segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Imprensa trata Lula como candidato à Presidência e Temer como chefe da organização criminosa. O povo cai como patinho

Movidos por interesses obscuros, os meios de comunicação do país estão tentando promover uma das mais vergonhosas inversões de valores de que se tem notícia. A guinada dos grandes grupos de comunicação à esquerda nos últimos meses até que poderia ser vista com naturalidade, considerando alguns aspectos históricos. Boa parte dos jornalistas, professores de jornalistas, além dos representantes da classe artística, ainda carregam o ranço obsoleto do repúdio aos militares. Muitos se dizem vítimas da ditadura e alimentam o pensamento obtuso no qual ser de esquerda é a úncia forma de contestar eventuais violações do Estado Democrático de Direito do passado. 

Para estas mentes pouco funcionais, a esquerda é a única corrente ideológica habilitada para defender valores democráticos, como a liberdade de expressão. O problema é que são justamente estes representantes da esquerda corrupta do Brasil os que mais combatem o direito do cidadão de expressar suas opiniões e contestar suas imposições. Os jornalistas e representantes da esquerda, por sua herança ideológica distorcida, são incapazes de conviver com o contraditório ou reconhecer suas derrotas, mesmo após o Brasil ser comido o pão que o diabo amassou nas mãos dos governos corruptos do PT de Lula e Dilma. 

São estas pessoas que agora atacam o governo Temer, apontando o presidente que tirou o país da pior recessão da história como o chefe de organização criminosa, enquanto apontam o ex-presidente Lula, o verdadeiro chefe da organização criminosa que vitimou o país por mais de treze anos, como candidato à Presidência. 

Considerando o fato de que toda esta cretinice parte justamente dos setores mais afetados pela gestão do atual governo, como a própria esquerda corrupta banida da administração pública e das estatais, os jornalistas de aluguel e grupos de comunicação que viveram dias de bonança com as generosas verbas publicitárias dos governos petistas, os sindicalistas, os líderes de movimentos sociais como o MST, os artistas órfãos da Lei Rounaet, os rentistas bilionários, os bancos e os especuladores do mercado financeiro que se beneficiavam da inflação e dos juros altos, enfim. Todos aqueles que atacam o atual governo e defendem a candidatura de um criminoso condenado foram justamente os mais afetados pelas mudanças da atual gestão. Apesar de outros nomes tentarem se vender como opositores ferrenhos do PT, Temer é de longe o maior carrasco da esquerda de todos os tempos. O atual presidente simplesmente quebrou as pernas do partido, cortou suas fontes de financiamento com dinheiro do contribuinte e impôs derrotas humilhantes aos cúmplices de Lula e Dilma no Congresso. Não é difícil deduzir que estes inimigos do país e da família brasileira querem a volta da esquerda corrupta ao poder. 

É fato que Temer, mesmo sendo um mero presidente transitório incumbido de promover a transição democrática do país nas eleições de 2018, fez muito mais em apenas um ano e meio que praticamente todos seus antecessores. Também é fato que a Globo patrocinou a conspiração de Janot e Joesley Batista para derrubar o governo. Até o momento, Temer conseguiu comprovar os crimes praticados por seus detratores, enquanto eles não conseguiram comprovar nenhum crime contra o presidente. A próxima eleição está logo ali e Temer poderá ser investigado e julgado após deixar a presidência, mesmo que ele se eleja deputado. A vergonha em todo este episódio é justamente o fato dos canalhas da imprensa tentar de todas as formas desqualificar o atual presidente enquanto se esforçam para promover o ex-presidente Lula, um criminoso condenado, como candidato à Presidência. 

Estão saudosos do governo corrupto da ex-presidente Dilma, o pau mandado de Lula que foi acusada de roubar até a faixa presidencial. Uma reportagem publicada na VEJA revelou que uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu que, depois de ser comprada por 55.000 reais, a nova faixa presidencial simplesmente desapareceu quando Dilma deixou o Palácio do Planalto após o impeachment. Após a descoberta do TCU, a faixa reapareceu misteriosamente em um armário que já havia sido vasculhado pelos funcionários do órgão. O que acontece no país é algo tão ou mais vergonhoso que este e outros episódios de roubos atribuídos a Lula e Dilma. A imprensa do país deve ter alguma faixa roubada escondida e planeja colocá-la no pescoço de Lula, o criminoso condenado que ainda tem seis sentenças pela frente.


