quinta-feira, 16 de março de 2017

Veja as fotos e os nomes confirmados da “segunda lista de Janot”

Vamos começar a salvar essas fotos e fazer um "X" bem grande pra não esquecer em 2018.

Nomes constam nos 320 pedidos de providência enviados pela Procuradoria-Geral da República ao STF a partir da “mega-delação” premiada da Odebrecht e da Braskem

Ministros, deputados federais, senadores, governadores… 
A “segunda lista de Janot”, elaborada a partir de 77 colaborações premiadas de executivos e ex-executivos de Odebrecht e Braskem, foi enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 14 de março. No pacote, foram mandados 83 pedidos de inquérito para autoridades com foro privilegiado na Suprema Corte, 220 declínios de competência (encaminhamento do pedido de investigação para outras instâncias judiciais), além de sete arquivamentos e 19 solicitações descritas como “outras providências”. Confira abaixo os nomes que foram confirmados como constantes na “delação do fim do mundo”.

Os nomes na nova lista do Janot:

Mantidos em sigilo, os 83 pedidos de inquéritos enviados pelo Procurador-Geral da República envolvem cerca de 200 políticos. 
Confira os nomes já conhecidos e o que se sabe que pesa contra cada um até o momento:




Aécio Neves Senador (PSDB-MG)


Aloysio Nunes (Ministro das Relações Exteriores)


Bruno Araujo (Ministro das Cidades)


Edison Lobão
Senador (PMDB-MA) e presidente da CCJ do Senado


Eliseu Padilha
Ministro Chefe da Casa-Civil


Eunício Oliveira
Senador (PMDB-CE) e presidente do Senado


Gilberto Kassab
Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
J

Jorge Viana
Senador (PT-AC)
J

José Carlos Aleluia
Deputado Federal (DEM-BA)
J

José Serra
Ex-ministro das Relações Exteriores e senador do PSDB/SP
L

Lídice da Mata
Senadora (PSB-BA)
L

Lindbergh Farias
Senador (PT-RJ)
L


Lúcio Vieira Lima
Deputado Federal (PMDB-BA)



Marco Maia
Deputado Federal (PT-RS)



Marcos Pereira
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços



Marta Suplicy
Senadora (PMDB-SP)


Moreira Franco
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência



Paes Landim
Deputado Federal (PTB-PI)



Renan Calheiros
Senador (PMDB-AL) e ex-presidente do Senado



Rodrigo Maia
Deputado (DEM-RJ) e presidente da Câmara dos Deputados



Romero Jucá
Senador (PMDB-RR) e líder do governo no Congresso



Beto Richa
Governador do Paraná (PSDB)

F

Fernando Pimentel
Governandor de Minas Gerais (PT)

L

Luiz Fernando Pezão
Governador do Rio de Janeiro (PMDB)


Renan Filho
Governador de Alagoas (PMDB)

T

Tião Viana
Governador do Acre (PT)



André Sanchez
Deputado Estadual (PT-RS)



Duarte Nogueira
Prefeito de Ribeirão Preto (PSDB)



Edinho Silva
Prefeito de Araraquara (PT)



Anderson Dornelles
Ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff



Antonio Palocci
Ex-ministro da Fazenda



Dilma Rousseff
Ex-presidente



Eduardo Cunha
Ex-deputado federal (PMDB-RJ)



Geddel Vieira Lima
Ex-ministro (PMDB)



Guido Mantega
Ex-ministro da Fazenda

L

Lula
Ex-presidente



Paulo Skaf
Presidente da Fiesp



Sergio Cabral
Ex-governador do Rio de Janeiro (PMDB)

conteúdo: republicadecuritibaonline.com


Lula fez retirada de quase R$ 1 milhão em 2015 de empresa de palestras - bem mais do que declarou à Justiça

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez retirada mensal média de R$ 79,4 mil da empresa pela qual realiza suas palestras, a L.I.L.S, no ano de 2015. A informação consta de um documento protocolado pela defesa do ex-presidente junto à Justiça Federal do Distrito Federal nesta quinta-feira. O valor é superior à renda mensal de R$ 50 mil estimada pelo ex-presidente em depoimento nesta semana.

