segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Gleisi Hoffmann comete erro grosseiro de matemática ao publicar pesquisa para atacar Moro e vira alvo de chacota

Gleisi Hoffmann que é ré por corrupção, publicou os resultados de algumas pesquisas para mostrar o suposto apoio da população ao ex-presidente Lula. 
Em um dos casos, a senadora afirmou que "Moro não convence: 42% dos entrevistados dizem que ele não provou a culpa de Lula no caso do tríplex do Guarujá, 32% que provou e 27% não sabem". 

Os internautas imediatamente fizeram chacota da senadora porque a soma das porcentagens é maior que 100%: "Superfaturam até isso!". A pesquisa à qual a senadora se referiu foi encomendada pela CUT ao instituto Vox Populi. 

APENAS UMA MUDANÇA PROFUNDA NO PAÍS PODERÁ NOS TIRAR DO CAMINHO DA CATÁSTROFE SOCIALISTA


Por Leandro Ruschel
No último dia 2  tivemos mais um capítulo da história de terror da política brasileira.
Temer manteve o cargo, mesmo com todos sabendo que se trata de um corrupto. Até porque nenhum sujeito limpo aceitaria ser vice do PT.
Por outro lado, se ele tivesse caído, não haveria o que comemorar, já que há claramente um alinhamento de parte do Ministério Público Federal com a esquerda radical. Se Janot tivesse 10% da vontade de investigar e punir a turma do PT que demonstrou no caso JBS, eles já estariam todos presos.
Mais, o próprio STF já demonstrou toda a sua benevolência com a quadrilha, soltando o bandido José Dirceu para que ele possa escrever artigos na Folha de São Paulo defendendo a ditadura venezuelana, almejando a criação do mesmo regime totalitário no Brasil.
Ou seja, com esse tipo de autoridade responsável pela “limpeza”, e com 2/3 do Congresso envolvidos em atos ilegais de forma comprovada, só nos resta a alternativa de aceitar com desgosto o corrupto que faz algumas reformas e não quer transformar o Brasil numa Venezuela, por hora.
Mas essa é realmente a postura correta e que gerará os melhores resultados? O próprio Lula declarou que prefere Temer no cargo para o seu círculo mais próximo, segundo várias fontes. Assim podem usar a narrativa do “golpe” e afirmar que os “coxinhas” não querem combater a corrupção, apenas defender a “reforma neo-liberal”, outro termo sem sentido que eles usam como resposta automática, além do “fascista”, que eles utilizam sem um pingo de vergonha na cara enquanto defendem o assassino e torturador Maduro.
Enquanto isso, seguem os aumentos para o funcionalismo público, as contas públicas sugam toda a poupança nacional, 14 milhões de pessoas seguem desempregadas e os empreendedores endividados lutam para manter vivas as suas empresas, enquanto cidadãos honestos morrem como moscas nas ruas, sem ter acesso a segurança pública e nem mesmo o direto de portar uma arma para se defender.
“Vamos dar o troco nas eleições”, sugere um otimista. Esquece ele que os partidos se organizam para lançar os mesmos corruptos de sempre e para manipular o sistema eleitoral, em benefício deles. Sem contar que as próprias urnas eletrônicas são tão confiáveis quando um cartão de crédito nas mãos de um bandido.
O Brasil está dominado por uma grande quadrilha, formada por uma elite podre, dividida entre facções piores, como PT, PCdoB, PSOL e PDT, e outras que estão mais focadas no roubo e menos na criação do regime chavista.
Praticamente toda a quadrilha segue o ideário esquerdista, socialista, com o PMDB e PSDB representado o socialismo “democrático”.
Estamos tão longe de uma solução que talvez o resultado do dia 2 seja o menos ruim, mas com certeza apenas uma mudança profunda no país poderá nos tirar do caminho da catástrofe socialista.

