quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

DE PAI DOS POBRES A REI DOS BANDIDOS. A ESSÊNCIA CRIMINOSA DE LULA PREVALECEU SOBRE O PT
A ascensão e queda do ex­-presidente Lula é um dos maiores fenômenos da história política recente do país. Maior responsável pela chegada do PT ao poder, é também o maior responsável com a derrocada da legenda que chegou bem perto de se consolidar como o maior partido do Brasil. 

Lula pode tranquilamente ser considerado o maior político brasileiro de todos os tempos, dada a sua trajetória de vida até chegar ao cargo máximo da nação. Ao longo de sua carreira política, conseguiu se eleger presidente por duas vezes e ainda elegeu sua sucessora, também por duas vezes. Sem dúvida, foram feitos notáveis, mesmo levando em conta a inocência política do eleitor brasileiro. 

A saga da família de Lula, desde o nascimento no sertão sofrido de Pernambuco até a chegada em São Paulo, é exatamente igual a trajetória de tantas outras famílias Silva do Brasil. A diferença é que o menino pobre, sem instrução, conseguiu alçar voos jamais imaginados por milhões de nordestinos que migraram para o sudeste do país em busca de melhores condições de sobrevivência. 

O que ninguém conseguiu entender até hoje sobre a vida de Lula é como um homem dotado de uma admirável capacidade de superação, que teve a oportunidade de servir de farol para todos os brasileiros de origem humilde, se permitiu seduzir pela ganância, pelo luxo, pela ostentação e pelo dinheiro fácil da corrupção. 

Essencialmente, Lula nunca foi uma pessoa de boa índole. Talvez o ódio e a inveja de pessoas bem sucedidas tenha sido o combustível que o permitiu chegar aonde chegou. Ao longo de muitos anos, o petista alimentou um ódio injustificado contra setores da sociedade. Uma visão convenientemente errônea na qual as pessoas bem sucedidas eram verdadeiras culpadas pela má distribuição de riquezas, pelo sistema político e econômico do país. 

Oportunista e pouco afeito ao trabalho duro, Lula uniu seu ódio ao desejo pueril de um bando de idealistas que também não gostavam de trabalho, mas que, entusiasmados com ideologias da moda, passaram a acreditar que poderiam interferir no destino do país. Membros da elite burguesa paulista trouxeram da Europa a fórmula mágica para chegar ao poder. O objetivo era fundar um partido de esquerda e encontrar um genuíno representante do povo para servir de mula. Não imaginavam que o astuto nordestino colocaria todos no bolso. 

O problema dos idealizadores do PT é que, desde a sua fundação, o partido agregou setores da esquerda brasileira que eram praticamente antagônicos. O grupo mais arraigado era alimentado pelo sonho comunista e outro, mais dado a políticas de gabinete, alimentado pelo sonho socialista. Os comunistas eram os idealistas, que sonhavam com a tomada do poder pelo proletariado idealizada por Karl Marx. Os socialistas eram os bandidos guerrilheiros, que almejavam tomar o poder a qualquer custo. Remanescentes das guerrilhas e grupos assumidamente formados por terroristas, a banda podre do PT sempre foi a que mais contou com a simpatia de Lula. 

Aos poucos, os idealistas foram deixando o partido a cargo dos bandidos, que prevaleciam graças a influência de Lula. Logo que o partido começou a conquistar as primeiras prefeituras importantes, Lula e seu bando praticamente expulsaram todos aqueles que defendiam práticas mais honestas e, digamos, ortodoxas, para se chegar ao poder. Ficaram apenas alguns gatos pingados, e coniventes, remanescentes do primeiro grupo. Mas o PT acabou sendo dominado por pessoas essencialmente criminosas. 

O único objetivo deste grupo era chegar ao poder a qualquer preço. Para tanto, seguiram ao pé da letra as velhas cartilhas socialistas sobre como conquistar corações e mentes de jovens alienados, de comunidades campesinas, movimentos sociais, núcleos universitários, operários, artistas simpatizantes da esquerda e outros coletivos de toda sorte, cuja maior preocupação de seus integrantes era fumar, beber, transar e falar merda. Na época, logo após o fim da ditadura, ser de esquerda estava na moda e o PT surfou nesta onda e conseguiu arregimentar um verdadeiro exército de militantes. 

