domingo, 19 de março de 2017

LULA SE COMPARA A JESUS CRISTO EM VÍDEO INÉDITO

AGU acusa Lula de tentar intimidar e retaliar procurador da Lava Jato

Em parecer entregue à Justiça paulista, a Advocacia Geral da União (AGU) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta intimidar o procurador da República Deltan Dallagnol ao pedir R$ 1 milhão em indenização por danos morais. Dallagnol, que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato, assinou a denúncia que levou Lula a se tornar réu no processo que investiga a aquisição de um apartamento tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. 

A AGU também argumentou que a independência e o funcionamento do Ministério Público serão comprometidos se seus integrantes forem alvos de retaliações dos acusados.

A AGU é responsável por defender os servidores federais em processos decorrentes de atos de seu trabalho, como é o caso de Dallagnol. Para o órgão, o pedido de indenização se soma às tentativas dos advogados de Lula de retaliar os investigadores com representações no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Até agora, o CNMP não deu prosseguimento a nenhuma dessas representações.

“Ao tentar fazer o réu responder a uma ação com pedido de indenização exorbitante, o autor visa interferir nas decisões e medidas adotadas no âmbito da Operação Lava-Jato, criando um receio generalizado de que as ações legítimas contra o autor estarão sujeitas a fortes reações. O verdadeiro fim é intimidar e retaliar, e não compensar o dano moral dito abalado”, diz trecho do documento da AGU, que está atuando no caso a pedido do próprio Dallagnol.

APRESENTAÇÃO POLÊMICA

O procurador da República protagonizou a entrevista coletiva em que foi apresentada denúncia, em 14 de setembro do ano passado. Na ocasião, foi mostrado um gráfico com 15 diagramas. Um deles, em posição central, trazia o nome de Lula. Os outros 14, localizados na borda, tinham setas que levavam para o diagrama central e diziam, entre outras coisas: "mensalão", "José Dirceu", "petrolão + propinocracia" e "enriquecimento ilícito".

A AGU entendeu que a divulgação da denúncia obedeceu o princípio constitucional da publicidade e uma portaria da Procuradoria Geral da República (PGR) que impõe ao Ministério Público Federal (MPF) o dever de divulgar sua atuação em casos de grande alcance. Opinou ainda que, durante a entrevista, Dallagnol não atacou a imagem de Lula.

“Almejou-se, sim, explicar com os detalhes necessários o esquema criminoso atribuído ao autor na prática dos crimes imputados na acusação. A finalidade, portanto, era proporcionar explicações mais didáticas sobre os fatos investigados. Desse modo, os objetivos estritos da entrevista foram informar a sociedade, dar transparência à atividade do Ministério Público e prestar contas à população em caso de grande alcance nacional e internacional”, argumentou a AGU.

O caso tramita na 5ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, onde Lula mora. Segundo a AGU, a Constituição e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecem que a administração pública é que deve responder por eventuais danos e, num momento posterior, buscar o ressarcimento junto ao agente.

“Se assim não fosse, o acusador ficaria exposto pessoalmente a sanções por parte dos acusados, e a função de acusar pessoas pela prática de violações penais ficaria indubitavelmente inviabilizada. Ou seja, o governo pela lei (rule of law) estaria profundamente comprometido. Não há, portanto, Estado de Direito sem que o Estado proteja o acusador contra retaliações, intimidações e ações judiciais dos seus acusados”, destacou a AGU.

O órgão também pediu a condenação de Lula para pagar os honorários advocatícios em valores que podem ir de 5% a 20% da causa. Ou seja, ao final, em vez de receber R$ 1 milhão, o ex-presidente pode ser obrigado a pagar R$ 50 mil ou R$ 200 mil. O valor pedido por Lula na indenização, diz a AGU, não é pago nem em caso de morte.

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, disse que não é papel da AGU "defender servidores por atos praticados fora do estrito exercício de suas atribuições legais e constitucionais". E acrescenta: "Dallagnol não está sendo processado pelo ex-presidente Lula por ter subscrito uma denúncia, por mais frívola e estapafúrdia que seja. Ele está sim respondendo a uma ação de reparação por danos morais por ter feito uma acusação pela televisão, tratando de tema que estava fora de suas atribuições legais, estranho à própria denúncia que se propôs a informar e em local alugado com recursos públicos".

A ação foi protocolada em 15 de dezembro do ano passado. Em nota publicada na época, os advogados de Lula alegaram que Dallagnol, "sob o pretexto de informar sobre a apresentação de uma denúncia criminal contra Lula, promoveu injustificáveis ataques à honra, imagem e reputação de nosso cliente, com abuso de autoridade".

