? Se uma eleição acontecesse agora, Lula estaria na frente - mas seria conduzido ao Planalto apenas pela massa de extrema-esquerda que devota a ele uma lealdade canina. Não seria Lula com a Força do Povo que supostamente o ama. Vale lembrar que a simples menção a 2018 já invalida tanto a tese do golpe quanto a tese de que precisamos de "Diretas Já". Primeiro porque em um cenário de golpe, não há preparação para novas eleições. Quando um governo golpista assume o poder, o povo é vítima de censura, prisões arbitrárias, tiro, porrada e bomba. Não se permite que a oposição discuta eleições ou que as atividades políticas corram de maneira livre. Sobre novas eleições, o fato de afirmarem que não podemos esperar até 2018 evidencia a normalidade democrática: teremos eleições diretas já em outubro de 2018. Qualquer coisa diferente disso é invencionice, é fraude intelectual, é enganação, é golpe. E não passará.    

Em ataque de cara de pau, Renan diz que 'mandaria prender' quem o procurasse para falar de propina



O senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB, divulgou nota neste domingo (21) dizendo que se algum delator o procurasse para falar em propina ou caixa 2, "mandaria prendê-lo".

A nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, confirma que Renan esteve com o ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud, mas nega que eles tenham tratado de vantagens indevidas.

"A citação do delator é fantasiosa. O fato de ele ter ido a minha casa não significa que tenho qualquer relação com seus atos criminosos. Ele ou qualquer outro delator jamais falaria comigo sobre propina ou caixa 2. Se fizesse isso, eu teria mandado prende-lo", diz a nota.

Ao dizer que "mandaria prender" qualquer pessoa que o procurasse para tratar de propina ou caixa 2, Renan faz uma crítica indireta ao presidente Michel Temer.

Uma gravação feita por Joesley Batista, dono da JBS, mostra uma conversa entre ele Temer no qual o empresário narra iniciativas de tentar frear investigações.

O presidente, embora tenha ouvido relatos de práticas criminosas, não fez qualquer denúncia. Em pronunciamento feito neste sábado (20), Temer disse não ter acreditado em "fanfarronices" de um "falastrão".


Pecuaristas não querem vender gado para a JBS

O escândalo gerado pelas delações dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, proprietários da JBS, companhia que possui no Brasil 36 unidades de abate de bovinos, gerou um clima de apreensão e especulação entre os pecuaristas. Muitos se negaram a fechar novos negócios com a empresa ou simplesmente não entregaram, nesta semana o gado, que já havia sido vendido antecipadamente, com o objetivo de vender para outros frigoríficos. Especialistas do setor aconselham o criador, neste momento, a ter cautela.

Nesta sexta-feira (19/5), em todas as praças brasileiras, as vendas estavam mais lentas que o usual. A sexta-feira, segundo o consultor Alcides Torres, da Scot Consultoria, de Bebedouro (SP), é um dia em que as negociações, tradicionalmente já são mais paradas e, hoje, elas ficaram “praticamente paradas”. “Em algumas praças, como Norte do Tocantins e Goiânia, por exemplo, a maior parte dos frigoríficos ficou fora das compras”, disse Torres. “Escalas confortáveis estão dando aos compradores a possibilidade de aguardarem o mercado responder mais claramente aos recentes acontecimentos. Quem seguiu no mercado, testou preços menores.”

As vendas de gado para os frigoríficos da JBS começaram a diminuir na quinta-feira pela manhã. Na noite anterior, o jornal O Globo divulgou com exclusividade que Joesley e Wesley Batista estavam envolvidos em um esquema de delação premiada que envolvia o Presidente da República Michel Temer, o presidente do PSDB, Aécio Neves, e outros políticos. A denúncia ainda levou ao conhecimento público vídeos e áudios que teriam sido feitos pelo empresário durante o pagamento de propina e encontros com o presidente.

Receio de vender Grande parte dos pecuaristas brasileiros estão receosos em vender gado para as unidades da JBS, com medo de sofrer calote. Pecuaristas afirmaram à GLOBO RURAL que estão evitando fechar novos negócios com frigoríficos da empresa e muitos afirmaram que não entregaram os bois negociados antecipadamente.

