segunda-feira, 9 de julho de 2018

Dias Toffoli é uma “janela de oportunidade” para Lula

A farsa do plantonista petista Rogério Favreto pode inibir uma nova farsa do plantonista petista Dias Toffoli?

Joaquim Falcão, da FGV, espera que sim:

“Em Brasília, muitos temem a próxima viagem do presidente Michel Temer à Africa do Sul, no fim deste mês, para a reunião dos países que formam os Brics.

Rodrigo Maia e Eunício Oliveira não vão assumir a Presidência. Tornar-se-iam inelegíveis em outubro. A ministra Cármen Lúcia assumiria a Presidência da República.

Seu vice, o ministro Dias Toffoli, será presidente do Supremo por alguns dias.

Uma nova janela de oportunidade se abriria para a defesa de Lula. Peticionar a Toffoli para beneficiá-lo?

Acredito que não. Seria desestabilizar por antecedência a gestão de Dias Toffoli no Supremo. Rachá-lo de vez.

Mas o fato é que a instabilidade decisória do Judiciário é a nova forma de poder. Poder fugaz. Até mesmo de um juiz de plantão.”

De surpresa, Datena retorna ao 'Brasil Urgente' e desiste de candidatura ao Senado

O apresentador José Luiz Datena surpreendeu seus espectadores nesta segunda-feira (9) ao retornar ao comando do "Brasil Urgente", na Band. Além disso, ele também anunciou que desistiu oficialmente de concorrer a uma vaga ao Senado nas eleições deste ano, registra o site Folha Política.

"Deixa eu falar uma coisa aqui. É claro que aparecendo na televisão como estou aparecendo agora fica eliminada qualquer possibilidade de eu ser candidato a qualquer cargo eletivo na República Federativa do Brasil. Como eu deveria ser candidato ao Senado brasileiro, é claro que tomar decisão é uma coisa muito difícil porque é extremamente solitário porque você ouve muita gente, mas quem decide é você", declarou o apresentador na abertura do programa.

Eu devo explicações primeiro a Deus, depois à minha família e ao meu público, que me acompanha ao longo desse tempo todo. Dessa vez, eu cheguei tão perto, cheguei a ficar dois domingos sem trabalhar, estava realmente decidido a ser candidato ao Senado aqui em São Paulo, mas o problema de desistir é que às vezes você desiste tão perto de conseguir um objetivo. Me diziam: 'Você vai ter voto pra caramba', mas eu pensei bem, refleti, conversei com minha família, conversei muito com Deus, conversei com poucos amigos. Ouvi muitas opiniões e achei que ainda não era a hora. É a segunda vez que eu me proponho a ajudar o meu país. Dessa vez, fui até longe demais. Talvez nunca chegue a hora de eu ser político um dia, mas esta é a explicação que eu queria dar para cada um de vocês".

A possível candidatura de Datena ao Senado fez a Band reestruturar o programa "Agora é Com Datena", que o apresentador comandava aos domingos. 


Para substituí-lo, a emissora chamou o filho de Datena, Joel Datena, e o cantor Netinho de Paula, há anos afastado da TV.

A fuga de Lula

A PF temia que, solto pelo plantonista do TRF-4, Lula tentasse escapar do Brasil.

Diz o Estadão:

“A avaliação na Polícia Federal é de que, se a soltura de Lula fosse efetivada, a revogação viria antes de ele chegar ao aeroporto ou ao pedágio.”

“Sergio Moro é um juiz vocacionado. Ele procedeu muito bem”

Carlos Velloso foi categórico:
“Sergio Moro é um juiz vocacionado. Ele procedeu muito bem.”

A entrevista ao eterno presidente do STF é a única coisa que vale a pena na Folha de S. Paulo.

Leia um trecho:

Como o sr. avalia a decisão do juiz do TRF-4 Rogério Favreto de libertar o ex-presidente Lula? 

