Um dos aspectos mais intrigantes sobre a pré-candidatura do ex-presidente Lula, além
é claro do repúdio ao petista nas ruas, é que poucos no PT falam abertamente sobre o
petista disputando o páreo nas próximas eleições. Apenas a ex-presidente Dilma
Rousseff e a senadora Gleisi Hoffmann se pronunciam com frequência na defesa da
candidatura do petista.
Entretanto, que mais se discute no partido, em conversas internas ou em declarações
públicas de suas lideranças, são os possíveis nomes que poderiam concorrer em 2018
no lugar de Lula. O próprio Fernando Haddad já deu um ultimato no petista sobre sua
candidatura. Em entrevista ao UOL, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que só irá
definir sua candidatura após a palavra final de Lula. Haddad afirmou que deve pelo
menos isso ao petista.
Dirigentes do PT dizem que tanto a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), quanto o líder do Senado, Lindbergh Farias (RJ), poderiam ser os sucessores, mas
lembram que eles não são unanimidade no PT e enfrentam problemas na Justiça.
Outro nome visto pelo partido como uma alternativa é o do o líder do MTST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, mantido pelo partido
como uma reserva estratégica. Dirigentes do PT temem que tanto Boulos quanto
Haddad possam migrar na última hora para outra legenda, provavelmente o PSOL, e
acabar de vez com as pretensões do partido de se manter vivo na disputa em 2018.
Os nomes do ex-ministro Jaques Wagner e de Ciro gomes voltaram a circular esta
semana como opções de substituição de Lula, em último caso. Os dois conversaram
esta semana na Bahia e foi uma Rasgação de seda danada. Ciro elogiando Jaques
Wagner e vice versa.
Quem acompanha estes debates mais de perto, costuma até se esquecer que Lula
existe no cenário das próximas eleições de 2018, diz um dirigente do partido. Embora
ninguém acredite que o petista seja preso antes das eleições, não há como ignorar que
o ex-presidente pode se tornar inelegível, caso seja condenado pelo TRF-4 até o meio
do próximo ano. O consenso entre a maioria dos petistas é que esta possibilidade é
praticamente inevitável. Esta é a razão de todo este corre corre e as especulações em
torno do nome de um eventual substituto de Lula.
Há rumores de que novos fatos a serem revelados pela Operação Lava Jato podem
inviabilizar a defesa do nome de Lula para muitos membros do partido. Ninguém
soube precisar se estas informações são provenientes do sistema de propina da
Odebrecht, de relatos de Eduardo Cunha ou de uma ameça feita por Joesley Batista, o
dono da JBS, que se encontra preso, junto com seu irmão Wesley Batista e o executivo
do grupo, Ricardo Saud.
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