A JBS tem 36 unidade de abates espalhadas pelo Brasil, com capacidade de abater 45 mil cabeças de gado por dia. No ano passado, de acordo com relatório da empresa, foram abatidos 2,2 milhões de cabeças durante o ano e, desse volume, 15% vem de “boi a termo”, tipo de negociação antecipada.

Na região do Pantanal (MS), segundo o pecuarista A.H, a classe está ‘dividida’. “Muitos estão tirando bois da escala e há aqueles, uns poucos, que acreditam que eles [a JBS] continuem pagando. Eu tirei o meu gado que estava escalado para eles”, declarou o criador. “Fiz frigoríficos pequenos”, disse ele. “Estamos mortos”.

O medo – disseminado pelas redes sociais e pelos aplicativos de mensagens instantâneas no smartphone - reflete no fato de a JBS concentrar frigoríficos em todo o país. Uma das estratégias da empresa, ao longo dos anos, foi comprar empresas do setor, deixando poucas opções de negociação para quem quer vender. “É uma concentração dos frigoríficos deles em todas as regiões”, disse.

Atílio Gusson, diretor geral do frigorífico Mercúrio, que tem duas unidades de abate no Pará (Xinguara e Castanhal) diz que na região, há quatro frigoríficos JBS e, desde quinta-feira, os criadores de gado da região também estão receosos em vender gado para eles, assim como no Pantanal. “Eles [vendedores] estão com medo de vender gado para as empresas deles [da JBS] e nos procuraram”, contou. “Só que, por precaução, nós não embarcamos nada”.

O executivo diz que o Mercúrio ficou fora das compras nesta sexta-feira e só vai retoma-las na próxima terça-feira (23/5). “O mercado está cauteloso com os últimos acontecimentos e precisamos aguardar”. O receio da parte de quem compra é que, com a maior oferta no mercado, os preços caiam, o que já vem acontecendo desde março deste ano, quando foi deflagrada pela Polícia Federal a Operação Carne Fraca.

“Por outro lado, sem os abates da JBS, o mercado consumidor vai sentir a falta de carne e a demanda pode aumentar”, disse. “Mas o que temos que fazer agora é esperar, tentar enxergar o mercado com mais clareza e estabilidade e acompanhar o comportamento do dólar”, afirmou.

De acordo com Alcides Torres, também em São Paulo, uma quantidade considerável de indústrias também não negociou gado nesta sexta-feira. “A pressão de baixa existe”, reforçou. “Não há terrorismo no mercado”.

Para analistas de economia, apesar da gravidade das denúncias que envolvem as empresas da holding J&F, dona da JBS, a companhia tem “conforto” para honrar seus pagamentos a fornecedores em um curto prazo, principalmente porque a maior receita da companhia vem do exterior. A JBS atua em pelo em pelo menos 56 países.


‘O Brasil está mais para The Walking Dead do que para House of Cards’, diz procurador da Lava Jato

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, escreveu em seu perfil no Facebook que ‘não há como comparar a crise brasileira com a série House of Cards’.

Para Carlos Lima, ‘o que vivemos hoje está mais para The Walking Dead, onde hordas de mortos-vivos, apodrecidos de alma e corpo, passam entre nós, contaminando tudo que poderia ser bom com o vírus da imoralidade e da corrupção’.

O procurador subscreve o post como ‘Carlos Fernando dos Santos Lima, cidadão’.

Chama-se ‘o cadáver insepulto’ o título que o procurador deu à longa análise que fez do cenário do País mergulhado em um ambiente de incertezas. Ele postou suas impressões neste sábado, 20.

“Falo isso hoje como cidadão, e não como procurador da República e membro da força-tarefa da Lava Jato”, ressaltou. “Essa história de horror tem que acabar. Não é possível admitir mais que esse cadáver do sistema político-partidário continue a apodrecer tudo o que toca.”

“Nenhum motivo existe para que o Brasil conviva com isso como se estivéssemos sempre fadados a essa podridão e mau cheiro”, segue o procurador. “Nem me venham dizer que devemos tapar o nariz para isso, na esperança de uma volta à normalidade do sistema econômico.”

Adiante, o procurador fala do episódio mais explosivo da Lava Jato, a Operação Patmos, que mira o presidente Temer, o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o deputado Rocha Loures (PMDB/PR) – o executivo Joesley Batista, da JBS, gravou conversa com Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu.