O documento protocolado foi um informe de rendimentos da empresa L.I.L.S. Segundo o documento, Lula fez retirada de R$ 952.814,63 da empresa a título de lucros e dividendos. Não há informação de quanto foi a retirada em cada mês.

No depoimento, o ex-presidente afirmava que a retirada da empresa ficava entre R$ 20 a R$ 30 mil e que o dinheiro era administrado pela sua esposa, Marisa Letícia, falecida no mês passado. Afirmou que tinha ainda uma renda mensal de R$ 6 mil proveniente de uma aposentadoria que lhe foi concedida pela comissão de anistia. Questionado pelo juiz Ricardo Leite a estimar um valor, respondeu que poderia chegar aos R$ 50 mil mensais.

- Eu não sei, estou tentando chutar aqui - ressaltou ao responder ao juiz.

Os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira afirmaram por meio de nota que parte dos recursos retirados da empresa foram doados aos filhos do ex-presidente. Não há especificação de quanto foi doado. No depoimento, Lula menciona as doações, sem fixar um valor.


fonte: Folha Política

Ex-ministro do STF critica foro privilegiado: 'Todos têm que ser julgados de modo igual'


O gaúcho Eros Roberto Grau, 76 anos, foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2004 e 2010. Indicado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, ele foi o quarto ministro do STF nomeado nos 13 anos de governos do PT. Recentemente, declarou ter sido “sempre ligado” ao PSDB. Depois de aposentar a toga, quando foi substituído na Corte por Luiz Fux, Grau se dedica a dar pareceres jurídicos em seu escritório de advocacia, em São Paulo. Mantém a frequência de viagens a Paris que o levou a ser chamado de “Euro Grau” nos tempos de STF e passa a maior parte do tempo em sua casa em Tiradentes (MG), a 190 quilômetros de Belo Horizonte, onde ostenta uma biblioteca com 37.000 títulos. 

Foi de lá que, por telefone, Grau falou à revista Veja. Nesta entrevista, o jurista defende mandatos com tempo determinado para ministros do STF, critica as transmissões televisivas das sessões do Supremo e afirma: “juiz não é produtor de Justiça, é aplicador da lei”.

O modelo de escolha dos ministros do STF, com nomeação pelo presidente da República e decisão pelo Senado, é o ideal? 
Esse processo de escolha me parece correto, porque, rigorosamente, o que vai do Executivo para o Legislativo é uma proposta. O Legislativo pode ou não aceitar. Já houve dois casos de recusa. O que eventualmente pode receber alguma crítica é o procedimento de um ou outro caso.

Mas esse modelo não dá aos presidentes muito poder sobre o Judiciário, além da possibilidade de senadores investigados definirem um juiz que pode vir a julgá-los? 
A Constituição prevê a coexistência em harmonia entre os três poderes. Essa harmonia se observa nas nomeações ao STF, pois há uma proposta do Executivo a ser analisada pelo Legislativo e que resulta na aprovação de um membro do Judiciário. A circunstância de nós estarmos vivendo um momento crítico da história brasileira, em que existe uma quase tragédia, é realmente terrível, mas não é isso que deve determinar uma mudança na Constituição. É apenas trágico, se é que ser trágico é “apenas”.

O senhor é favorável à ideia de estipular mandatos aos ministros do STF? 
Acho que no futuro, se houver uma alteração da Constituição, seria bastante razoável. Porque permite que o tribunal possa ser renovado de tempos em tempos, para evitar determinados mandatos muito longos e outros muito curtos. Há ministros que ficaram lá anos e anos e há outros que passaram pouco tempo, poderiam ter prestado uma colaboração maior à Justiça do Brasil.

De quanto tempo seria o mandato ideal de um ministro do STF? 
Se eu fosse membro do Legislativo e fosse votar em uma emenda constitucional, votaria por um mandato de dez anos, seria mais do que razoável.

Como avalia a indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo? 
Ele foi meu aluno na Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, onde eu, aliás, também tive como aluno um colega meu no STF, o ministro Dias Toffoli. Para ser objetivo e direto: os dois foram bons alunos e eu aprovei. Respondi a questão? (risos)

As recentes filiações de Moraes a PSDB, DEM e PMDB não o colocam em suspeição para julgar casos envolvendo políticos? 
Se formos seguir esse raciocínio, voltando ao passado, seriam inviabilizadas as nomeações de inúmeros ministros do Supremo que fizeram política antes de ir para lá. Foram ministros, deputados, senadores e, embora tenham sido políticos e filiados a partidos, revelaram-se grandes ministros do STF. Isso não quer dizer nada.