Gazeta do Povo conteúdo

Deputados gastam meio milhão de reais por dia com verba de gabinete

Despesas de deputados com combustível, aluguel de carros e aviões, passagens aéreas, divulgação, consultorias, hospedagem, alimentação, táxi, pedágio, enfim, tudo, já consumiram R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos desde 2009, quando foi criada a “cota para o exercício da atividade parlamentar” – mais conhecida como “verba de gabinete”. Em oito anos, os deputados gastaram, em média, R$ 515 mil por dia.
O R$ 1,5 bilhão é mesmo valor que foi empenhado (reservado) este ano no programa Minha Casa, Minha Vida para atendimento a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. Só nesta legislatura, os gastos dos deputados somaram R$ 522 milhões. O valor mensal da cota é definido de acordo com o estado de origem do parlamentar – quanto mais longe de Brasília, maior é a verba.
As maiores despesas no atual mandato foram com divulgação parlamentar e passagens aéreas: R$ 123 milhões e R$ 122 milhões, respectivamente (veja infográfico no fim deste post). Desde 2009, os dois itens superam a cada dos R$ 300 milhões. As passagens são necessárias porque permitem o deslocamento dos parlamentares dos seus estados até Brasília. Para a divulgação das suas atividades, eles contratam produtoras de vídeos, agências de publicidade, pagam cotas mensais a veículos de comunicação e blogueiros, imprimem jornais, cartilhas.
Apenas uma produtora de vídeos, a Incine Vídeo Web, já faturou R$ 2,3 milhões nesta legislatura, em contratos com 24 deputados. A sede da empresa, no Setor Comercial Sul de Brasília, ocupa duas salas com cerca de 30 metros quadrados cada (veja vídeo abaixo). Ali trabalham editores de vídeos, videografistas, editores, produtores. Cinco equipes de TV estão permanentemente no Congresso. No total, são 32 profissionais. Eles acompanham os parlamentares nas comissões, plenário e até em audiências nos ministérios. A empresa também atende emissoras de TV regionais e associações de classe. A empresa Nacom, do mesmo ramo, faturou R$ 1,2 milhão desde 2015.
O deputado que mais gastou com a divulgação do seu mandato foi o líder do PRB, Cleber Verde (MA), um total de R$ 770 mil. A maior parte – R$ 289 mil – foi investida no jornal Folha do Trabalho, distribuída no seu estado com matérias de vários parlamentares (veja foto abaixo). Além desse produto, a empresa oferece um folheto informativo individual para os parlamentares. De 2009 até hoje, a divulgação das atividades do deputado já custou R$ 1,85 milhão aos cofres públicos.
O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) gastou R$ 1,58 milhão no mesmo período, mas com outro foco. Todo o dinheiro foi gasto com duas gráficas: a Balcolor (R$ 940 mil) e a Três Pontas (R$ 612 mil). “Eu imprimo cartilhas com o Estatuto do Idoso. É a minha área de atuação”, explica o deputado. Ele atua junto a aposentados, que preferem o material impresso a mensagens pela internet.
Viagens por terra, água e ar
Nas despesas com passagens aéreas, a liderança neste mandato é de Paulo Pereira da Silva (SD-SP), com R$ 688 mil, e desde 2009 é de Wladimir Costa (SD-PA) – o deputado que tatuou o nome do presidente Michel Temer no braço –, com R$ 1,5 milhão. Entre as empresas aéreas, a TAM lidera no faturamento geral, com R$ 139 milhões – 9% do total da verba de gabinete –, seguida pela Gol, com R$ 102 milhões.
O deslocamento dos deputados nos estados acontece por terra, água e ar. O aluguel de carros consumiu R$ 69 milhões na atual legislatura. Mais R$ 43,8 milhões foram gastos com combustível. Flaviano Melo (PMDB-AC) foi quem mais gastou com combustível: R$ 171 mil. Givaldo Carimbão lidera o fretamento de veículos, com R$ 316 mil.
O aluguel de aviões gerou gastos de mais R$ 7,3 milhões neste mandato. Quem mais gastou nesse item foi Átila Lins (PSD-AM), com R$ 701 mil. Considerando despesas feitas a partir de 2009, quem mais faturou foram as empresas Tope Line (R$ 951 mil) e a Ceará Táxi Aéreo (R$ 912 mil).
O fretamento de embarcações custou apenas R$ 107 mil na atual legislatura e R$ 455 mil desde 2009. O maior usuário foi o Delegado Éder Mauro (PSD-PA), com R$ 66 mil. Gastou R$ 44 mil com sete locações da lancha Focker 280 de Jerre Adriano.