“Nem também me digam que as gravações de Michel Temer não são estarrecedoras. Nenhum relativismo moral justificaria uma conversação onde são explicitadas as bases de tudo o que de errado, podre e vil a Operação Lava Jato tem tentado mostrar”, diz o procurador.

“Os que desejam fechar os olhos hoje, em uma cegueira ética intencional, são os mesmos que aplaudiam as investigações que revelaram a podridão dos governos do PT. Igualaram-se abjetamente aos que acusavam a Lava Jato de parcialidade contra o governo Dilma e Lula.”

Carlos Lima sustenta que ‘as motivações econômicas não podem justificar que esses cadáveres insepultos continuem entre nós’.

“Suas vísceras expostas enojam, seus costumes obscenos desvirtuam, a sua sujeira contamina. Devemos lutar contra TODOS eles, enterrando-os definitivamente para que, sepultados pela democracia, tenhamos realmente oportunidade de um futuro são”, prega.

O procurador faz um alerta. “Se não fizermos isso, corremos todos nós o risco de que sejamos um país de zumbis morais, que nem coragem de olhar um espelho teremos, com medo de ver que nos tornamos apenas um reflexo decaído de alguém que um dia se pensou ético.”

“Basta. Basta. Basta. Cumpramos a Constituição e nos livremos do mal. Amém.”

Ele ainda registrou um Pos Scriptum. “Aqueles que não gostarem do que escrevi e constarem de minha lista no facebook, por favor desfaçam a ‘amizade’. Para mim ficaria difícil fazer isso um por um. Obrigado.”


Com 80% do faturamento fora do país, JBS não sofre com crise que criou

A crise política desencadeada pelas delações premiadas de Joesley e Wesley Batista não deve prejudicar os negócios dos dois irmãos, donos do frigorífico JBS.

Mesmo que o Brasil permaneça em recessão ou entre em uma fase de estagnação econômica por causa das incertezas sobre a continuidade do governo de Michel Temer, os negócios dos dois continuarão firmes porque mais de 80% do faturamento do JBS vem das exportações ou é gerado em unidades fora do Brasil.

Decisões de Trump preocupam mais a JBS

A JBS é hoje a maior empresa de proteína animal do mundo, processando carnes bovina, suína, ovina e também de frango, com 220 fábricas espalhadas pelo mundo e empregando mais de 230 mil pessoas no Brasil e no exterior. Somente os Estados Unidos, onde estão são 56 unidades de produção, respondem por mais da metade do faturamento do grupo.

Ou seja, as decisões econômicas de Donald Trump ou as medidas que a Justiça americana poderá tomar em relação aos casos de corrupção envolvendo a JBS preocupam muito mais os irmãos Batista do que o futuro de Michel Temer ou da economia brasileira.

Empresa tem ritmo de crescimento chinês

Em 2016, a JBS registrou um faturamento consolidado de R$ 170,4 bilhões, 4,5% superior ao alcançado em 2015. Já o lucro encolheu 86%, para R$ 707,5 milhões, devido a aumento nos custos dos produtos, perdas com operações financeiras e aumento de despesas com pagamento das dívidas.

Em apenas 10 anos, a receita da JBS cresceu mais de 40 vezes. Em 2006, o grupo faturava pouco mais de R$ 4,3 bilhões. Esse ritmo de crescimento, de fazer inveja até aos chineses, foi possível graças a uma série de grandes aquisições feitas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, como Swift (2007), Pilgrim's Pride (2009), Bertin (2009), Seara (2013), Moy Park (2015), entre outros.

De picanha Friboi até sandálias Havaianas

Além do frigorífico JBS, os irmãos Batista também ampliaram seus negócios em outros ramos da economia e hoje controlam, por meio da holding J&F, empresas de derivados de leite (Vigor), calçados e vestuário (Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas), celulose (Eldorado Brasil), produtos de higiene e limpeza (Flora), além de uma companhia de energia (Âmbar) e de um banco (Original).

O atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ocupava o cargo de presidente do conselho da J&F antes de assumir o posto no governo Temer.
JBS teve apoio bilionário do BNDES

Os irmãos Batista eram poucos conhecidos no mercado financeiro até o início dos anos 2000. Ganharam notoriedade a partir de 2007, quando decidiram abrir o capital na Bolsa de Valores. A companhia nascida em 1953 em Anápolis (GO), a partir de um açougue montado por José Batista Sobrinho, pai de de Joesley e Wesley, tornou-se umas das maiores empresas do país em menos de uma década.