Considero essa decisão teratológica. Quem mandou prender Lula? Foi o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Este habeas corpus de agora foi requerido a um juiz do próprio tribunal contra uma decisão do tribunal, portanto foi um pedido incabível. Surpreendentemente, o juiz do TRF, dr. Favreto, concede a liminar, como plantonista. É importante indagar: será que isso não poderia esperar até segunda-feira? O que me parece lamentável é que isso costuma ocorrer na Justiça. Um sujeito espera um juiz plantonista ideal para impetrar um habeas corpus, um mandado de segurança, e ter a certeza da obtenção de uma liminar. Isso é velho e conhecido na Justiça.

Outro debate que surgiu no domingo foi em razão de o juiz Sergio Moro estar em seu período de férias mas ter se posicionado prontamente contra a decisão de Favreto. Como o sr. avalia essa situação? 

O juiz não é servidor comum que trabalha tantas horas por dia e fecha a gaveta de seu gabinete na sexta-feira e vai para casa passar o fim de semana tranquilamente. O juiz é juiz 24 horas por dia. É assim mesmo que se portam os juízes vocacionados. É possível verificar que Sergio Moro é um juiz vocacionado. Ele procedeu muito bem.

EXPLICANDO (PARA LEIGOS) A LAMBANÇA JURÍDICA DO PLANTONISTA

Habeas Corpus é um instrumento utilizado para combater prisões supostamente ilegais.

Se você é advogado e seu cliente foi preso (ilegalmente, segundo você alega) por decisão de um juiz de primeira instância, você poderá pedir a desembargadores, que são juízes de SEGUNDA instância, que considerem ilegal a decisão do juiz de primeira instância e portanto concedam HC para soltar seu cliente. Você JAMAIS poderá fazer esse pedido a OUTRO JUIZ DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, pois ele não tem poder de julgar a (i)legalidade da decisão de seu colega, já que eles ocupam posição idêntica na hierarquia do Judiciário.

Agora, se seu cliente foi preso por decisão de DESEMBARGADORES, você poderá pedir HC (para soltá-lo) a MINISTROS DO STJ. Você jamais poderá fazer esse pedido A OUTRO DESEMBARGADOR (plantonista ou não, petista ou não), pois (de novo) ele não tem poder de julgar a (i)legalidade da decisão de seus colegas, já que todos eles ocupam posição idêntica na hierarquia do Judiciário.

Finalmente, se seu cliente foi preso por decisão de ministros do STJ, você poderá pedir HC a MINISTROS DO STF (hierarquicamente superior ao STJ), e não a outros ministros do STJ. Já deu para entender que há uma hierarquia, certo? Trata-se, para quem é profissional do Direito, de conhecimento BÁSICO.

O condenado Luís Inácio Lula da Silva foi preso por decisão DOS DESEMBARGADORES DA 8ª TURMA do TRF4 - e não por decisão do juiz Sérgio Moro, que apenas cumpriu a ordem dada no início de abril pelos 3 desembargadores daquela Turma para que se iniciasse a execução da pena de prisão. A autoridade coatora (que é como chamamos a autoridade que DECIDIU prender) foi obviamente a 8ª Turma do TRF4, composta por 3 desembargadores. Portanto, o pedido de HC jamais poderia ter sido dirigido a OUTRO DESEMBARGADOR, e sim A MINISTROS DO STJ - esses sim hierarquicamente superiores aos desembargadores da 8ª Turma do TRF4.

O desembargador plantonista, portanto, simplesmente NÃO TINHA PODER para apreciar o pedido de soltura de Lula. Não se trata de uma opinião, e sim de um fato que deveria ser, repito, de conhecimento elementar para qualquer profissional do Direito.

Tal fato, por si só, já seria suficiente para demonstrar a dimensão da aberração jurídica que foi essa decisão do desembargador plantonista; mas como não há nada tão ruim que não possa piorar, o ilustre plantonista resolveu justificar sua ordem de soltura afirmando que havia um “fato novo”: a pré-candidatura de Lula à presidência da república.