Os deputados não deixam escapar nada. Tiveram reembolsos de R$ 2,88 milhões com despesas de táxis, pedágio e estacionamento. Quem mais faturou – R$ 691 mil – foi o Centro de Gestão de Meios de Pagamentos, que gerencia pagamentos a concessionárias de rodovias e estacionamentos em nove estados. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) gastou R$ 62 mil com a Sipetaxi DF – empresa que recebeu um total de R$ 631 mil de deputados entre 2009 e 2017.
Imóveis de vereadores
A manutenção de escritórios de apoio nos estados é outra despesa pesada. Foram R$ 57 milhões nesta legislatura e R$ 156 milhões desde 2009. O campeão de gastos é Vinícius Gurgel (PR-AP), com R$ 509 mil. Na terceira posição aparece outro deputado do Amapá, André Abdon (PP-AP), com R$ 455 mil. Uma coincidência entre os dois: eles alugaram imóveis de candidatos a vereador e prefeito nas eleições de 2016. Gurgel gastou R$ 439 mil com a locação de casas de aliados políticos, enquanto Abdon teve uma despesa de R$ 146 mil.
Edenilton Pereira aluga uma casa para Gurgel na Avenida Castelo Branco, nº 525, no centro da cidade de Ferreira Gomes (AP). Como as locações começaram em 2011, ele já recebeu R$ 144 mil do deputado. O aluguel está em R$ 3 mil. No ano passado, Edenilton, registrado como “Giro” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi candidato a prefeito pelo PR no município, mas acabou renunciando.
Rômulo Nascimento foi candidato a prefeito em Porto Grande (AP), também pelo PR, e conseguiu 2.320 votos, mas ficou apenas na terceira colocação. Ele aluga um imóvel para Gurgel desde março de 2013 no valor de R$ 5 mil – o suficiente para alugar um apartamento de três quartos no Plano Piloto em Brasília. O imóvel de Rômulo fica na Rodovia Perimetral Norte, nº 1.942, salas A, B e C, em Porto Grande. Somando os aluguéis de 2011 e 2012, de menor valor, o total pago pelo deputado pelas locações chega a R$ 275 mil.
Maraína Martins, eleita vereadora pelo PR em Macapá (AP), com 4.707 votos, recebeu R$ 20 mil de Gurgel pelo aluguel de uma casa em 2015 no valor de R$ 2 mil.
No período eleitoral
Rômulo Nascimento também alugou uma sala (H) para André Abdon, por R$ 2 mil, entre fevereiro de 2015 e outubro de 2016 – justamente o mês da eleição – no mesmo endereço do imóvel locado para Gurgel. Recebeu um total de R$ 42 mil.
O deputado Abdon também alugou imóvel de Rarison Santiago (PRP), vereador mais votado em Santana (AP), pagando um total de R$ 60 mil, no mesmo período, até outubro de 2016. Por coincidência, o deputado alugou uma casa de Alzivan Alves (PRP), eleito vereador em Ferreira Gomes, com término do contrato no mês da eleição. Foram cinco meses de locação num total de R$ 15,5 mil.
A candidata a vereadora Irmã Joelma (PP) alugou imóvel para o deputado em Laranjal do Jari (AP), entre fevereiro de 2015 e junho de 2016. Fez apenas 79 votos e não foi eleita. Mas é grata a Abdon, como demonstra constantemente nas redes sociais.
Questionada sobre o aluguel de imóveis de vereadores, a assessoria de Abdon limitou-se a responder que “esses aluguéis já tiveram seus contratos encerrados ano passado. Nenhum está mais em vigência”. Gurgel não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem.
OPS
Os dados sobre a “Cota para o exercício da atividade parlamentar” estão disponíveis na página da Câmara na Internet. Mas o portal não permite fazer totalizações. Os dados desta reportagem foram obtidos com a utilização de filtros e buscas disponibilizados pela ONG Operação Política Supervisionada (OPS), que fiscaliza os gastos realizados com as verbas de gabinete da Câmara e do Senado.
A OPS conta com a ajuda de colaboradores, espalhados pelo Brasil, para o levantamento de informações necessárias para a conclusão de fiscalizações, como por exemplo, o envio de fotos de endereços suspeitos em diversas cidades do país. O trabalho de fiscalização é coordenado por seu fundador, Lúcio Batista, o Lúcio Big.
Segundo relata Big, já foram economizados mais de R$ 5,5 milhões do dinheiro público graças a estas fiscalizações e às exigências feitas diretamente aos parlamentares para que devolvam o dinheiro público indevidamente utilizado.

