domingo, 9 de julho de 2017

PT não dará paz ao Brasil enquanto não houver eleições diretas: 'Não vamos dar trégua', diz Lula


Lula afirmou, na posse da ré Gleisi Hoffmann como presidente do PT, que a esquerda brasileira "não deverá dar trégua" enquanto as eleições diretas não forem realizadas. 
"Certamente o Rodrigo Maia já está se preparando para ser o próximo presidente da República. Não podemos esquecer que golpista é golpista. Se a gente não conseguir aprovar uma PEC pelas diretas, nós não vamos dar trégua. Se tiverem que ganhar, que seja pelo voto", disse.

Pedidos de investigação enviados pelo STF à primeira e segunda instâncias ganham sigilo

Os pedidos de investigação enviados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin à primeira e segunda instâncias da Justiça Federal com base nas delações da Odebrecht resultaram, quase três meses depois, em ao menos 48 inquéritos criminais. O número, que representa 1/4 do total de 194 petições, pode ser maior, já que 53 delas tramitam em segredo de Justiça – medida que contraria a decisão de Fachin, que havia determinado o levantamento do sigilo.

A decisão de recolocar o sigilo dos autos foi tomada por procuradores e juízes de nove Estados, além do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, que assumiram as investigações. Como consequência, em alguns desses locais não é possível nem sequer saber quantas petições viraram inquéritos.

É o que ocorre, por exemplo, na Bahia, para onde Fachin enviou 14 pedidos. São investigados no Estado desde vereadores suspeitos de recebimento de caixa 2 até o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) – que participou dos governos Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer – e o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT). Todos negam irregularidades.

Geddel foi preso na semana passada, com base em investigações da Operação Cui Bono?

Coordenador Criminal do Ministério Público Federal na Bahia, o procurador da República Ovídio Augusto Amoedo Machado afirmou que, segundo regulamentação do Conselho Nacional do Ministério Público, “o presidente do procedimento investigatório criminal poderá decretar o sigilo das investigações, no todo ou em parte, quando a elucidação do fato ou interesse público exigir”.

“A regra é a publicidade, mas, em alguns casos, para proteger as investigações é necessário decretar o sigilo, desde que essa decisão seja bem fundamentada”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti.

A necessidade de “preservar o curso das investigações” também é argumento do MPF no Rio, Estado que possui o maior número de pedidos de investigação sob sigilo: 22. Assim como na Bahia, no Rio não é possível saber quantas e quais petições serviram de base para inquéritos na Polícia Federal.

Dos 21 Estados para onde foram enviadas petições, oito tiveram inquéritos instaurados, além do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região – que compreende as seções judiciais de 13 Estados e o Distrito Federal.


A grande maioria dos casos está na fase de análise. Mas o mapa dos inquéritos já instaurados mostra que a partir das delações da Odebrecht as investigações da Lava Jato, antes concentradas em Curitiba, sob o guarda-chuva do juiz federal Sérgio Moro, se espalharam pelo País.

Os pedidos enviados aos Estados não envolvem autoridades com foro privilegiado. Fachin ainda determinou a abertura de dezenas de inquéritos no Supremo (mais informações na pág. A6). A delação da empreiteira envolve ao menos 415 políticos de 26 dos 35 partidos.

Na Justiça Federal nos Estados, a lista provisória de investigados reúne ex-prefeitos, ex-parlamentares e dirigentes partidários que perderam ou não tinham direito ao foro especial, além de empresários citados na delação homologada pelo STF.

Em São Paulo, o chefe da Procuradoria da República, Thiago Lacerda Nobre, disse que aguarda autorização da Procuradoria-Geral da República para a constituição de uma força-tarefa paulista que se dedique exclusivamente às investigações.

Políticos. No Estado, um dos 12 inquéritos instaurados (de um total de 28 petições) envolve o ex-prefeito Fernando Haddad. Ao lado do publicitário João Santana, o petista é investigado por supostamente ter recebido doações ilegais da empresa. Em nota, o petista manifestou “estranheza” em figurar na delação de João Santana e Mônica Moura, mulher do publicitário. “Ainda mais quando é sabido que a Odebrecht teve todos os seus interesses contrariados durante a gestão”, afirmou.

O suplente de senador José Aníbal (PSDB) é outro investigado. A delação cita repasse de R$ 50 mil de forma indevida durante sua campanha para a Câmara em 2010. José Aníbal nega irregularidade.

A Justiça do Distrito Federal é a que tem o maior número de inquéritos instaurados (e divulgados) como desdobramentos da Lava Jato: 16. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é alvo de um deles, por supostamente cobrar propina em troca de financiamentos do fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS). Ele nega recebimento de vantagem indevida.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega também é investigado no Distrito Federal e em São Paulo – ele nega que tenha cometido irregularidades.

