terça-feira, 21 de novembro de 2017

Desembargador defende intervenção federal na Alerj

O desembargador Abel Gomes, diz O Globo, prometeu uma intervenção federal caso a Alerj crie novos obstáculos para o cumprimento da ordem judicial restabelecendo as prisões dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.

POR UNANIMIDADE, TRF-2 MANDA PRENDER JORGE PICCIANI E COMPARSAS

O desembargador  Paulo Espírito Santo foi quem deu o terceiro voto a favor do restabelecimento da ordem de prisão de Jorge Picciani e seus comparsas.

Segundo O Globo, ele “se uniu ao discurso de indignação dos juízes com o fato de a Alerj ter expedido alvará de soltura sem comunicar à Justiça.

Ele disse que a cena dos deputados saindo de carro da cadeia sem a Justiça ter sido informada lhe pareceu “um resgate de filme de faroeste”.

Com os votos dos desembargadores Simone Schreiber e Marcello Granado, proferidos logo depois, a decisão do TRF-2 pela volta da turma de Picciani à prisão foi unânime.

Marun toma cargo de Imbassahy

Carlos Marun vai assumir a Secretaria de Governo no lugar de Antonio Imbassahy, diz Andreza Matais, no Estadão.
Eduardo Cunha pode ter sido condenado hoje pelo TRF-4, mas todos os seus homens, a exemplo de Carlos Marun, ocupam lugares de destaque junto a Michel Temer.

Suplente, acusado de matar o titular para assumir vaga, votou a favor de Picciani


A verdade é que o Poder Legislativo do Rio de Janeiro é indiscutivelmente o pior do Brasil.
De batedor de carteira a traficante, todo tipo de bandido pode ser encontrado nos corredores da Alerj.

Salta aos olhos, por exemplo, o caso do deputado Marcos Abrahão, atual líder do PT do B na casa de leis do Rio.

Candidato a deputado estadual pela primeira vez no ano 2000, Marcos Abrahão ficou como 1º suplente. O titular Valdeci Paiva de Jesus, no entanto, antes de tomar posse, foi assassinado com 19 tiros.

Marcos Abrahão assumiu o cargo, mas foi acusado e denunciado pelo Ministério Público de ter sido o autor do crime.

(jornal da cidade on line conteúdo)

O BRASIL É A NOSSA PÁTRIA E NÃO TERRA DE BANDOLEIROS

O Professor e Historiador Marco Antonio Villa não poupa palavras para comentar a situação atual do nosso país e detona com todos os canalhas que não pensam no Brasil, mas apenas nos seus próprios bolsos. 

A emocionante recepção da Juventude Socialista a Jorge Picciani

A emocionante recepção da Juventude Socialista a Jorge Picciani.

Se o ‘capeta’ quiser se aliar aos ditos partidos de esquerda no Brasil, desde que ele - o ‘capeta’ - tenha algo para dar em troca ou alguma coisa a oferecer, será muito bem-vindo. 

Picciani tinha um ‘curral eleitoral’, dinheiro, propina e o cofre da Alerj. Foi muito bem aceito.


A tal esquerda, infelizmente, tornou-se degradante.
Vale tudo pelo poder.
No vídeo ao final da matéria, a Juventude Socialista recebe efusivamente o quadrilheiro Jorge Picciani.
Na época, Picciani foi um dos candidatos ao senado apoiado por Lula, Dilma, PT, PSOL e outros.
Nos eventos ele era aclamado como um deputado sério, combativo e 'guerreiro' do povo brasileiro.

Todo mundo já sabia de seu contumaz envolvimento com coisas erradas, mas ele tinha muito dinheiro para oferecer.
Vale tudo pelo projeto de poder.



(jornaldacidade on line conteúdo)

Acabou o samba e Dirceu está de volta para a cadeia


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou os embargos de declaração proposto pelo advogado Roberto Podval, que faz a defesa do meliante José Dirceu.

O julgamento foi realizado na manhã desta terça-feira (21).

Diante disso, sem mais recursos em 2ª instância, o petista terá que iniciar o cumprimento de sua pena de 27 anos de prisão.

O juiz Sérgio Moro deve determinar imediatamente que Dirceu seja recolhido ao xilindró.

Que ele vá dançar em outra freguesia...