"O que chamou muito atenção na época foi o apoio bilionário do BNDES para a empresa, a ponto de o banco se tornar sócio do frigorífico em uma operação de conversão de dívida em ações", comenta um executivo de um grande banco, que preferiu não se identificar.

"O (ex-presidente) Lula elegeu algumas empresas para serem 'campeãs nacionais' em seus setores e se tornarem líderes globais. Foi o caso da Oi, que acabou em recuperação judicial, e também da JBS, que na época ainda se chamava Friboi", lembra o executivo. "Nunca ficou muito claro quais os critérios que o governo escolheu para beneficiar essas empresas por meio do BNDES."

Há uma semana, a Polícia Federal lançou a Operação Bullish, justamente para investigar se a JBS foi beneficiada com aportes irregulares da BNDESPar, empresa de participações do BNDES. Os repasses teriam sido feitos com apoio da consultoria Projeto, do ex-ministro Antônio Palocci, preso em Curitiba na Operação Lava-Jato. 

Irmãos são investigados em outras operações da PF

Além das Lava-Jato e Bullish, os irmãos Batista figuram como investigados em outras três operações da Polícia Federal. A Sépsis, um desdobramento da Lava-Jato, foi deflagrada em julho do ano passado para investigar um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal, na Eldorado Brasil Celulose, que faz parte do grupo J&F.

Na época, a Eldorado afirmou por meio de nota que captou recursos do FI-FGTS "para financiar obras de logística, saneamento e infraestrutura de sua primeira linha produtiva em Três Lagoas (MS), inaugurada em 2012". "O financiamento foi realizado por meio de uma emissão de debêntures integralmente subscrita pelo FI-FGTS, com registro na CVM. Todo o procedimento seguiu estritamente as regras do FI-FGTS", disse na nota.

A Operação Greenfield começou em setembro de 2016 para investigar suspeita de fraude nos fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras), Postalis (dos Correios) e Funcef (da Caixa Econômica Federal). As irregularidades envolveriam a Eldorado Brasil Celulose.

"O empresário tem o maior interesse no esclarecimento dos fatos e está, como sempre esteve, à disposição das autoridades. Joesley reforça ainda que usará todas as medidas cabíveis para exercer o seu direito de defesa", disse a nota da J&F.

Em janeiro deste ano, foi a vez da operação Cui Bono? (referência a uma expressão latina que significa "a quem beneficia?"), para investigar suspeitas de que o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Eduardo Cunha teriam participado de esquema de fraude na liberação de recursos da Caixa em troca de vantagens ilícitas. Segundo a PF, teriam sido liberados R$ 500 milhões para a holding J&F.

Na época, a J&F disse que todas as relações entre as empresas que fazem parte do grupo com a Caixa "são feitas sempre de forma profissional e na mesma forma de concorrência e tratamento com instituições privadas".

Na gravação da conversa entre Joesley e Temer, divulgada nesta quinta-feira (18), o empresário comenta com o presidente sobre sua relação com Geddel e fala que está mantendo "boa relação" com Cunha, supostamente referindo-se à propina para garantir o silêncio do ex-deputado.


PEC que propõe eleições diretas está pautada para terça-feira

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê eleição direta em caso de vacância na presidência da República foi pautada para ser analisada na próxima terça-feira, 23, informou o autor, deputado Miro Teixeira (Rede-RJ).

A decisão foi tomada nesta quinta-feira, 18, em uma reunião entre o presidente da comissão, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) e outros parlamentares um dia depois da divulgação de informações de que o presidente Michel Temer teria atuado para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


Na noite desta quarta, 17, logo após a divulgação da notícia pelo jornal O Globo, centenas de manifestantes foram às ruas em São Paulo e Brasília para reforçar a renúncia de Temer e a realização de eleições diretas.

“A pressão popular pode fazer com que a tramitação da PEC corra”, disse Teixeira.  Proposta em 2016, a PEC está parada desde junho passado, quando o relator,  deputado Esperidião Amin (PP-SC), apresentou seu parecer pela admissibilidade.

