sexta-feira, 27 de abril de 2018

Lula não explicou por que roubou objetos de ouro do acervo público e escondeu numa sala-cofre do Banco do Brasil


O ex-presidente Lula, que se encontra devidamente preso numa sala especial da Policia Federal em Curitiba, teve várias oportunidades para explicar à população porque roubou vários objetos de ouro do acervo da Presidência da República e escondeu em uma sala-cofre de uma agência do Banco do Brasil em São Paulo.

O tesouro foi descoberto durante a operação Aletheia, em em 24 de fevereiro de 2016, quando Lula foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à PF, por determinação do juiz Sérgio Moro. Perto das 8h40, Lula foi levado para o Aeroporto de Congonhas, em um carro descaracterizado, para depor à PF. Foi naquela ocasião que as autoridades descobriram que Lula ocupava duas coberturas no Edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo. Enquanto o petista era interrogado na sala da PF no Aeroporto, agentes realizavam buscas nos dois imóveis.

Entre outras coisas, os investigadores encontraram um documento relacionado à uma sala-cofre de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, em nome da ex-primeira dama Marisa Letícia e de um dos filhos do casal. Os agentes acharam o documento “Termo de Transferência de Responsabilidade” (Custódia de 23 caixas lacradas). A descoberta foi comunicada pela PF ao juiz federal Sérgio Moro por meio de relatório que inclui fotos do local onde estão os itens. Quando chegaram ao local, os agentes se depararam com 133 peças peças de ouro, jóias, obras de arte e outros objetos que deveriam ter permanecido no Acervo da Presidência da República.

Desde aquele episódio, o ex-presidente Lula concedeu centenas de entrevistas, subiu em dezenas de palanques, fez caravanas por quase uma centena de cidades pelo país, mas não explicou à população por que roubou um tesouro do acervo do povo e escondeu em uma sala-cofre do Banco do Brasil. 

Na época da descoberta, o Instituto Lula divulgou uma nota informando que Todos os objetos listados estavam "guardados, preservados e intocados.” 

Lula também está guardado, preservado e intocado numa sala especial da Polícia Federal, em Curitiba, mas por outro crime. 

Moro não tem pressa. Lula está na cadeia, preso com força. Demais processos contra o petista também ficam em Curitiba


O juiz federal Sérgio Moro declarou nesta quinta-feira, 26, que os processos contra o ex-presidente Lula vão permanecer na 13.ª Vara Federal, em Curitiba, sob sua jurisdição. A afirmação ocorre um dia após a decisão dos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, da Segunda Turma do STF, de retirar das mãos de Moro trechos das delações da Odebrecht sobre os processos contra Lula nos casos do sítio em Atibaia e recebimento de vantagens indevidas da empreiteira.

Moro afirmou que os processos não dependem dos trechos das delações, pois já estão em fase adiantada, com acúmulo de outras provas, depoimentos e demais diligências. No caso do sítio em Atibaia, Lula responde por ter recebido propina das construtoras OAS e Odebrecht por meio da realização de reformas.

Na ação sobre o terreno do Instituto Lula, o ex-presidente foi acusado de ter sido beneficiado pela Odebrecht por meio da compra de um terreno que serviria para a futura instalação da entidade que leva o nome do petista. Nos dois casos, Moro já colheu depoimentos de cúmplices nos esquemas de corrupção, como Léo Pinheiro, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci, que confirmaram que os esquemas de corrupção envolveram desvios na Petrobras. 

O juiz lembrou ainda que, no caso do sítio de Atibaia, a Odebrecht não é a única envolvida, já que as obras tiveram participação também da OAS e do pecuartista José Carlos Bumlai, amigo de Lula.

O processo do sítio de Atibaia está na fase de depoimentos de testemunhas. Até 29 de junho, mais de 100 pessoas convocadas pela defesa dos réus deverão ser ouvidas. 

Já o caso que envolve o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo está mais adiantado. Esta ação já deveria ter sido encerrada, mas o pedido por produção de novas provas e novos interrogatórios fez o caso se arrastar. 

Para que Moro apresente sua sentença, ainda é necessário passar pela fase de alegações finais. Isso deve acontecer apenas no segundo trimestre deste ano.

De qualquer forma, Lula já está devidamente preso em Curitiba após ter sua condenação no processo do tríplex do Guarujá (SP) confirmada pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). Trata-se de um processo finalizado, onde dificilmente haverá alguma reversão em favor do condenado. A defesa de Lula já apresentou recursos contra a prisão do petista, mas todos já foram negados pelo STJ e pelo STF. 

Contar com a conivência de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli não adianta nada ao petista. Dificilmente qualquer um destes ministros terá justificativas ou mesmo coragem de livrar Lula da cadeia, ou mesmo livrá-lo de algum processo das mãos de Moro. Lula segue preso.

Sutil, Moro lembrou que o próprio ministro Dias Toffoli evitou cruzar a linha ao ousar votar favoravelmente a remessa dos trechos da delação da Odebrecht para a Justiça de São Paulo:

"Pelas informações disponíveis, porém, acerca do respeitável voto do eminente Relator Ministro Dias Toffoli, redator para o acórdão, não há uma referência direta nele à presente ação penal ou alguma determinação expressa de declinação de competência desta ação penal. Aliás, o eminente ministro foi enfático em seu respeitável voto ao consignar que a decisão tinha caráter provisório e tinha presente apenas os elementos então disponíveis naqueles autos", escreveu Moro no despacho em que decidiu manter em Curitiba o processo em curso contra Lula.

