sábado, 4 de novembro de 2017

Debates internos e públicos do PT comprovam que Lula está prestes a ser descartado

Um dos aspectos mais intrigantes sobre a pré-candidatura do ex-presidente Lula, além é claro do repúdio ao petista nas ruas, é que poucos no PT falam abertamente sobre o petista disputando o páreo nas próximas eleições. Apenas a ex-presidente Dilma Rousseff e a senadora Gleisi Hoffmann se pronunciam com frequência na defesa da candidatura do petista. 

Entretanto, que mais se discute no partido, em conversas internas ou em declarações públicas de suas lideranças, são os possíveis nomes que poderiam concorrer em 2018 no lugar de Lula. O próprio Fernando Haddad já deu um ultimato no petista sobre sua candidatura. Em entrevista ao UOL, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que só irá definir sua candidatura após a palavra final de Lula. Haddad afirmou que deve pelo menos isso ao petista. 

Dirigentes do PT dizem que tanto a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), quanto o líder do Senado, Lindbergh Farias (RJ), poderiam ser os sucessores, mas lembram que eles não são unanimidade no PT e enfrentam problemas na Justiça. Outro nome visto pelo partido como uma alternativa é o do o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, mantido pelo partido como uma reserva estratégica. Dirigentes do PT temem que tanto Boulos quanto Haddad possam migrar na última hora para outra legenda, provavelmente o PSOL, e acabar de vez com as pretensões do partido de se manter vivo na disputa em 2018. 

Os nomes do ex-ministro Jaques Wagner e de Ciro gomes voltaram a circular esta semana como opções de substituição de Lula, em último caso. Os dois conversaram esta semana na Bahia e foi uma Rasgação de seda danada. Ciro elogiando Jaques Wagner e vice versa. 

Quem acompanha estes debates mais de perto, costuma até se esquecer que Lula existe no cenário das próximas eleições de 2018, diz um dirigente do partido. Embora ninguém acredite que o petista seja preso antes das eleições, não há como ignorar que o ex-presidente pode se tornar inelegível, caso seja condenado pelo TRF-4 até o meio do próximo ano. O consenso entre a maioria dos petistas é que esta possibilidade é praticamente inevitável. Esta é a razão de todo este corre corre e as especulações em torno do nome de um eventual substituto de Lula. 

Há rumores de que novos fatos a serem revelados pela Operação Lava Jato podem inviabilizar a defesa do nome de Lula para muitos membros do partido. Ninguém soube precisar se estas informações são provenientes do sistema de propina da Odebrecht, de relatos de Eduardo Cunha ou de uma ameça feita por Joesley Batista, o dono da JBS, que se encontra preso, junto com seu irmão Wesley Batista e o executivo do grupo, Ricardo Saud.

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