Prisão de Lula é pesadelo para jornalistas, artistas e ativistas que o defendem. Como ficarão todos após o petista ir em cana?

O desespero com que jornalistas, artistas e ativistas de esquerda tentam colocar toda a classe política no mesmo patamar dos criminosos do PT, como o ex-presidente Lula, tem uma explicação bastante plausível. São pessoas que, disfarçadamente ou não, passaram décadas exaltando a figura do ex-sindicalista que acabou se tornando um dos maiores ladrões do país. 

Para a maioria dos brasileiros, Lula representa uma fraude que esta gente ajudou a construir e que acabou mergulhando o país em sua maior, mais longa e profunda recessão. Além do assalto aos cofres públicos praticado pelo PT de Lula, Dilma e de seus aliados, esta gente causou uma verdadeira tragédia econômica na vida do país e de milhões de brasileiros. 

Visto deste modo, a prisão de Lula terá um significado muito forte para todos aqueles que ajudaram a forjar sua imagem de líder popular. Será uma vergonha para aqueles que o apoiara, que o defenderam e que empenharam suas reputações em um indivíduo tão imoral e desprovido de caráter. Após a prisão de Lula, restará para toda essa gente apenas o arrependimento, lamento e a vergonha de terem um dia contribuído para o surgimento de uma figura tão nefasta para o país e para os brasileiros.

Lula começou sua nova caravana, em Ipatinga, abrindo com força o que Monteiro Lobato chamava de “torneirinha de asneiras” –no caso dele, mais para comporta de represa.

“Eu só fui candidato no dia que vocês criaram consciência política e decidiram votar em um igual a vocês”, discursou o petista.

Duas observações:

1) É mentira. Lula foi candidato ao governo paulista em 1982 e à Presidência em 1989, 1994 e 1998. Em todas as vezes, o povo “sem consciência política” decidiu votar em alguém diferente.

2) “Vocês criaram consciência política” é um modo nada sutil de dizer que, antes, os eleitores eram burros por não terem votado nele.

E há quem aplauda –ou abane o rabinho.



‘Sucesso da Lava Jato depende da reação da sociedade’, diz Moro

A caminho do quinto ano de Lava Jato, não se pode afirmar que o quadro de impunidade nos crimes de corrupção no Brasil permanece inalterado. 
É o que acreditam duas figuras emblemáticas das investigações que abalaram o mundo político brasileiro, o juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.

Para eles, o sucesso da operação dependerá de como será a reação da sociedade daqui para frente. Moro e Dallagnol participarão do evento Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato para falar sobre as investigações de combate à corrupção, da Itália e do Brasil, junto com os magistrados Piercamillo Davigo e Gherardo Colombo, que trabalharam na força-tarefa de procuradores de Milão criada 25 anos atrás.

O evento é uma associação entre o jornal O Estado de S. Paulo e o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP) e vai ocorrer nesta terça-feira, 24. 

O painel, reservado para convidados, será mediado pela jornalista Eliane Cantanhêde, colunista do Estado, e pela economista Maria Cristina Pinotti, do CDPP. 

Terá ainda a participação do diretor de Jornalismo do Estado, João Caminoto, e do economista Affonso Celso Pastore, do CDPP.

“Apesar da permanente sombra do retrocesso, não se pode afirmar que não houve mudanças no quadro de impunidade para esses crimes”, diz Moro, ao pôr Lava Jato e mensalão como partes de um ciclo de combate à impunidade de “poderosos”.

Coordenador da força-tarefa em Curitiba, que iniciou a Lava Jato em 2014, Dallagnol entende que a “virtude” das duas operações “foi um amplo diagnóstico da podridão do sistema político”. “Contudo, a virtude da Lava Jato é também sua maldição, pois o sistema político concentra o maior poder da República, no Congresso, e sua reação pode enterrar as investigações, como na Itália.”

