O Projeto de Lei nº 28/2017 do PT que tinha como objetivo inviabilizar a atividade de
mais de 500 mil brasileiros foi um tiro no pé do partido. Milhares de pessoas que
vivem ou complementam suas rendas através transporte de passageiros por meio de
aplicativos como Uber, Cabify e 99 se sentiram ameaçados pelo projeto originalmente
criado por um represente dos taxistas.
O deputado Carlos Zarattini, do PT, simplesmente copiou e colou o texto original
produzido pelo advogado Fabio Godoy. Confrontado o próprio Zarattini reconheceu
que “o interesse deste projeto é muito claro desde o início: defender a categoria dos
taxistas“.
Zarattini foi irônico ao dizer que o Uber "quer trabalhar com qualquer cara". "Tem um
garçom da Câmara que sai daqui é 11 horas da noite. Ele atravessa a rua, sai da
Câmara e vai pegar passageiro. Outro dia uma deputada aqui da Câmara ia me dar uma carona, entrei era um Uber e tinha uma mulher que era manicure. Ela terminou
de fazer as unhas e estava dirigindo o carro. Então, quer dizer, eles querem pegar esse
tipo de pessoa que aceita trabalhar por um valor muito baixo".
Para piorar a situação do PT após a mutilação do projeto no Senado, o presidente
Michel Temer já adiantou que não vai permitir retrocessos nos direitos conquistados
pela sociedade e avisou que vai vetar o projeto quando recebê-lo da Câmara dos
Deputados. Para o governo, o caminho não é proibir ou criar dificuldades para os
usuários de aplicativos de transportes, tanto que mais de 500 mil que prestam este
tipo de serviço, quanto os mais de 20 milhões de usuários. Segundo o Planalto, o ideal
é oferecer condições para que motoristas de táxi também tenham aplicativos e outras
vantagens para minimizar os impactos da concorrência, que é saudável a qualquer
setor da economia.
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