(jornaldacidade online conteúdo)

Imprensa se antecipa a revelações desconcertantes sobre Janot e Joesley e tenta desqualificar novo diretor da Polícia Federal

Os meios de comunicação do país estão em estado de alerta máximo diante da possibilidade concreta de ver uma das tramas mais vergonhosas da história da República ser revelada em breve para toda a nação. Após terem participado ativamente da conspiração engendrada no seio da Procuradoria-Geral da República por seu ex-chefe Rodrigo Janot, em conluio com seus auxiliares e os criminosos da JBS, grupos de comunicação, procuradores da República e setores da Polícia Federal temem agora um desfecho vergonhoso para a tentativa de derrubar o presidente da República com base em um controverso acordo de delação premiada repleto de ações forjadas e ações 'controladas' que caíram por terra.

Antecipando-se aos fatos, veículos de comunicação, setores do MPF e da própria Polícia Federal atuam em ritmo frenético para tentar desqualificar o novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia. A imprensa está indócil com a aproximação de um desfecho nada feliz para todos aqueles que patrocinaram com tanto vigor uma trama que tinha como objetivo influenciar a opinião pública a aceitar uma das maiores rupturas democráticas já vistas, desde a tomada do poder pelos militares em 1964.

Já ficou claro que Janot e Joesley Batista conspiraram para colher benefícios extraordinários. O primeiro tentou assumir as rédeas do país e assegurar sua permanência à frente da PGR por tempo indefinido. O outro sonhava com um passaporte para a impunidade eterna, ciente de que havia cometido centenas de crimes detectados previamente pela Polícia Federal em seis Operações que tiveram seu grupo JBS como alvo.

Logo na primeira semana de atuação no comando da instituição, Fernando Segovia orquestrou duas mega operações contra caciques do PMDB, partido do presidente Michel Temer, uma no Mato Grosso do Sul e outra no estado do Rio de Janeiro. Estas operações frustraram setores da imprensa que afirmavam que Segovia foi escalado para blindar políticos corruptos do partido de Temer. 

Mas o que mais assustou os patrocinadores da conspiração Janot/Joesley foi o fato de Segovia ter tocado num ponto bastante delicado da trama, durante entrevista coletiva à imprensa logo após cerimônia de transferência de posse na sede do Ministério da Justiça, em Brasília, com a presença do presidente Michel Temer, de ministros, autoridades e do antecessor, Leandro Daiello.

Segovia foi direto ao ponto e tocou no episódio mais sensível da trama: o flagrante forjado pela PGR envolvendo Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer, com uma mala com R$ 500 mil. O novo diretor da Polícia Federal foi simplesmente mortal ao abordar de forma periférica aquilo que órgãos de inteligência e a própria PF já tem documentado: 

"Talvez seria bom se o Brasil inteiro soubesse e houvesse transparência maior sobre como foi conduzida a investigação. Porque a gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria que durar mais tempo, porque uma única mala [de dinheiro] talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partidos e se haveria ou não corrupção", afirmou Segovia de forma sutil.

O desfecho desta trama está próximo de ser revelado. Segovia forneceu algumas pistas daquilo que já se sabe no Palácio do Planalto, na Polícia Federal e nos corredores da PGR. Ao questionar "se ouve ou não crime", o novo diretor da PF praticamente adiantou parte das informações que estão prestes a vir a tona, num momento mais oportuno. Sob o ponto de vista jurídico, a prática de lobby não é crime. E é bem provável que Rodrigo Rocha Loures responda por outra acusação bem diferente daquela que pesa contra ele atualmente.

Joesley Batista simplesmente repetiu o modus operandi presente em suas ações criminosas, instruído por membros da própria PGR. O empresário ofereceu R$ 500 mil ao ex-assessor de Temer em troca de um agendamento para falar com o presidente. Joesley foi meticuloso, combinou detalhes e fez exigências bastante específicas em troca do prêmio que ofereceu a Rocha Loures.

O ex-assessor de Temer concordou em agendar a visita de Joesley ao Palácio do Jaburu e disse ao presidente que também estaria presente no encontro. Em seguida, Rocha Loures, cumprindo exigências de Joesley, forneceu o número da placa do carro que usaria para chegar ao local, de modo a facilitar seu acesso pela segurança. O problema é que Rocha Loures deveria inventar uma desculpa de última hora para não comparecer ao encontro. Foi desta forma que Joesley, usando o carro com a placa fornecida por Rocha Loures à segurança do Jaburu, chegou sozinho ao loca do encontro com Temer, munido de gravadores e de um roteiro combinado na véspera com o ex-braço direito de Rodrigo Janot, Marcelo Miller.