O senhor foi indicado pelo ex-presidente Lula ao STF e disse recentemente que sempre foi ligado ao PSDB. Lula não sabia dessa sua identificação com os tucanos? 
Quem indicou meu nome ao Senado foi o presidente da República. Não foi o Lula. Foi o presidente, que indicou inúmeros ministros aprovados pelo Senado e que nunca tiveram ligação com o PT, como Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Nesse ponto, o procedimento do presidente foi correto, não fez escolhas políticas, fez escolhas prudentes.

O senhor vê movimentos do governo do presidente Michel Temer tentando barrar a Operação Lava Jato? 
Não vejo e acho que qualquer movimento nesse sentido seria inútil, felizmente, porque história é um processo que não se detém voluntariamente. Hoje a Operação Lava Jato é algo que não se pode mais deter. A sociedade não aceitaria um procedimento desse tipo.

Como o senhor avalia a atuação do juiz Sergio Moro na Lava Jato? 
O procedimento dele é correto. Se eu tivesse que fazer alguma crítica, não faria nem a ele, nem ao Supremo, mas à maneira como são divulgadas algumas questões.

Quais questões? 
Hoje as sessões do STF se transformaram em um espetáculo jornalístico e televisivo. Isso não existe no mundo, apenas no Brasil. A chamada prudência, que deve determinar a atuação de um membro do Poder Judiciário, exige certo recato, que foi destruído na medida em que o tribunal passou a ser um espetáculo televisivo. Tenho um grande amigo que é juiz da Corte Constitucional da França e ele morreu de rir comigo, em uma ocasião, porque eu andava com ele por Paris e alguém me cumprimentou, “bom dia ministro”. Era um brasileiro. Ele morreu de rir e perguntou “como as pessoas sabem que você é ministro? Aqui ninguém sabe, ninguém me incomoda, posso andar pela rua e sou anônimo, isso é maravilhoso”. Só no Brasil existe o espetáculo judicial.

As transmissões não dão mais transparência às decisões? 
Então em todo o mundo não haveria transparência. Porque não há nenhum lugar, salvo engano, em que exista publicidade das sessões do tribunal. Não existe. O que caracteriza a atuação do Judiciário é a prudência. O juiz, o membro do tribunal, não pode fazer parte de um espetáculo televisivo, e é isso que acontece hoje no Brasil.

Que avaliação o senhor faz das cada vez mais frequentes manifestações de ministros do STF fora dos autos dos processos, na imprensa? 
Acho que não é adequado. Em nenhum lugar do mundo existe esse tipo de procedimento.

Voltando à Lava Jato, qual sua opinião a respeito das prisões preventivas determinadas pelo juiz Sergio Moro? 
Elas são definidas nos termos da lei e, ao que me consta, os tribunais têm confirmado as prisões definidas em primeira instância na Operação Lava Jato.

Em três anos, o STF ainda não julgou nenhum réu na Operação Lava Jato. Por que a lentidão? 
Porque existe um número imenso de processos no STF. Isso é algo que um dia deverá ser reformado, com uma alteração na Constituição, reduzindo a competência do Supremo e ampliando a do STJ e de outros tribunais. Esse meu amigo que é juiz da Corte Constitucional da França ficou estupefato quando eu disse a ele o número de processos que eu tinha no meu gabinete. Mais de 2.000 processos. Ele me perguntou quantos casos o tribunal julga por ano. Eu disse que era coisa de 10.000 e ele respondeu: “na França, nós não julgamos mais de 100 a cada ano”. A diferença é brutal, reclama uma mudança constitucional.

