sábado, 4 de novembro de 2017

Fernanda Tortima, da JBS, irmã do min. Barroso e amiga de Wadih Damous cai no Whatsapp combinando gravação de Temer

A advogada Fernanda Tórtima, do grupo JBS do açougueiro criminoso Joesley Batista foi flagrada em conversas num grupo do Whatsapp combinando com os patrões e com assessores do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, gravar o presidente Michel Temer. 

Além de advogada de Joesley, Fernanda Tórtima é meia irmã do ministro do STF Luís Roberto Barroso e amiga do deputado federal Wadih Damous, do PT, mais conhecido como o Pit Bill de Lula. Enquanto presidiu o presidente da Cdap da OAB/RJ, Fernanda Tórtima teve um intenso convívio com o então conselheiro federal e expresidente da Seccional fluminense da entidade, Wadih Damous. 

Fernanda Tórtima também era amiga do ex-braço direito de Rodrigo Janot, Marcelo Miller. Os dois são do Rio de Janeiro e mantiveram relações de amizade durante muitos anos. Foi Fernanda que fez a ponte entre Marcelo Miller e Joesley Batista, quando o empresário começou a manifestar seu interesse em fazer 'barganhas' com Janot em troca de um acordo de delação premiadíssima. 

A Folha revelou a participação de Fernanda Tórtima na trama para derrubar o presidente da República. 

"Uma troca de mensagens encontrada pela Polícia Federal sugere que procuradores orientaram executivos da JBS a gravar por conta própria –ou seja, sem autorização judicial– o momento da entrega de dinheiro a pessoas que seriam delatadas pelo grupo comandado pelo empresário Joesley Batista. 

Os diálogos ocorreram em um grupo de WhatsApp de nome Formosa, provável referência à cidade natal dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em Goiás. 

As conversas ocorreram em 4 de abril, data em que os advogados da empresa participaram de uma reunião na sede da PGR (Procuradoria-Geral da República) com Eduardo Pelella, chefe de gabinete do então procurador-geral, Rodrigo Janot, e Sérgio Bruno, do grupo da Lava Jato.

Na ocasião, os sete executivos da JBS não tinham se tornado oficialmente colaboradores da Justiça. O pré-acordo de colaboração premiada foi assinado em 7 de abril e a homologação saiu em maio. 

Participavam do grupo de WhatsApp o ex-procurador Marcello Miller, a advogada Fernanda Tórtima, Joesley, Wesley, Saud e Francisco de Assis e Silva, advogado e delator. Os diálogos indicam pressa da PGR para fechar a delação. (…) As mais de 200 mensagens, às quais a Folha teve acesso, estavam no celular de Wesley, apreendido em maio. “Eles acham que podem desconfiar se adiarem [os pagamentos pendentes]. [Procuradores] Acham que vcs podem fazer uma vez sozinhos gravando e deixariam a controlada para a seguinte”, escreveu Tórtima no grupo, numa clara referência a gravações planejadas para incriminar o presidente Michel Temer. 

Joesley Batista havia oferecido R$ 500 mil ao ex-assessor do presidente, Rodrigo Rocha Loures, para conseguir agendar um encontro com Temer. Ficou combinado que Rocha Loures garantiria a Temer que estaria presente no encontro e que daria a placa de um carro para informar a segurança da Presidência da República, para que não houvesse nenhum problema. Joesley também combinou com Rocha Loures que ele iria sozinho ao encontro de Temer e que lá inventaria uma desculpa para justificar a ausência do assessor do presidente. 

A ação controlada combinada no grupo do Whatsapp era filmar Rocha Loures recebendo a mala com R$ 500 mil, para dizer que aquele dinheiro era para Temer. O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se empenhou ao máximo para que toda a operação fosse concluída o mais rápido possível para poder denunciar o presidente antes do fim de seu mandato na PGR. 

Segundo Joesley afirmou em gravação, Janot queria derrubar Temer para ocupar seu lugar ou ter o poder de indicar seu sucessor. O objetivo de Janot era o de continuar controlando a PGR e evitar que Temer indicasse sua arqui-inimiga Raquel Dodge para o cargo. Um ano antes, Janot fez uma visita não agendada ao presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu e pediu para ser indicado ao cargo pela terceira vez. Temer disse que iria pensar no assunto, mas fez chegar a Janot, através de interlocutores, que não o indicaria para mais um mandato por achar que aquilo seria até mesmo inconstitucional.

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Tiro no pé. Projeto do PT para acabar com Uber deixa saldo de 500 mil rivais e 20 milhões de usuários indignados

O Projeto de Lei nº 28/2017 do PT que tinha como objetivo inviabilizar a atividade de mais de 500 mil brasileiros foi um tiro no pé do partido. Milhares de pessoas que vivem ou complementam suas rendas através transporte de passageiros por meio de aplicativos como Uber, Cabify e 99 se sentiram ameaçados pelo projeto originalmente criado por um represente dos taxistas. 

O deputado Carlos Zarattini, do PT, simplesmente copiou e colou o texto original produzido pelo advogado Fabio Godoy. Confrontado o próprio Zarattini reconheceu que “o interesse deste projeto é muito claro desde o início: defender a categoria dos taxistas“. 

Zarattini foi irônico ao dizer que o Uber "quer trabalhar com qualquer cara". "Tem um garçom da Câmara que sai daqui é 11 horas da noite. Ele atravessa a rua, sai da Câmara e vai pegar passageiro. Outro dia uma deputada aqui da Câmara ia me dar uma carona, entrei era um Uber e tinha uma mulher que era manicure. Ela terminou de fazer as unhas e estava dirigindo o carro. Então, quer dizer, eles querem pegar esse tipo de pessoa que aceita trabalhar por um valor muito baixo". 