Alvo de inquérito no Paraná, o ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil Aldemir Bendine é citado como receptor de propinas, segundo delação da Odebrecht. Sua defesa já afirmou que Bendine jamais se beneficiou indevidamente das empresas. O Estado não consegui contato com ele ontem.

Em Minas, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcelo Lacerda (PSB) é investigado em petição que citava pagamentos não contabilizados nas campanhas municipais de 2008 e 2012. Procurado, ele não atendeu os telefonemas. À época, negou as acusações.

No Rio Grande do Sul, um dos dois inquéritos trata de suspeita de caixa 2 na campanha do ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge, que recentemente trocou o PT pelo PDT. “Não existe nenhum ato ilícito da minha parte."

A VENEZUELA É UM PAÍS (SOCIALISTA) SEM LEI

E aconteceu novamente. Em Editorial, O GLOBO fala sobre a crise venezuelana, constatando que o país já vive sob uma ditadura, e que a escalada da crise econômica e da violência vem destruindo a nação. Mas reparem num detalhe interessante: a palavra socialismo não aparece uma única vez!

Fica parecendo que é coisa da cabeça de Maduro, um tirano qualquer, ou de um tal de chavismo, que não teria ligação alguma com o “socialismo do século XXI” (lembram?). O principal responsável pelo caos é o sujeito oculto. Suas impressões digitais estão em todas as cenas do crime, mas o jornal prefere deixá-lo de fora. Faz como o biquíni: mostra quase tudo, mas esconde o essencial. Eis alguns trechos:

Ninguém mais duvida, a esta altura, de que a Venezuela vive sob um regime ditatorial. À medida que o apoio a Nicolás Maduro despenca, inclusive entre quadros históricos do chavismo, avançam na proporção inversa medidas de exceção, desrespeito às instituições republicanas e violação de direitos humanos, configurando um país sem a proteção da lei. Acuado, o presidente venezuelano se apoia nas Forças Armadas, no Judiciário aparelhado e na intimidação violenta por parte de milícias paramilitares e coletivos bolivarianos.
[…]
Em meio à crise política, à intransigência do presidente e à repressão contra a população, persiste o caos econômico. O FMI prevê que a taxa de inflação este ano será de 720%, ao mesmo tempo que o país sofre com escassez, racionamento, saques e altos índices de delinquência. Esta é a triste realidade no país de Maduro.

Agora, pergunto: não foi exatamente esse o destino previsto por liberais lá atrás, quando tantos “jornalistas” e (de)formadores de opinião ainda vibravam com o foco no “social” do governo Chávez? Não é esse o resultado inexorável de todos os experimentos socialistas, seja no século XX, seja no século XXI? Não foi assim em Cuba também?

Então qual a maldita surpresa?! Então por que não fazer o evidente elo entre socialismo e catástrofe? Por que fingir que a tirania veio do nada, e não como consequência inevitável dos meios adotados por Chávez e Maduro, com o apoio do PT e do PSOL? Por que não explicar aos leitores que a desgraça venezuelana é um efeito direto dos métodos socialistas adotados nos últimos anos?

Será que o slogan do jornal, “muito além do papel de um jornal”, quer dizer, na prática, que seu papel não é a informação, mas sim a propaganda ideológica, a desinformação? Pois só assim para compreender tanta omissão quanto ao verdadeiro culpado pela destruição do país vizinho mesmo…

Rodrigo Constantino

PROSELITISMO POLÍTICO DA ESQUERDA MOFOU O CINEMA BRASILEIRO

A Ancine sempre foi um antro comunista. A produção cinematográfica nacional é tomada pela esquerda, e para ter acesso às benesses estatais ou para simplesmente sobreviver nesse meio, faz-se necessário sucumbir à pressão dos poderosos, que são todos socialistas. É um fenômeno análogo ao que ocorre nas universidades: a patota esquerdista comanda o show, e se você sonha com sua ascensão na carreira, precisa dançar de acordo com a música, virar um simpatizante marxista.
Todos aqueles mais atentos que acompanham a política sabem disso. Mas é sempre bom ver a denúncia saindo de dentro, do meio, de quem vive isso na pele em seu cotidiano. E o cineasta Josias Teófilo, que dirigiu o documentário “O Jardim das Aflições”, sobre Olavo de Carvalho, resolveu colocar a boca no trombone após sofrer todo tipo de boicote e censura de seus pares, mas ter o reconhecimento daquele que interessa: do estimado público.
Para Teófilo, o sucesso de bilheteria do seu filme tem ligação justamente com o excesso de tempo em que essa parte do público foi ignorada pela patota da elite do cinema brasileiro. Aconteceu o mesmo no mercado editorial, e o editor Carlos Andreazza, da Record, soube explorar bem essa demanda reprimida, trazendo visões alternativas e enriquecendo a pluralidade no setor. O sucesso foi inegável. Em artigopublicado no último dia 7 na Folha, Teófilo ataca o fechamento ideológico de seu setor:
Desde quando resolvi fazer o documentário “O Jardim das Aflições”, um retrato do pensamento e do cotidiano do filósofo Olavo de Carvalho, vi-me numa trama típica do Brasil dos anos 2010, em que se busca politizar tudo.

