segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Lula desiste de acompanhar seu julgamento

Lula desistiu de ir para Porto Alegre no dia de seu julgamento no TRF-4.

Em comunicado aos militantes, reproduzido pela Folha de S. Paulo, o PT diz que “Lula ficará provavelmente em SP, onde haverá ocupação da Paulista desde cedo”.

O condenado sente que será condenado.

5 milhões de exemplares em defesa do condenado

Na quarta-feira, duas semanas antes do julgamento de Lula no TRF-4, o site “Brasil de Fato”, ligado ao MST, vai distribuir 5 milhões de exemplares de uma revista em defesa do condenado.

Segundo a Folha de S. Paulo, o objetivo é “afirmar que o petista não cometeu crime”.

Quem paga?

Bolsonaro contesta Folha com parecer de Janot

A Folha publicou uma matéria intitulada “Patrimônio de Jair Bolsonaro e filhos se multiplica na política”.

O primeiro parágrafo registra o seguinte:

“O deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e seus três filhos que exercem mandato são donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.”

Levantamento feito pelo jornal em cartórios identificou que os principais apartamentos e casas, comprados nos últimos dez anos, registram preço de aquisição bem abaixo da avaliação da Prefeitura do Rio à época.

Quase ao fim da reportagem, a Folha informa:

“Em 2015, a Procuradoria-Geral da República recebeu uma denúncia questionando os valores informados por [Jair] Bolsonaro em relação às suas duas casas da Barra [no Rio de Janeiro].

Apenas tendo ouvido a defesa do presidenciável, o então procurador-geral, Rodrigo Janot, mandou arquivar o expediente dizendo que os valores eram os mesmos do Imposto de Renda. Janot alegou se tratar de denúncia anônima sem ‘elementos indiciários mínimos’ de ilícito.”

Gustavo Bebianno, advogado e assessor de Jair, falou a O Antagonista sobre a matéria:

“O Jair diz que a defesa dele é o próprio parecer do Janot. Mas que não adianta, a Folha tem essa postura. Como individualmente, não há nada contra eles, o jornal os trata como ‘Os Bolsonaros’: junta o patrimônio de quatro pessoas para fazer um bolo só e tentar fazer parecer aos olhos do leitor que se trata de um patrimônio enorme. É ridículo.”

Em seguida, o próprio Jair lamentou que a Folha passe a impressão de que os imóveis eram extraordinários no momento da compra em razão exclusivamente dos bairros onde se encontram.

Lembrou o caso em que, questionado se tinha um imóvel em Angra dos Reis, confirmou a informação ao repórter e pediu que fosse visitá-lo para verificar suas condições. Quando voltou, o repórter havia desistido de fazer a matéria e ainda brincou que o deputado a usaria a seu favor.

Abaixo, O Antagonista reproduz a imagem do ofício de Janot, enviada por Bolsonaro.




Lula avalizou acordão para salvar mensaleiros, diz Pedro Corrêa

Preso há quatro anos, sendo os dez últimos meses em regime domiciliar fechado, Pedro Corrêa confirmou ao Globo que participou permanentemente de esquemas de corrupção e de compra de votos em seus quase 30 anos de vida pública.

O ex-deputado federal e ex-presidente do PP condenado por corrupção e lavagem de dinheiro também detalhou um acordão para tentar salvar todos os envolvidos no mensalão a partir da narrativa de que se tratava apenas de caixa dois.

Os idealizadores seriam dois dos mais famosos advogados do país — Márcio Thomaz Bastos e Arnaldo Malheiros Filho, mortos em 2014 e 2016, respectivamente — e Lula, o avalista.

“Não foi um acordão que funcionou. Foi invenção do Malheiros, que era advogado de Delúbio (Soares, ex-tesoureiro do PT) e transmitiu isso ao Márcio Thomaz Bastos, que o assunto do mensalão seria caixa dois. Tanto é que Lula deu uma entrevista em Paris falando sobre o negócio de caixa dois, que era errado, mas que todo mundo tinha feito, incluindo o PT. Foi um entendimento porque o Thomaz Bastos e o Malheiros achavam que era um crime menor e que estava prescrito.”

Corrêa contou ao jornal que o próprio Lula participou de reuniões com os advogados e os réus do mensalão em que a tese foi apresentada para tranquilizá-los.