"Nenhum cidadão pode receber o tratamento que foi dispensado a Lula pelo procurador da República Dallagnol, muito menos antes que haja um julgamento justo e imparcial. O processo penal não autoriza que autoridades exponham a imagem, a honra e a reputação das pessoas acusadas, muito menos em rede nacional e com termos e adjetivações manifestamente ofensivas", diz outro trecho da nota da defesa de Lula divulgada em dezembro.

conteúdo: Folha Política


'Eis que a corrupção chega na carne que comemos todos os dias', lamenta procurador

O procurador João Paulo Lordelo lamentou o escândalo do cartel da carne podre, lembrando que a corrupção afeta a todos: "Eis que a corrupção chega na carne que comemos todos os dias". A operação "Carne Fraca", da PF, revelou um esquema de corrupção para que fiscais fizessem vista grossa para as condições sanitárias de frigoríficos. 

Sem fiscalização, houve casos de venda de carne vencida, uso de carne podre, maquiagem de produtos estragados, mistura de papelão com carne de frango, revenda de produtos sabidamente contaminados, entre outros. 

Após decisão sobre goleiro Bruno, promotor implora aos tribunais: 'Não coloquem mais culpados na rua!', clamando ao povo para 'agir, falar e cobrar'

O promotor Rodrigo Merli Antunes, que atua no Tribunal do Júri em Guarulhos, publicou um duro artigo em que critica a decisão do STF de libertar o goleiro Bruno, com a possível consequência da libertação de outros criminosos culpados, e a inação da população frente a tamanho disparate. O promotor implora aos tribunais que parem de colocar culpados nas ruas, e conclama a população a abandonar a inércia e lutar.

Leia abaixo o artigo completo de Rodrigo Merli Antunes:
Há exatos 04 (quatro) anos chegava ao fim o primeiro Júri Popular transmitido ao vivo na TV e internet para todo o Brasil. Refiro-me ao julgamento de Mizael Bispo de Souza, condenado naquele dia a cumprir 20 anos de prisão pela morte da advogada Mércia Nakashima. Confesso que, como Promotor de Justiça do caso, senti naquela oportunidade uma certa felicidade e também uma sensação de dever cumprido. 
No entanto, passado esse tempo, não sei ao certo se eu e a família da vítima temos muito o que comemorar. Ao invés da data poder ser lembrada como um marco contra a impunidade e também contra a violência em face da mulher, é fato que hoje estamos muito mais preocupados com a possibilidade iminente do sentenciado vir a ser solto injustamente. 

Assim como o goleiro Bruno, Mizael e seu comparsa (Evandro) ainda não tiveram suas apelações analisadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Os réus estão presos há cinco anos e os Júris nos quais atuei já ocorreram há pelo menos quatro. Entretanto, repito, a apelação de ambos ainda não foi julgada. 


Em dezembro passado, o STJ rejeitou um Habeas Corpus da defesa de Evandro (o comparsa), mas recomendou ao Tribunal de Justiça de São Paulo que agilizasse o julgamento dos recursos. 

Em outras palavras, é certo que o STJ deu um claro recado ao Tribunal de São Paulo: julgue logo as apelações dos réus, pois, caso contrário, os mesmos serão soltos em breve. Ocorre que 03 (três) meses já se passaram desde então e ainda assim não temos a inclusão dos recursos na pauta de julgamentos da Corte Paulista. 

Para piorar um pouco mais, nesse meio tempo o STF veio a soltar o goleiro Bruno exatamente pelas mesmas circunstâncias, criando, assim, um perigoso precedente para a libertação dos assassinos de Mércia. Claro que não concordo com a recente decisão do Ministro Marco Aurélio em relação ao goleiro Bruno e até mesmo já escrevi um artigo sobre isso


No entanto, como no Brasil a soberania do Júri existe somente no papel, e como os advogados de Mizael e Evandro não são tolos, é fato que eles já perceberam a oportunidade e já impetraram um outro Habeas Corpus no Supremo, o qual está nas mãos do Ministro Ricardo Lewandowski. 


Como visto, não há nada então para ser comemorado após os 04 (quatro) anos da condenação. A situação é preocupante e geradora de tensão. Por isso esse meu apelo. 


