domingo, 27 de agosto de 2017

Força-tarefa repudia declarações de réu foragido da Justiça

A força-tarefa da Lava Jato do MPF em Curitiba emitiu nota por meio da na qual repudia veementemente a notícia veiculada pela jornalista Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo neste domingo(27).
Leia a seguir a íntegra da nota do MPF:
Nota da força-tarefa Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba (MPF/PR):
1. A coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo deste domingo, 27 de agosto de 2017, reproduz, sem qualquer constatação de veracidade pela colunista, trechos de um “livro” fantasioso escrito por Rodrigo Tacla Duran, réu foragido da justiça brasileira.
2. Nas reuniões de negociação entre esse réu e a força-tarefa Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba, Rodrigo Tacla Duran esteve sempre e exclusivamente representando pelo advogado Leonardo Pantaleão.
3. Em obediência à regra legal, o juiz federal Sérgio Moro não participou de qualquer fase das negociações do acordo de colaboração premiada.
4. Nenhum dos membros da força-tarefa Lava Jato possui ou já possuiu relacionamento pessoal ou profissional com o advogado Carlos Zucolotto Jr., citado por Rodrigo Tacla Duran. Os procuradores jamais mantiveram com Carlos Zucolotto Jr. qualquer conversa sobre esse caso ou sobre qualquer outro.
5. Durante as negociações, Rodrigo Tacla Duran revelou-se incompatível com os requisitos legais para a celebração do acordo, motivo pelo qual o MPF encerrou as negociações.
6. Rodrigo Tacla Duran foi acusado pela força-tarefa Lava Jato por crimes de lavagem de dinheiro e de pertinência à organização criminosa, e se encontra foragido do país e confinado na Espanha.
7. Os recursos ilícitos havidos por Rodrigo Tacla Duran da Odebrecht, no exterior, foram bloqueados por autoridades estrangeiras e permanecem nessa condição.
8. A força-tarefa também solicitou a prisão de Rodrigo Tacla Duran, o que foi deferido pelo juiz Sérgio Moro, sendo requerida a difusão vermelha junto à Interpol para a sua prisão no exterior.
9. Tacla Duran foi preso na Espanha e chegou a ter sua extradição autorizada para o Brasil, o que não ocorreu apenas por ausência de promessa de reciprocidade pelo governo brasileiro.
10. As inverdades propaladas por Rodrigo Tacla Duran não revelam mais do que a total falta de limites de um criminoso foragido da Justiça, acusado da prática de mais de 100 delitos de lavagem de dinheiro, cujo patrimônio – ilicitamente auferido – encontra-se bloqueado no Brasil e no exterior.
11. Diante da absoluta impossibilidade de enfrentar os fatos criminosos que lhe são imputados, Rodrigo Tacla Duran tenta desesperadamente atacar aqueles que o investigam, processam e julgam, no intuito de afastar o seu caso das autoridades que atuam na operação Lava Jato.

Sergio Moro dá resposta arrasadora à acusação em nota publicada por Mônica Bérgamo

Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior de negociações paralelas sobre ele com a força-tarefa da Operação Lava Jato. 
Zucolotto é amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro e foi sócio de um escritório com Rosangela Moro, mulher do juiz. O advogado é também defensor do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em ação trabalhista que corre no STJ (Superior Tribunal de Justiça). De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S.Paulo, as conversas de Zucolotto com Tacla Duran envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que o ex-advogado da Odebrecht deveria pagar em um acordo de delação premiada.
Zucolotto nega as acusações. Os procuradores citados por Tacla Duran afirmam que nem sequer conhecem o advogado amigo de Moro. O juiz Sergio Moro se pronunciou, por meio de uma nota, sobre a reportagem da Folha de São de Paulo. 
“Sobre a matéria ‘Advogado acusa amigo de Moro de intervir em acordo’ escrita pela jornalista Mônica Bergamo e publicada em 27/08/2017 pelo Jornal Folha de São Paulo, informo o que segue:
– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;
– o relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;
– nenhum dos membros do Ministério Público Federal da Força Tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;
– Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;
– Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;
– o advogado Carlos Zucoloto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e
– lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.
Curitiba, 27 de agosto de 2017.

O jogo sujo do PT contra Moro

O advogado Kakay disse que o juiz Sérgio Moro deveria ter a prisão preventiva decretada por causa da acusação do doleiro foragido publicada pela Folha de S. Paulo.

Depois voltou atrás e afirmou defender a “presunção de inocência” de Moro.

Os petistas combinaram o jogo sujo contra Sérgio Moro, também para a alegria dos peemedebistas.

O infame ataque contra Moro

O ataque mais infame contra o juiz Sergio Moro foi desferrado neste domingo pela Folha de S. Paulo.

O doleiro foragido Rodrigo Tacla Durán, que vem sendo usado pela imprensa lulista para demoralizar os relatos da Odebrecht, acusou Sergio Moro de vender facilidades aos delatores através de seu amigo Carlos Zucolotto.

Leia aqui:

“O advogado Rodrigo Tacla Durán, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016, acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Lava Jato.”

General do Exército publica mensagem enigmática

O general do Exército Brasileiro, o eminente Paulo Chagas, publicou em sua página no Facebook, uma mensagem enigmática.

"Um dia é da caça outro do caçador", disse no texto curto e objetivo. E completou:
"No Rio, hoje, os PM estão sendo caçados. Amanhã, para desespero dos manos, será outro dia!", completou.  