Verba de gabinete

Deputados federais têm direito a uma cota mensal para exercício da atividade parlamentar. Em oito anos, verba consumida já soma R$ 1,5 bilhão.






por Lúcio Vaz
Gazeta do Povo conteúdo

Criminalista mais famoso do país crê que condenação de Lula deve ser anulada

Segundo informa a Gazeta do Povo, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou na quinta-feira (3), que a condenação do ex-presidente da República Lula da Silva, determinada pelo juiz Sergio Moro na Lava Jato, deve ser anulada, por não conter provas de que o petista se beneficiou com o esquema de corrupção na Petrobras. 
“O Moro, quando julgou o desembargo, afirmou que, em nenhum momento, teria dito que o pagamento daquele montante que entendeu ser corrupção dizia respeito à Petrobras. Com isso, ele declarou que não é competente. O processo tem que ser anulado”, opinou o advogado, responsável pela defesa de vários outros acusados nesta operação que investiga esquema de corrupção na estatal petrolífera.

O argumento de que Moro ultrapassou o escopo da investigação ao não relacionar os supostos pagamentos feitos pela empreiteira OAS ao dinheiro desviado da Petrobras também faz parte da defesa apresentada pela equipe de advogados de Lula, liderada por Cristiano Zanin Martins.
Em meados de julho, o juiz decidiu que os R$ 16 milhões da suposta conta corrente da OAS com o PT, que incluem os R$ 2,25 milhões do tríplex no Guarujá e suas respectivas reformas, serão revertidos em favor da estatal.
Kakay participou na última quinta-feira do 6.º Simpósio de Direito Empresarial da Aliança de Advocacia Empresarial (Alae), em São Paulo. O evento contou também com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, do senador tucano Antonio Anastasia (MG) e do ex-ministro Nelson Jobim.
O advogado participou de uma mesa sobre garantias individuais e combate à corrupção, que também contaria com a presença de Rodrigo Janot, procurador-geral da República. Contudo, Janot não participou do evento.

Gazeta do Povo conteúdo

Votos de deputados ‘antipetistas’ geraram reações nas redes sociais e exigiram explicações.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que é “bobagem” associar o voto contrário a Temer a uma possível ajuda a Lula.
“Isso não tem sentido, dizer que estamos dando chance do Lula voltar. O grande problema do país chama-se corrupção. São pegos com uma mala com R$ 500 mil (que segundo a PGR beneficiaria Temer) e não pode ser investigado? Aí estão ignorando a lei.