Entre os ministros da Segunda Turma do STF (Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Celso de Mello), Fachin, o novo relator, é o que tem o perfil mais adequado à Lava Jato? 
É complicado falar sobre perfis dos ministros. O que o membro de um tribunal tem de fazer é aplicar a lei e a Constituição do modo mais prudente possível. Acho terrível quando começamos a avaliar o comportamento, as preferências, a personalidade de fulano e beltrano, e desconsideramos que ele é um juiz. O juiz não é um produtor de justiça, ele é um aplicador da lei. Quando ele sair dali, pode até dizer a si mesmo “que coisa, eu absolvi aquele sujeito. Eu, como cidadão comum, queria ver aquele sujeito preso. Mas ele tinha direitos e eu absolvi”.

Fachin classificou recentemente o foro privilegiado como “incompatível com o princípio republicano” e o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que “o sistema é feito para não funcionar”. O senhor concorda com eles? 
Concordo sim. Não há razão nenhuma, nenhuma distinção entre deputado, senador, membro do Poder Executivo e o mais humilde delinquente que pratica um delito para se alimentar. Não tem sentido isso. Todos têm que ser julgados de modo igual.

O foro privilegiado deveria se restringir a quais funções? 
Eu, pessoalmente, deixaria só o presidente da República. Acho que deveria ser como é na França, por exemplo: durante o tempo em que o presidente da República exerce o mandato, ele não deve ser processado, porque isso pode desequilibrar a marcha do Estado. Mas quando deixar de ser presidente, ele vai responder. Isso está acontecendo com [o ex-presidente] Nicolas Sarkozy.

O senhor é favorável à prisão depois da segunda instância? 
Não. Suponhamos que existam 1.000 processos e que em 999 deles a segunda instância decidiu corretamente. Mas há um caso em que o sujeito era inocente e ainda tinha uma possibilidade de recurso aos tribunais superiores. Ele foi preso inadequadamente, por isso o direito de defesa tem que ser observado. Só depois do trânsito em julgado da condenação é que deve haver prisão. Essa decisão [de permitir prisões após a segunda instância] do Supremo se deve ao fato de haver inúmeros processos em que os ricos contratam advogados que inventam recursos, recursos e recursos para que os processos não terminem jamais, ao passo que os pobres sem direito a defesa acabam presos por nada.



'Lista de Janot' contém no máximo 107 nomes sob sigilo no STF, aponta levantamento

Os 83 pedidos de inquérito enviados na última terça-feira ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contêm 107 nomes, todos sob sigilo, segundo apurou levantamento do G1 e da TV Globo no sistema processual do STF.

Isso não quer dizer que o total de investigados seja 107. Em alguns poucos casos, segundo informaram investigadores da Lava Jato, foi pedida a investigação de uma mesma pessoa em mais de um inquérito. Esses investigadores estimam em cerca de 100 o total de pessoas cuja investigação foi pedida ao STF.

O levantamento apontou que, dos 83 pedidos:

  • 64 têm um nome por inquérito;
  • 16, dois nomes em cada inquérito;
  • 2 pedidos, três nomes em cada inquérito;
  • 1 pedido aparece com cinco nomes no mesmo inquérito

Para o levantamento, o G1 e TV Globo consultaram cada um dos pedidos de inquérito que constam do sistema processual do STF. Como o material está sob sigilo, não aparecem os nomes, somente a quantidade de pessoas cuja investigação é solicitada em cada pedido de inquérito.

Janot enviou na terça ao Supremo pedidos para investigar investigar políticos citados nas delações de 77 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht.

Até o momento, não foram divulgados, oficialmente, os nomes dos políticos que integram a “nova lista do Janot” porque a solicitação tem caráter sigiloso. Além da abertura dos inquéritos, Janot também pediu ao STF a retirada do sigilo das delações. Quem decidirá sobre os pedidos é o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

Apesar de os pedidos de inquérito ainda estarem sob segredo de Justiça, a TV Globo já conseguiu confirmar 38 nomes de políticos que fazem parte da chamada "nova lista do Janot” (veja a lista completa ao final desta reportagem).

Os documentos entregues pela PGR nesta semana ao Supremo trazem acusações de crimes como corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, formação de cartel e caixa 2.

Sala-cofre

Relator da Lava Jato no Supremo, o ministro Luiz Edson Fachin ainda não recebeu o material enviado pela PGR. O magistrado não tem prazo para tomar decisão sobre a abertura de inquéritos ou sobre o fim do sigilo das delações.

