quarta-feira, 28 de junho de 2017

Homem derruba portão tentando invadir prédio da Presidência da República e tiros são disparados

Palácio da Alvorada sofre uma tentativa de invasão na noite desta quarta-feira (28). As primeiras imagens mostram o portão no chão, cartuchos de munição e as luzes de segurança acesas. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a área foi completamente isolada.

Os primeiros dados apurados dão conta de que um homem foi detido após a invasão. O suspeito encontra-se sob a guarda do exército, que faz a segurança da área.

As fotos foram enviadas para a TV Globo, em Brasília, às 20h43 desta quarta-feira (28). No momento da invasão, Michel Temer (PMDB) não estava na residência oficial da Presidência da República.

Os homens do exército que faziam a guarda informaram que um suspeito parou em frente ao portão do Alvorada. Quando a segurança chegou perto, o desconhecido acelerou e derrubou uma das grades. Os militares atiraram contra o motorista, que invadiu a área restrita.

Uma ambulância foi acionada e entrou na residência. A tentativa de invasão teria acontecido por volta das 19h. Pessoas que trabalham em hotéis próximos dizem que ouviram tiros. A Presidência da República informou que vai divulgar nota oficial sobre o ocorrido.


MAGNO MALTA SOLTA O VERBO E DISPARA PRA TODOS OS LADOS


A mesma ladainha do Impeachment da Dilma, pois o partido que já esteve no poder, faz hoje uma pose de quem nunca esteve no governo. 
Senador Magno Malta, nessa terça-feira (27), em plenário, falou do tsunami que caiu sob a nação e pediu a reforma trabalhista sem o mesmo desastre ocorrido na Reforma da Previdência feita pelo ex-presidente Lula. Não é hora das medidas provisórias, questionou Magno Malta. “Será que o Senado perdeu o direito de legislar em uma matéria importante. Não sou defensor de Temer e não tenho nada com a oposição, mas também não vou trocar o meu pescoço pelo do Henrique Meirelles”, ameaçou Magno. Veja o vídeo (acima) com a íntegra do pronunciamento dessa terça-feira (26) do senador Magno Malta.

STJ barrou recurso de Lula sobre amizade de Moro

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por questões processuais, não analisar um agravo regimental apresentado pelo ex-presidente Lula sobre a suposta amizade íntima de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) com o juiz Sérgio Moro.

Lula pedia esclarecimentos ao desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, a respeito de sua amizade com o juiz que conduz os processos contra ele no âmbito da operação Lava Jato, em Curitiba.

O relator, ministro Felix Fischer, ao julgar o processo no STJ reafirmou a necessidade da defesa utilizar meio processual adequado diante da alegada imparcialidade do desembargador.

Fischer, na ocasião, afirmou que a defesa do ex-presidente apenas repetiu argumentos já trazidos anteriormente no processo, sem enfrentar com fundamentos as razões que levaram à não admissão do recurso especial. A decisão foi unânime.

O caso em questão

Tudo começou quando a defesa de Lula apresentou uma exceção de suspeição contra o juiz Moro, que não a acolheu. O processo foi encaminhado então ao TRF-4 e ficou sob relatoria do desembargador Gebran Neto.
Entretanto, a defesa de Lula pediu ao desembargador esclarecimentos sobre suposta amizade íntima entre o relator e o juiz Moro.

Gebran Neto não se pronunciou sobre o pedido de esclarecimentos e afirmou ainda que, se desejasse, Lula poderia pedir a ausência de imparcialidade. A defesa de Lula recorreu dessa decisão, tendo a 8ª Turma do TRF-4 negado o pedido.

Em continuidade, a defesa interpôs um recurso especial no STJ, alegando que o desembargador deveria ter declarado de ofício sua suspeição, pois a amizade íntima é causa de suspeição. No entanto, o recurso não foi admitido.

A defesa de Lula recorreu novamente, por meio de um agravo em recurso especial. Entretanto, os fundamentos da decisão que não admitiu o recurso especial não foram enfrentados diretamente e, por isso, o agravo não foi conhecido pelo relator. A 5ª Turma seguiu o entendimento.



Renan perde liderança do PMDB

Renan Calheiros (PMDB-AL) perdeu o posto de líder do partido no Senado, após tentar barrar a votação da reforma trabalhista e trocar integrantes do PMDB na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O senador Romero Jucá (RR), aliado do presidente Temer, conseguiu reunir maioria na bancada para tirar Renan do cargo na manhã desta quarta-feira. O Palácio do Planalto quer colocar Garibaldi Alves (RN) na função, mas aliados de Renan tentam emplacar Jader Barbalho (PA).

Não custa lembrar que se o STF já tivesse feito o seu trabalho, Renan já teria perdido o seu mandato e estaria preso.



Raquel Dodge, não alinhada a Janot é escolhida por Temer


Raquel Dodge, segunda colocada da lista tríplice da eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da república (ANPR), foi a escolhida pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o cargo de procurador-geral da República 

Raquel Dodge não é alinhada ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que trava um embate histórico com Temer.