A esquerda, desde os anos 1960, especializou-se em fazer retórica política no cinema. “De todas as artes, o cinema é a mais importante”, dizia Lênin. Hoje os esquemas da retórica socialista, da luta de classes até o discurso atualizado de opressão das minorias, tornaram-se o único terreno possível. Quem se opuser a isso frontalmente vai viver o mesmo que eu vivi.
Vi profissionais se recusarem a trabalhar no meu filme ou pedirem para não serem creditados, com medo de represálias da classe. Outros tentaram de todas as formas convencer profissionais a não trabalhar no documentário.
[…]
Reforço apenas que se trata de um sintoma da condição doentia do establishment cinematográfico nacional ligado à esquerda socialista.
O cinema brasileiro é como uma casa fechada há três décadas. Quase tudo está mofado e podre. É preciso abrir as janelas e deixar o ar entrar.
Poucos saíram em sua defesa. A classe falante de sua cidade, diz, continuou muda, complacente à tentativa de censura. O cineasta virou um “leproso”, alguém a ser evitado no meio. Em compensação, desabafa, o público lotava todas as sessões do filme. Qual a explicação para isso? Ele pergunta, e ele responde: “Esse é um público que foi ignorado por décadas no cinema brasileiro, por pura limitação ideológica”.
Não vi o filme ainda, mas não é esse o ponto importante aqui. O relevante é mostrar como a esquerda, ao criar um feudo socialista dentro do cinema nacional, usurpou do público o direito ao contraditório, tentou impor uma visão única de mundo, limitada, ideológica. Politizou tudo, pois enxerga, como o guru Lenin, a arte como um simples meio para transformar o mundo, para atingir seus fins ideológicos. É puro proselitismo. E quem não joga o jogo será punido.
Até hoje, ao menos, foi assim. Mas agora há ventos de mudança. Agora temos as redes sociais, e gente disposta a reagir. O resultado está aí: o ódio dos pares, da patota no comando do show (e das verbas estatais), mas o reconhecimento do público. E quem faz arte para crítico ou para camaradas ideológicos não faz arte, e sim propaganda ou bajulação. O foco deve ser sempre o público mesmo. Esse não quer saber de doutrinação ideológica nos filmes ou nas novelas…
Rodrigo Constantino


PT prepara o teatro para o caso de Moro condenar Lula

O PT se prepara para “dar a resposta adequada para qualquer sentença que não seja absolvição completa e irrestrita” de Lula.
Foi o que afirmou, em nota oficial, a nova presidente nacional da sigla, senadora ré Gleisi Hoffmann (PR).
No editorial "O PT desafia Moro", o Estadão trata do assunto.
Para os petistas, se Sérgio Moro tiver a ousadia de condenar Lula no caso do triplex, o juiz estará tomando uma decisão “seletiva”, “baseada apenas em delações premiadas”, completamente “sem provas”.
"Três anos atrás, em campanha para reconduzir Dilma Rousseff à Presidência da República, o PT precisava posar de paladino da moralidade, apesar de já estar evidente que se investigava a corrupção em seus governos. Com a reeleição de Dilma e seus primeiros correligionários colocados atrás das grades, o PT sentiu-se, mais do que à vontade, na obrigação de partir para cima da Lava Jato.
Entrou então em pauta o discurso de que a Operação Lava Jato era um instrumento por meio do qual a 'elite' pretendia calar o PT para entregar o Brasil, a começar pela Petrobrás, aos 'interesses do capital internacional'. Com o tempo as investigações passaram a atingir também velhos aliados dos petistas, como o PMDB, e até seu pior inimigo, o PSDB. Mas o discurso anti-Lava Jato não mudou.
Sem abandonar o argumento de que eram 'vítimas' de perseguição política, os petistas embarcaram na onda nacional de protestos contra os excessos que passaram a ser praticados por alguns agentes da operação. A grande diferença, porém, é que, enquanto os verdadeiros democratas continuam apoiando firmemente a Lava Jato e lutando para mantê-la rigorosamente dentro da lei, o PT quer acabar com as investigações de corrupção e ditar as decisões da Justiça: para os companheiros, impunidade; para os inimigos, cadeia."
Para os "verdadeiros democratas", O Antagonista acrescenta: só se mantém dentro da lei o que dela não saiu.