Ele só decidirá depois que receber e analisar centenas de documentos entregues pela Procuradoria. Por enquanto, está tudo guardado numa sala-cofre no terceiro andar do tribunal, próximo ao gabinete da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.

Antes de os pedidos chegarem ao gabinete de Fachin, tudo tem de passar pelo protocolo do Supremo. A previsão é de que os documentos sejam liberados para o relator até o final desta semana.

Os 320 pedidos de Janot (dos quais 83 de abertura de inquérito) já começaram a ser cadastrados no sistema do STF e receberam um número. Agora, estão em fase de processamento.

Foro privilegiado

Os pedidos de abertura de inquérito foram enviados ao Supremo porque entre os alvos há autoridades com foro privilegiado, isto é, que só podem ser investigadas (e depois julgadas, se for o caso) com autorização do STF. São os casos de deputados e senadores, por exemplo. Governadores são investigados e julgados no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para os casos de políticos e demais pessoas que perderam o foro privilegiado – integrantes do governo passado, por exemplo –, o procurador-geral fez 211 pedidos de remessa de trechos das delações para instâncias inferiores da Justiça (o chamado "declínio de competência").

No total, a Procuradoria Geral da República fez ao Supremo 320 pedidos, dos quais:

  • 83 pedidos de abertura de inquérito
  • 211 pedidos de remessa de trechos das delações que citam pessoas sem foro no STF para outras instâncias da Justiça
  • 7 pedidos de arquivamento
  • 19 outras providências

Nomes revelados

Veja quais são os nomes da “lista do Janot” já revelados pela TV Globo:

Seis ministros do governo Temer – Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Bruno Araújo (Cidades), Marco Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços)

Cinco governadores – Renan Filho (Alagoas), Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Tião Viana (Acre), Beto Richa (Paraná)

Seis deputados: Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara; Marco Maia (PT-RS); Andres Sanchez (PT-SP); Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Paes Landim (PTB-PI)

Dez senadores: Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado; Edison Lobão (PMDB-MA); José Serra (PSDB-SP); Aécio Neves (PSDB-MG); Romero Jucá (PMDB-RR); Renan Calheiros (PMDB-AL); Lindbergh Farias (PT-RJ); Jorge Viana (PT-AC); Marta Suplicy (PMDB-SP); LÍdice da Mata (PSB-BA)

Dois ex-presidentes da República – Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Dilma Rousseff (PT)

Dois ex-ministros do governo Dilma – Antonio Palocci (PT); Guido Mantega (PT)

Um ex-ministro do governo Temer – Geddel Vieira Lima (PMDB-BA)

Um ex-governador – Sérgio Cabral (PMDB-RJ)

Um ex-presidente da Câmara – Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Dois prefeitos – Duarte Nogueira (PSDB-SP), de Ribeirão Preto; Edinho Silva (PT-SP), de Araraquara

Um ex-candidato a governador – Paulo Skaf (PMDB-SP)

Um ex-assessor da ex-presidente Dilma Rousseff – Anderson Dornelles

Partidos

Veja a distribuição por partido dos nomes da "lista do Janot" revelados pela TV Globo:

DEM – José Carlos Aleluia, Rodrigo Maia

PMDB – Edison Lobão, Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Eunício Oliveira, Geddel Vieira Lima, Lúcio Vieira Lima, Luiz Fernando Pezão, Marta Suplicy, Moreira Franco, Paulo Skaf, Renan Calheiros, Renan Filho, Romero Jucá, Sérgio Cabral

PRB – Marco Pereira

PSB – LÍdice da Mata

PSD – Gilberto Kassab

PSDB – Aécio Neves, Aloysio Nunes, Beto Richa, Bruno Araújo, Duarte Nogueira, José Serra

fonte: G1 e TV Globo

Demonstrando medo, Ciro Gomes começa atacar Doria: ‘Mil vezes um Bolsonaro do que um enganador como Doria'

Em meio a rumores de uma possível candidatura do atual prefeito de São Paulo, João Doria,  para presidência da república, o socialista Ciro Gomes já começa a disparar ataques.  O prefeito tem aprovação de 75% dos cidadãos paulistanos e 48% dos moradores acham sua gestão boa ou ótima, o que pode fazer de Doria um forte candidato nas eleições de 2018 para presidente.