Não venho aqui reclamar, criticar ou atacar ninguém. Venho apenas pedir, solicitar e implorar o seguinte: Não coloquem mais culpados na rua! Não dêem ainda mais desgosto às famílias enlutadas! Não comprometam o trabalho dos Promotores do Júri por esse Brasil afora! Julguem os recursos o quanto antes! 


E, para engrossar o coro a favor da justiça e contra a impunidade, sinto que é preciso mais participação e pressão popular. Claro que, às vezes, isso ocorre. Todavia, parece-me que, no Brasil, as pessoas estão perdendo o sentimento de misericórdia, ou seja, elas pararam de se comover com o sofrimento alheio. A soltura de Bruno é um exemplo disso. Em que pese muitos tenham ficado chocados com o tal evento, é certo que essa indignação parece ter durado pouco tempo. No dia seguinte dessa tal liberdade, muitos já nem falavam mais no assunto. Era mais importante pular o carnaval por quatro, cinco ou até sete dias, do que se preocupar com uma questão como essa. Até parece que temos tanto o que comemorar, não? É triste, mas creio ser real. 


Atualmente, a irresignação de muitos só perdura até terminarem de ouvir a notícia. Depois dela, tudo retorna ao estado anterior. Nelson Rodrigues disse uma vez que os idiotas iriam dominar o mundo. Não pela capacidade, mas sim pela quantidade. Dizia ele que os idiotas eram muitos, sendo inevitável que não se tornassem a maioria. Particularmente, não concordo com a afirmação, ou pelo menos me esforço para não acreditar nela. Contudo, se os brasileiros não são idiotas, ao menos extremamente conformados e passivos eles são. E isso é errado! 


O pensador e escritor espanhol Enrique Rojas afirmou em passado recente que as pessoas estão ficando muito “light”. Assim como existe a margarina “light”, o requeijão “light”, o pão “light” e o refrigerante “light”, é certo que existe também o Promotor de Justiça “light”, o Juiz “light” e, principalmente, o homem “light”. 


Este último é aquele que não quer desagradar ninguém, que não possui lado, que vive em cima do muro, que não toma atitude alguma e que está sempre resignado. É aquele que “dança conforme a música” e que possui dobradiça nas costas. Está sempre se curvando para alguém ou para alguma situação, e sempre sem protestar. É o homem sem sal e sem coragem, que não faz absolutamente nada. Pois bem, se muitos preferem ser assim, é fato que eu não! Aprendi com Millor Fernandes que antes ter mau hálito do que não ter hálito nenhum. E aprendi nas Escrituras Sagradas que antes ser totalmente quente ou totalmente frio do que ser morno, pois Deus vomitará os mornos. 

A injustiça, caro leitor, já dizia Piero Calamandrei, é um veneno que mata mesmo em doses homeopáticas. Portanto, temos que agir, falar e cobrar. Sempre com respeito e educação, mas temos que fazer algo. Assim como o goleiro Bruno está hoje solto e empregado (ao contrário de 12 milhões de brasileiros que nunca mataram ninguém), corro o sério risco de ver Mizael Bispo fazendo uma audiência comigo no Forum de Guarulhos nos próximos dias (até porque, pasmem, não perdeu ainda sua inscrição na OAB). 


E alguém acha que é possível eu ficar quieto diante disso? Não, definitivamente, não! Não sei os outros, mas eu tenho fome e sede. Não de alimentos materiais ou de água propriamente dita. Tenho fome e sede de justiça. E bem-aventurados aqueles que têm fome e sede de justiça, porque estes serão saciados por Ele. Em resumo, estou fazendo a minha parte. E você, já fez a sua?

'Em 28 anos de trabalho, jamais encontrei local de crime onde a arma fosse registrada ou o cidadão tivesse porte legal de arma', diz Tenente-Coronel Nádia

A vereadora e Tenente Coronel da reserva Nádia derrubou os argumentos de que o desarmamento da população poderia contribuir para a diminuição da criminalidade:  "Em 28 anos de trabalho na BM jamais encontrei local de crime onde a arma fosse registrada ou cidadão tivesse porte legal de arma". 


A vereadora, conhecida como Comandante Nádia, defende o fim do desarmamento e participa da frente parlamentar "Armas pela Vida". Ela divulgou uma Carta Aberta em resposta a um colunista que a criticou, onde explica sua visão sobre o porte de armas pela população. 