O texto propõe alteração do dispositivo constitucional  no qual está previsto que em caso de afastamento do presidente após a segunda metade do mandato o cargo deverá ser ocupado via eleição direta, pelo Congresso. A proposta é que, neste caso, a escolha do presidente seja feita via voto popular.


http://www.folhapolitica.org/2017/05/pec-que-propoe-eleicoes-diretas-esta.html#more

Globo e O Antagonista querem mais 30 milhões de desempregados e apostam no Caos para derrubar Temer

A Globo e outros sites alinhados com o mercado financeiro, como site da Consultoria Empiricus, O Antagonista, parecem ignorar todas as revelações graves envolvendo os ex-­presidente Lula e Dilma e apontam toda sua artilharia contra o governo Temer. 

Os veículos promovem um verdadeiro massacre contra o atual governo, exigindo a renúncia de Temer, enquanto ataques especulativos são promovidos por seus parceiros comerciais, que lucram bilhões com a queda na Bolsa de Valores e a alta do dólar. A própria JBS reconheceu que lucrou R$ 1 bilhão com a compra da moeda americana às vésperas do vazamento de edições truncadas da transcrição do áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer. 

O desespero com que tentam desestabilizar o governo justamente num momento de retomada do crescimento econômico e da geração de empregos assusta a população.
Trata-­se de uma batalha envolvendo interesses que não contemplam a população, que há muito tempo não experimentava um clima de relativa segurança com a queda da inflação, dos juros e da cotação do dólar. 

É fato que o governo Temer cortou muitos gastos que não agradaram a setores acostumados ao acesso fácil ao dinheiro do contribuinte. A Globo, dominada pelo pensamento de esquerda, vive dificuldades com o corte de verbas da publicidade governamental, de onde sempre obteve a maior fatia de seu faturamento. A possibilidade de que a emissora tenha lucrado com o vazamento de transcrições falsas da conversa gravada por Joesley Batista com Temer também é grande. Na emissora, são várias cabeças que defender que o Estado tem o dever de sustentar a atividade cultural de um grupo que faz parte da elite artística e jornalistica do país. 

O problema é que se apegaram a acusações extremamente frágeis contra Michel Temer e não esperavam que o presidente fosse reagir de forma tão enérgica. Temer não cedeu as pressões oportunistas e surpreendeu a todos, inclusive membros de sua própria equipe econômica. A participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na visita do dono da JBS ao presidente Michel Temer também levantou uma série de suspeitas. Meirelles insistiu para que Temer recebesse Joesley Batista no Palácio do Jaburu. Não se sabe se o ministro da Fazenda sabia da trama do empresário, que levou consigo um gravador para tentar arrancar algum diálogo comprometedor com Temer. Mas é fato que Meirelles, ex­-presidente do grupo JBS, é o candidato da Globo e do mercado financeiro para assumir o lugar de Temer. 

Neste momento, grupos poderosos atuam para derrubar o governo e contam com o apoio de gente como Gilmar Mendes, Lula, Nelson Jobim, Joesley batista e outras figuras bastante suspeitas. Estão todos interessados no caos político e nos lucros que uma nova crise pode gerar para todos. Ninguém se importa se milhões de brasileiros vão perder seus empregos com uma nova crise econômica. A irresponsabilidade com que a Globo, O Antagonista e outros veículos alinhados com o mercado financeiro tentam explorar elementos tão frágeis para derrubar Temer é indecente. 

Até aqui, tudo caminhava para uma transição tranquila em 2018, mas a ameaça que paira sobre o ex­presidente Lula, que pode ser condenado e se tornar inelegível, fez com que setores que passaram a última década e meia se beneficiando dos esquemas de corrupção mantidos pelos governos petistas se precipitassem em uma clara tentativa de golpe. Eles querem Lula no poder e o fim da Lava Jato, que pelo andar da carruagem, logo chegará aos esquemas da Globo com o PT. 

http://www.imprensaviva.com/2017/05/globo-e-o-antagonista-querem-mais-30.html

JBS pagou US$ 220 milhões em propinas ligadas a operações com o BNDES


A JBS calcula que pagou cerca de US$ 220 milhões de propina relacionada às operações com Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e fundos de pensão, segundo um dos depoimentos em que o presidente da empresa Joesley Batista prestou à Procuradoria Geral da República (PGR) dentro da delação premiada dos executivos do grupo J&F.