Ciro Gomes, que não supera nem mesmo Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais, disparou críticas contra o Doria em um entrevista ao portal HuffPost: ‘Mil vezes, na minha opinião, um Bolsonaro do que um enganador desse tipo’.

Só o povo na rua salvará a Lava Jato da enorme pizza que está sendo assada

O jornalista Elio Gaspari, do jornal O Globo, chama a atenção para a estratégia que está sendo armada para salvar corruptos da punição: "A grande pizza começa a ser assada fabricando-se um tipo de anistia parlamentar e/ou judiciária para o caixa 2. Em seguida, as propinas virarão caixa 2, e estamos conversados". E conclui: "Só a rua pode evitar que assem a pizza".
 
Leia abaixo o texto completo:
No seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, Emílio Odebrecht soltou uma palavra que reflete a ansiedade da oligarquia nacional diante da Lava-Jato. Discutia-se a identidade do “Italiano” das planilhas de capilés do empreiteiro, e ele esclareceu que o apelido é muito comum, mas era possível que se referisse também ao “nosso Palocci”. O uso do “nosso” não indica propriedade, mas apenas familiaridade. É enorme a admiração de Odebrecht pelo doutor Antonio, ex-ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma Rousseff. Em poucos minutos doou-lhe nove adjetivos: entre eles, “inteligente”, “bem informado”, “homem de visão de estadista”.
A lista da Procuradoria-Geral da República contém os beneficiários de capilés da “nossa” Odebrecht. Empresários de todos os calibres, políticos de todos os grandes partidos, os três ex-presidentes vivos e pelo menos dois ministros do Supremo Tribunal Federal formaram um coro destinado a embaralhar a discussão dos capilés. Caixa 2 seria uma coisa, propina seria outra, dinheiro embolsado seria uma coisa, dinheiro gasto na campanha, bem outra. Jurisconsulto de renome, o doutor Gilmar Mendes fica devendo uma tabelinha capaz de diferenciar urubu de carcará.
A principal estridência desse coro ocorre quando se vê que se planeja uma anistia para delinquentes que se recusam a confessar. Todos operam no caixa dois, diz o coro, mas eu nunca operei, responde cada um dos cantores.
A Lava-Jato foi na jugular da oligarquia política e de boa parte da oligarquia empresarial do país. (Está na memória nacional o pato amarelo que ficava diante da Fiesp, do “nosso” Paulo Skaf, mencionado em colaborações da Odebrecht como receptáculo de R$ 6 milhões.) Ferida, essa oligarquia joga com o tempo, com as peças de Brasília e com o cansaço da choldra. Afinal, um dia a Lava-Jato haverá de ser um assunto chato, se já não é.
A grande pizza começa a ser assada fabricando-se um tipo de anistia parlamentar e/ou judiciária para o caixa 2. Em seguida, as propinas virarão caixa 2, e estamos conversados. Mas isso não pode ser tudo. Se o caixa 2 é uma anomalia da contabilidade das campanhas eleitorais, deve-se criar um novo modelo. Qual? O do financiamento público. Como dizia Renato Aragão, você da poltrona que já paga impostos para receber (se receber) obras superfaturadas, pagará as campanhas eleitorais dos candidatos que mordem as empresas para botar ou tirar jabutis de medidas provisórias.
Parece maluquice, mas já desengavetaram um corolário do financiamento público: o voto de lista. Assim, o sujeito paga pela obra superfaturada, financia a campanha dos candidatos e ainda perde o direito de votar em quem quer. (Pelo sistema atual, o sujeito votava em Delfim Netto e elegia Michel Temer, mas indiscutivelmente votara em Delfim, não em Temer.) Junte-se a isso que nenhum dos listados pela Procuradoria-Geral irá a julgamento em menos de quatro anos.
Só a rua pode evitar que assem a pizza. Não é coisa fácil, pois uma parte da turma do “Fora Temer” tem o pé esquerdo na “nossa” Odebrecht e parte do coro do “Fica Temer” tem o pé direito. Sem a rua, a oligarquia unida jamais será vencida. Ela fez esse milagre no século XIX, e o Brasil foi o último país independente das Américas a acabar com a escravidão.

fonte: O Globo 

Metade do Senado assina pedido para votar em plenário fim do foro privilegiado

Senadores assinam pedido para votar projeto que põe fim ao foro privilegiado

Grupo formado por 41 dos 81 parlamentares assinou documento para que Eunício inclua texto na pauta de votações e determine as datas para análise; assinaturas podem ser retiradas.