A dedicação de Moro

"A colegas, o juiz Sérgio Moro tem dito que o trabalho sobre a ação do ex-presidente Lula no caso do tríplex no Guarujá tem exigido bastante tempo e dedicação."
A absolvição de João Vaccari Neto na segunda instância aumentou essa exigência, claro.
Mas todo cuidado é pouco quando o partido do réu nomeou sete dos onze ministros do STF.

conteúdo: Painel da Folha

Os próximos 15 dias de Lula


Lula pode ser esmagado nas próximas semanas.
Em primeiro lugar, Sergio Moro vai sentenciá-lo pela propina da OAS. Em seguida, vem a delação de Antonio Palocci, que deve estar fechada em 15 dias, segundo Lauro Jardim.

A segunda-feira quente

O relator da denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer por corrupção passiva, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), deve apresentar seu voto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), etapa anterior à decisão do plenário da Câmara dos Deputados, amanhã (segunda-feira, 10).
Tudo indica que Zveiter votará pela admissibilidade da denúncia, enfraquecendo ainda mais a situação de Temer na Câmara.
A avaliação majoritária entre deputados, segundo O Globo, é que o parecer terá papel decisivo para o resultado final.
Para a semana começar ainda mais emocionante, só mesmo se Sérgio Moro condenar Lula no caso do triplex.

Condição para Meirelles ficar no governo Maia

A equipe econômica só aceitaria permanecer sob um novo presidente caso haja garantias de autonomia ampliada – principalmente a de nomear uma nova cúpula para o BNDES.
Foi o que apontou Henrique Meirelles, em conversas com aliados e investidores, segundo a Folha.
O ministro da Fazenda já demonstrou incômodo com interferências da ala política do governo de Michel Temer sobre aspectos que impactam diretamente as contas públicas.
Reclamou também da escolha de Paulo Rabello de Castro para presidir o BNDES, por considerar que o economista abriu os cofres do banco em um momento de aperto fiscal.

Os placares discrepantes dos grupos de Temer e Maia

No momento, há dois placares discrepantes entre os grupos de Michel Temer e Rodrigo Maia sobre a denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente da República, segundo o Valor.
"No Planalto, a aposta é de que o pemedebista vence a votação na CCJ com 40 votos. São necessários 34 votos para derrotar o relatório de [Sérgio] Zveiter [PMDB-RJ].
Em outra frente, aliados de Rodrigo Maia dizem que Temer tem apenas 28 votos na CCJ, contra 36 dos favoráveis ao relatório de Zveiter. O relatório será apresentado amanhã."

De olho na vaga de Maia

Segundo O Globo, os parlamentares mais entusiasmados com o eventual governo de Rodrigo Maia estão a dizer que o PMDB já estaria brigando pela Presidência da Câmara, com o líder Baleia Rossi (SP) e o atual ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), pleiteando a vaga.

FHC volta a defender renúncia de Temer e antecipação de eleições

FHC também disse a Andréia Sadi que ainda vê espaço para a antecipação das eleições, mas só com a renúncia de Michel Temer:
"Precisamos pensar no país, não só no governo. Temer precisa conversar com as grandes forças políticas do País, não só o PSDB. Ainda vejo em Temer a possibilidade de promover uma trégua nacional, sem conchavos, renunciando e antecipando eleições. Mas só com a aprovação da reforma política com a cláusula de barreira".

O BNDES de Joesley Batista

Joesley corre o risco de ser preso.
O Globo descobriu que ele esteve 23 vezes no gabinete do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Wesley Batista esteve no local em oito oportunidades. "Joesley esteve ainda outras dez vezes no escritório da presidência do banco em São Paulo somente entre 2012 e 2014".
Dois desses encontros entre Joesley Batista e Luciano Coutinho ocorreram imediatamente antes de empréstimos que lesaram o BNDES em 711 milhões de reais, segundo o TCU.
Diz a reportagem:
"Uma das operações questionadas pelo TCU trata da liberação de R$ 1,1 bilhão para o grupo de Joesley adquirir uma empresa de carnes americana, a National Beef, a australiana Tasman Group e a divisão de carnes da Smithfield Beef Group. O apoio foi pedido em 11 de fevereiro de 2008. Nove dias depois, o enquadramento da operação já foi feito pela área técnica e, no dia 4 de março, a diretoria aprovou o aporte. Em um relatório sobre o caso, o TCU observou que essa tramitação em 22 dias é fora do padrão do BNDES, que demoraria, em média, 210 dias para realizar esse tipo de operação.
Os dados obtidos pelo GLOBO mostram que Joesley esteve na presidência do BNDES no dia 14 de fevereiro, três dias depois de o pedido ter sido efetivado e durante a tramitação relâmpago do aporte. De acordo com o registro, ele foi ao gabinete que era ocupado por Coutinho no Rio e ficou no local das 14h54m às 17h07m (...).
Outra operação que teria provocado prejuízos ao BNDES teve o enquadramento aprovado com base apenas numa apresentação de PowerPoint, de acordo com os técnicos do TCU. Tal fato ocorreu no dia 24 de novembro de 2009. Cinco dias antes, Joesley esteve no gabinete de Coutinho no Rio. Na ocasião, os registros informam que ele teria ficado por apenas seis minutos".