O passo seguinte seria forjar uma ação controlada e filmar Rocha Loures recebendo a mala com R$ 500 mil e atribuir aquele dinheiro ao presidente Michel Temer. O plano parecia perfeito e tinha tudo para dar certo. Ao vazar as informações para os meios de comunicação, Joesley e Janot sabiam que instalariam o caos no país e que dificilmente Temer, diante de sua baixíssima popularidade, resistira a pressão política e da imprensa. A Globo chegou a divulgar uma transcrição falsa da gravação de Joesley e colocou todos seus empregados para pedir a renúncia imediata do presidente. Foi ai que o caldo começou a desandar. O plano só tinha chances de prosperar com a renúncia de Temer, o que acabou não acontecendo.

A transcrição falsa foi o maior erro de toda a conspiração tão bem orquestrada. Temer tinha a convicção de que não havia tido aquela conversa veiculada pela imprensa e exigiu que o ministro do STF, Edson Fachin, levantasse imediatamente o sigilo do áudio e divulgasse logo seu conteúdo. Fachin, praticamente um funcionário da JBS no STF, havia homologado o acordo criminoso de Joesley e não atendeu aos apelos desesperados de Temer. Enquanto isso os donos da JBS e especuladores do mercado donos de sites na internet faturavam bilhões com o caos no mercado financeiro.

Durante toda a primeira parte daquele 17 de maio, Temer foi submetido a pressões irresistíveis. Até mesmo seus ministros o aconselharam a renunciar e o presidente esteve bem perto de seguir este conselho, em nome da preservação da estabilidade econômica, conquistada com tanto sacrifício. Temer ouviu de seus interlocutores que a pressão seria forte, que as forças que tentavam removê-lo do cargo eram muito poderosas e não recuariam de seus propósitos. O problema é que a transcrição falsa da Globo foi mesmo o maior erro da trama. Temer tinha convicção de que não havia mantido aquele diálogo repetido pela imprensa nacional e veiculado insistentemente pela Rede Globo, inclusive com vários plantões do Jornal Nacional.

Na versão amplamente divulgada pela emissora, Joesley falava claramente sobre propina com Temer, que estava pagando R$ 500 mil por mês a Eduardo Cunha para mantê-lo em silêncio e exigia providências sobre seus problemas no O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, (Cade). Na gravação original, não havia nada daquilo que a Globo havia divulgado. Joesley estava nervoso e o máximo que conseguiu extrair de um Temer monossilábico foi o tão explorado "tem que manter isso, viu?". Ficou claro que Joesley não tinha intimidade com o presidente para falar abertamente sobre propina ou qualquer ilícito. Ficou claro que Temer se surpreendeu com a ausência de Rocha Loures no encontro, que não tinha assuntos para tratar com o empresário e que estava entediado com aquela conversa, que para ele não parecia fazer qualquer sentido.

Diante da certeza de que a transcrição era falsa e da demora de Fachin em levantar logo o sigilo das gravações, Temer resolveu convocar a cadeia nacional para se pronunciar sobre o caso. Os jornalistas esfregaram as mãos e anunciaram animados que o presidente iria usar seu pronunciamento para renunciar.

Todos ficaram visivelmente constrangidos quando viram Temer informar que não renunciaria e que iria provar que estava sendo alvo de uma conspiração criminosa. A firmeza com que o presidente se posicionou naquele momento de tensão foi suficiente para acalmar os mercados e frustrar profundamente os patrocinadores da trama. Horas mais tarde, Fachin levantou o sigilo da gravação, quando foi possível constatar que o vazamento criminoso patrocinado pela Globo era falso.

Apesar do balde de água fria, os patrocinadores da trama não recuaram a passaram meses convocando manifestantes para as ruas para pedir a renúncia de Temer, vândalos tentaram incendiar Brasília e invadir o Palácio do Planalto e Janot, acuado, não teve outra alternativa, a não ser enviar denúncias frágeis contra o presidente. Todos os meios de comunicação apostaram na fragilidade de Temer e pressionaram os parlamentares a acolher as flechadas de Janot. O problema é que, além de se manter no cargo logo após a deflagração da conspiração, Temer manteve ainda o controle sobre os órgãos de inteligência e conseguiu desvendar boa parte da trama. Joesley Batista e seu irmão acabaram presos, Janot não conseguiu se intento de derrubar o presidente e manter o controle da PGR e os conspiradores não recuperaram o acesso ao dinheiro do contribuinte nos cofres públicos.