Para juiz e procurador, é a sociedade que vai ditar se a operação brasileira vai se aproximar da Mãos Limpas em seu final – na Itália, houve alto índice de impunidade, após a reação política e o desinteresse popular.

“Se houver uma contínua pressão da opinião pública, imagina-se que até nossas lideranças políticas emperradas terão que adotar uma postura reformista”, diz Moro. 

“O Congresso pode colocar toda a operação abaixo numa madrugada. Basta a aprovação de um projeto de anistia. Por isso, os resultados da Lava Jato dependem primordialmente de como a sociedade vai reagir”, afirma o procurador.

PF apreendeu, com Bendine, joias, celulares e até menu de casamento de Joesley

Em meio a computadores, celulares e relógios, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Aldemir Bendine, até um ‘menu com inscrição: Ticiana e Joesley – 25 de outubro de 2012’. A data se refere ao dia do casamento do empresário Joesley Batista, da JBS. Os executivos estão presos.

Bendine foi preso em 27 de julho na Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. Naquele dia, a PF fez buscas e apreensões em endereços em São Paulo e em Sorocaba, no interior do Estado, ligados ao executivo. Todo material apreendido foi listado pela PF.

Na capital paulista, a Federal apreendeu joias com certificados de garantia dentro de um cofre. No local havia gargantilhas, aneis, brincos, colar de pérolas e abotoaduras.

A Polícia Federal pegou também DVDs com etiquetas ‘confidencial’, pen drive e documentos. O item 63, da lista de apreensões da PF, é um ‘envelope branco endereçado a Aldemir Bendine, contendo correspondência enviada à presidente Dilma’.


No dia da apreensão, a PF anotou que ‘o local estava vazio e foi necessária a chamada de chaveiro para a abertura da porta do apto’.

“Posteriormente, verificou-se existir depósito na garagem, para o qual também foi necessário serviço de chaveiro. O cofre existente no escritório foi aberto com senha fornecida, via telefone, pelo colega que acompanhava a prisão do sr. Aldemir Bendine. Tanto o cofre quanto a porta como a porta do depósito foram novamente fechadas na presença de testemunhas”, descreveu a PF.

Em Sorocaba, a Federal também apreendeu celulares, pen drives e tablets. No local, a polícia pegou ‘um passaporte, República italiana, em nome de Aldemir Bendine’.

O ex-presidente do BB e da Petrobrás é réu sob acusação de receber, da Odebrecht, propina de R$ 3 milhões em três parcelas de R$ 1 milhão entre junho e julho de 2015 enquanto ocupava a Presidência da Petrobrás. Em troca teria agido em defesa dos interesses da empreiteira.

O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobrás entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016.



‘A vergonha está do lado de quem se opõe à Lava Jato’, diz juiz Sérgio Moro

O juiz Sérgio Moro concedeu entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Leia a seguir:

O que a Lava Jato tem a ver com a operação Mãos Limpas?
A Operação Mãos Limpas, por sua dimensão e impacto, foi uma grande inspiração para a Lava Jato.

Quais as semelhanças entre uma e outra?
Em ambas, as investigações revelaram não um ou alguns grandes crimes de corrupção, mas um sistema organizado de corrupção, na prática, a captura do Estado para o favorecimento de certos grupos empresariais privados, em detrimento da competição, tendo por contrapartida o pagamento habitual de vantagem financeira a agentes públicos e a agentes políticos para enriquecimento pessoal e financiamento ilícito eleitoral.

Quais os métodos das Mãos Limpas nos quais o senhor se inspirou para a Lava Jato?
A Mãos Limpas ilustrou que, sem o apoio da imprensa e da opinião pública, é muito difícil a condução de processos contra criminosos poderosos. Estes têm poder político e econômico que pode ser utilizado indevidamente para gerar impunidade, independentemente da culpa. Então, é necessário contrabalançar esse poderio, não só com a ação firme da Justiça, mas com o apoio da opinião pública. Daí a importância da publicidade e da transparência desses processos, da liberdade de expressão e de imprensa, isso não para manipular a opinião pública, mas para obter o apoio necessário através da demonstração da correção da ação da Justiça.