Não era segredo a vitória de Michel Temer no último dia 2 na Câmara, mas os votos contrários a ele foram acima do esperado: 227 deputados optaram pela continuidade da denúncia. E a oposição contou com muitos votos de integrantes da base que surpreenderam. Entre eles os votos de três deputados do PP que são investigados na Lava Jato, seis votos do Democratas, alguns deles ferrenhos opositores do PT, como Sóstenes Cavalcante (RJ) e Ônyx Lorenzoni (RS), da família Bolsonaro, pai e filho, do tucano Carlos Sampaio (SP) e o Delegado Francischini (SD-PR).

Heinze contou à Gazeta do Povo que preferiu ouvir seus eleitores que seu partido nesse caso. E relatou também que sofreu forte pressão das lideranças da legenda, como o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e do líder ruralista e ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O deputado é ligado a esse setor. Seu nome apareceu entre os parlamentares do PP beneficiados com dinheiro de propina e citados pelo doleiro Alberto Yousseff em 2015.

“Se eu posso ser investigado por quê o presidente da República não pode?! O pessoal conhece a gente. Tenho posição. Disse que não iria me ausentar da votação e disse para o líder e para o pessoal do partido. A pressão foi muito forte da base e votei como meus eleitores queriam” - disse Heinze, que, desde que seu nome surgiu na Lava Jato já foi à Procuradoria-Geral da República 28 vezes tentar resolver sua questão. Os procuradores ainda irão decidir se vão apresentar denúncia ou não contra ele.
Na mesma situação está Jerônimo Goergen, também do PP gaúcho. Ele foi um dos entusiastas para tirar Dilma Rousseff da Presidência. Se aliou, à época, a lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL). Votou contra Temer e também está nas mãos dos procuradores, também citado por Yousseff.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que é “bobagem” associar o voto contrário a Temer a uma possível ajuda a Lula.
“Isso não tem sentido, dizer que estamos dando chance do Lula voltar. O grande problema do país chama-se corrupção. São pegos com uma mala com R$ 500 mil (que segundo a PGR beneficiaria Temer) e não pode ser investigado? Aí estão ignorando a lei. Me considero um exemplo: fui citado pela JBS como beneficiado por recursos na campanha, mas quando recebi encaminhei imediatamente ao partido. Na época do mensalão, fui citado duas vezes pelo ministro Joaquim Barbosa (do STF) como um dos poucos do PP que não recebeu recursos ilegais. O Yousseff falou a mesma coisa. Só pega dinheiro na Petrobras quem vota no governo. Se eu fosse votar de acordo com meus partidos do passado, estaria certamente enrolado na Lava Jato hoje”, disse Bolsonaro.
Francischini, outro da linha de frente para tirar Dilma do Planalto e um adversário do PT, também defendeu que Temer virasse réu no STF. E justificou assim: “Depois de votar pelo impeachment de Dilma, pedir a prisão de Lula e ir para as ruas protestar contra a corrupção, ainda mais como delegado que representa a instituição Polícia Federal no Congresso Nacional, votei coerentemente contra o arquivamento da denúncia contra Temer”, disse o delegado.
Um dos “dissidentes” do DEM, Sóstenes deu um voto anti-Temer atacando o PT. Como se quisesse se justificar. E, na véspera de ano eleitoral, também afirmou ter compromisso com seus eleitores.
“Meu compromisso é com a população brasileira, com os 104.697 eleitores que confiaram a mim este mandato. Sempre disse em alto e bom som que não tenho corruptos de estimação. PSOL, PCdoB e PT não tem moral para falar de corrupção! São hipócritas! Eu votei para prosseguir a investigação! Sou a favor que sejam investigados todo e qualquer indicio de corrupção e que os culpados sejam punidos”, disse Sóstenes.
Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), que também se posicionou contra Temer, disse não esperar retaliação de seu partido.
“Não vai ter isso não. Por isso chama democratas”, afirmou Mandetta à Gazeta.

fonte: Gazeta do Povo

MICHEL TEMER NÃO VAI ESTRAGAR MEU ANO!