Leia abaixo a Carta Aberta: 
Que estranho não ter lido, nos últimos 20 anos, nada nos jornais com teu nome, Paulo Germano, criticando que existem armas nas mãos de todos os criminosos nas ruas de Porto Alegre. Para mim isso já basta para desconstituir tua teoria. Hoje, caro leitor, qualquer objeto pode ser utilizado como arma quando usado com o princípio da surpresa para ameacar e atacar. Exemplificando: agressores matam suas vítimas, inclusive violência doméstica, com espetos de churrasco, chaves de fenda, torniquetes, cordas, pedras, entre tantos outros objetos que poderia listar.
 Quanto à classificação das armas, desde brancas, de fogo, não letais, efeito moral, química, biológica, ocasional, porém todas se usadas de maneira errada podem levar à morte.Durante milhares de anos, o homem sobreviveu com suas armas naturais, ou seja, suas unhas, punhos e dentes (como os demais animais).Sem discorrer sobre a evolução da sociedade moderna, apenas digo que com o tempo surgiram as primeiras armas que passaram a ter várias utilidades humanas como para tiro desportivo, a defesa de uma coletividade (Forças Armadas, Polícias) e nosso pleito, a autodefesa. Mudou o foco dos ataques pois hoje se tira vidas por bonés e celulares e, mesmo que o atendimento policial fosse instantâneo, que todos os crimes fossem elucidados com criminosos presos por muitos anos, mesmo assim afirmo que isso não tiraria o meu direito de ter arma de fogo, o instrumento que traz equilíbrio no triste confronto entre, por exemplo, um jovem bandido e uma idosa, como ocorreu na invasão de um apartamento em Caxias do Sul, anos atrás. 

É claro que existirão os critérios objetivos. Até pode ser feita uma analogia com a concessão do Estado para a CNH ou o brevê de pilotagem de aeronaves, visto a grande fiscalização e cursos existentes para que um cidadão conduza veículos automotores e aeronaves que ampliam em milhares de vezes a força, a capacidade de carga, a velocidade e, porque não, o poder de destruição no caso de mau uso destes, seja culposa ou dolosamente. 

Não estamos buscando a obrigatoriedade de todos terem, muito longe disso, lutamos por um direito natural. Desta forma, se até hoje tu não tenhas vindo participar, mesmo antes do movimento não ter nome específico ou slogan que tanto desaprovas, se até agora não vi nada ao teu respeito lutando pelo direito mínimo de ter armas em casa e no local de trabalho, então posso também acreditar que teu ataque a nossa causa é decorrente de mera inveja ou divergência política, sentimentos menores que não podem abafar o grito dos que querem realmente poder se defender e a tudo que mais amamos, a vida. 

Um dia ainda viveremos em um mundo sem grades, sem drogas, sem violência, sem crimes, sem armas e sem hipocrisia. Enquanto não alcançamos este ideal, armas pela vida!

Procuradora ironiza ataques à operação 'Carne Fraca': 'MP e a PF estão quebrando a economia...Tá bom, vamos então deixar a corrupção rolar solta para 'salvar as empresas'

Em meio à comoção nacional causada pelo escândalo do cartel da carne podre, houve quem defendesse as empresas envolvidas em nome da preservação da economia brasileira. Além dos previsíveis criadores de "narrativas", que viram um "esquema" entre a Polícia Federal e o Ministério Público para prejudicar as empresas, até mesmo alguns jornalistas com mais espaço na mídia defenderam empresas que venderam carne podre aos consumidores. 

A procuradora Janice Ascari ironizou o discurso: "o MP e a PF estão quebrando a economia do país... Tá bom,  vamos então deixar a corrupção rolar solta para 'salvar as empresas'". 

A operação "Carne Fraca", da PF, revelou um esquema de corrupção para que fiscais fizessem vista grossa para as condições sanitárias de frigoríficos. Sem fiscalização, houve casos de venda de carne vencida, uso de carne podre, maquiagem de produtos estragados, mistura de papelão com carne de frango, revenda de produtos sabidamente contaminados, entre outros. 


Campeã do vôlei, Ana Paula desabafa: 'Vou adulterar carne sim, e leite também, e gasolina e remédio também. Sabe por quê? Porque no fim de tudo vou pra casa numa boa.'

A atleta campeã de vôlei Ana Paula desabafou sobre o escândalo do cartel da carne podre e a impunidade no Brasil. Ao saber que o juiz Marcelo Bretas concedeu prisão domiciliar a Adriana Ancelmo para ela ficar com os filhos, Ana Paula disse: "Vou adulterar carne sim, e leite tbm, e gasolina e remédio tbm. Sabe pq? Pq no fim de tudo vou pra casa NUMA BOA".