Qual a grande conquista da Lava Jato?
A Lava Jato se insere em um ciclo iniciado de maneira mais incisiva pela Ação Penal 470 (mensalão) no sentido de pôr um fim à impunidade dos crimes praticados pelos poderosos. Apesar da permanente sombra do retrocesso, não se pode afirmar que não houve mudanças no quadro de impunidade para esses crimes. Há que se manter uma infinita esperança de que esse é um caminho sem volta e que a impunidade dos barões da corrupção está com seus dias contados. Nessa perspectiva, mudanças de cunho mais permanente, como a execução da pena a partir de uma condenação em segunda instância, são fundamentais.

Qual a frustração da Operação Lava Jato?
As causas da corrupção sistêmica não foram enfrentadas por nossas lideranças políticas. O loteamento político de cargos públicos e que está na origem dos crimes na Petrobrás permanece forte como sempre, por exemplo. Se houver uma contínua pressão da opinião pública, imagina-se que até mesmo nossas lideranças políticas emperradas terão que adotar uma postura reformista quanto a esses temas. Mas é frustrante ver como isso é demorado.

Os inimigos das Mãos Limpas e da Lava Jato estão concentrados exclusivamente no meio político? Onde mais eles estão alojados?
Há, é certo, quem se oponha ao movimento anticorrupção, normalmente quem dele se beneficia. A vergonha está com eles. É claro, também há pontuais críticas desinteressadas, nenhuma ação pública está imune a elas. Em relação a elas, cumpre debater e eventualmente acolher. Mas quem mais importa são os amigos e, ainda que sob a sombra do retrocesso, são eles inúmeros.

“A Lava Jato não conseguiu que Lula fosse preso”

Lula continua solto.

Segundo Rodrigo Prando, professor do Mackenzie, isso explica o sentimento de muitos brasileiros de que a ORCRIM vai destruir a Lava Jato.

Ele disse ao Estadão:

“Veja o caso do ex-presidente. Embora condenado em primeira instância, ele continua livre e fazendo campanha pelo Brasil contra a própria Lava Jato. Isso é muito forte. A Lava Jato colocou empreiteiros na cadeia, mas não conseguiu que Lula se tornasse um indivíduo como outro qualquer e fosse preso.”





“Basta a aprovação de um projeto de anistia”

A Lava Jato pode ser destruída “numa madrugada”.
Foi o que disse Deltan Dallagnol, entrevistado pelo Estadão:

“O Congresso pode colocar toda a operação abaixo numa madrugada. Basta a aprovação de um projeto de anistia. Por isso, os resultados da Lava Jato dependem primordialmente de como a sociedade vai reagir.”

O cobrador Lula

Lula cobrava de Eduardo Paes os pagamentos para o sócio de Lulinha.
Marco Aurélio Vitale, diretor do Grupo Gol, disse à Folha de S. Paulo que a empresa de Jonas Suassuna só ganhou um contrato com a prefeitura do Rio de Janeiro por “indicação política”.

E que Lula era acionado quando o dinheiro atrasava:

“Quando algum desses pagamentos não acontecia, eles buscavam a interferência do Lula junto ao Eduardo Paes.”

Delator acusa irmão de ministro do STF de pagar propina



O irmão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, é acusado de pagar propina pelo delator Lúcio Funaro, operador do mercado financeiro ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha.

Trata-se do economista Luciano Lewandowski, acusado por Funaro de pagar propina para conseguir investimentos, devolvendo uma comissão em "dólar papel".

O depoimento consta da leva de documentos enviada pelo Supremo Tribunal Federal à Câmara dos Deputados, que julgará um pedido de abertura de denúncia contra o presidente Michel Temer e que, por isso, publicou os documentos em seu site.

O caso é citado por Funaro como um dos episódios de corrupção ocorridos entre 2003 e 2006 na Prece, fundo de pensão dos funcionários da empresa de águas do Rio. Naquela época, o fundo era área de influência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Funaro disse que era o operador.