Demonstrando que não tem almoço grátis

O Estadão questionou Mansueto Almeida sobre as queixas feitas por órgãos públicos de falta de dinheiro para prestar serviços.
Eis a resposta do secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda:
"É demonstração de que não tem almoço grátis. Chegamos a um ponto em que não há mais espaço para cortar despesa discricionária (aquela que o governo tem autonomia para reduzir e que equivale a menos de 10% da despesa total). Nos relatórios do Tesouro, o valor real dessa despesa este ano voltará ao patamar de 2010. É como se essa despesa tivesse crescido zero nesse período. Então, daqui para frente, teremos de cortar despesa obrigatória. E isso exige planejamento."
Mansueto pregou austeridade:
"A gente vai ter de ser muito mais austero para rever alguns programas que dão origem a despesas obrigatórias. O governo já vem fazendo isso. O corte no Ciência Sem Fronteiras foi isso. A revisão do auxílio-doença foi isso. Fizemos perícia em pessoas que ganhavam o programa há mais de dois anos. Vamos ter de intensificar esse tipo de análise."

Como é importante a delação premiada

O Globo fez um levantamento sobre os acordos de delação premiada da Lava Jato.
O dado mais relevante é que a fala dos delatores, reforçada pelas investigações, levou à prisão:
– 10 grandes empresários;
– 12 executivos da cúpula das grandes empreiteiras;
– 2 ex-ministros: José Dirceu e Antônio Palocci;
– 1 ex-governador: Sérgio Cabral.
"No total foram 140 acordos firmados em Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília, que ensejaram pelo menos 88 denúncias nos estados e no Supremo Tribunal Federal (STF)", inclusive contra o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula.
"Também foram flagrados os ex-senadores Delcídio Amaral e Gim Argello e quatro ex-deputados federais: Eduardo Cunha, André Vargas, João Argollo e Pedro Corrêa — três deles perderam seus mandatos após entrar na mira da operação."

Janaína Paschoal indignada diz sobre Dirceu: 'Só no Brasil um condenado incita à baderna nas ruas

Janaína ficou indignada com  as matérias que dão conta de que o ex-ministro José Dirceu, condenado no mensalão e no petrolão, continua ativo na articulação política do PT.
Disse a jurista: "Notem que esse pessoal não desiste! Eles estão dispostos a tudo! E o STF, em decisão rara, ajudou! Uma pessoa condenada, solta por força de um habeas corpus, incitando baderna nas ruas? Em nenhum outro país isso seria possível!".

Temer busca FHC como última cartada, para ter o apoio do PSDB

Frente a ameaça de desembarque do PSDB já na próxima semana, o presidente Michel Temer tenta uma última cartada: um encontro com Fernando Henrique Cardoso para apelar ao ex-presidente em busca de apoio dos tucanos.

O interlocutor escalado por Temer é o ministro Antonio Imbassahy, segundo auxiliares do ministro da articulação política. 

Fontes ligadas a Imbassahy afirmam que o presidente pediu a ele que sondasse a disposição do ex-presidente, que já pediu a renúncia de Temer.
Mesmo assim, o presidente quer pedir ajuda a FHC para convencer a cúpula do PSDB a adiar a decisão do desembarque do governo, em meio à busca de votos contra a denúncia por corrupção passiva na Câmara .

Diante da insistência de Temer, nem ministros do PSDB acreditam que a nova investida renderá frutos.

Motivo: FHC já pediu publicamente a renúncia de Temer, em um "gesto de grandeza". Antes disso, enviou uma carta ao presidente Temer pedindo novas eleições.

Na carta, o ex-presidente alertou o presidente sobre a situação grave do cenário político e sugeriu que antecipasse as eleições. Temer ignorou a carta e não enviou resposta ao ex-presidente.

Agora, Temer, que voltou da Alemanha neste sábado, tenta um novo encontro com o tucano para os próximos dias.

Segundo delator, Geddel cobrou propina para liberar R$ 2,7 bilhões da Caixa para Joesley comprar Alpargatas

Antes de ser preso nesta semana e de cair em desgraça acusado pelo ex-ministro da Cultura de pressioná-lo para liberar uma obra embargada em sítio histórico de Salvador (episódio que lhe custou o cargo de ministro da Secretaria de Governo e o foro privilegiado), Geddel Vieira Lima era conhecido por ser solícito em relação a pedidos de amigos empresários para ajudar a liberar recursos na Caixa Econômica Federal. Ex-ministro de Lula (Integração Nacional) e Temer (Secretaria de Governo), Geddel ocupou a Vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa de 2011 a 2013, no governo Dilma . Entre outras supostas negociatas, ele teria colaborado com o empresário Joesley Batista para conseguir um empréstimo de R$ 2,7 bilhões no banco para ele comprar a Alpargatas. Em troca, receberia uma propina de R$ 80 milhões.