Desse total, um terço foi para um empresário amigo de Mantega e outros dois terços foram acumulados e se transformaram, em 2014, nas doações da empresa ao PT e aliados.

Apesar de relacionar esse pagamento aos empréstimos e aos aportes de capital que o banco fez na empresa, Joesley afirmou que sua vida “nunca foi fácil na instituição” e isentou o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho, e todo corpo técnico e dirigente da instituição de qualquer ato ilícito ou pedido de propina.

Seu contato, explicou, sempre passou pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. A proximidade entre eles começou quando Mantega estava no Planejamento, se aprofundou na sua gestão como presidente do BNDES e continuou quando Mantega assumiu o Ministério da Fazenda

Na narrativa de Batista, cerca de dois terços desse valor (US$ 150 milhões) são usados para irrigar duas contas no exterior abertas como se fossem créditos para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As offshores, afirma, nunca estiveram no nomes deles. As contas sempre estiveram sob domínio da JBS e o valor foi usado na campanha de 2014 — para a chapa Dilma-Temer como para aliados (PMDB e outros partidos) e campanhas estaduais.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, por exemplo, recebeu pelo menos R$ 30 milhões. Esse valor especificamente foi pago através da compra real de uma participação de 3% no estádio do Mineirão. Batista apresentou como prova o contrato dessa compra, feito com a empresa HAP Engenharia, bem como os recibos de transferência do recurso.

A história contada por Joesley traz à cena um personagem pouco conhecido. Segundo ele, nos primeiros anos do governo do PT, ele conheceu Victor Sandri, que se apresentou como amigo do ministro Guido Mantega (então no Planejamento), com quem teria “intimidade”. O executivo da JBS descreve Sandri como um empresário do setor imobiliário, que também manteve durante um tempo uma distribuidora de cimento. É para Sandri que Batista pagava 4% do valor de todas as operações feitas com o banco entre 2005 e 2009. Ele lista três: a compra da Swift Armour argentina (US$ 80 milhões, o primeiro empréstimo liberado pelo BNDES, que “foi mais caro que o normal”), a primeira entrada do BNDES como sócio (em torno de US$ 500 milhões, em 2007) e a segunda participação (US$ 1 bilhão, sendo US$ 500 milhões do banco e US$ 500 milhões dos fundos Petros e Funcef, todos reunidos no fundo Proti).

“Paguei 4% do valor de cada operação para o Vic, o que deu cerca de US$ 60 milhões, US$ 70 milhões, tudo no exterior. Ele dizia que era metade para ele e metade para o Guido, mas nunca falei com ele [Guido] sobre isso”, disse o empresário.

Mantega foi presidente do BNDES de novembro de 2004 a março de 2006, quando é substituído por Demian Fiocca (indicado por Mantega), que fica até maio de 2007, quando assume Luciano Coutinho.

“Minha relação sempre foi com o Guido. Primeiro, até 2009 ela passava pelo Vic. Até lá, toda vez que eu precisava falar com o Mantega, acionava o Vic. Não sei como funcionava com o Guido e o banco. Acho que ele [Guido] pressionava o Luciano, que sempre foi muito formal comigo”, contou o empresário.

Ele relata, inclusive, uma ocasião quando Mantega teria uma reunião com Coutinho e esse ficou contrariado quando percebeu que Joesley estava presente. Mais tarde, perguntado, disse que nunca soube de nenhum ilícito de Luciano Coutinho e de nenhum funcionário do banco.

Em 2009, conta Batista, ele se afastou de Victor Sandri e passou a falar diretamente com Mantega. No segundo ou terceiro encontro “direto” com o já ministro da Fazenda, ele abordou os repasses, sem falar em percentual.

“É um problema porque você nunca sabe o que o intermediário diz, se ele contava mesmo de quanto era o total fixo, e eu não queria confusão”, disse Joesley. “Aí na primeira oportunidade que falei, ele me disse: “Eu não quero que você mande o dinheiro para conta nenhuma. Quando eu precisar eu te falo. Vamos vendo caso a caso, quando for importante para você, você credita lá para mim o que você acha que vale”, relatou o empresário, contando o que teria ouvido de Mantega.

Na sequência, Batista relata que ainda na era Lula essa conta aberta acumulou cerca de US$ 70 milhões. Depois, entre 2011 e 2014, outros US$ 80 milhões foram creditados em uma conta para Dilma, mas nunca aberta em nome da ex-presidente. Mantega, disse ele, lhe orientou para manter as duas contas separadas.

