sábado, 17 de dezembro de 2016

"OU VOCÊ É INCOMPETENTE OU É CULPADA"



"OU VOCÊ É INCOMPETENTE OU É CULPADA".

Por mais incrível que possa parecer, a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu uma duríssima humilhação em nível internacional durante entrevista para a rede árabe Al Jazeera. O entrevistador foi Mehdi Hasan, e ele fez algo que nenhum jornalista brasileiro até hoje teve coragem de fazer: confrontar as mentiras da petista.

Nesse trecho do vídeo Hasan pergunta sobre o esquema de desvios na Petrobrás, Dilma fica claramente desconfortável e se irrita com a pergunta. Quando ela se altera, ele contra-ataca perguntando se ela é corrupta ou incompetente.
AEROPORTO: O INFERNO DOS POLÍTICOS CORRUPTOS
Por medo de hostilidades, parlamentares estão evitando viagens. Em Brasília, a Câmara destacou seguranças para proteger deputados e senadores nos terminais.
Uma distância de menos de 100 metros separa a entrada do Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, do portão de embarque para voos nacionais. O trajeto, ladeado de guichês para a emissão de bilhetes aéreos, pode ser concluído em menos de um minuto – tempo que passaria despercebido para a maioria dos passageiros que por ali circula, mas o caminho mais assustador para os políticos que voltam para casa todas as semanas. É onde o povo – ou simplesmente manifestantes – tem a oportunidade de um encontro cara a cara com algumas notórias personalidades normalmente inatingíveis.
“Olhem, é o deputado do dinheiro na cueca. Cadê o dinheirinho, deputado?” Assim foi recebido José Guimarães (PT-CE), o ex-líder do governo Dilma Rousseff, na última quinta-feira, ao dar os primeiros passos no corredor do pânico. E seguem os xingamentos: “Safado”! “Corrupto!”. Os manifestantes se referiam ao famoso caso em que um assessor do petista foi flagrado com dólares na cueca, em 2005.
Era a segunda investida dos manifestantes. A primeira foi contra o deputado Celso Russomano, do PRB de São Paulo. “Ladrão!” “La…”! Alguém avisou que Russomano não estava envolvido na Lava Jato. O publicitário Fernando Souza, 29 anos, explica que eles procuram “os peixes grandes da Lava Jato”. “Cadê o Waldir Maranhão?”, perguntou outro.
A passagem pelo saguão do aeroporto é inevitável para deputados e senadores. À exceção dos presidentes das Casas, que têm a exclusividade de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) à disposição, todos os demais parlamentares que quiserem viajar custeados pelo poder Legislativo têm de circular entre os demais passageiros. Quem não quiser se arriscar tem de seguir os passos da senadora Gleisi Hoffman ( PT.-PR). Ré por corrupção, ela decidiu mudar de vez para Brasília. Hostilizado em Curitiba, ela trouxe os filhos para a capital e pretende dar um tempo de aeroporto.
Ministros do governo Temer também buscam se preservar. Entre os motivos para solicitar voos da FAB, Henrique Meirelles (Fazenda) e o enrolado Eliseu Padilha (Casa Civil) são recordistas em alegar questões de segurança. Ministro demissionário da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima recorria às mesmas argumentações quando viajava para sua residência, em Salvador.
O clima no aeroporto de Brasília anda tão pesado que a equipe da Polícia Federal que atua no saguão deixou de ser considerada suficiente para conter manifestantes mais radicais. Desde o início do mês, seguranças legislativos foram destacados para proteger os parlamentares — na surdina. De calça jeans, camisetas e sem nenhuma identificação, eles ficam à espreita. No bolso, carregam equipamentos de segurança que vão de sprays de pimenta a pistolas. Em dias mais movimentados – normalmente às terças e quinta-feiras – quatro agentes tomam conta do curto trajeto entre o carro e o embarque. Nos demais dias, o contingente cai à metade.
“As manifestações estão cada vez mais frequentes. É a intolerância aliada ao efeito manada. Um vaia, dois vaiam, quando se vê estão todos vaiando sem nem saber o que é”, explica o diretor do Departamento de Polícia da Câmara, Paul Deeter. “Ninguém está ali para proibir manifestação. A gente só não quer que agridam os deputados ou cheguem a uma distância além do tolerável”, continua. Os policias têm autorização para acompanhar os congressistas até a porta do avião.
A ação dos manifestantes é sempre seguida por celulares a postos para gravar o ato e lançar nas redes sociais. No início do mês, o deputado Weverton Rocha (PDT-MA), autor da emenda que incluiu o crime de abuso de autoridade no pacote de medidas contra a corrupção, teve um tomate esmagado no ombro por um homem que o acusava de tentar enterrar a Lava Jato. Ele credita a ação a uma tentativa de criminalizar a política. “Vou continuar com a minha rotina. Nós não vamos nos acovardar para qualquer tipo de prática que beira o fascismo”, afirmou.
Não só os policiais estão disfarçados no aeroporto. Os próprios parlamentares já optam por andar “descaracterizados”: sem os broches específicos dos congressistas, gravata ou até mesmo o paletó. A caminho do embarque, o ex-ministro e deputado Orlando Silva (PCdoB-RJ) transita entre os passageiros de calça jeans, camisa entreaberta e mochila nas costas. O controverso Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) faz questão de trocar de roupa em seu gabinete antes de viajar. Ele garante, porém, que o faz apenas pelo conforto. “A minha segurança está aqui”, diz, mostrando a arma que ele, que é policial federal, carrega.

