Os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica divulgaram uma nota neste fim
de semana garantindo que estão de prontidão para evitar qualquer tentativa midiática
de golpe de Estado movida setores do mercado especulativo como a que ocorreu na
última quarta-feira, quando vários setores da imprensa se mobilizaram para pedir a
renúncia do presidente Michel Temer. Os militares informaram em nota que
cumprirão Constituição e fizeram questão de garantir, neste momento de crise
política, sua total subordinação aos preceitos constitucionais.
Diante do ataque especulativo e midiático da última semana, os comandantes
militares lembraram que as Forças Armadas têm seu papel determinado pela
Constituição. Em nota, o comandante do Exército, general Villas Bôas, "reafirma que
a atuação da Força Terrestre tem por base os pilares da estabilidade, legalidade e
legitimidade, e ressalta a coesão e unidade de pensamento entre as Forças Armadas"
O general ainda fez questão de deixar clara sua posição nas redes sociais e reafirmou o
"compromisso perene com a Constituição e em prol da sociedade". Na mesma linha, a
nota da Aeronáutica é assinada pelo chefe do Centro de Comunicação Social da
Aeronáutica, brigadeiro Antonio Ramirez Lorenzo. A nota diz que o encontro foi para
"tratar da conjuntura política".
"Como de praxe em reuniões já realizadas entre esses atores, prevaleceram a unidade
de pensamento e o estrito cumprimento das normas legais, características inerentes às
Forças Armadas Brasileiras", diz a nota.
Com o mesmo tom, a Marinha divulgou nota sobre o encontro, destacando que fora
"convocada" pelo ministro da Defesa. Segundo o texto, foi " discutida a conjuntura
atual e destacada a total subordinação das Forças aos ditames constitucionais".
No ataque orquestrado contra o governo Temer, que teve como instrumento uma
transcrição falsa de uma gravação feita pelo empresário Joesley Batista, setores da
imprensa como a Rede Globo e o site O Antagonista se precipitaram ao exigir a
renúncia de Temer. Enquanto os meios de comunicação voltavam toda sua artilharia
contra o governo, seus controladores especulavam no mercado financeiro com a queda
da Bolsa e a supervalorização do Dólar. Apesar do ataque orquestrado, no qual apenas
a JBS lucrou R$ 1 bilhão com o câmbio, os órgãos de imprensa ficaram sem a
manchete da renúncia de Temer. Diante da resistência do governo, alguns setores da
imprensa começam a demonstrar certo embaraço.
fonte: http://www.imprensaviva.com/2017/05/forcas-armadas-nao-permitirao-golpe.html