Mas o pesadelo dos patrocinadores da trama ainda não acabou. Além de ter superado a mais vergonhosa conspiração da história da República, Temer conseguiu recolocar a economia nos trilhos, baixar a inflação e os juros a níveis insuportáveis para os donos das grandes fortunas do país e ainda gerar mais de 2 milhões de empregos. Como a melhor parte destas tramas fica reservado para o final, o governo deve ajudar a revelar fatos ainda mais embaraçosos nos próximos meses, na medida em que avança nas conquistas na economia, geração de empregos e recuperação da nota do país junto às agências internacionais de classificação de riscos.

Os brasileiros foram tão bombardeados com as informações falsas veiculadas pelos meios de comunicação no último meses e foram tão convencidos de toda a trama, que muitos terão dificuldades em reconhecer que foram enganados. Enquanto os meios de comunicação atuam insistentemente com o propósito de sabotar o país com mentiras, insinuações maldosas e ilações, o site Imprensa Viva lida apenas com análises de inteligência de alto nível e vem alertando sobre estes fatos desde o dia 17 de maio de 2017. Sem partidarismo e com o compromisso de defender a verdade, a Justiça e o melhor caminho para o país. 

(com Imprensa Viva conteúdo) 




 

Se não houver fraude, estarei no 2° turno, diz Bolsonaro

Em entrevista ao programa "Canal Livre", da Band, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que, se não houver fraude nas eleições de 2018, com certeza chegará ao segundo turno da disputa. 

"Sou diferente de todos os presidenciáveis que estão aí. Quem declara voto em mim dificilmente mudará. Não havendo fraude, com certeza estarei no segundo turno", afirmou. 

O pré-candidato diz contar com a simpatia de grupos específicos, como os evangélicos, os  cidadãos que querem o direito à defesa e ao porte de armas, e setores do agronegócio. 

Acredita, no entanto, que as eleições em urnas eletrônicas no Brasil não são limpas, e por isso defende a adoção do voto impresso, que permite auditoria das urnas. No sistema utilizado no Brasil até as eleições passadas, as urnas não podem ser auditadas e, portanto, é impossível confirmar ou desconfirmar o resultado anunciado. Bolsonaro foi o autor da lei que criou o voto impresso, e que ainda não será implementada por ter oposição até mesmo do presidente do TSE, Gilmar Mendes, que garante que as urnas são confiáveis apesar de inúmeros especialistas já terem demonstrado erros e falhas. 

Bolsonaro participou de uma série do programa "Canal Livre" com os presidenciáveis. Foi entrevistado, na madrugada de domingo (19) para segunda (20), pelos jornalistas Fabio Pannunzio, Fernando Mitre, Julia Duailibi, Sérgio Amaral e Mônica Bergamo. 

Por quase uma hora, tratou de temas como economia, segurança pública e a relação entre Executivo e o Congresso. 

Questionado sobre manifestações pelo país que defendem o autoritarismo, disse que nunca pregou uma intervenção militar. 

"Mas se chegarmos ao caos, as Forças Armadas vão intervir para a manutenção da lei e da ordem", afirmou, ecoando comentário similar do general Antonio Hamilton Mourão em setembro deste ano. 

Bolsonaro disse ser favorável à privatização de estatais, mas defendeu que cada caso específico seja analisado com cuidado. Vê com receio, por exemplo, a entrada de capital chinês no país. "A China não está comprando do Brasil, e sim o Brasil." 

Bolsonaro fez críticas à Folha de S. Paulo ao ser questionado a respeito de um levantamento de sua carreira no Congresso publicado pelo jornal. O texto revela que, a despeito do discurso liberal adotado recentemente, ele votou com o PT em temas econômicos durante o governo Lula. 

"A Folha não é referência de nada. Não atendo mais a Folha. Eles deturpam tudo." 

Na conversa, Bolsonaro afirmou ainda ser imune à corrupção e que, em caso de vitória, não seguirá o modelo "toma lá, dá cá" para distribuir cargos. 

Comporá um eventual ministério, afirmou, guiado apenas por critérios de competência, sem buscar agradar movimentos feministas, negros ou LGBTs. 