As acusações foram feitas pelo corretor financeiro Lúcio Funaro em depoimento à Polícia Federal no dia 14 de junho. Funaro está preso por conta da Operação Lava Jato e era considerado um dos principais operadores financeiros nos esquemas de corrupção do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também preso na Lava Jato. Geddel foi preso na última segunda (3) em decorrência de investigações da Operação Cui Bono?.

Funaro tenta costurar um acordo de delação premiada com o MPF (Ministério Público Federal) e a PGR (Procuradoria-Geral da República) e diz que irá apresentar detalhar e provas destas e de outras acusações.

O UOL procurou Gamil Foppel, advogado de Geddel, mas ele não atendeu aos telefonemas. O defensor tem negado as acusações feitas a seu cliente.
De acordo com o depoimento, Funaro afirma que o último negócio de que participou com Joesley e Geddel foi a concessão de um empréstimo de R$ 2,7 bilhões da Caixa para a J&F comprar a Alpargatas, em dezembro de 2015. Pouco menos de um ano depois, o negócio chamou a atenção do TCU (Tribunal de Contas da União).

Na ocasião, Geddel já não era mais vice-presidente na Caixa, mas, segundo Funaro, continuava controlando a vice-presidência indiretamente. Geddel ocupou o cargo executivo na Caixa de 2011 a 2013, durante o governo de Dilma Rousseff. No depoimento, Funaro recorda do caso em detalhes.

De acordo com ele, no dia 12 de dezembro de 2015, Joesley foi com a mulher, Ticiana Villas Boas, até sua casa pedir para que ele entrasse em contato com Geddel e pedisse ajuda com a liberação do empréstimo bilionário. A propina combinada com Joesley para este caso seria de R$ 80 milhões, mas o débito não teria sido saldado pelo empresário (pelo menos não com o conhecimento de Funaro).

O operador afirma ainda que Geddel recebia comissão por todos os empréstimos concedidos pela Caixa que passavam pela aprovação dele. Funaro afirma que entregou a Geddel pelo menos R$ 20 milhões em propinas ao longo dos anos. Geddel foi preso acusado de pressionar Lúcio Funaro, por meio de sua mulher, para que não fizesse acordo de delação premiada.
No mesmo depoimento, Funaro afirma à PF que o presidente Michel Temer fez "orientação/pedido" para que fossem feitas duas "operações" de crédito junto ao fundo de investimentos do FGTS para duas empresas privadas. As operações, segundo Funaro, geraram "comissões expressivas, no montante aproximado de R$ 20 milhões".

Procurada pelo UOL por meio de sua assessoria de imprensa, a Caixa diz apenas que "está em contato permanente com as autoridades, prestando irrestrita colaboração com os trabalhos, procedimento que continuará sendo adotado pelo banco". Já a assessoria de imprensa da J&F responde que "ressalta a importância do mecanismo da colaboração, que está permitindo que o Brasil mude para melhor" (leia mais abaixo).
Caronas em avião de dono da Gol

Em outro caso relatado pelo corretor, Geddel teria ajudado a liberar R$ 60 milhões da Caixa para uma das empresas de Henrique Constantino, um dos donos da companhia aérea Gol, sem receber propina em dinheiro. O favor não teria sido cobrado porque o valor seria "muito baixo". Além disso, Geddel viajava constantemente e sem pagar nada no avião particular do empresário.

Durante as negociações de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato, Constantino afirmou ter feito pagamentos a Cunha e a Funaro em troca de facilidades em negócios no âmbito da Caixa. Na época, os advogados de Cunha não comentaram a acusação. O UOL não conseguiu contato com os defensores do ex-deputado.

Em dezembro do ano passado, a companhia aérea Gol, principal empresa da família Constantino, firmou acordo de leniência com o MPF e se comprometeu a pagar R$ 12 milhões em multas. A empresa era investigada na Operação Lava Jato.

Henrique Constantino afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "segue colaborando com a Justiça para o total esclarecimento dos fatos". Em relação à informação de que Geddel teria voado nos aviões da família, "Henrique Constantino informa que desconhece essa informação".

A Gol também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que Geddel nunca voou de graça nos aviões da companhia e que Constantino está afastado da direção.

A assessoria de imprensa da J&F ainda diz que "não seria possível expor a corrupção no país sem que pessoas que cometeram ilícitos admitissem os fatos e informassem como e com quem agiram, fornecendo indícios e provas".