A operação "Carne Fraca", da PF, revelou um esquema de corrupção para que fiscais fizessem vista grossa para as condições sanitárias de frigoríficos. Sem fiscalização, houve casos de venda de carne vencida, uso de carne podre, maquiagem de produtos estragados, mistura de papelão com carne de frango, revenda de produtos sabidamente contaminados, entre outros. 


'Tenho carne deles agora no meu freezer e uso nos meus churrascos', diz Tony Ramos sobre Friboi

Considerado “a cara” das propagandas da Friboi, o ator Tony Ramos disse ter se surpreendido com a notícia de que produtos da marca são vendidos sem que estejam próprios para o consumo, conforme divulgado pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 17. 

Nas peças publicitárias, Tony diz: “Friboi é a carne com garantia de origem e rigoroso controle de qualidade. É a carne em que você sua família podem confiar.” O ator disse estar buscando informações sobre a operação da PF.

"Estou surpreso com essa notícia. Eu sou apenas contratado pela empresa de publicidade, não tenho nenhum contato com JBS. Não sou técnico no assunto sobre o qual a Polícia Federal está fazendo a ação, mas existe um controle em todas as embalagens, existe um código de barras pelo qual as pessoas podem acompanhar a qualidade e a validade. Eu já visitei uma das fábricas, continuo comprando os produtos Friboi. Tenho carnes deles agora no meu freezer e uso nos meus churrascos do fim de semana. Eu espero que se apure a verdade, eles têm o direito das minhas imagens. Não sei se faria novamente (as propagandas). Se eles forem inocentados dos erros que estão sendo acusados, eu faria. Eu vou checar essa informação imediatamente", declarou Tony ao site especializado em celebridades Ego. 

A JBS, que tem na Friboi uma de suas principais marcas, foi um dos alvos da operação “Carne Fraca” da Polícia Federal, deflagrada para combater a corrupção de agentes públicos que facilitavam a produção e comercialização de alimentos adulterados. Entre as irregularidades, está a reembalagem de carne vencida, o excesso de água nos produtos e a inobservância da temperatura adequada das câmaras frigoríficas.

conteúdo: Folha Política

'Só nessas horas invejo a China. Lá seria fuzilado quem vendesse carne estragada, roubasse no preço da merenda escolar, desviasse $ público', diz Noblat

O jornalista Ricardo Noblat manifestou sua indignação com as práticas do "cartel da carne podre": "Só nessas horas invejo a China. 

Lá seria fuzilado quem vendesse carne estragada, roubasse no preço da merenda escolar, desviasse dinheiro público".

'Precisa ser reintegrado, já!', diz Janaína Paschoal sobre fiscal que foi exonerado por alertar sobre adulteração da carne



A jurista Janaína Paschoal manifestou sua indignação com a exoneração do fiscal que denunciou o esquema para vender carne podre aos brasileiros: "Chamou minha atenção o fato de um fiscal ter sido exonerado, por alertar sobre a adulteração da carne. 

Precisa ser reintegrado, já!".

Mariana Godoy causa revolta na web ao perguntar: 'A quem interessa destruir a reputação do Brasil como exportador de carne?'

Ao saber do escândalo de que frigoríficos brasileiros misturavam carne podre aos seus produtos, entre inúmeras outras condutas criminosas, a jornalista Mariana Godoy partiu em defesa das empresas, perguntando, em suas redes sociais: "A quem interessa destruir a reputação do Brasil como exportador de carne?". A pergunta revoltou os brasileiros, ainda chocados com a revelação de que vêm comendo carne podre. 

Veja o post: 

A jornalista rapidamente apagou a pergunta infeliz e passou a atacar os frigoríficos e a manifestar indignação. Seus seguidores, entretanto, cobraram explicações, compartilhando o print. Mariana Godoy admitiu ter apagado a pergunta, dizendo que foi mal interpretada. 

Veja alguns comentários: 


A Polícia Federal está resgatando o Brasil

Quando o nosso mundo parece estar de cabeça para baixo, precisamos de palavras que possam mudá-lo e rasgar a pele calejada da hipocrisia e do engano.  O extraordinário escritor russo Alexander Soljenitsin talvez tenha sido uma das pessoas que melhor apontou para essa verdade.

Sua visão moral interior, inabalável, fez com que suas posições públicas em prol da justiça ficassem profundamente estruturadas. Ele não apenas sobreviveu aos horrores do Estado comunista totalitário, como emergiu destemido, como uma nova voz de eloquente fúria, para sacudir as percepções do universo ocidental.

