domingo, 18 de fevereiro de 2018

Há 30 anos, governadores prometem resolver violência no Rio

Há pelo menos 30 anos, governadores prometem resolver a violência no estado do Rio de Janeiro.

Eis as declarações reunidas pelo RJTV:

1) Leonel Brizola, que governou o Rio entre 1983 e 1987, depois entre 1991 e 1994:

“Nós estamos firmes. Cada vez eu estou certo que os serviços, nossos serviços policiais, preventivos ou não, estão atuando sempre com eficiência maior e estamos procurando atacar as causas.”

2) Moreira Franco, que governou o Rio entre 1987 e 1981 (e esteve em reunião no Palácio Guanabara no sábado, como ministro do governo de Michel Temer):

“Nós vamos enfrentar os grupos de crime organizado, custe o que custar e doa a quem doer, que eu sou intransigente.”

3) Marcelo Alencar, que governou o Rio entre 1995 e 1998:

“Eu estou dizendo que vou fazer. Os marginais que estão me ouvindo sabem que eu vou combatê-los, que eu sou intransigente.”

4) Anthony Garotinho, que governou o Rio entre 1999 e 2002:

“Você vai sentir uma mudança de conceito, né? O policiamento ostensivo vai ser maior, mas nós vamos tombar gradativamente todos os itens da criminalidade.”

5) Benedita da Silva, que governou o Rio em 2002 (após Garotinho renunciar ao cargo para concorrer à presidência da República):

“Hoje o que nós estamos mais uma vez fazendo é criando ações emergenciais para combater uma situação que está ainda localizada.”

6) Rosinha Garotinho, que governou o Rio entre 2003 e 2007:

“O que eles querem é acabar com o regime diferenciado dentro dos presídios, que nós não abrimos mão, não concordamos e não vamos negociar com bandido.”

7) Sérgio Cabral, que governou o Rio entre 2008 e 2013:

“Nós vamos continuar nessa linha de enfrentamento a esse tipo de situação que infelizmente o Rio de Janeiro ainda vive.”

8) Luiz Fernando Pezão, que governa o Rio desde 2014:

“E a gente vai cada vez investir mais. Estamos com grandes operações previstas, aonde a gente vai continuar a combater a criminalidade. Não vai faltar dinheiro para a segurança pública e para nenhuma política pública.”

Petistas discutem o que fazer com Lula preso

Enquanto torcem, gritam e pressionam (nos bastidores) para que o STF conceda habeas corpus em favor de Lula, petistas próximos ao condenado discutem o que fazer caso ele vá para a cadeia, segundo o Estadão.

“Os petistas calculam que, se consumada, a prisão de Lula deve ocorrer em março.”

Alguns dirigentes do partido “sugeriram a realização de uma vigília na frente da prisão em Curitiba para onde o ex-presidente pode ser levado.

Um grupo de parlamentares do partido propõe organizar caravanas diárias para visitar Lula e, assim, propagar as mensagens do petista para fora da cadeia e manter seu nome em evidência.

Ainda não há decisão se, em caso de prisão, ele vai se entregar ou esperar a chegada da PF em casa. Os petistas acham difícil a manutenção de grandes mobilizações populares.”

Os petistas, por incrível que pareça, finalmente estão ficando mais conscientes da realidade.


Bolsonaro herda os votos de Lula

No Rio de Janeiro, 40% dos eleitores de Lula devem migrar para Jair Bolsonaro.

É o que mostra um levantamento da Ideia Big Data, citado em O Globo.

Ninguém sabe se a decisão do governo de intervir no Estado vai mudar esses números.

Um interventor para salvar o Rio de Janeiro

Elio Gaspari sugere a Michel Temer o nome de dois interventores que, depois do afastamento de Luiz Fernando Pezão, poderiam limpar o Rio de Janeiro: Pedro Parente e Armínio Fraga.

Leia aqui:

“A intervenção federal permitiria que o Estado do Rio passasse por uma faxina. Até a posse do governador que será eleito em outubro, o interventor poderia desmantelar a teia de ladroagens que arruinou o Estado. Quem seria esse interventor? 

Para que a conversa possa prosseguir, aqui vão dois nomes: Pedro Parente e Armínio Fraga. 

Os dois estão bem de vida e odiariam a ideia, mas nasceram no Rio e sabem que devem algo à terra. Parente administrou a crise de energia no governo de Fernando Henrique Cardoso e está ressuscitando a Petrobras. Deem-lhe uma caneta e alguns pares de algemas e ele ergue o Rio.”

O site O Antagonista informa que apoia a ideia.

Bolsonaro promete começar campanha com ministério anunciado


Imagem: Reprodução / Redes Sociais
Para diminuir resistências e mostrar que não entra em barganha política, Bolsonaro vai começar a campanha com 90% do seu ministério anunciado.