Um grupo formado por 41 senadores de diversos partidos assinou um requerimento para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que põe fim ao foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, seja incluída na pauta de votações do plenário do Senado (leia ao final desta reportagem os nomes dos 41 senadores).

Os parlamentares que assinaram o requerimento podem, eventualmente, retirar as assinaturas, o que poderia inviabilizar a inclusão da proposta na pauta de votações do Senado.

A PEC foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em novembro do ano passado e, para ir a votação em plenário, precisa incluída na pauta pelo presidente, Eunício Oliveira (PMDB-CE), em acordo com os líderes partidários.

A proposta foi apresentada por Álvaro Dias (PV-PR) e extingue o foro privilegiado nos casos em que as autoridades – presidente da República, senadores e deputados, entre outras – cometerem os chamados crimes comuns, como, por exemplo, roubo e corrupção.
O foro privilegiado prevê a essas autoridades o direito de serem processadas somente no Supremo Tribunal Federal. No caso dos governadores, por exemplo, os processos ficam a critério do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na prática, com o fim do foro privilegiado, as autoridades que hoje têm o direito de serem julgadas somente nos tribunais superiores passariam a responder a processos na primeira instância da Justiça.
Segundo o relator da PEC, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o requerimento assinado pelos 41 senadores será apresentado na próxima terça (21) e, com o documento, o senador espera que o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), inclua a PEC na pauta e agende as datas para a análise da medida.

Isso porque, por se tratar de uma alteração na Constituição, a proposta precisa ser aprovada pelos senadores em dois turnos de votação e receber o apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares (49 dos 81 senadores). Se a PEC passar pelo Senado, vai para a Câmara, onde também deverá ser aprovada em dois turnos e receber o apoio, nas duas votações, de pelo menos 308 deputados.

Lava Jato
A discussão sobre o foro privilegiado ganhou força nas últimas semanas no Senado em meio ao envio, ao Supremo Tribunal Federal, da lista da Procuradoria-Geral da República (PGR) com 83 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos citados nas delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht no âmbito da Lava Jato.

Defensores da proposta argumentam que o número de autoridades que tem direito a julgamentos em tribunais superiores é alto – mais de 20 mil –, o que, na visão desses defensores, atrasa a análise dos processos e, muitas vezes, fazem-nos prescrever, sem que o réu seja condenado.

Lista
Saiba abaixo quais senadores assinaram o requerimento:

Álvaro Dias (PV-PR)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
Ana Amélia (PP-RS);
Paulo Paim (PT-RS);
Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
Ricardo Ferraço (PSDB-ES);
Otto Alencar (PSD-BA);
Ronaldo Caiado (DEM-GO);
Reguffe (sem partido-DF);
Cristovam Buarque (PPS-DF);
Romário (PSB-RJ);
Waldemir Moka (PMDB-MS);
Lasier Martins (PSD-RS);
João Capiberibe (PSB-AP);
Davi Alcolumbre (DEM-AP);
Pedro Chaves (PSC-MS);
Ângela Portela (PT-RR);
Lídice da Mata (PSB-BA);
Flexa Ribeiro (PSDB-PA);
Paulo Bauer (PSDB-SC);
Armando Monteiro (PTB-PE);
Eduardo Amorim (PSDB-SE);
Magno Malta (PR-ES);
Marta Suplicy (PMDB-SP);
Raimundo Lira (PMDB-PB);
Simone Tebet (PMDB-MS);
Maria do Carmo Alves (DEM-SE);
Regina Sousa (PT-PI);
Paulo Rocha (PT-PA);
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM);
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN);
Roberto Requião (PMDB-PR);
Thieres Pinto (PTB-RR);
Eduardo Lopes (PRB-RJ);
Acir Gurgacz (PDT-RO);
José Medeiros (PSD-MT);
Cidinho Santos (PR-MT);
Fátima Bezerra (PT-RN);
Dário Berger (PMDB-SC);
Rose de Freitas (PMDB-ES);
Lúcia Vânia (PSB-GO).