Em primeiro lugar, se há alguma coisa que pode ser chamada de “fato velho” neste país é a pré-candidatura de Lula; até o meu vizinho inglês, que veio transferido pela empresa para o Brasil há 6 meses e ainda não fala uma palavra de português, já sabe faz tempo que Lula é “pré-candidato” (“But isn’t he in prison?!”, pergunta ele, espantadíssimo).

Em segundo lugar (e ainda mais inacreditável): desde quando a intenção de um criminoso condenado - e que está cumprindo pena - de se candidatar a cargo eletivo pode servir de justificativa para que ele seja solto? Se Sérgio Cabral anunciar sua pré-candidatura às próximas eleições poderá pleitear habeas corpus? Surreal (e nem preciso lembrar que, pela Lei da Ficha Limpa - solenemente ignorada pelo plantonista - Lula está inelegível).

O habeas corpus foi pedido por três deputados do PT. Um deles, Wadih Damous, foi meu contemporâneo na faculdade de Direito. Eu o via sempre nos corredores (fazendo política), no Centro Acadêmico (fazendo política) ou no DCE (fazendo política); em sala de aula, jamais o vi. O pedido de HC deixa bastante claro que seu conhecimento jurídico é diretamente proporcional ao número de aulas que assistiu. Quanto aos outros dois deputados, não tive o desprazer de conhecê-los pessoalmente, mas não é difícil concluir que são, eles também, duas nulidades jurídicas.

O mais impressionante, porém, é o desconhecimento do Direito demonstrado pelo desembargador plantonista. Por maior que fosse sua ignorância da matéria quando foi nomeado desembargador pela inesquecível Dilma Rousseff em 2010, após anos de serviços prestado ao PT (partido ao qual ele foi filiado por quase duas décadas), seria de se esperar que, após 8 anos de magistratura, já tivesse aprendido o básico. Tudo indica, porém, que sua ignorância jurídica continua intacta.

Claro que muitos poderão alegar que o problema não é ignorância, e sim má fé; mas essa é uma hipótese na qual nós, profissionais do Direito, preferimos não acreditar..

Marcelo Rocha Monteiro, no facebook.
Procurador de Justiça - RJ

O irresponsável Rogerio Favreto já serviu a Lula, Dilma e Dirceu

O desembargador Rogério Favreto que mandou soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi filiado ao PT, entre 1991 e 2010. Em 2011, ele foi nomeado para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Em 2016, foi o único membro da Corte Especial do TRF4 a votar pela abertura de processo disciplinar contra o juiz Sergio Moro.

Também traz no currículo que foi procurador-geral de Porto Alegre em três governos do PT. E também exerceu diversos cargos no Partido dos Trabalhadores.

Trabalhou no primeiro governo do petista ao lado de ex-ministro José Dirceu e com a presidente cassada Dilma Rousseff na época que ela era ministra da Casa Civil.

Antes de ser desembargador, Fraveto ocupou cargos em gestões petistas, inclusive na era Lula e na gestão de Tasso Genro (PT) à frente da Prefeitura de Porto Alegre. Ao longo de 1996, coordenou a assessoria jurídica do Gabinete do Prefeito.

Nos governos Lula, esteve em quatro ministérios diferentes. Primeiro, foi para a Casa Civil em 2005, onde trabalhou na Subchefia para Assuntos Jurídicos sob a chefia de José Dirceu e, depois, de Dilma Rousseff.

Nos anos seguintes, foi chefe da consultoria jurídica do Ministério do Desenvolvimento Social, cujo titular era o também petista Patrus Ananias. Depois, passou pela Secretária de Relações Institucionais e pelo Ministério da Justiça, nos anos em que Tasso comandava as pastas. 