Moro deve homologar acordo de delação de Palocci com a PF. Não adiantou nada manobra da 2.ª Turma do STF para livrar a cara de Lula


A manobra dos ministros da 2.ª Turma do STF para livra a cara de Lula nos processos em curso sob jurisdição do juiz federal Sérgio Moro pode ter sido completamente em vão. A assinatura de um acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci a ser homologado pelo próprio Moro não apenas anula qualquer efeito sobre a decisão dos ministros do Supremo, como também agrava ainda mais a situação de Lula na Lava Jato.

Palocci era justamente o administrador das contas de Lula e do PT no banco de propinas da Odebrecht. Cabia a ele gerenciar os recursos ilícitos originários de desvios da Petrobras num montante que superou a cifra dos R$ 300 milhões, sendo que cerca de R$ 35 milhões eram de uso exclusivo do ex-presidente Lula, segundo Palocci.

Neste aspecto, de nada adiantou os ministros do STF Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski terem tirado os trechos das delações da Odebrecht relativos ao triplex do Guarujá, ao sítio em Atibaia, a cobertura de São bernardo do Campo e as negociações envolvendo a compra de um terreno para o instituto Lula. O próprio Palocci foi o responsável pela gestão dos recursos referentes a praticamente todas estas transações.

Um outro fator bastante claro neste episódio é que Palocci não teria conseguido fechar um acordo de delação com a Polícia Federal sem que conseguisse comprovar os relatos constantes no acordo. 

Apenas fatos comprovados documentalmente entram num acordo de delação, após as longas tratativas e depoimentos colhidos pela Polícia Federal, etapa já concluída até este ponto.

O pavor de Lula com acordo de delação de Palocci. "Se ele não fosse um ser humano, ele seria um simulador"


O ex-presidente Lula e seus subordinados estavam confiantes que o acordo de delação do ex-ministro Antonio Palocci jamais sairia do papel, assim como ocorre atualmente com o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que teria delatado favores ao ministro do STF, Dias Toffoli.

Palocci também teria citado a Rede Globo, bancos e membros do Judiciário nos anexos de sua primeira tratativa visando a celebração de um acordo de delação com o Ministério Público Federal. Preso desde 2016, o ex-ministro petista não conseguiu avançar em seu promissor acordo, no qual fazia revelações estarrecedoras sobre Lula, Dilma, Guido Mantega e outros membros da cúpula do PT. Durante todo este tempo, surgiram suspeitas de que setores do MPF, capitaneados pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, teriam criado embaraços apenas para blindar gente poderosa e influente, como Dilma, ministros do STF e outras autoridades.

Diante da resistência de setores do MPF em celebrar um acordo de delação, Palocci resolveu adiantar alguns trechos durante seus depoimentos ao juiz federal Sérgio Moro. Em uma das ocisões, Palocci chegou a afirmar que suas revelações poderiam prolongar a Lava Jato por muito tempo.

Em um destes depoimentos, Palocci, afirmou que ele recebeu mais de 300 milhões de reais da Odebrecht em vantagens indevidas, e afirmou que a parte de Lula era de R$ 35 milhões. Cabia ao próprio Palocci, segundo admitiu Marcelo Odebrecht, administrar os fundos de Lula e do PT no banco de propina da empreiteira. Uma semana depois deste depoimento, Lula foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que Palocci é um sujeito "simulador, frio e calculista".

"O Palocci, se ele não fosse um ser humano, ele seria um simulador", disse o petista. "Ele é tão esperto que ele é capaz de simular uma mentira mais verdadeira que a verdade", disse Lula a um estupefato Sérgio Moro. 

Intimamente, o magistrado conhecedor de coisas do arco da velha sobre o petista, deve ter se questionado se Lula estava mesmo se referindo a Palocci ou a ele mesmo.


Ciro Gomes diz que é preciso ser ‘muito homem’ para derrubá-lo

Ciro Gomes esteve hoje na 16ª Marcha dos Vereadores, em Brasília, e disse no evento que, se for eleito presidente, não será tarefa fácil derrubá-lo do cargo.

“Se vocês deixarem, vão me derrubar. [Mas] Não vai ser fácil, não, porque não sou a Dilma [Rousseff], sou do ramo. Tu acha que um marginal como Eduardo Cunha me derrubaria? É preciso ser muito mais homem do que eu para me derrubar”, declarou o presidenciável do PDT.

Salvo engano, isso é o que a esquerda costuma classificar de machismo –quando não vem de um dos seus adeptos.

Jair Bolsonaro tem brincado com seus aliados

Jair Bolsonaro tem brincado com seus aliados:

“Não sou eu quem sou bom. Os outros que são ruins demais.”

Palocci explode Lula e Dilma

Antonio Palocci, em seu acordo com a PF, vai explodir Lula de uma vez por todas.

Mas ele promete entregar também Dilma Rousseff.

Diz O Globo:

“Ao falar da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-ministro disse que ela não apenas sabia do esquema corrupto entre PT e as empreiteiras, como teria sido beneficiária e mantenedora dos arranjos. Palocci deu exemplos de situações em que tais temas foram tratados na presença de Dilma ou dependeram de sua chancela.”

Mais do que nunca, Dilma Rousseff precisa de um foro privilegiado.