fonte: G1

Com o fim da mamata e verbas oficiais, Paulo Henrique Amorim agora implora por assinaturas


A mamata do jornalista lulopetista Paulo Henrique Amorim acabou.
As verbas governamentais que jorravam no seu decadente blog cessaram.
Foram treze anos de excelente faturamento e total decadência profissional.
Paulo Henrique Amorim se ajoelhou para o petismo, virou um sujeito totalmente parcial, beirando a mediocridade.
Doravante, para sobreviver, terá que vender ‘assinaturas’.
O vídeo onde anuncia a venda do produto é comovente.
Será muito difícil encontrar clientes.
conteúdo: Jornal da Cidade On Line

ESTÁ TUDO ERRADO E JÁ QUEBROU. MAS NÃO MEXE!

Difícil entender a conduta de muitos brasileiros. A parcela mais significativa do eleitorado é, historicamente, sensível às mais demagógicas promessas populistas. 

A biografia de muitos que entraram para nossa história como líderes benquistos e o catálogo de suas principais realizações não resiste ao crivo da relação benefício-custo e ao escrutínio de suas consequências. O Brasil anda devagar e o futuro é um horizonte que se afasta. 

De Getúlio para cá, incluindo o próprio, o populismo nos presenteou pela urna Juscelino, Jânio, Collor, Lula e Dilma. Não era outro o ânimo dos vices Jango e Sarney. Escaparam-se, em tempos recentes, o saudoso Itamar Franco e FHC em sua primeira eleição como cavalo do comissário de um governo bem sucedido. Já não se diga o mesmo dele em 1998, pois a reeleição enviou às favas os critérios do primeiro mandato.

 Recordista mundial em número de sindicatos, o Brasil cria 250 novas organizações desse tipo por ano. Segundo a revista Veja, em outubro do ano passado, havia 16.293 deles, prontos para servir de sinecura a dirigentes e de complicador às relações de trabalho. O motivo pelo qual os temos em tal quantidade (125 vezes mais do que os Estados Unidos e 180 vezes mais do que a Argentina) é o mesmo pelo qual são tantos os nossos partidos políticos. Há muito dinheiro fácil para uns e outros.

 "Nenhum direito a menos!", lia-se em faixa de passeata ocorrida há dois dias em Porto Alegre. "Queremos mais direitos e não menos!" proclamava outra, no mesmo evento. Ora, quem disse que muitos direitos são vantajosos ao trabalhador? Fosse assim, Portugal e Espanha estariam recebendo trabalhadores alemães e ingleses. No entanto, o que acontece é o contrário. Recursos humanos de países super-regulamentados migram para países onde as relações são mais livres. 

Aqueles têm as economias mais travadas e pagam salários mais baixos; estes são mais ágeis, prósperos e pagam salários mais altos. Li outro dia que na Venezuela, onde a lei proíbe a demissão de quem ganha salário mínimo, os trabalhadores, por motivos óbvios, têm medo de ser promovidos.

 Então, o Brasil preserva instituições irracionais, verdadeiras usinas de crises que promovem cíclica instabilidade da vida social e econômica. Cultua leis incompatíveis com o tempo presente como se fossem preciosidades jurídicas e esplêndidas realizações da generosidade política. 

Mas ai de quem propuser alteração em estatutos anacrônicos como os da previdência social e das relações de trabalho! Mas e o Brasil, deputado? Ora, o Brasil! Empregado tem nome e CPF. A empregabilidade não rende votos e o desempregado não tem sindicato.

A infeliz combinação de populismo, corrupção e leis erradas produziu a recessão, gerou 12,5 milhões de desempregados e derrubou a renda real dos brasileiros. Essa queda, porém, foi muito assimétrica, proporcionalmente maior para que ganha menos, chegando a 100% para o universo dos desempregados. Isso está muito errado!

Sim, mas não mexe, parecem dizer as próprias vítimas do perverso populismo e os eternos incendiários do circo alheio. Assim, o mero futuro já é uma utopia.

FONTE: Blog de Percival Puggina. Artigo originalmente publicado em