Observo, nas redes sociais, súbita atividade dos militantes de esquerda em defesa da ética na política. Essa mobilização não me convence nem comove. Aliás, faz lembrar o antagonismo entre os Manos e os Bala na Cara. É disputa pelo mercado do crime organizado. No ano que vem, fora todos eles!
MICHEL TEMER NÃO VAI ESTRAGAR MEU ANO!
por Percival Puggina
Como bem me apontou outro dia um amigo, o governo Temer é o menos ruim dos três que o petismo proporcionou ao Brasil. Convém, mesmo, reconhecer os fatos: Temer é produto de duas chapas eleitorais petistas e, no curto espaço que lhe coube, exibe resultados que não podem ser depreciados. Para recordar: emenda constitucional que estabeleceu limite aos gastos públicos; reforma trabalhista e fim da sinecura sindical; afastamento de milhares de militantes a serviço de causas partidárias nos órgãos de Estado, governo e administração; inflação abaixo do centro da meta; investimento de R$ 1 bilhão no sistema prisional; reforma do ensino médio; redução de cinco pontos percentuais na taxa de juros; extinção de oito ministérios; e se alguém chegar com um espelhinho no nariz de dona Economia perceberá que ela, lentamente, volta a respirar.
 Mas nem só por isso 2017 foi um ano melhor do que os precedentes. Aumentou muito o número de brasileiros conscientes de que não se pode brincar com o gasto público e de que é necessário tirar de campo, nas próximas eleições, bem identificados picaretas aproveitadores do erário. A Lava Jato preserva seu vigor, com reconhecimento nacional. Réu em seis processos, Lula colheu sua primeira condenação. Vem aí uma reforma da Previdência. Criou-se necessária rejeição social às regalias de certas categorias funcionais e aumentou a intolerância em relação aos corporativismos do setor público e privado. É o primeiro passo para que essas coisas mudem. Ampliou-se a consciência de que precisamos reformar nossas instituições. Ou seja, tornamo-nos mais esclarecidos sobre temas essenciais e isso, sob o ponto de vista político e administrativo, é promissor para o horizonte de 2019-2022.
Então, o novelo em que se enrolou Michel Temer não vai estragar meu ano. A propósito, a Câmara não o julgou e, menos ainda, o inocentou porque essas não eram atribuições suas. Aquele plenário tinha diante de si a tarefa constitucional de decidir sobre a conveniência de o STF processá-lo neste momento. E decidiu que, de momento, ele fica onde está. De momento. A fila anda e a Justiça o espera, mas o Brasil precisa de estabilidade e das reformas em negociação.
 A saída dele serviria ao PT, a seus coligados, a seus movimentos ditos sociais, a seus fazedores de cabeça na Educação, a seus sindicatos e respectivos “exércitos”. Ou seja, daria a alguns uma alegria que estragaria meu ano e meu humor. Se a maior parte dos detentores de mandato até aqui investigados, de todos os pelos, só amargará acertos nos próximos anos, que também Temer entre nessa lista. Por enquanto, que fique quieto na sua cadeirinha e tenha modos. Por enquanto.
 Observo, nas redes sociais, súbita atividade dos militantes de esquerda em defesa da ética na política. Essa mobilização não me convence nem comove. Aliás, faz lembrar o antagonismo entre os Manos e os Bala na Cara. É disputa pelo mercado do crime organizado. No ano que vem, fora todos eles!

