sábado, 4 de novembro de 2017

Tiro no pé. Projeto do PT para acabar com Uber deixa saldo de 500 mil rivais e 20 milhões de usuários indignados

O Projeto de Lei nº 28/2017 do PT que tinha como objetivo inviabilizar a atividade de mais de 500 mil brasileiros foi um tiro no pé do partido. Milhares de pessoas que vivem ou complementam suas rendas através transporte de passageiros por meio de aplicativos como Uber, Cabify e 99 se sentiram ameaçados pelo projeto originalmente criado por um represente dos taxistas. 

O deputado Carlos Zarattini, do PT, simplesmente copiou e colou o texto original produzido pelo advogado Fabio Godoy. Confrontado o próprio Zarattini reconheceu que “o interesse deste projeto é muito claro desde o início: defender a categoria dos taxistas“. 

Zarattini foi irônico ao dizer que o Uber "quer trabalhar com qualquer cara". "Tem um garçom da Câmara que sai daqui é 11 horas da noite. Ele atravessa a rua, sai da Câmara e vai pegar passageiro. Outro dia uma deputada aqui da Câmara ia me dar uma carona, entrei era um Uber e tinha uma mulher que era manicure. Ela terminou de fazer as unhas e estava dirigindo o carro. Então, quer dizer, eles querem pegar esse tipo de pessoa que aceita trabalhar por um valor muito baixo". 

Para piorar a situação do PT após a mutilação do projeto no Senado, o presidente Michel Temer já adiantou que não vai permitir retrocessos nos direitos conquistados pela sociedade e avisou que vai vetar o projeto quando recebê-lo da Câmara dos Deputados. Para o governo, o caminho não é proibir ou criar dificuldades para os usuários de aplicativos de transportes, tanto que mais de 500 mil que prestam este tipo de serviço, quanto os mais de 20 milhões de usuários. Segundo o Planalto, o ideal é oferecer condições para que motoristas de táxi também tenham aplicativos e outras vantagens para minimizar os impactos da concorrência, que é saudável a qualquer setor da economia.

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