"A colaboração de Joesley Batista e mais seis pessoas é muito diferente de todas as que já foram feitas até aqui. Além da utilização de ação controlada com autorização judicial, houve vastos depoimentos, subsidiados por documentos, que esclarecem o modus operandi do cerne do sistema político brasileiro. A despeito do grande número de informações e provas já entregues, os colaboradores continuam disponíveis para cooperar com a Justiça e, conforme acordo firmado, estão sendo identificados outras informações e documentos como complementos às investigações e que também serão entregues."
Mudança para carceragem da PF

Na quarta-feira (5), Funaro foi transferido do Complexo Penitenciário da Papuda para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele promete detalhar às autoridades como funcionava o esquema do PMDB da Câmara dos Deputados na Caixa, que, além de Geddel e seu grupo, envolveria a participação de outro vice-presidente da instituição, Fábio Cleto.

Em delação premiada, Cleto, por sua vez, afirma que 12 empresas pagaram propina para Cunha para liberar investimentos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço), que é gerido pela Caixa.


De acordo com Funaro, foi ele quem apresentou Joesley a Geddel na época em que o político era vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa. Segundo ele, Geddel ajudava as empresas da J&F Investimentos (controladora das empresas dos irmãos Joesley e Wesley Batista) a conseguir empréstimos do banco público em troca de comissões do valor total.

A NAÇÃO SOB GOVERNO DAS MINORIAS

A crise que jogou o Brasil na mais prolongada e perigosa depressão econômica e social de sua história não pode ser entendida sem que se conheça o peso do patrimonialismo, do corporativismo e do clientelismo na vida nacional. É pelo peso do patrimonialismo que o exercício do poder político se confunde com usufruto (quando não com a posse mesma) dos recursos nacionais. É pelo peso do corporativismo, cada vez mais entranhado e influente nas estruturas do Estado, que os bens e orçamentos públicos vêm sendo canibalizados desde dentro pelo estamento burocrático. É pelo peso do clientelismo que elites corruptas são legitimadas numa paródia de representação política, comprando votos da plebe com recursos tomados à nação.
 Na perspectiva do cidadão comum, o que resulta mais visível, lá no alto das manchetes e no pregão dos noticiários de rádio e TV, é o que vem sendo chamado de mecanismo, ou seja, o modo como, nos contratos de obras e serviços, o recurso público é desviado para alimentar fortunas pessoais, partidos políticos e campanhas eleitorais que, por sua vez, garantem, a todos, a continuidade dos respectivos negócios. Com efeito, esse é o topo da cadeia. É o que se poderia chamar de operação contábil que viabiliza e formaliza o patrimonialismo.
O corporativismo, de longa data, se configura como forma de poder exercido com muito sucesso e responde, ano após ano, pela crescente apropriação dos orçamentos públicos e dos recursos de empresas estatais pelas corporações funcionais. É uma versão intestina do velho patrimonialismo. 
Raymundo Faoro, a laudas tantas de "Os Donos do Poder", escreve sobre a centralização política ocorrida no Segundo Reinado e a singela constatação de que existem duas possibilidades: ou a nação será governada por um poder majoritário do povo ou por um poder minoritário. Era como exercício de poder minoritário que Faoro via o reinado de D. Pedro II. E o entendia à luz da teoria de Maurice Hariou, que fala de um poder formado "ao largo das idades aristocráticas, pelo exercício mesmo do direito de superioridade das minorias diretoras".
Maurice Hariou (1856-1929) reparte com Kelsen o apelido de Montesquieu do século XX. Na sua perspectiva, são as instituições que fundamentam o Direito, e não o contrário. Correspondem ao conceito, as organizações sociais subsistentes e autônomas nas quais se preservariam ideias, poder e consentimento. A isso, dava ele o nome de corporativismo. Após 127 anos de república, é comum vê-lo em pleno exercício quando representantes de outros poderes, de carreiras de Estado, e de seus servidores ocupam ruidosamente galerias dos plenários ou palmilham corredores onde operam os gabinetes parlamentares. Raramente saem frustrados em suas reivindicações. E assim, bocado a bocado, ampliam, além de toda possibilidade, a respectiva participação no bolo dos recursos públicos. Em muitos casos, a soma das fatias já ultrapassa os 360 graus.
Os ônus do corporativismo representam um prejuízo vitalício, que se perpetua através das gerações. Como tal, muito certamente, excede o conjunto das falcatruas operadas pelo mecanismo. O Estado brasileiro poderia ser menor, onerar menos a sociedade e enfrentar adequadamente o drama das camadas sociais miseráveis, carentes de consciência política. Por que iriam os operadores do mecanismo, os manipuladores da miséria e o estamento burocrático interessar-se em acabar com a ascendência que exercem sobre essas vulneráveis bases eleitorais? Os três juntos - patrimonialismo, corporativismo e clientelismo - põem a nação em xeque. Não sairemos dele se não identificarmos, acima e além dos partidos e seus personagens, estes outros adversários, intangíveis mas reais, que precisam ser vencidos.