O depoimento não cita valores específicos ou datas dos episódios. Em sua delação premiada, Funaro disse que a Prece injetou dinheiro em investimentos indicados por Luciano Lewandoswki. Em troca, recebeu comissão que, segundo o delator, foi dada a Eduardo Cunha. Ele não citou valores, apenas um percentual de 5% a 6%.

Assim falou Funaro no depoimento:


Entre os documentos divulgados pela Câmara, há um vídeo de Funaro citando o caso. Ele disse que a comissão paga por Luciano Lewandowski foi acima da média. Afirmou, ainda, que o irmão do ministro era o interlocutor com quem "falava e já tratava da propina".

Com a homologação da delação de Funaro, caberá à Procuradoria-Geral República decidir se inicia uma investigação, uma vez que a palavra do delator, por si só, não pode ser considerada prova definitiva, de acordo com a lei.

Procurado, Luciano Lewandowski não quis se manifestar. O BuzzFeed News pediu uma posição ao ministro Ricardo Lewandowski desde a última quarta-feira (18), mas não obteve resposta. O advogado de Eduardo Cunha, Délio Lins e Silva Júnior, negou a acusação. A corretora Rio Bravo negou a acusação de Funaro. Ressaltou, ainda, que Luciano Lewandowski deixou a empresa em abril de 2003.

"A Rio Bravo nega veementemente qualquer envolvimento ou relacionamento com o pagamento de propina para pessoa ou entidade conforme apontado."

Juiz Marcelo Bretas manda transferir Cabral para presídio federal

O juiz Marcelo Bretas acolheu, nesta segunda-feira (23), o pedido de transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para um presídio federal, feito minutos antes pelo Ministério Público Federal (MPF) durante o interrogatório do político.

O depoimento foi sobre a compra de joias para a ex-primeira dama Adriana Ancelmo com dinheiro, segundo o MPF, de propina. O ex-governador citou supostos negócios da família do juiz no ramo de "bijouterias", além da suposta concretização da delação de Renato Pereira, ex-marqueteiro do PMDB, e o andamento do processo.

"Durante o interrogatório do senhor Sérgio Cabral, ele mencionou expressamente que, na prisão, recebe informações inclusive da família desse magistrado, o que denota que prisão no Rio não tem sido suficiente para afastar o réu de situações que possam impactar nesse processo", afirmou o procurador Sérgio Pinel.

Bretas acolheu o pedido, afirmando que este tipo de declaração é "inusual".

"Será que representa alguma ameaça velada? Não sei, mas fato é que é inusual", questionou.

"É no mínimo inusitado que ele venha aqui trazer a juízo, numa audiência gravada, a informação de que recebe ou acompanha a rotina da família do magistrado. Deixa a informação de que apesar de toda a rigidez (do presídio no Rio), que imagino que haja, aparentemente tem acesso privilegiado a informações que talvez não devesse ter", disse o juiz.

O advogado Rodrigo Rocca, que defende o ex-governador, criticou a decisão. Ele afirmou que não houve nenhuma ameaça por parte de Cabral.

"Se meus familiares mexem com pastel ou outro ramo não tem importância alguma para criar embaraço à Vossa Excelência ou a quem quer que seja, além de inusitado (o fato de aceitar a denúncia) violaria preceitos constitucionais", disse.

O advogado afirmou ainda que a decisão é arbitrária. “Os presos entram e saem de lá e dizem coisas que nem sempre condizem com a verdade. Presumo que é verdadeira. Não diria que (a decisão) foi infeliz, diria que foi desnecessário”

Interrogatório de Sérgio Cabral tem discussão entre ex-governador e juiz Marcelo Bretas

O interrogatório de Sérgio Cabral (PMDB), conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, começou com discussão entre os dois nesta segunda-feira (23). O ex-governador disse que o Ministério Público Federal faz um teatro, que está sendo injustiçado e chegou a dizer que Bretas se referia a ele de maneira "desdenhosa". O magistrado rebateu.