Nesse período, a propina relacionada ao empréstimo de R$ 2 bilhões para a construção da Eldorado Celulose abasteceu a conta aberta para a presidente Dilma. “Nunca me aprofundei se isso era do presidente Lula, se era do governo Lula”, disse o empresário. Ele conta que em diversas ocasiões levou a Mantega os extratos das duas contas. Ao longo desses anos, Mantega pediu uma vez que ele investisse R$ 5 milhões na Pedala Equipamentos (uma empresa que depois quebrou) e outros R$ 20 milhões que acabaram voltando para a JBS (mas ele não explica essa volta).

Na prática, só em 2014, Mantega começa a usar esse dinheiro. Ele teria chamado Batista várias vezes e em cada oportunidade dado uma lista de aliados ou de candidaturas petistas que deveriam receber recursos, e combinado com ele que Edinho [Silva, então tesoureiro da campanha de Dilma] o procuraria para acertar os detalhes.

Edinho referendava a lista, mas depois cada partido escolhia como receber o dinheiro. “Cada partido decidia se queria por dentro, por fora, nota fria, caixa dois”, disse ele. “Mas não sei se Edinho sabia a origem desse recurso”, acrescentou Joesley.

Assim, explicou o dono da JBS, todas as doações (legais e ilegais) feitas pela empresa em 2014 foram pagas com esse caixa feito a partir dos US$ 150 milhões acumulados em nome de Lula e Dilma. Em reais, disse ele, as doações originadas nesse caixa representaram cerca de R$ 360 milhões naquele ano.

Batista ainda conta que preocupado por estar usando uma reserva feita em nome de Lula e de Dilma procurou os dois, separadamente. Para Lula, ele não mencionou BNDES. “Eu falei para ele: ‘Não sei se o senhor tem a ver com isso ou não, somos o maior doador e essa conta já passou de R$ 300 milhões, o senhor tá entendendo a exposição?’, e ele não falou nada, só ficou olhando, em silêncio.”

Com Dilma ele diz que foi bem mais explícito. “Eu contei tudo, falei que estava acabando o que era do Lula, e também a conta dela. A presidente sabia que tinha relação com o BNDES, mas não mencionamos isso. Mas falei que o dinheiro estava acabando. Aí ela me pediu para dar mais R$ 30 milhões para o Pimentel. ‘Se você puder, encontre ele e ajude’, ela falou”, relata o empresário.

Joesley conta que foi para Belo Horizonte e encontrou Pimentel no hangar do aeroporto, quando este lhe disse que havia sido informado por Dilma do apoio que ele daria. Nessa conversa, Pimentel pediu para a ajuda ser viabilizada pela compra de participação em, um estádio de futebol. “E assim a JBS virou sócia do Mineirão com uma participação de 3%, que temos até hoje”, contou Batista. Ele comprou a participação da empresa HAP Engenharia, de Roberto Senna. “E foi feito com uma transferência bancária, tudo legal”, acrescentou. Nos documentos entregues à PGR, estão o contrato e cópia das transferências feitas.

Joesley faz questão de reforçar, no depoimento, que a relação da empresa com o BNDES sempre foi técnica, sem nenhum comportamento ilícito. “Minha relação sempre foi difícil com o banco. Acho até que eles eram mais rigorosos comigo que com meus concorrentes. Não sei se era para me obrigar a pagar propina”, ponderou em sua delação.

http://www.folhapolitica.org/2017/05/jbs-pagou-us-220-milhoes-em-propinas.html


Joesley diz que Lula pediu 'ajuda' para o MST



O empresário Joesley Batista, delator da JBS, disse ao deputado Rocha Loures (PMDB/PR) que a última vez que conversou pessoalmente com Lula foi no fim de 2016, mas contou que recentemente recebeu uma ligação do ex-presidente com um pedido de ajuda ao Movimento dos Sem-Terra (MST). “Ele me ligou esses dias, pediu pra mim [sic] atender os sem-terra. Eu digo: ‘ô presidente’ (risos)… ‘Joesley, eu tô aqui com o (João Pedro) Stédile, não sei o que ele precisa falar com você’… ‘Tá bom presidente, manda ele vir aqui. Eu atendo ele, tá bom?'”, relatou o empresário ao deputado.