Aos poucos, o PT foi se profissionalizando no mundo da criminalidade política e passou a chamar a atenção de grupos poderosos que queriam mais acesso ao dinheiro público. Logo, banqueiros, empreiteiros e empresários inescrupulosos passaram a ver em Lula e no PT a grande chance de assaltar os cofres públicos. 

Lula era o garoto propaganda de interesses obscuros e o PT tinha como meta um plano de poder duradouro, no qual apenas os grupos econômicos amigos sobreviveriam. A meta era destruir a classe média e formar uma sociedade de pessoas estúpidas e dependentes do estado, a exemplo do que ainda ocorre hoje em dia em Cuba. Logo que chegou ao poder, Lula e o PT deram início a um agressivo processo de aparelhamento da máquina pública. Através dos núcleos partidários, cargos estratégicos foram distribuídos a simpatizantes comprometidos com a causa em universidades, escolas, estatais, autarquias, sindicatos, movimentos sociais e órgãos públicos. Com base na política do "É tudo nosso", oportunistas e incompetentes de plantão enxergaram a oportunidade de suas vidas no aceno petista. 

Lula viu muita gente se dar bem às custas de seu projeto de poder e não quis ficar de fora. Cauteloso, organizou esquemas envolvendo laranjas e deu um jeito de receber "presentes" e contratos de empresários que faziam ótimos negócios com o governo que comandava. Assim com qualquer bandido que tenta ocultar seu patrimônio, Lula recorreu a subterfúgios manjados pela polícia de todo o mundo para esconder os benefícios que colhia. O nome disso é corrupção. Não é por acaso que o PT é o partido que tem mais políticos presos, condenados e investigados em toda a história da República, incluindo o próprio Lula, seus familiares, amigos e empresários financiadores de suas campanhas. 

Lula chegou a ser o presidente mais querido do Brasil quando alcançou a impressionante marca de 82% de aprovação popular ao fim de seu segundo mandato. Tinha tudo para entrar para a história como o maior brasileiro de todos os tempos. Mas na medida em que sua vida de crimes começou a ser revelada pela Operação Lava Jato, o petista foi aos poucos perdendo o lugar de pai dos pobres para se tornar o rei dos bandidos.


LUMA DE OLIVEIRA, EX-MULHER DE EIKE, FEZ MAIOR DOAÇÃO À CAMPANHA DE LULA EM 2002. OBJETIVO ERA APROXIMAR MARIDO AO PETISTA
A ex-­modelo Luma de Oliveira, ex­-mulher do empresário Eike Batista, foi a maior doadora individual da campanha do ex­-presidente Lula em 2002. Luma e Eike ficaram casados por 14 anos e os dois ainda moram na mesma rua em mansões localizadas no Jardim Botânico. 

A doação de Luma de Oliveira no valor de R$ 27 mil chamou a atenção do ex-presidente e dos demais integrantes do PT. O ato de "generosidade" lhe rendeu um convite para a posse de Lula em 2003. Na ocasião, Luma de Oliveira informou que só iria comparecer se pudesse levar o maridão. 

A tentativa de aproximar Eike Batista de Lula e do PT deu Certo. De Lula, Eike pulou no pescoço de Dilma e desde então, o empresário conseguiu obter cerca de R$10,4 bilhões em financiamentos diretos do BNDES sem qualquer garantia e ainda entrou em outros, patrocinados pelos governos Lula e Dilma, que renderam ao menos R$20 bilhões ao empresário. Praticamente todo o dinheiro que fez de Eike Batista o homem mais rico do Brasil saiu na verdade dos cofres públicos. Ou seja, do bolso dos brasileiros. E ainda assim, ele quebrou.
LULA CULPA SÉRGIO MORO E A LAVA JATO POR AVC DE SUA MULHER , MARIA LETÍCIA. ESTAVA DEMORANDO
Estava demorando, mas uma dos gestos mais previsíveis da semana acabou se confirmando. O ex­-presidente Lula acabou colocando a culpa do AVC sofrido por sua mulher, Dona Marisa Letícia, no juiz Sérgio Moro e na Operação Lava Jato. 

Em sua primeira manifestação pública sobre o estado de saúde da ex-­primeira-dama, Lula afirmou que "a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou". Assim como o ex­-presidente, Marisa também enfrenta acusações na Operação Lava Jato. 

A ex-­primeira-­dama está internada há uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Sírio­-Libanês, na capital paulista, por conta de um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico. O quadro de saúde dela é considerado grave, mas estável. O boletim, assinado pelos médicos responsáveis apresenta um histórico do tratamento. Segundo a nota, Marisa internou-­se "com o diagnóstico de Hemorragia Subaracnóide Fisher IV", o mais grave da escala. 