(Com Estadão Conteúdo)

Favreto é autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se ao Colegiado , explica Moro

O juiz Sergio Moro se negou a cumprir imediatamente a decisão do desembargador Rogério Favreto, que determinou a soltura do ex-presidente Lula. Segundo Moro, o desembargador não teria competência para tomar essa decisão de forma monocrática, indo de encontro a ordens prévias do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e do plenário do Supremo Tribunal Federal. Pouco tempo depois, o relator da Lava-Jato no TRF-4, desembargador João Gebran Neto, cancelou a liminar e manteve Lula preso, registra o site República de Curitiba.
“O Desembargador Federal plantonista, com todo o respeito, é autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do Colegiado da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e ainda do Plenário do Supremo Tribunal Federal”, disse Moro.
O juiz afirmou que, por orientação do presidente do TRF-4, Thompson Flores, consultou o relator natural do caso, o desembargador João Pedro Gebran Neto.
“Assim, devido à urgência, encaminhe a Secretaria, pelo meio mais expedito, cópia deste despacho ao Desembargador Federal João Pedro Gebran Neto, solicitando orientação de como proceder”, afirmou.

A aliança entre Favreto e Wadih Damous

Às vésperas da eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República – o atual desembargador  Rogério Favreto, plantonista do TRF4, foi um dos 64 signatários da “Carta ao Povo Brasileiro” em defesa das reiteradas manifestações que o então presidente Lula fazia em favor de sua candidata ao Planalto. Neste domingo (8), Favreto mandou soltar Lula por três vezes seguidas.
Entre os “nomes ligados a entidades da advocacia” constantes do manifesto pró-Lula de 2010 estava o do atual deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), então presidente da OAB-Rio de Janeiro, e autor do habeas corpus julgado hoje por Favreto, informa o site Jota.

Deltan desmascara Toffoli e pede apoio para salvar Lava Jato

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli devolveu a plena liberdade para José Dirceu. O criminoso não vai precisar sequer usar a tornozeleira eletrônica que foi definida pelo Juiz Sergio Moro, porém negada por Toffoli.
Mesmo com uma condenação de mais de 30 anos, em 2ª instância e a notória reincidência na pratica de roubo ao dinheiro público.
Destemido, Deltan postou:
“Dirceu foi preso para cumprir pena quando vigiam cautelares (como tornozeleira). Em seguida, a 2ª Turma suspendeu pena contra decisão do STF que permite prisão em 2ª instância. Naturalmente, cautelares voltavam a valer. Agora, Toffoli cancela cautelares de seu ex-chefe.

A intrigante carreira jurídica da esposa de Dias Toffoli

A esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, advogada Roberta Rangel, recebeu pelo menos R$ 300 mil em 2008 e 2011 da construtora Queiróz Galvão, uma das empresas envolvidas no Petrolão, com mais de R$ 1 bilhão em contratos sem licitação, publica o Jornal da Cidade.

Segundo a publicação, o contrato da empreiteira com a Petrobras coincidentemente vigorou no período em que a advogada recebeu os pagamentos por supostos honorários advocatícios, ou seja, entre 2007 e 2011.

A Andrade Gutierrez, outra empresa envolvida no Petrolão, também pagou R$ 50 mil à Rangel Advocacia, em 2006. 

Tais pagamentos poderiam, no mínimo, suscitar a suspeição do ministro em ações envolvendo as empresas. 

Todavia, Toffoli parece não se importar muito com estas questões éticas. 

Aliás, Toffoli está na 2ª Turma do STF, que está julgando a maioria dos casos da Lava Jato, porque pediu para ser transferido. 

Em sua primeira decisão, logo após a transferência, libertou executivos de empreiteiras e converteu a detenção deles em prisão domiciliar com tornozeleiras. Mais tarde, soltou um dileto amigo, Paulo Bernardo.

Na semana passada, Toffoli liberou um amigo intimo e ex-chefe, Zé Dirceu. 

Um absurdo lamentável e deprimente.