Quanto a este último ponto, criticou a discussão de gênero nos colégios. 

"Eu quero que todos, inclusive os gays, sejam felizes, mas que esse tipo de comportamento não seja ensinado nas escolas", argumentou. "Os pais querem ver o filho jogando futebol, não brincando de boneca por causa da escola." 

Ao tratar o tema da segurança pública, um dos principais eixos de seu discurso, defendeu maior rigor e a adoção de medidas enérgicas no combate ao crime. 

"Se morrerem 40 mil bandidos [por ano, por ação da polícia], temos que passar para 80 mil. Não há outro caminho. Não dá para combater violência com políticas de paz e amor", afirmou. 

"Preso não deve ter direito nenhum, não é mais cidadão. O sentido da cadeia não é ressocializar, mas tirar o marginal da sociedade." 

No encerramento do programa, em suas considerações finais, Bolsonaro afirmou que o Brasil "precisa de um presidente honesto que tenha Deus no coração".

Lewandowski e Gilmar Mendes desacreditam o STF e querem melar rapidamente a Lava Jato, denuncia jurista

O jurista Luiz Flávio Gomes, em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, denuncia os esforços de ministros do STF para acabar com a Lava Jato: "Lewandowski e Gilmar Mendes, como é público e notório, querem liquidar a Lava Jato o mais pronto possível para salvarem a pele de seus amigos envolvidos com a corrupção endêmica do Estado e de alguns agentes do mercado econômico e financeiro". 

Leia abaixo o texto completo: 

O argumento usado pelo ministro Lewandowski para não homologar a delação premiada do marqueteiro Renato Pereira foi absurdo, malicioso, aberrante e nefasto para a imagem já bastante desgastada do STF. Foi uma decisão desconexa e totalmente fora da lei. Pior: ainda determinou o fim do sigilo da delação (trazendo imensos prejuízos para a investigação).
Desde o trágico julgamento do caso do senador Aécio Neves (que foi um desastre para a esgarçada imagem do STF) sabe-se da existência, dentro da Corte, de dois grupos: um a favor e outro contra a Lava Jato (leia-se: um a favor da continuidade da corrupção sistêmica que estrutura nossa cleptocracia e outro contra).

Lewandowski e Gilmar Mendes, como é público e notório, querem liquidar a Lava Jato o mais pronto possível para salvarem a pele de seus amigos envolvidos com a corrupção endêmica do Estado e de alguns agentes do mercado econômico e financeiro. Parte do STF passou a fazer parte da defesa sistêmica da velha corrupção. É a maior anomalia que já se viu até aqui.
Em lugar de fazerem cumprir a lei e a Constituição, fazem de tudo para driblar o que está escrito nelas. Lewandowski, violando um precedente da Corte, deu mais um “salto triplo carpado” em sua carreira, devolvendo a delação do marqueteiro sem homologação. Já tinha feito isso naquele pavoroso “fatiamento” no julgamento de Dilma Rousseff.
É nítida no STF a corrosão gerada pelo processo de latinoamericanização, que significa inteira obediência aos poderes políticos, econômicos e financeiros que comandam a nação. Antigamente se dizia que compete à mídia dar a primeira palavra e ao STF a última. Isso acabou.
O STF, sobretudo sob o comando de Lewandowski e Cármen Lúcia, se curvou, se acovardou. Já não diz a última palavra quando o implicado é um político.
Em junho/17 os ministros da Corte, por maioria, decidiram que o juiz, no momento da homologação de uma delação, não pode entrar no mérito do acordo. Cabe-lhe apenas o exame da legalidade, espontaneidade e voluntariedade da negociação, sob pena de arquivar toda investigação (disse o decano Celso de Mello).
O argumento de Lewandowski de que o Ministério Público não pode fazer negociação sobre a pena nem sobre o regime prisional, ignora tudo que foi feito até aqui em todas as mais de 170 delações já homologadas. É evidente que a imposição das sanções finais é da competência do juiz. Os acordos firmados pelo Ministério Público são, no entanto, apenas compromissos que ele assume com o colaborador da Justiça. Isso é da essência do modelo de Justiça consensuada.
É chocante o desconhecimento (ou a má-fé) do ministro, que não entendeu nada do sistema de Justiça negociada que veio dos EUA e que acabou sendo contemplada na Lei 12.850/13 (lei aprovada pelo Parlamento brasileiro e sancionada pela ex-presidente Dilma).
O juiz não pode participar da negociação penal (nem no Brasil, nem nos EUA), nem de forma direta, nem indireta. Quando há algum atropelo à Constituição, compete-lhe determinar o ajuste do acordo e nada mais. Teori fez isso várias vezes.
Lewandowski diz que o Ministério Público não pode fazer o acordo.  Isso significa matar a delação premiada (assim como toda a Lava Jato). Isso significa, ademais, “legislar” contra o que está estabelecido no nosso sistema jurídico.
O STF, até aqui, vinha consolidando com razoável equilíbrio o novo sistema de Justiça criminal negociada, que é o único capaz de enfrentar a criminalidade e a corrupção dos poderosos, que somente são alcançados pela lei quando eles mesmos colocam fim na “omertà” (que é o silêncio da máfia).
Alguns ministros, no entanto, favoráveis à perpetuação da corrupção sistêmica, decidem de costas para a população e para as leis. Defendem ideias velhas dentro de uma nova realidade, que quer resgatar o Brasil esquecido, humilhado e saqueado pelas suas elites perversas.
É impressionante como as forças do atraso, de várias colorações ideológicas, continuam interferindo no funcionamento da Corte máxima do País.
O ministro Celso de Mello vem enfatizando que o Ministério Público não pode ser surpreendido por um “ato desleal” do Judiciário (disso é exemplo o ato de má-fé do ministro Lewandowski), sendo “dever indeclinável” do Estado “honrar o compromisso assumido no acordo de colaboração”, desde que o colaborador cumpra a sua parte.
A decisão de Lewandowski, ao contrariar jurisprudência recente do STF, tira a estabilidade da própria Corte, jogando mais luz na tese disseminada de que seu propósito, na verdade, é o de “estancar a sangria” da Lava Jato, para que a corrupção sistêmica se eternize, não permitindo que o Brasil saia nunca do subdesenvolvimento.

