Conforme está previsto no Art. 28. da Lei Eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral, após
trânsito em julgado de decisão, determina o cancelamento do registro civil e do
estatuto do partido contra o qual fique provado ter recebido ou estar recebendo
recursos financeiros de procedência estrangeira.
A delação premiada do dono da JBS Joesley Batista atesta justamente este fato: o PT
recebeu cerca de R$ 360 milhões em recursos do exterior, depositados pelo
empresário em contas na Súíça destinadas aos ex-presidentes Lula e Dilma. Joesley
confirmou aos procuradores da República os valores destinados as despesas de cada
um, confirmou a existência de extratos e informou que os saques nas contas eram
feitos pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o aval de Lula e Dilma. Como
a delação já foi devidamente homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal,
Edson Fachin, a delação passa a ter validade jurídica. Isto significa que a Justiça Eleitoral já possui elementos mais que suficientes para fazer valer a Lei para
determinar o cancelamento do registro civil e do estatuto do PT. Pois coloca o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como principal interlocutor dos
acertos criminosos na gestão petista. Mantega interferia no BNDES a pedido de
Joesley e, em troca, o empresário destinava valores milionários de propina a contas
secretas no exterior, que estariam reservadas ao ministro.
Em seu depoimento, Joesley contou aos procuradores que acertou pessoalmente com
Mantega a abertura de duas contas correntes no exterior para serem abastecidas com
propina aos ex-presidentes, paga pelos negócios bem-sucedidos do grupo com o
BNDES. “Você credita [na conta], vai ficar contigo, um dia se eu precisar eu te falo”,
afirmou Mantega ao empresário durante uma reunião em 2009.
Joesley afirmou que durante a mudança do governo Lula para a gestão Dilma
Rousseff, Mantega lhe pediu que abrisse uma nova conta. “Ele falou ‘essa conta aqui é
a conta do Lula. Essa aqui, tem que abrir uma pra Dilma’. Eu perguntei ‘eles sabem
disso?’ Não, sabem sim, eu falo tudo pra eles”, contou o dono da JBS. Joesley relatou
que, antes de se reunir com Mantega, imprimia extratos das contas e entregava ao
então ministro da Fazenda. “Ele dizia que ia mostrar pro Lula ou mostrar pra Dilma”,
contou.
Os recursos milionários foram se acumulando até que, em 2014, na campanha à
reeleição de Dilma, Mantega avisou que precisaria do dinheiro. Na ocasião, o saldo de
ambas as contas totalizava cerca de US$ 150 milhões.
fonte: http://www.imprensaviva.com/2017/05/contas-de-lula-e-dilma-na-suica-obrigam.html
fonte: http://www.imprensaviva.com/2017/05/contas-de-lula-e-dilma-na-suica-obrigam.html