Os subprocuradores-gerais da República Nicolao Dino, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia, foram eleitos pelos procuradores de todo o Brasil, na última terça (27) pela ordem, para a lista tríplice. Nicolao teve 621 votos, Raquel, 587 e Mário, 564.

A Constituição confere ao presidente a prerrogativa de escolher o chefe do Ministério Público Federal. Entretanto, o presidente não é obrigado a seguir nenhuma indicação da lista.

SAIBA QUEM É RAQUEL DODGE

RAQUEL ELIAS FERREIRA DODGE é Subprocuradora-Geral da República e oficia no Superior Tribunal de Justiça em matéria criminal. Integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo. Foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta. Atuou na equipe que redigiu o I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma. Atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte. É Mestre em Direito pela Universidade de Harvard. Ingressou no MPF em 1987.

PT desafia Moro e silencia sobre condenação de Palocci

Gleisi Hoffmann, a nova presidente do PT subiu o tom de desafio ao juiz Sergio Moro. Em nota à imprensa, ela afirmou que o partido "não aceitará" uma condenação do ex-presidente Lula no caso do tríplex no Guarujá. "Nossa militância segue atenta e mobilizada para, junto com outros setores da sociedade brasileira, dar a resposta adequada para qualquer sentença que não seja a absolvição completa e irrestrita de Lula", disse.

Entretanto a senadora se formou em direito e deve saber muito bem que a resposta adequada a uma sentença judicial é recorrer à instância superior. Como a militância petista não se resume a jurisconsultos, ficou no ar que tipo de recado foi esse que ela quis passar ao juiz da Lava Jato.
Ao assumir a direção do Partido dos Trabalhadores, Gleisi deu um cala-boca nos aliados que cobravam uma autocrítica do PT. "Não somos organização religiosa", disse. "Não vamos ficar enumerando os erros para que a burguesia e a direita explorem nossa imagem."

Sabemos que a burguesia e a direita não devem esperar muita coisa da senadora, mas os setores da esquerda, que não se meteram em escândalos de corrupção, ganharam mais um estímulo para desistir do partido.

Gleisi divulgou a nota no mesmo dia em que Moro condenou o petista Antonio Palocci a 12 anos de prisão. No entanto, ela não dedicou uma única linha ao ex-ministro. 

A exemplo de Lula, a senadora Gleisi é ré na Lava Jato. Em setembro, a segunda turma do STF aceitou a denúncia contra ela por unanimidade.

Pátria desrespeitada: Alguns membros do Conselho de Ética são investigados na Lava Jato e STF

Os congressistas, que deviam dar o exemplo, são os primeiros a desrespeitar a Pátria, principalmente ao indicar, como membros do seu Conselho de Ética do Senado, os seus pares com condutas desabonadoras.
Essa é uma das razões que faz com que o povo brasileiro não apoie a grande maioria dos seus parlamentares.
Leiam abaixo a excelente matéria que versa sobre o tema:
Pátria desrespeitada: Alguns membros do Conselho de Ética são investigados na Lava Jato e STF
O velho mestre Rui Barbosa defendia uma pátria com valores éticos e morais, com cidadãos e cidadãs honrados, que não invejam, que não infamam, que não conspiram, que não sublevam, ou seja, uma pátria de indivíduos exemplares.
Quando se fala em Conselho de Ética, não se podem olvidar as lições de Rui Barbosa. Mas lamentavelmente a pátria é desrespeitada por seus próprios congressistas, que sem nenhum escrúpulo indicam ao Conselho de Ética do Senado elementos de condutas desabonadoras, ou seja, os mesmo que irão julgar a quebra de decoro parlamentar de seus pares.
Pois bem, soa muito mal a qualquer brasileiro que deseja ver a sua pátria constituída de instituições e de políticos confiáveis saber que elementos de comportamentos duvidosos façam parte do Conselho de Ética do estamento federal.
Vejam, por exemplo, alguns membros eleitos ao Conselho de Ética do Senado: Romero Jucá (alvo de oito inquéritos no STF), Eduardo Braga e Jader Barbalho, todos são investigados no âmbito da Lava Jato; Eduardo Amorim e Flexa Ribeiro, investigados em outros casos no STF.
Sabe-se que o indecoroso, mesmo consciente de seu mau procedimento, não se envergonha de participar de qualquer missão, porque isso é próprio de seu mau-caráter. Mas aquele que se considera íntegro, probo e honrado não deveria aceitar que compartilhasse responsabilidade com indivíduo de conduta questionável.
Por isso, não compreendo o silêncio das excelências de condutas regulares que aceitam participar da mesma mesa do Conselho de Ética com parlamentares deslustrados. Ou o conhecido brocardo tem fundo de verdade: “Diz-me com quem andas e te direi quem és”.
Por Júlio César Cardoso