Quem apoia Maduro não pode falar de democracia

O PT, ao dar seu apoio à ditadura venezuelana, evidencia que seu plano para o Brasil não seguiria no patamar democrático durante muito tempo e que só não colocou o bolivarianismo para funcionar no Brasil porque as instituições republicanas, aqui, ainda possuíam sustentação democrática e impulsos morais conservadores contrários aos planos socialistas.
Quem apoia Maduro não pode falar de democracia
por Pedro Henrique Alves
A Venezuela é oficialmente uma ditadura, e eu tinha cantado essa pedra com antecedência, em fevereiro para ser mais exato. Com certeza seus sinais já eram perceptíveis desde a eleição de Hugo Chavez; depois com o advento de Nicolás Maduro e seus discursos inflamados ao estilo bolchevique de outrora — e, é claro, o já esperado o apoio do bolivarianismo latino americano.
Quem estuda história sabe que nenhuma ditadura é tão inesperada. Ainda que ninguém queira uma tirania instaurada no governo de seu país, são bem visíveis os sinais de fumaça que preconizam o incêndio. O principal desses sinais é o engrandecimento estatal; todas as ditaduras do século XX, que amontoaram corpos e criaram campos de concentração, agiram através do Estado preponderante e onipotente. Como bem explica Rothbard, o Estado aflorado — status quo — é sempre sinal de ausência de liberdades e cerceamento de direitos e deveres individuais; se o Estado é grande, as liberdades individuais — por reflexo — são diminutas.
A Venezuela, há tempos, começou um processo de estatização dos meios de produção; a dependência unilateral da petrolífera PDSVA — na era Chavez —, até as atitudes tacanhas e verdadeiramente tolas de Nicolás Maduro ao tentar controlar a inflação, levou a Venezuela a uma queda vertiginosa no campo econômico, e, por consequência, no campo social e político. A consequência imediata desses atos de inaptidão administrativa — que veio acompanhada da já esperada utilização dos meios militares e da repressão da oposição —, foi a criação de um campo propício para a instauração de uma ditadura socialista-bolivariana.
A ditadura, numa república, se sumariza basicamente em duas atitudes interligadas: a (1) primeira atitude é a repressão do contraditório, e por consequência, a ausência de uma oposição política organizada e livre no campo social; a democracia sobrevive de oposições. A (2) segunda atitude é o cerceamento da opinião pública livre, seja nas manifestações públicas de rua, nas expressões políticas através dos poderes constitucionais, ou através das mídias em suas variadas vertentes. A (1) primeira atitude desrespeita aos três poderes que, apesar de trabalharem juntos, atuam de maneira substancialmente diferente na intenção de equilibrarem as atuações políticas num tripé de sustentação democrática e legal. Nicolás Maduro simplesmente ignora a tripartição dos poderes constitucionais, expede decretos “a torto e a direito”, já fechou o congresso numa atitude totalmente atabalhoada, além de controlar o Supremo Tribunal Federal; os deputados e opositores vivem cercados pelas as ameaças constantes, alguns já foram presos e até torturados — segundo os meios de comunicação. A (2) segunda atitude acima exposta desrespeita principalmente à camada popular e midiática. A mídia há alguns meses já, não consegue trabalhar sem ser expulsa ou tratada com hostilidade pelos poderes policiais na Venezuela; as manifestações geram mortos e presos políticos num ritmo tão assustador que até a ONU, em sua lentidão magistral, já denunciou tais fatos.
Não há como negar que a Venezuela se tornou uma ditadura. Entretanto, o que venho aqui mostrar é que, tão feio quanto tacar pedra na janela do vizinho é aplaudir a atitude do vândalo. Não há diferença muito substancial entre quem aperta o gatilho e aquele que influenciou o que atirou. O PT, PCdoB e PDT declararam apoio à Maduro e sua tirania no 23º encontro do Foro de São Paulo — aquele encontro comunista que há pouco tempo a mídia nacional dava como inexistente; uma balela conspiratória da mentalidade conservadora. Mas vocês não estão sentindo falta de nenhum partido nessa lista de vergonhas? Sim, meus caros, o PSOL também está nela. O PSOL apoiou publicamente a constituinte lunática de Maduro, constituinte sem legitimidade e aval popular, feito unicamente na base do decreto do ditador e do apoio de sua militância.