Cabral resumiu a denúncia como "um roteiro mal feito de corta e cola". Ele respondeu às primeiras perguntas sobre a denúncia de compra de joias com dinheiro de propina citando que o magistrado deve conhecer o assunto já que sua família tem negócios no ramo de bijuterias.

"Não me senti confortável com acusado dizendo que minha família trabalha com bijuteria. Pode ser entendido de alguma forma como ameaça. Não recebo isso com bons olhos. Se a ideia é criar algum tipo de suspeição, quero lembrar que a lei veda que acusado crie suspeição, isso é muito óbvio", rebateu Bretas.

Cabral estava preso desde maio em Benfica

Sérgio Cabral foi transferido no dia 28 de maio para a cadeia pública José Frederico Marquês, nova unidade prisional construída em Benfica, na Zona Norte do Rio. A ala em que ele fica é destinada a presos de nível superior e casos de não pagamento de pensão alimentícia. São 146 presos no local.

Antes de ir para Benfica, o ex-governador estava em Bangu 8. Ele foi preso no dia 17 de novembro do ano passado, na operação batizada como Calicute, resultado da ação coordenada entre as forças-tarefa da Lava Jato do Rio e do Paraná.

O ex-governador foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba.


G1 conteúdo

Propina de R$ 1 milhão para Gleisi foi no ‘fio do bigode’, diz ex-deputado

O ex-deputado Pedro Corrêa (ex-PP) afirmou que propinas de R$ 1 milhão oriundas do suposto ‘caixa’ de seu partido junto à Diretoria de Abastecimento da Petrobrás à campanha de Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado, em 2010, foram acertadas ‘no fio do bigode’. A presidente do PT e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, são réus por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no STF.

Pedro Corrêa teve sua delação homologada em agosto de 2017 pelo ministro do Supremo Edson Fachin. O ex-parlamentar, condenado a 30 anos na Lava Jato e a 7 anos e 2 meses no Mensalão, é testemunha de acusação em processo contra Gleisi. Ele depôs no dia 19 de setembro.

O ex-deputado confessou ter sido um dos políticos que se beneficiavam de esquemas de corrupção na Petrobrás. Ele relata que o falecido deputado José Janene (PP) e o doleiro Alberto Yousseff eram os arrecadadores do PP. A ‘conta’ de propinas do partido na Petrobras era alimentada por desvios de contratos da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, que também é delator e corrobora com a versão de Corrêa.

Quando Janene esteve doente, em 2010, Pedro Corrêa alega que somente Yousseff passou a prestar contas para os políticos que recebiam propinas no PP. Ele diz que o doleiro ‘arrecadava’,’mostrava’ e os políticos faziam ‘a distribuição para os diversos parlamentares, inclusive para ajudar uns mais necessitados, outros menos necessitados’.

“Então isso, em 2010, Alberto Youssef, numa das reuniões para prestar contas, ele tinha dito que tirou um milhão de reais do caixa do partido, a mando de Paulo Roberto Costa, para entregar ao ex-ministro Paulo Bernardo, de quem eu tinha sido companheiro”, alega.

O ex-deputado relata que chegou a reclamar com o ex-diretor da estatal ‘porque o PT tinha a Diretoria de Serviços’ e o PP enfrentava ‘dificuldade grande de fazer a campanha, para terminar a campanha do partido’.

“Então fui reclamar de Paulo Roberto, e ele então me disse que tinha sido uma determinação da Presidente Dilma, que mandou que ele ajudasse a Senadora Gleisi Hoffmann, e, por isso, ele mandou que se entregasse um milhão de reais. E, na verdade, a Senadora foi eleita e, logo depois, em janeiro, foi Ministra da Presidente Dilma”, afirma.

O ex-parlamentar, no entanto, relata que não restaram provas documentais sobre os supostos acertos.

“Não ficava nada, nada. O trabalho da politica e sempre no “fio do bigode”, por isso que a prova do politico e mais complicada, porque e sempre o que você tem, que, embora se diga que a pior das provas seja a prova testemunhal, mas e a maneira que tem de juntar a prova, varias testemunhas pra saber que o fato existiu. Porque, na verdade, não fica escrito nada”.