"Eu acho que a pressão e a tensão fazem as pessoas chegarem ao ponto que a Marisa chegou. Mas isso não vai fazer eu ficar chorando pelos cantos. Vai ficar apenas batendo na minha cabeça, como mais uma razão para que a luta continue", afirmou Lula, colocando­-se mais uma vez no papel de vítima do juiz Sérgio Moro e da força-tarefa do Ministério Público Federal.


LAVA JATO COLOCA OS HOMENS MAIS RICOS DO BRASIL POR TRÁS DAS GRADES E PROVA QUE NÃO ESTÁ PARA BRINCADEIRA
A prisão do empresário Eike Batista é apenas mais uma prova de que a Operação Lava Jato não está ai para brincadeiras. Enquanto muitos petistas se queixavam que apenas os membros do partido eram presos, o juiz Sérgio Moro precisou de apenas uma semana para prender o ex-­presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, logo que este perdeu o foro privilegiado. 

A prisão e manutenção do poderoso empreiteiro Marcelo Odebrecht por trás das grades também é uma prova da determinação dos membros da força-­tarefa baseada em Curitiba de punir malfeitores, corruptos e criminosos contumazes que prosperaram ao longo dos treze anos de império dos governos petistas. 

O próprio Eike Batista reconheceu que a maior investigação do país coloca o Brasil em um outro nível sob o ponto de vista empresarial e dos negócios com o governo envolvendo dinheiro do contribuinte. Na prática, Eike admitiu que a farra acabou. O empresário se tornou o homem mais rico do país graças aos cerca de R$ 20 bilhões que amealhou dos governos de Lula e Dilma entre dinheiro do BNDES, contratos com a Petrobras e incentivos federais. 
Enquanto Lula, Dilma e demais petistas lamentam a prisão de empresários "sérios" e a destruição de grandes empresas nacionais, o povo brasileiro comemora o fim da impunidade dos corruptos poderosos e aguarda a prisão de seus parceiros no crime. 

A prisão de Eike Batista deve repercutir em novas prisões a partir do esclarecimento de novos esquemas criminosos. Entre os alvos da investigações, está o banqueiro André Esteves, que também fez fortuna ao longo dos governos de Lula e Dilma. Esteves atuou na compra do silêncio do ex­-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, juntamente com Lula e Delcídio Amaral.


LULA SURTA E DIZ QUE TEM DEDO ESTRANGEIRO CONTROLANDO O JUIZ SÉRGIO MORO...
Na Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), o ex-presidente Lula mostrou que já não tem contato com a realidade e afirmou que a Lava Jato faz parte de uma conspiração estrangeira. Lula disse: "Hoje, tenho convicção de quem tem dedo estrangeiro nesse negócio da Lava Jato. Tem interesse no Pré-Sal. Eles agora estão desmontando tudo o que fizemos e os trabalhadores da Coreia vão ganhar dinheiro produzindo para o Brasil". Um vídeo que circula na internet ironiza a fala do ex-presidente. 

"OU MUDAM DE OCUPAÇÃO, OU MUDAM DE CIDADE", DIZ DORIA SOBRE PICHADORES

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 31, que os pichadores vão encontrar nele um adversário permanente. "Outros sucumbiram, não resistiram à pressão, eu resisto. Lugar de pichador, destruidor é na prisão", comentou durante evento promovido pelo Credit Suisse.

Doria afirmou que pichador é diferente de grafiteiro ou muralista, que merecem proteção e respeito. "Os pichadores vão ter um enfrentamento por quatro anos. Eu já disse, ou eles mudam de ocupação, viram grafiteiros, como o Kobra, os Gêmeos, ou mudam de cidade", afirmou.

Ele disse que já recebeu diversas ameaças de pichadores contra sua família, mas que isso só aumenta a sua determinação. O prefeito contou que a administração está de olho no casal de praticantes de rapel que pichou a Ponte Estaiada, na zona sul, e outros pontos da cidade. "Eles vão ver onde vão parar".

Falando para um público de investidores e empresários, Doria foi aplaudido de pé ao iniciar e encerrar seu discurso. A plateia também se manifestou quando ele criticou o PT. Ao lembrar que abriu mão do salário como prefeito, ele disse que não se trata de demagogia, mas de exemplo.