Ele revelou ao mundo a terrível realidade dos campos de concentração soviéticos em obras como “Arquipélago Gulag” e “Um Dia na Vida de Ivan Denisovich”. O próprio Alexander passou por vários campos de trabalho forçado (os chamados Gulags). Primeiro, foi mandado para a Sibéria por oito anos, por causa de uma carta a um amigo no qual fazia referência a Joseph Stalin. Cumprida a pena, foi condenado outra vez ao exílio interno perpétuo no sul do Cazaquistão.  E assim se sucedeu, em diversas outras ocasiões. Até que em 1971, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Mas não foi à Suécia recebê-lo porque temia não conseguir autorização para retornar à União Soviética.  Ele amava demais a sua pátria. Em 1974, escreveu o ensaio “Viver sem mentiras” (ou “Live not by lies”) convocando os cidadãos a assumir uma posição moral contra o regime comunista.

Especialmente sob o governo de Stalin e seus sucessores, historiadores estimam que mais de 64 milhões de pessoas — inocentes, homens desarmados, mulheres e crianças — morreram nas mãos do comunismo. Muitos em resistência à coletivização forçada da terra. Alguns foram simplesmente assassinados a tiros; outros, torturados até a morte; e os milhões restantes foram enviados para Gulags. Ao longo das décadas de 1960, 70 e 80, o regime soviético foi sendo cada vez mais percebido como notoriamente corrupto, estagnado e, finalmente, decrépito, sob uma sucessão de caquéticos líderes do Partido Comunista que tinham como único propósito manter o poder e seus privilégios especiais.

O Brasil não vive sob o regime comunista. Mas se o leitor observar a última descrição mencionada, no que diz respeito aos governantes, percebemos uma sombria semelhança. Temos sido liderados por gente corrupta, estagnada e néscia.

Temos vivido, sobretudo nas últimas décadas, sob um regime em que o governo furta milhões de vítimas, sempre em parceria de milionários que utilizam concessões e créditos subsidiados, enquanto mortificam a sociedade com pesadíssimos impostos.

Estamos em um campo de concentração da corrupção. Milhares de pessoas morrem por falta de assistência hospitalar, estradas mal conservadas, medicamentos com preços superfaturados. A força-tarefa da Lava Jato estima que a corrupção seja responsável por um desvio de 200 bilhões de reais dos cofres públicos. Um valor que poderia triplicar o investimento federal em saúde ou educação ou quintuplicar tudo que se investe em segurança pública em todo o país.

Por último, tivemos a notícia de que a corrupção foi descoberta nas grandes empresas de comércio de carne, como a JBS, responsável pelas marcas Seara e Big Frango, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão. Eles vendiam carne vencida, armazenada em temperaturas inadequadas, sem inspeção e com uso de produtos cancerígenos ou em excesso com objetivo de ocultar as características que deveriam impedir o consumo. Crianças de escolas da rede pública do Paraná eram alimentadas por merendas compostas por produtos vencidos, estragados e cancerígenos para atender o interesse econômico da organização criminosa.  O esquema todo envolvia propina que abastecia partidos políticos.

Mas, diferentemente da população russa, a população brasileira está sendo resgatada.

Se estamos sabendo de tudo o que está acontecendo isso se deve a uma atuação com genuína bravura da Polícia Federal.  Esses policiais têm utilizado a maneira mais eficaz para combater o mal: atacando as mentiras na qual ele se baseia. Investigando e mostrando para a sociedade que a disseminação do mal depende de uma rede de mentiras com o intuito de fazer o perverso parecer o bem.

E é assim que a Polícia Federal está, dia após dia, resgatando o Brasil.

Com essa instituição honrada, o povo brasileiro está firmando um novo contrato de redenção, o qual representa uma importante reiteração da moralidade pública.

“Viver sem mentiras” nasceu do coração de um gigante da literatura russa em meio a uma realidade diabólica e despótica do seu país. A ponto de Alexander declarar: “O pior do comunismo não é a opressão, mas a mentira.”

Que grande lição aprendemos com esse magnífico escritor russo no exato momento em que estamos descobrindo como o sistema político brasileiro é uma grande teia de mentiras e roubos. Felizmente, também estamos aprendendo com a Polícia Federal que podemos vencer e derrubar por terra uma cúpula do poder que perdeu todo o resquício de dignidade.

texto: Elisa Robson - jornalista.

publicado originalmente em República de Curitiba