A complacência da esquerda diante da ditadura venezuelana, regada pelos mesmos discursos da Guerra Fria: “nós contra eles”, “o povo contra o imperialismo yankee”; essa atitude pateta só mostra o quanto a esquerda na América Latina é retrógrada e antidemocrática. A esquerda nunca conseguiu esconder durante muito tempo a sua face ditatorial. “Não podemos considerar inseparáveis a violência e os valores de esquerda: o contrário estaria mais perto da verdade” (ARON, 2016, p. 51). De Marx até o exato momento, a ditadura sempre fui um viés possível, ou, quiçá, preferível quando o caminho democrático não encontra apoio popular, recursos financeiros e sustentação lógica para o socialismo.
O PT, ao dar seu apoio à ditadura venezuelana, evidencia que seu plano para o Brasil não seguiria no patamar democrático durante muito tempo e que só não colocou o bolivarianismo para funcionar no Brasil porque as instituições republicanas, aqui, ainda possuíam sustentação democrática e impulsos morais conservadores contrários aos planos socialistas.
Bom, para aqueles que não defendem e nem propagam ideologias como doutrinas religiosas, para aqueles que não se deixam cegar pelo evangelismo sindical, era mais do que evidente que a esquerda brasileira estava — e está — conchavada às ditaduras latino-americanas; o grande problema é que o apoio tolo desses partidos apenas deixaram os holofotes ainda mais focados naquilo que outrora eles tentavam esconder sob sete chaves, isto é: a esquerda bolivariana é antidemocrática e usa da ditadura como modus operandi de sua ideologia. O que outrora os opositores conservadores e liberais faziam ao mostrar as intenções ditatoriais da esquerda em suas colunas jornalísticas; agora a própria esquerda faz ao revelar sua face ditatorial de governança política, sem serem necessárias demais retóricas conservadoras ou liberais para tal intento. Agora podem ser comprovadas, pelas próprias palavras desses partidos, as suas intenções e convicções políticas; sem mais cortinas de fumaça ou palavrórios vadios, a esquerda mostra no que acredita e como age para conseguir.
Não ser de esquerda, hoje, não é somente uma tendência ou qualquer opção meramente grupal de novas retóricas inflamadas; se trata de sensatez, de sanidade intelectual e social. Todos que prezam pela liberdade, individualidade, propriedade e a vida, não querem nenhuma máquina estatal dizendo o que a população vai comer, a quantidade e quando poderá comer. Dirão amanhã que Maduro deturpou Marx — não é Luciana Genro? —, apesar de hoje eles apoiarem a deturpação; futuramente, após Maduro derramar seus rios de sangue — Deus queira que eu esteja errado —, dirão que esse não era o verdadeiro socialismo; dirão também que Maduro não era socialista e nem bolivariano, que ele era, na verdade, um fascista, e, quiçá, um yankee comprado pela direita americana para degradar a imagem do socialismo bolivariano. Enfim, no futuro inventarão mil novas desculpas para justificar o injustificável. Irão continuar acreditando na ilusão do socialismo democrático; na deturpação que fizeram na sagrada teoria de Marx; na conspiração americana; e que não havia provas contra Lula. Continuarão dizendo que o Impeachment de Dilma foi um golpe, e que o golpe constituinte de maduro foi democrático.
Por fim, Maduro mata o seu povo e a democracia de seu país, se perpetua no poder no melhor estilo bolchevique, usa a força militar para destruir a oposição. Tudo isso é visto com a mais tenra normalidade pelos partidos socialistas brasileiros, partidos esses que, no mais tardar da noite, chamarão alguém de fascista por apoiar a reforma da previdência ou por não endossar a causa do aborto.
Quem aplaude ditaduras e ditadores não tem honra para falar em democracia.
Fonte: Instituto Liberal
Referência ARON, Raymond. O ópio dos intelectuais, Três estrelas: São Paulo, 2016.
Sobre o autor: Pedro Henrique Alves é Filósofo formado pela Faculdade Dehoniana; escritor na coluna de política do Instituto Liberal de Minas Gerais; editor e escritor do Blog Do Contra; além de estudioso de filosofia política com ênfase em políticas totalitárias.