Para piorar a situação do PT após a mutilação do projeto no Senado, o presidente Michel Temer já adiantou que não vai permitir retrocessos nos direitos conquistados pela sociedade e avisou que vai vetar o projeto quando recebê-lo da Câmara dos Deputados. Para o governo, o caminho não é proibir ou criar dificuldades para os usuários de aplicativos de transportes, tanto que mais de 500 mil que prestam este tipo de serviço, quanto os mais de 20 milhões de usuários. Segundo o Planalto, o ideal é oferecer condições para que motoristas de táxi também tenham aplicativos e outras vantagens para minimizar os impactos da concorrência, que é saudável a qualquer setor da economia.

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Ministra dos Direitos Humanos tentou criar embaraço ao governo valendo-se de polêmica da portaria trabalho escravo

A polêmica em torno das mudanças do governo federal na portaria sobre o trabalho escravo serviu como pano de fundo para o pedido da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, de acumular os rendimentos de sua aposentadoria de R$ R$ 30.471,10 ao salário de ministra, que é de R$ 30.934,70. 

A soma dos rendimentos chegaria a R$ 61,4 mil, o que viola a regra que limita os rendimentos do servidor ao atual salário da ministra de R$ 33.700, o que equivale ao salário bruto dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). 

O pedido de Luislinda Valois ocorreu concomitantemente às críticas feiras pela secretária Nacional de Cidadania do Flávia Piovesan, do ministério de Direitos Humanos. Na semana passada, Piovesan fez críticas a mudanças do governo federal em portaria sobre o trabalho escravo, o que ela chamou de "retrocesso inaceitável".

Já a ministra Luislinda Valois optou por outro caminho e viu na polêmica em torno da portaria sobre o trabalho escravo uma oportunidade de constranger o governo para conseguir acumular o salário integral do cargo que ocupa atualmente com a aposentadoria de desembargadora. 

Após as críticas, o governo federal exonerou Flávia Piovesan na quarta-feira, 1º, a secretária Nacional de Cidadania do do ministério de Direitos Humanos. Após a polêmica, a ministra Luislinda Valois também recuou do pedido de acumular seus rendimentos como aposentada e como ministra, nesta quinta-feira, 02. 

Na solicitação que havia feito na semana passada, no auge da polêmica sobre a portaria do governo sobre trabalho escravo, Luislinda Valois afirmava que o trabalho executado sem a correspondente contrapartida "se assemelha a trabalho escravo". 

O presidente Michel Temer não pretende, pelo menos por enquanto, afastá-la do cargo por conta da polêmica. A proposta do governo em promover ajustes na portaria sobre trabalho escravo tem por objetivo inibir a ação de fiscais do trabalho corruptos, que ameaçam punir empresas em troca de propina, devido a falta de clareza nas regras que estabelecem o que é trabalho escravo. 

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Debates internos e públicos do PT comprovam que Lula está prestes a ser descartado

Um dos aspectos mais intrigantes sobre a pré-candidatura do ex-presidente Lula, além é claro do repúdio ao petista nas ruas, é que poucos no PT falam abertamente sobre o petista disputando o páreo nas próximas eleições. Apenas a ex-presidente Dilma Rousseff e a senadora Gleisi Hoffmann se pronunciam com frequência na defesa da candidatura do petista. 

Entretanto, que mais se discute no partido, em conversas internas ou em declarações públicas de suas lideranças, são os possíveis nomes que poderiam concorrer em 2018 no lugar de Lula. O próprio Fernando Haddad já deu um ultimato no petista sobre sua candidatura. Em entrevista ao UOL, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que só irá definir sua candidatura após a palavra final de Lula. Haddad afirmou que deve pelo menos isso ao petista. 

Dirigentes do PT dizem que tanto a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), quanto o líder do Senado, Lindbergh Farias (RJ), poderiam ser os sucessores, mas lembram que eles não são unanimidade no PT e enfrentam problemas na Justiça. Outro nome visto pelo partido como uma alternativa é o do o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, mantido pelo partido como uma reserva estratégica. Dirigentes do PT temem que tanto Boulos quanto Haddad possam migrar na última hora para outra legenda, provavelmente o PSOL, e acabar de vez com as pretensões do partido de se manter vivo na disputa em 2018. 

Os nomes do ex-ministro Jaques Wagner e de Ciro gomes voltaram a circular esta semana como opções de substituição de Lula, em último caso. Os dois conversaram esta semana na Bahia e foi uma Rasgação de seda danada. Ciro elogiando Jaques Wagner e vice versa. 

Quem acompanha estes debates mais de perto, costuma até se esquecer que Lula existe no cenário das próximas eleições de 2018, diz um dirigente do partido. Embora ninguém acredite que o petista seja preso antes das eleições, não há como ignorar que o ex-presidente pode se tornar inelegível, caso seja condenado pelo TRF-4 até o meio do próximo ano. O consenso entre a maioria dos petistas é que esta possibilidade é praticamente inevitável. Esta é a razão de todo este corre corre e as especulações em torno do nome de um eventual substituto de Lula. 

Há rumores de que novos fatos a serem revelados pela Operação Lava Jato podem inviabilizar a defesa do nome de Lula para muitos membros do partido. Ninguém soube precisar se estas informações são provenientes do sistema de propina da Odebrecht, de relatos de Eduardo Cunha ou de uma ameça feita por Joesley Batista, o dono da JBS, que se encontra preso, junto com seu irmão Wesley Batista e o executivo do grupo, Ricardo Saud.

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