Gilmar Mendes, Lewandowski e Toffoli vão analisar denúncia contra Renan, Jucá e Sarney apresentada por Janot

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, denunciou nesta sexta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) quatro senadores do PMDB, dois ex-senadores do partido e mais três pessoas no âmbito da Operação Lava Jato.
Caberá, a partir de agora, ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, pedir a defesa prévia de cada um deles antes de redigir um relatório e levar o caso para análise dos outros quatro ministros da Segunda Turma: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
As investigações apuram a ocorrência dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Foram denunciados (e os crimes atribuídos a eles):
  • Senador Renan Calheiros (PMDB-AL): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Senador Garibaldi Alves (PMDB-RN): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Senador Romero Jucá (PMDB-RR): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Senador Valdir Raupp (PMDB-RO): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP): corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado: corrupção passiva e lavagem de dinheiro;
  • Luiz Fernando Nave Maramaldo, sócio da NM Engenharia: corrupção avita e lavagem de dinheiro;
  • Nelson Cortonesi Maramaldo, sócio da NM Engenharia: corrupção ativa e lavagem de dinheiro;
  • Fernando Ayres Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental: corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Todos são acusados em inquérito que apurava inicialmente se Renan Calheiros e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) receberam propina de contratos da Transpetro.
Renan Calheiros já foi denunciado na Lava Jato, porém ainda não há decisão da Corte sobre torná-lo réu; Raupp é réu na Lava Jato; e Romero Jucá foi denunciado, na semana passada, em um desdobramento da Operação Zelotes.



Não há uma data-limite para o exame conjunto da denúncia pelo STF. Se a denúncia for recebida pelo STF, os denunciados se tornarão réus e passarão a responder a um processo penal no Supremo.

Artistas da esquerda se juntaram aos da direita em apoio a juiz da Lava Jato

Procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Rio, juízes federais, políticos e artistas – entre eles Caetano Veloso (que apoia Lula), Cristiane Torlone e Marcelo Serrado (que interpretará o juiz Sergio Moro nos cinemas) – participaram no início da noite da quinta-feira, 24, de manifestação em apoio ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal e responsável por um dos braços da Operação Lava Jato.
O magistrado teve reformadas decisões no âmbito da Operação Ponto Final, que investiga corrupção envolvendo políticos, funcionários públicos e empresários de transportes. Foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que revogou as determinações de Bretas. Ele atendeu pedidos das defesas e ironizou decisões de Bretas, que chamou de atípicas.
O presidente da Associação de Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, disse que “está em curso no País uma orquestração contra a magistratura. “Não só a agressão ao Bretas, mas estão sendo tomadas outras medidas, como a (proposta de) Lei de Abuso da Autoridade, para enfraquecer o Judiciário, numa tentativa de intimidação”, afirmou. “Não é possível que um ministro venha agredir verbalmente o trabalho de um magistrado. Ele tem todo direito de reformar decisões, mas deve falar sobre isso através dos autos. Ele tem extrapolado todas as expectativas de um ministro. Não são aceitáveis falas que denegriram a imagem de um juiz. Pedimos uma atitude da ministra Carmen Lucia”, disse.
O procurador Sérgio Pinel, que integra o Núcleo da Lava Jato no Rio, disse que a atitude do ministro também é contra a sociedade. “Este é um ato em preservação da independência do Judiciário, que é um princípio muito caro para a sociedade”, afirmou. “Ao contrário, todas as garantias e direitos individuais estarão indo por terra. Vejo as declarações do ministro, com adjetivações, com muita preocupação.”
Pinel revelou que uma das manifestações de Gilmar de habeas corpus, que chamava os procuradores de “trêfegos e barulhentos”, virou o nome do grupo de Whatsapp dos procuradores da força-tarefa. “Como bons cariocas resolvemos incorporar o termo e levarmos de forma esportiva. É a nossa melhor resposta”, disse.
Também participam do ato o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e os deputados estaduais Marcelo Freixo e Eliomar Coelho, além dos federais Chico Alencar e Alessandro Molon, todos do PSOL.
Polêmica
Gilmar ordenou a soltura do empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Rei do Ônibus”, na semana passada. Também mandou que fossem soltos mais oito investigados da Ponto Final, filhote da Operação Lava Jato no Rio. A ação atacou suposta máfia atuante no setor de transportes. O grupo teria repassado mais de R$ 260 milhões de propina a políticos e agentes públicos, para garantir aumentos de tarifas e outros privilégios ilegais, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF).
O ministro concedeu dois habeas corpus a Barata, após uma disputa com o juiz da 7ª Vara Federal Criminal, que concentra os casos da Lava Jato no Rio. Após o primeiro habeas, Bretas decretou novamente a prisão do empresário, do ex-presidente da Fetranspor (federação empresarial do setor) Lélis Teixeira e do ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ) Rogério Onofre de Oliveira, mas alegou novos motivos.
O ministro, porém, determinou a soltura dos acusados pela segunda vez e ordenou que os réus fiquem em casa e não mantenham contato entre si e com outros investigados no caso. Antes de soltar novamente os investigados, o ministro do Supremo havia dito que a decisão do juiz federal do Rio foi “atípica”. “Isso é atípico, né? Em geral, o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo”, afirmou Gilmar, em tom irônico, após uma aula magna sobre Direito Eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ministro do STF foi criticado pela Procuradoria da República no Rio, que já pediu duas vezes sua suspeição ou impedimento para julgar casos ligados à Operação Ponto Final, por ter uma “estreita relação” com Barata Filho. Gilmar foi padrinho de casamento da filha do empresário. A festa aconteceu em 2013. O ministro também é tio do noivo – e não poderia atuar no processo. Todas as prisões tinham sido pedidas pelo Ministério Público Federal (MPF) e determinadas por Bretas.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou os pedidos de suspeição à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. O ministro, porém, negou que os fatos configurassem impedimento legal.
A reportagem ainda não conseguiu ouvir o ministro Gilmar Mendes. Os empresários e funcionários acusados têm alegado inocência.


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