“Lula dizia que não ia dar em nada, porque todos esses crimes estavam prescritos. Quem fazia muita restrição a isso era Valdemar (Costa Neto, ex-deputado e filiado ao PR). Ele falava: ‘Rapaz, isso não vai dar certo. Se prepare que vamos ser presos.’ Eu dizia: ‘Mas o homem (Lula) não está falando que vai resolver isso?'”

O homem, no caso, só “resolveu” o lado dele.

Adeus, palestras de Lula

Despencou a procura por palestras de Lula, principal fonte de receita do instituto do petista, registra o Radar da Veja.

“Os colaboradores da entidade tiveram que renegociar seus vencimentos para baixo.”

O Antagonista lembra que o condenado rodou o mundo “ensinando” os gringos a combaterem a pobreza, mas o levantamento divulgado recentemente pelo IBGE desmascarou o engodo petista.

O Brasil fechou 2016 com 25,4% de seus habitantes tecnicamente situados na linha da pobreza — ou seja, 52 milhões de pessoas vivendo com um rendimento médio que não passa dos R$ 387 por mês.

Além disso, mais de 13,4 milhões de brasileiros (ou 6,5% da população) vivem na pobreza extrema, com rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 133,72.

O maior índice é verificado na região Nordeste, onde 43,5% dos habitantes vivem na pobreza e 7,9% sofrem com a pobreza extrema, percentuais bem acima da média nacional.

Lula só tem autoridade para palestrar sobre corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Desmentidos de Lula “ficam ainda mais patéticos”

A multa da Petrobras em Nova York só pode ser paga condenando Lula a nove anos e meio de cadeia, diz O Globo, em editorial.

Leia aqui:

“O acordo a que a Petrobras chegou com investidores que aplicaram em papéis da empresa no mercado americano, como indenização por perdas causadas pelos efeitos das falcatruas do lulopetismo na empresa, é outra forte chancela que sacramenta como verdadeiras as acusações contra políticos e diretores da estatal ligados ao PT, MDB e PP, que patrocinaram um assalto bilionário à companhia.


Por que a empresa proporia pagar US$ 2,95 bilhões em multas (cerca de R$ 9,5 bilhões) a participantes de uma ação coletiva instaurada na Justiça americana se não estivesse convencida de que inexiste alternativa? Ou seja, de que é impossível provar que não houve o petrolão. Provas e evidências são graníticas (…).

Esta multa histórica que a Petrobras deve pagar nos Estados Unidos desmente todo aquele que continua a negar o esquema. Vale, é claro, para o ex-presidente Lula com o apartamento triplex do Guarujá e o sítio em Atibaia, produtos, segundo provas e testemunhos, da corrupção na estatal, motivo que leva a empresa a desembolsar bilhões de reais para escapar de penas mais severas. Depois disso, se já eram, os desmentidos e negativas ficam ainda mais patéticos.”

Governo Temer “vai ficando cada vez mais parecido com a administração que caiu”

Míriam Leitão, ao contrário do editorial do Estadão, critica no Globo a tentativa do governo de alterar a “regra de ouro”.

Eis o trecho inicial de seu artigo:

“O governo quer atalhos para resolver os impasses das contas públicas e vai ficando cada vez mais parecido com a administração que caiu. A Caixa está desenquadrada, a regra de ouro das contas públicas está para estourar, a meta fiscal corre riscos sem a aprovação da reforma da Previdência. Os problemas se acumulam. Alguns herdados, outros criados por este governo. Não podem ser resolvidos à moda antiga.

A saída pela lateral, pela mudança da lei, pelo dinheiro do FGTS, pelo jeitinho, pela gambiarra, repete os erros que levaram o governo Dilma ao impeachment. Ela caiu porque o Congresso considerou que seu governo quebrou princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal e desta forma cometera crime de responsabilidade. Agora, a solução proposta para o impasse fiscal é suspender a vigência de uma lei que, se descumprida, seria crime de responsabilidade.

Não pode haver dois pesos e duas medidas. A regra de ouro das contas públicas é uma das trancas na mesma porta do cofre. (…)”

Os reais motivos de Michel temer querer aprovar a reforma da previdência

Maria Lúcia Fattorelli é a Coordenadora do Movimento Auditoria Cidadã da Dívida


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