Busca e apreensão em fazendas de Padilha tem resultado surpreendente

Atendendo pedido do Ministério Público de Estado de Mato Grosso, a Polícia Judiciária Civil cumpriu na tarde desta sexta-feira (07) mandado de busca e apreensão na Fazenda Paredão, no município de Vila Bela da Santíssima Trindade.

As terras pertencem a Marco Antônio Tozzatti e seu sócio, Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.

Surpreendentemente, a operação apreendeu dois caminhões carregados de madeira extraída ilegalmente do Parque Estadual da Serra Ricardo Franco (área de proteção ambiental). Uma arma de fogo irregular também foi encontrada.

A medida se estendeu até a fazenda Jasmin, também propriedade de Padilha. No local foram encontradas duas espingardas calibre 36 e uma motosserra.
É um lamentável flagrante de crime ambiental, que demonstra a polivalência de um dos principais ministros de Michel Temer.

conteúdo Jornal da cidade on line

Sobre o desmonte da Força-Tarefa da Lava Jato pela PF

Procurador Júlio Marcelo escreve sobre o desmonte da Força-Tarefa da Lava Jato pela PF:
"Se todo ato administrativo deve ser motivado pelo interesse público, qual o interesse público que justificaria desmontar a Força-Tarefa da PF dedicada à Lava Jato em Curitiba?
Trocar o comando da PF sem nenhuma razão ficaria politicamente ruim para o governo ou para o Ministro da Justiça, que nunca pareceu apreciar muito a operação que tem exposto as vísceras da corrupção nacional para toda a população e todo o mundo. Desmontar a equipe de trabalho que dá suporte à investigação deixa a responsabilidade pelo ato na conta do próprio Diretor-Geral da PF. Evidente que o desmonte da equipe produz o efeito de conter danos, limitar a capacidade de investigação, impedir que novos fatos sejam descobertos, novas provas sejam colhidas.
O que eu espero como cidadão é que a equipe seja reforçada, em vez de desmontada."

‘Nós vamos retomar o governo do Brasil’, diz José Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil e homem forte do governo Lula, José Dirceu (PT), gravou um áudio para a militância petista dizendo que seu grupo político vai “retomar o governo do Brasil”. No áudio, que circula em redes sociais, Dirceu afirma que os adversários do PT “deram um golpe, rasgaram a constituição, rasgaram o pacto social”.

A fala gravada de Dirceu dura 45 segundos e teria sido feita por Dimas Roque, dirigente petista que atua na área de mídias digitais:
“Quase boa noite em Brasília. Brasília está fria, é coisa rara. Aqui é o Zé Dirceu, estou aqui com o Dimas. Quero mandar um abraço fraterno, afetivo, de gratidão a todos. Continuo firme, de pé e na luta. Como vocês sabem, nós vamos retomar o governo do Brasil. Eles tomaram na mão, deram um golpe, rasgaram a Constituição, rasgaram o pacto social, mas o povo está conosco. Vamos voltar. Um grande abraço. Tuiteiros do PT, na luta”, diz o ex-ministro no áudio.

José Dirceu deixou a cadeia em maio, após a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ter revogado, por 3 votos a 2, a prisão preventiva do ex-ministro. O juiz Sergio Moro acatou a decisão, mas determinou o uso de tornozeleira eletrônica e proibiu Dirceu de manter contato ou se encontrar com investigados na operação e de sair dos limites da cidade onde declarou residência — no caso, Brasília.

O ex-ministro Dirceu tinha sido preso em 3 de agosto de 2015, nove meses após ter deixado o presídio da Papuda, no Distrito Federal, para cumprir prisão domiciliar no escândalo do Mensalão. Ele foi o alvo principal da 17ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco, em referência ao nome supostamente usado por petistas para se referir a propina.

José Dirceu já foi condenado a mais de 31 anos de prisão por Moro por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência da organização criminosa.


PT É ASSIM TEM DISCURSO PRA POBRE E GOVERNO PRA RICO, O POBRE PENSA QUE MANDA MAS O RICO TEM CERTEZA

'Os petistas discursam para pobre e governam para os ricos, é uma larapiolândia'

Deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), da tribuna da Câmara,atacou os deputados do Partido dos Trabalhadores que discursavam: "O PT é assim, ele tem discurso para pobre e governo para rico. No governo do PT, o pobre pensa que manda. O rico tem absoluta certeza. Nada pode ser mais hipócrita do que ver um representante da 'larapiolândia' subir na tribuna para chamar os outros de corruptos. Não tem moral para soprar uma mosca pousada sobre uma matéria putrefata de qualquer corpo"