Gleisi divulga montagem de foto com Moro como se fosse real e vira piada na internet

A senadora ré e presidente do PT Gleisi Hoffmann usou suas contas em redes sociais para divulgar uma montagem com uma foto do juiz Sérgio Moro. A senadora publicou uma montagem com um fundo que mostrava os logotipos de diversas empresas atrás de uma conhecida foto do juiz, com o seguinte lamento: "Afe, muitos interesses por trás! Menos os do povo!!!". A senadora foi prontamente desmentida por internautas, virou piada na internet, e apagou a postagem de 'fake news'. 


Veja a postagem: 


Veja algumas reações:




Bolsonaro apresenta queixa por injúria e calúnia contra Jean Wyllys no STF

O deputado federal Jair Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra o parlamentar Jean Wyllys (PSOL-RJ) pelos crimes de injúria e calúnia.

O pedido é baseado numa entrevista concedida por Wyllys ao jornal "O Povo", em agosto do ano passado, na qual o congressista usa termos como "fascista", "burro", "ignorante", "desqualificado", "racista" e "canalha".

A queixa destaca que, embora Jean Wyllys não tenha citado o deputado nominalmente, não "restaria dúvida" que o parlamentar se referia a Bolsonaro quando mencionou seu antigo partido, Partido Progressista (PP), destacando que "milhares de usuários de redes sociais" o chamam de "mito".

Bolsonaro ainda acusa Jean Wyllys por calúnia quando, durante a entrevista, o parlamentar teria afirmando que Bolsonaro recebeu uma quantia ilegal da JBS.

A defesa do parlamentar afirma que Bolsonaro foi referido de modo "profundamente ofensivo, atingindo-lhe a honra". O relator do caso no Supremo é o ministro Celso de Mello.
Imunidade parlamentar

A defesa de Bolsonaro ainda afirma no pedido que deve ser afastada a imunidade parlamentar de Jean Wyllys no caso, porque os comentários teriam sido proferidos fora do Congresso, e não dizem respeito ao exercício do cargo.

"Não há, portanto, como se invoca, a imunidade parlamentar. A propósito, o próprio Querelante responde a uma ação, movida pela Deputada Federal Maria do Rosário, por declarações que tinham conexão direta com o desempenho do mandato parlamentar".

Segundo os advogados do parlamentar, se no caso de Bolsonaro ele não estaria protegido pela imunidade parlamentar, como entendeu o Superior Tribunal de Justiça (STJ), "com muito mais razão deve ser afastado o instituto no presente caso", uma vez que a entrevista de Wyllys foi feita no Estado do Ceará.


De acordo com a assessoria de Jean Wyllys, o deputado ainda não notificado oficialmente da queixa. Até o momento, não teve acesso a peça do processo, e afirma, "categoricamente", que Jean Wyllys não cometeu nenhum ato ilícito.

Moreira busca retomar controle do PMDB do Rio

Aos 73 anos, Moreira Franco poderá concretizar o plano de retomar o controle do PMDB do Rio de Janeiro, dominado há mais de uma década pelo grupo dos caciques atualmente presos Jorge Picciani e Sérgio Cabral, registra O Globo.

O ministro foi um dos artífices da intervenção federal anunciada na sexta-feira e, com ela, obteve o enfraquecimento político definitivo de Luiz Fernando Pezão, obrigado a ceder o poder sobre a área mais sensível do governo fluminense.

Apesar do desgaste decorrente das numerosas denúncias de desvios nos últimos 11 anos no estado, o PMDB ainda é uma poderosa máquina eleitoral que controla muitas prefeituras.

“Se concluir a retomada do controle partidário — hoje ainda nas mãos dos filhos de Picciani e Cabral —, Moreira terá poder de decisão sobre a distribuição da verba partidária entre os candidatos do PMDB-RJ. É provável que um a buscar vaga de deputado federal seja ele próprio. Moreira Franco sabe que dificilmente continuará a ter, em 2019, um amigo de longa data na Presidência da República, o que lhe garante hoje um ministério e, por consequência, o foro privilegiado.”

O novo Sassá Mutema


Causa-me espécie a tentativa de Raul Jungmann posar como Salvador da Pátria.

Jungmann perseguiu de forma im-pla-cá-vel o General Mourão porque este disse:

"Estamos vivendo a famosa 'sarneyzação'. Nosso atual presidente [Temer] vai aos trancos e barrancos, buscando se equilibrar, e, mediante o balcão de negócios, chegar ao final de seu mandato."

Jungmann é um Sassá Mutema nato.

Pequeno, tacanho, limitadíssimo, oportunista e volátil.

A história comprova que Jungmann não tem moral ne-nhu-ma para ser Ministro da Defesa.

Trata-se sim de um comunista que ajudou, e muito, a fazer com que as instituições do Brasil chegassem ao estado PedesTre em que se encontram.

A medida da intervenção federal no Rio de Janeiro é cabível e adequada?

Sim, lógico que é.

Agora, não podemos dar crédito a quem está em débito historicamente de há muito.

O General Mourão foi brilhante no que disse, mesmo tendo sido exonerado injustamente e lamentavelmente por Raul Jungmann.

Mais uma vez a irrevogável lição de Galileu veste como uma luva à história:

"A verdade é filha do tempo, e não da autoridade".

texto de Pedro Lagomarcino, advogado
Jornal da Cidade Online