João Pedro Stédile, economista, é o líder do MST. Joesley não disse se, afinal, encontrou-se com ele.

A conversa com Loures foi gravada pelo próprio Joesley, já no curso da delação premiada que ele fechou com a Procuradoria-Geral da República. O áudio tem uma hora e 14 minutos de duração e foi anexado aos autos da Operação Patmos, que mira o presidente Michel Temer, o senador Aécio Neves (PSDB) e o próprio Loures.

O encontro do delator Joesley com o parlamentar – afastado do mandato por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal -, ocorreu no dia 13 de março, apenas uma semana depois que o executivo da JBS gravou a conversa com Temer. Na ocasião, Joesley recebeu Loures em sua própria residência, no Jardim Euriopa, em São Paulo.

Aos procuradores da Lava Jato, Joesley contou que abriu uma ‘conta-corrente’ de US$ 80 milhões no exterior para atender ao ex-presidente. Ele disse que não tem amizade com o petista como as pessoas imaginam.

“Sobre o Lula, eu acho assim, primeiro, que eu não tenho amizade com ele igual o povo acha que eu tenho. Eu conheci o Lula tem dois anos atrás, fim de 2013”, contou Joesley ao deputado Loures.

Segundo ele, o parlamentar foi indicado por Temer como uma pessoa de sua ‘estrita confiança’ para ajudar o empresário em seus negócios. O deputado foi filmado pela Polícia Federal pegando uma mochila com R$ 500 mil em propina viva, em São Paulo.

Loures comenta com Joesley que tem ‘boa relação’ com Lula. “Sempre me dei bem com ele, sempre fui não-ideológico, mas prático. Agora, me parece que muito desse movimento (investigações da Lava Jato) é para alcançá-lo, né Joesley, a ele e ao entorno”, disse o deputado. “Com certeza”, respondeu o empresário. No diálogo, ambos concordaram que ‘a única coisa que resta’ a Lula ‘é enfrentar’ a Lava Jato.

Curiosamente, foi nesse período em que Joesley disse ter conhecido Lula pessoalmente que ganhou força o boato nas redes sociais de que um dos filhos do ex-presidente, Fabio Luis Lula da Silva, era sócio-oculto da Friboi, marca de frigorífico do grupo JBS. Ele e os irmãos que são sócios da empresa sempre trataram os rumores com ironia.

Ao Ministério Público Federal, Joesley disse que abriu duas ‘contas-correntes’ de propina no exterior que seriam vinculadas a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff, para pagamento de campanhas eleitorais. O saldo em ambas chegou a US$ 150 milhões, segundo o delator. Esses recursos, afirmou o empresário, eram operados pelo ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) nos governos Lula e Dilma.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA

Nota

“Verifica-se nos próprios trechos vazados à imprensa que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-Presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados.

A verdade é que a vida de Lula e de seus familiares foi – ilegalmente – devassada pela Operação Lava Jato. Todos os sigilos – bancário, fiscal e contábil – foram levantados e nenhum valor ilícito foi encontrado, evidenciando que Lula é inocente. Sua inocência também foi confirmada pelo depoimento de mais de uma centena de testemunhas já ouvidas – com o compromisso de dizer a verdade – que jamais confirmaram qualquer acusação contra o ex-Presidente.

A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premiadas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência – ainda que frivolamente – ao nome do ex-Presidente.”

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

COM A PALAVRA, DILMA ROUSSEFF

“A propósito das notícias a respeito das delações efetuadas pelo empresário Joesley Batista, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece que são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário:

1. Dilma Rousseff jamais tratou ou solicitou de qualquer empresário, nem de terceiros doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais, tanto em 2010 quanto em 2014, fosse para si ou quaisquer outros candidatos.

2. Dilma Rousseff jamais teve contas no exterior. Nunca autorizou, em seu nome ou de terceiros, a abertura de empresas em paraísos fiscais. Reitera que jamais autorizou quaisquer outras pessoas a fazê-lo.

3. Mais uma vez, Dilma Rousseff rejeita delações sem provas ou indícios. A verdade virá à tona.”

Assessoria de Imprensa/Dilma Rousseff

http://www.folhapolitica.org/2017/05/joesley-diz-que-lula-pediu-ajuda-para-o.html