"Tem gente que não descobriu ainda que o Brasil não é mais vermelho, é verde e amarelo. É outra cor, outra bandeira", disse numa dessas ocasiões. Em outra, contou que recebeu um pedido da advogada Janaína Paschoal para reformar os banheiros do parque do Ibirapuera. "Eu não a conheço, mas tenho grande admiração, porque ela, junto com o Miguel Reale Júnior, tirou aquele mal que havia no Palácio do Planalto", contou em outro momento, se referindo ao impeachment de Dilma Rousseff.

Doria elogiou seu antecessor, Fernando Haddad (PT), dizendo que ele foi honesto. "E olha que ser honesto no PT não é fácil", emendou. O tucano voltou a garantir que não tem interesse em disputar a reeleição.

No discurso, o prefeito citou diversas ações que vem tomando desde que assumiu e lembrou as polêmicas que enfrentou, como o aumento da velocidade nas marginais. Ao contar das parcerias com a iniciativa privada, Doria cometeu uma gafe ao esquecer o nome do executivo da Honda no Brasil, para quem pediu uma doação de 20 motocicletas. "Eu liguei para o senhor Honda, o japonês que dirige a companhia aqui no Brasil, pedi e ele atendeu", contou.

Outro tópico foi o Corujão da Saúde, que segundo Doria sofreu críticas de todos os lados, mas ele conseguiu tirar do papel em pouco dias. "Hoje entreguei o exame 100 mil, no Sírio-Libanês. Os pobres estão sendo atendidos em hospitais de rico, sem nenhum centavo a mais além da tabela SUS", comemorou.

Ele também antecipou alguns anúncios que devem fazer nos próximos dias. Com a ajuda da Fiat, vai recuperar 102 veículos da CET que estavam sucateados. Além disso, amanhã começa a reforma dos banheiros do Ibirapuera, e em fevereiro serão reformados os abrigos municipais, que passarão a se chamar Espaço Vida. "Fiz uma reunião hoje com os três principais sindicatos da construção civil e conseguimos o apoio de 52 empresas", contou, ressaltando novamente que não haverá custo para a prefeitura. 

O político também adiantou que os agentes de trânsito, conhecidos como "marronzinhos", terão o uniforme alterado em breve e devem passar a ser chamados de "amarelinhos".





TEXTO EXPLICA AO 'NOVO RELATOR DA LAVA JATO' QUE O POVO ESTÁ ATENTO E FAZ SUCESSO NAS REDES SOCIAIS

Um texto intitulado "Recado ao novo relator: o Brasil vigia a Lava Jato e quer o fim do sigilo das delações" está fazendo sucesso nas redes sociais. Publicado pela página Movimento Mãos Limpas, o texto relembra o caso "Operação Mãos Limpas", da Itália, em que os políticos reverteram os avanços da Justiça, aprovando leis que protegiam os corruptos e acarretando ainda mais corrupção e impunidade. O texto conclama os brasileiros a permanecerem atentos aos desdobramentos da Lava Jato, pedindo, imediatamente, o fim do sigilo na delação da Odebrecht. 

Leia abaixo o texto completo: 
Há 25 anos, um grupo de juízes de Milão desvendou a maior trama de corrupção da Itália.  Eles descobriram que empresários e políticos trabalhavam para obter licenças de obras e serviços públicos em troca de financiamento ilegal dos partidos políticos.
 Na época, um dos principais personagens foi Bettino Craxi, líder do poderoso Partido Socialista (PSI).  Ele foi considerado il capo  (o chefe, em italiano) da trama de corrupção, que tinha o objetivo de perpetuar os socialistas no poder.

O comandante do PSI atacou duramente a Operação Mãos Limpas, nome da mega investigação.  Ele dizia sobre o juiz Di Pietro, à frente dos trabalhos: “Nem tudo que reluz é ouro. Logo descobriremos que o juiz não é esse herói de que se fala. Há muitos aspectos pouco claros na Mãos Limpas”.

Craxi acabou confessando ao Congresso todos os seus crimes financeiros, foi condenado a 17 anos de prisão, mas fugiu do país, exilando-se em sua mansão em Hammamet, na Tunísia, onde morreu no ano 2000.
O fim “bem-sucedido” de Craxi foi apenas um exemplo de como os políticos poderosos da Itália conseguiram fazer as mais diversas manobras para fugir da justiça.