Vencer a maratona no aeroporto é apenas uma primeira etapa. Confinados dentro das aeronaves, políticos se veem em situação ainda mais desconfortável de terem de ouvir os disparates de passageiros sem ter por onde fugir ou a quem recorrer. Um dos episódios recentes se deu no voo entre Brasília e Belo Horizonte. Ao embarcar, o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) logo foi abordado. “Por favor, nos respeite aqui dentro. Nós estamos enojados de vocês. Evite falar de política, o povo não aguenta mais vocês”, disse um passageiro. “Se vierem dar porrada, a gente dá porrada. Quem não tem respeito não merece respeito”, afirmou Quintão à reportagem.

Conteúdo: Veja



"VOCÊS SÃO UNS LIXOS !"

"Vocês são uns lixos!!"

O ex zelador do prédio do triplex no Guarujá é o herói do momento. Chamou os advogados do apedeuta de "lixo" em testemunho ao Juiz Moro.

JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL ACEITA DENÚNCIA DO MP, E LULA VIRA RÉU NA ZE...

JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL ACEITA DENÚNCIA DO MP, E LULA VIRA RÉU NA ZELOTES

Denúncia está relacionada à compra de caças suecos e à aprovação de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras.
O Juiz Vallisney Souza Oliveira, da Justiça Federal do Distrito Federal, aceitou denúncia do Ministério Público e abriu ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o filho dele Luis Cláudio Lula da Silva e dois empresários pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito das investigações da Operação Zelotes (veja detalhes sobre a denúncia mais abaixo).
O G1 procurou o Instituto Lula e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. Quando a denúncia foi oferecida, os advogados de Lula acusaram o Ministério Público de transformar a denúncia em um "espetáculo midiático", negaram irregularidades cometidas por ele e o filho Luís Cláudio e disseram que a denúncia era "fruto de novo devaneio".
Com a decisão do juiz, Lula se tornou réu pela quarta vez. O ex-presidente da República já é alvo de ação na Operação Lava Jato, no Paraná, e de duas ações na Justiça de Brasília - uma por suspeita de tentar prejudicar delação premiada e outra por tráfico de influência envolvendo a Odebrecht.
Lula também é alvo de outros quatro inquéritos, em procedimentos no Supremo Tribunal Federal, em Brasília e no Paraná.
A denúncia relacionada à Operação Zelotes foi apresentada na semana passada e é resultado de investigações sobre compra de caças suecos e sobre a aprovação de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras.
Segundo o Ministério Público, os crimes apontados na nova denúncia foram praticados entre 2013 e 2015 quando lula, como ex-presidente, participou de um esquema no qual prometeu beneficar empresas de Mauro Marcondes e Cristina Mautuoni junto ao governo.
À TV Globo, a defesa dos empresários, que também se tornaram réus, disse que em respeito ao juiz Vallisney só irá se manifestar nos autos do processo.
Segundo o MP, durante as investigações não foram encontrados indícios de que a ex-presidente Dilma Rousseff, à época chefe do Executivo, tivesse conhecimento do esquema.
Em troca, diz a denúncia, os empresários repassaram cerca de R$ 2,5 milhões a Luis Cláudio Lula da Silva.
Segundo relatório da Polícia Federal, não houve prestação de serviços. A PF diz também que o material produzido pela empresa do filho de Lula era cópia de material disponível na internet.
BARROSO DETERMINA QUEBRA DE SIGILOS DO DEM E DE PRESIDENTE DO PARTIDO
Inquérito apura se José Agripino está envolvido em supostas fraudes em obras de estádio da Copa; senador disse que ele e o DEM não têm 'nada a esconder'.
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou a quebra do sigilo bancário do diretório nacional do DEM entre janeiro de 2012 e dezembro de 2014.
Na mesma decisão, Barroso também ordenou a quebra do sigilo telefônico do presidente do partido, senador José Agripino Maia (RN), de um primo do parlamentar e do ex-executivo da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, no mesmo período.
Procurado pelo G1 o senador José Agripino Maia informou que as contas do DEM estão "abertas" à Justiça e que ele não tem "nada a esconder".
"Colaboramos com as investigações, mas imputar responsabilidade a mim em obter recursos do BNDES para favorecer as obras, sendo eu líder de oposição no governo do PT, é querer me atribuir força que nunca tive. Mas que se investigue tudo. Eu me coloco à disposição, como sempre me coloquei. Nem eu nem o partido temos nada a esconder", disse.
Em abril, Barroso já havia determinado a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Agripino e de mais 15 pessoas e empresas ligadas ao parlamentar, entre 2010 e 2015. Na nova decisão, o ministro determinou mais quebra de sigilos, a pedido da Procuradoria Geral da República.
A decisão de Baroso é de 14 de dezembro e consta de um inquérito - desdobramento da Operação Lava Jato - que investiga, desde outubro de 2015, o suposto envolvimento do senador em fraudes nas obras da Arena das Dunas, estádio construído em Natal (RN) para a Copa de 2014.
O ministro Barroso determinou que as operadoras de telefonia informem em 30 dias "todos os dados e registros contidos nos cadastros dos investigados e dos interlocutores das ligações, bem como todos os respectivos registros de chamadas (data, tipo de chamada, se foi texto ou voz, duração)".
Barroso também enviou ofício ao presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, pedindo a implementação da quebra de sigilo bancário do DEM.

Conteúdo G1