Quem fica no lugar de ‘Embaça aí’?

Primeiro, os governistas falaram em trocar 17 ministros. Depois, em “reforma ministerial pontual”. Agora não conseguem nem definir o substituto de Antonio Imbassahy, diz a Folha.

Moreira Franco e Eliseu Padilha querem na Secretaria de Governo, o atual cargo de “Embaça aí”, o ex-ministro dos Transportes João Henrique de Almeida.

Mas a bancada do PMDB quer um parlamentar do partido no posto —além de Carlos Marun, fala-se nos mineiros Mauro Lopes e Saraiva Felipe.

Michel Temer também não sabe ainda onde alojar o tucano Imbassahy, se nos Direitos Humanos ou na Transparência.

Perillo: “O Ministério das Cidades é o mais importante ministério do governo federal”

A indicação de Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades também é uma vitória de Marconi Perillo, que não perdeu tempo e recebeu hoje seu pupilo em Goiânia para tratar de questões envolvendo “moradia popular, saneamento básico e mobilidade” no estado.

O governador Perillo, que deverá disputar a Presidência do PSDB com Tasso Jeireissatti no próximo dia 9, gravou um vídeo ao lado do novo ministro e disse:

“O Ministério das Cidades é o mais importante ministério do governo federal.”

Como registramos mais cedo, Baldy já foi do PSDB e comandou a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás, justamente no governo de Perillo, seu principal padrinho político.


A prova de que o PCdoB é linha auxiliar do lulismo

Manuela D’Ávila, candidata do PCdoB ao Planalto foi entrevistada pela Folha, que perguntou o seguinte:

Folha: Caso Lula seja condenado em segunda instância, a sra. defende que seja aberta uma exceção para que ele possa se candidatar?

Eu defendo que o presidente Lula receba o tratamento que defendo para todos os brasileiros. Que as pessoas só sejam condenadas quando provas forem apresentadas. Todo o processo de julgamento dele é construído com uma base não sólida. Não há nenhuma prova.

Folha: A sra. acha que a sentença do juiz Moro foi equivocada?

Não há provas. Não sei o que vai acontecer lá [na segunda instância] e não gostaria de comentar o futuro. O que acho é que a eleição sem o Lula seria um episódio de agravamento da crise política.

Essa entrevista de Manuela D’Ávila prova, mais uma vez, que o PCdoB não passa de linha auxiliar do lulismo.