Outro caso foi a aprovação do decreto conhecido como “salva ladrões”, que causou tanta indignação popular que acabou sendo revogado poucos meses depois de editado, porém provocou um retrocesso nas investigações.  O conselho de ministros do governo italiano aprovou um decreto-lei impedindo prisão cautelar para a maioria dos crimes de corrupção. O resultado foi a permissão para que muitos presos fossem soltos.
Ou seja, em vez de aprovar reformas que evitariam a corrupção, o poder italiano, composto pelos próprios investigados, aprovou leis para garantir a impunidade.

No Brasil, temos uma sensação muito parecida em relação à Lava Jato. Desde as 10 Medidas até à manutenção do sigilo das delações, depois dessas terem sido homologadas pela Ministra Cármem Lúcia, todos sabemos que precisamos vigiar dia e noite os passos daqueles que podem desestruturar a versão brasileira da Mãos Limpas.
Agora, uma importante decisão, sobre a divulgação dos depoimentos dos 77 executivos, recai sobre o novo relator, a ser escolhido, e o Procurador-Geral da República Rodrigo Janot. E será sobre esses dois personagens que a sociedade deverá manter os olhos.

Primeiro, é preciso um pedido formal de Janot, se ele entender que o fim do sigilo é mais benéfico às investigações do que prejudicial. Depois, do entendimento e decisão do novo ministro que assumirá a Lava Jato.
Com Teori Zavascki, a expectativa na PGR era de que as delações fossem homologadas no início de fevereiro e se tornassem prontamente públicas.

O fim do segredo de justiça sobre o material dos depoimentos dará à população o direito de saber sobre a participação de cada um dos investigados na Lava Jato. São informações sobre agentes políticos de governos federal, estaduais, municipais e estrangeiros.
Pelo que se tem visto até agora, e o que se viu na experiência italiana, um fluxo constante de revelações é o que mantém o interesse público elevado e intimida os que ainda pensam ser possível burlar as leis e enganar a sociedade.

Como pesquisas mostraram em 2016, o tema corrupção passou a ser visto pelos brasileiros, pela primeira vez, como principal problema do país. Sem dúvida, essa consciência jamais seria possível se o trabalho da Lava Jato tivesse sido feito sem a devida publicidade e apoio das redes sociais.
Precisamos saber quem fez o quê até agora por debaixo dos panos. As eleições de 2018 estão aí.


REGALIAS A LUIZ ESTEVÃO DERRUBAM PARTE DA DIRETORIA DA PAPUDA

A entrada de regalias nas cela do empresário e senador cassado Luiz Estevão culminou na queda da cúpula do Centro de Detenção Provisória (CDP), do Complexo Penitenciário da Papuda. A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) pediu a exoneração de todos os integrantes da direção do CDP. O ato está sendo finalizado para ser encaminhado ao Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e publicado na edição desta quarta-feira (1º/2).

Atualmente, o diretor da unidade é um agente de atividades penitenciárias, Diogo Ernesto de Jesus. Nos bastidores circula que quem vai assumir a direção do CDP é o atual gestor da Penitenciária I do DF, delegado Johnson Kennedy Monteiro. Ele assumiu a direção da PDF I após a fuga de 10 presos perigosos em fevereiro de 2016. 

O CDP é o local onde ficam presos provisórios, sendo ainda o presídio de entrada e classificação para os demais estabelecimentos do sistema penitenciário. Com capacidade para 1.646 vagas, a unidade está superlotada. Hoje são 4.033 internos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, órgão de que a Sesipe faz parte, informou que a vistoria feita no Bloco 5 do CDP pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário ocorreu na quinta-feira (26/1) da semana passada. “Na ocasião, foram detectados objetos não autorizados dentro da cela e na cantina do presídio, descumprindo normas e orientações da Sesipe. Durante a vistoria na cela, o referido interno ao ser interpelado pelo coordenador-geral cometeu uma falta disciplinar, sendo, por isso, transferido para outra ala do mesmo bloco. Ele permanecerá no isolamento por 10 dias”, informou.

Ainda em nota, a pasta esclareceu que a Sesipe instaurou uma sindicância, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal nesta segunda-feira (30/1), e comunicou o caso à Polícia Civil, que já abriu inquérito para investigar a possível participação de agentes públicos. “A SSP-DF informa ainda que os servidores envolvidos serão afastados dos cargos que ocupam no CDP. Cabe frisar que todas as providencias adotadas estão sendo acompanhadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pela Vara de Execuções Penais (VEP), do Tribunal de Justiça e Territórios (TJDFT)”, acrescentou.

Benefícios

Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP), Luiz Estevão recebeu iguarias proibidas aos detentos do sistema penitenciário. A fraude foi descoberta no fim de dezembro, após vistoria na cela dele e na cantina do bloco onde ela fica. Agentes também encontraram iguarias vetadas na cantina frequentada por Estevão.

O ex-parlamentar está em uma solitária do Complexo Penitenciário da Papuda. Ele desrespeitou normas do sistema e desacatou um diretor do presídio ao ser questionado sobre a presença de itens proibidos em sua cela. Entre eles, chocolate, cafeteira elétrica, cápsulas de café e massa importada.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) instaurou sindicância administrativa para apurar o caso. Um inquérito sigiloso também foi aberto na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) e no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Conteúdo Folha Política

MADURO HUMILHA O POVO: A ORDEM É LOUVAR CHÁVEZ COMO SE FOSSE DEUS

“Aqui, não se fala mal de Chávez”. A ordem imperial é de Diosdado Cabello, chefe militar da revolução bolivariana e vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Ela determina que ministros, dirigentes, militares, funcionários públicos, militantes e simpatizantes divulguem, em todos os cantos do país, cartazes, pichações e panfletos com a lenda escolhida por ele mesmo. Quem desobedecer deve ser denunciado por seus companheiros.

O primeiro objetivo é combater a estreia da série “O comandante”, prevista para amanhã, que em princípio será transmitida para todo o continente, menos para a Venezuela, o país que foi governado por Hugo Chávez por 14 anos. E o segundo é manter a narrativa revolucionária — imposta desde a chegada do “comandante supremo” ao poder em 1999 — no pior momento do processo bolivariano. Segundo a última pesquisa da Delphos, menos de 10% dos venezuelanos dizem ter confiança no presidente Nicolás Maduro.

— Quem recebeu um táxi revolucionário não pode falar mal de Chávez. Quem está no teleférico Mukunbari em Mérida não pode falar de Chávez — pregou Cabello durante seu programa de TV “Batendo com o martelo”, em que faz ataques violentos à oposição.

Muitos organismos públicos divulgaram anteontem suas mensagens, obedientemente, desde a primeira hora da manhã. “Porque falar mal de Chávez é falar mal do povo, é falar mal da pátria”, exibia um trabalhador de Bolipuertos, enquanto dirigia um guindaste numa posição um tanto forçada. “Neste escritório não se fala mal de Chávez”, acompanharam outros trabalhadores no Instituto de Terras, Conatel, Indústrias Diana (expropriada), o governo de Mérida, a maioria usando uniformes vermelhos. 

Até mesmo a polícia do estado de Guárico se somou à campanha para ratificar sua “lealdade absoluta ao líder eterno” da revolução.

— Estamos diante de uma aberração, do avanço de um cerco despótico e ditatorial cujo alcance desconhecemos. A guinada autoritária vai no caminho de converter a Venezuela em outro regime ditatorial. São sinais muito fortes que estamos recebendo, incluindo a possibilidade de que se cancelem as eleições — critica Luis Salamanca, doutor em Ciências Políticas pela Universidade Central da Venezuela.

Ao passar pela pichação “Aqui não se fala mal de Chávez nem do governo” no interior do país, o oposicionista Henry Ramos Allup, ex-presidente da Assembleia Nacional, ironizou no Twitter: “Terão de calar 99% dos venezuelanos”.



Conteúdo Folha Política

JUIZ QUE AUXILIOU TEORI NA LAVA JATO DEIXA O STF

O juiz Márcio Schiefler, que atuava como instrutor da Lava Jato no gabinete do ministro Teori Zavascki, deixou nesta terça-feira (31) o Supremo Tribunal Federal (STF). O auxiliar de Teori pediu para se desligar da Corte após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, homologar a delação de 77 colaboradores da Odebrecht.

Após a morte de Teori, Schiefler continuou atuando na operação a pedido de Cármen, que atribuiu a ele a tarefa de ouvir as declarações de espontaneidade dos colaboradores.

No STF, Schiefler é considerado uma espécie de “backup” da Lava Jato, pois contava com a confiança de Teori e assina várias das peças criminais da investigação envolvendo políticos e autoridades. Além de depoimentos da Odebrecht, Schiefler ouviu outros colaboradores e investigados no caso. Ele retorna a Santa Catarina, onde é juiz de Direito.


via Folha Política