COM A PALAVRA, GLEISI

A senadora negou irregularidades por meio de sua assessoria de imprensa.

“A defesa já restabeleceu a verdade com relação a essas acusações infundadas e levianas. Por não existirem fatos concretos e plausíveis que respaldem tais delações, elas só podem alimentar a atenção da imprensa novamente por interesses políticos e com o intuito de perseguir o PT, seus dirigentes e suas lideranças. O PT tem mais de 22% da preferência popular de acordo com as recentes pesquisas de opinião; o Presidente Lula, que parte agora em caravana pelo interior de Minas Gerais, quase 40% das intenções de voto para a Presidência da República, se as eleições fossem hoje, e novas filiações aumentam a cada dia junto aos diretórios do PT e pela internet. Somos mais de 1,8 milhão de filiados em todo o País. Mais uma vez, o PT representa a esperança do povo em reverter os estragos feitos pelo golpe no Brasil.”

COM A PALAVRA, DILMA

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em depoimento que a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) não participou da manutenção de Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobrás. A assessoria de Dilma tem dito que Pedro Corrêa mentiu em delação premiada.

“A Senadora Gleisi era Ministra Chefe da Casa Civil em 2011, no momento em que eu demiti o senhor Paulo Roberto Costa da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. Ela, nesse  momento, ela era simplesmente Ministra-Chefe da Casa Civil. E quem decide quem demite ou quem nomeia e a relação entre a diretoria da  Petrobras e a presidência. E óbvio que ela não participou da contratação do senhor Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento, porque  isso, se eu não me engano, remonta a 2003, ou 2004 ou 2005 – eu não lembro  bem -, não era eu Presidente da Republica”, afirmou, em depoimento, no âmbito da ação penal.

Cabral bate boca com Bretas e depoimento é suspenso

A audiência para ouvir o ex-governador Sérgio Cabral nesta segunda-feira começou tensa e teve que ser suspensa por cinco minutos. Logo no início, Cabral lembrou as duas sentenças do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

— Vossa Excelência não acredita em mim — disse Cabral.

Em determinado momento da audiência sobre o processo de lavagem de dinheiro por meio de compra de jóias da H.Stern, Cabral lembrou que a família do magistrado tem uma loja de bijouterias:

— Não recebi com bons olhos o interesse manifestado do acusado de informar que minha família trabalha com bijouterias. Esse é o tipo da coisa que pode ser entendida como ameaça — afirmou Bretas.

Antes, o peemedebista já tinha dito que o Ministério Público Federal (MPF) está fazendo um teatro e falado que Bretas via em seus processos uma forma de se projetar:

— O senhor está encontrando em mim uma possibilidade de gerar uma projeção pessoal e me fazendo um calvário.

Com o clima tenso, o advogado de Cabral, Rodrigo Roca, pediu a suspensão do depoimento por cinco minutos para que pudesse conversar com o cliente.

— Não há necessidade — chegou a dizer Cabral ao advogado.

Bretas acolheu o pedido e suspendeu o depoimento por cinco minutos.


Marco Aurélio: PF também pode fechar delação

Marco Aurélio Mello sustenta que a Polícia Federal, e não apenas o MPF, pode fazer acordo de delação premiada com interessados em colaborar em qualquer etapa de uma investigação criminal, segundo O Globo.

O voto do ministro, relator de uma ação direta de inconstitucionalidade contra o alegado direito da PF, está pronto e deve ser liberado para inclusão em pauta ainda nesta semana.

“A partir daí, caberá a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, definir a data de votação do caso.”


Ex-presidentes unidos

Cinco ex-presidentes americanos – os democratas Jimmy Carter, Bill Clinton e Barack Obama, e os republicanos George Bush e seu filho George W. Bush – reuniram-se na Universidade do Texas, no sábado, para arrecadar dinheiro para vítimas de furacões devastadores em Texas, Flórida, Louisiana, Porto Rico e Ilhas Virgens dos Estados Unidos.

No Brasil, os ex-presidentes só têm se unido contra a Lava Jato.



Côrtes admite propina

Sérgio Côrtes, ex-secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro preso preventivamente desde abril, admitiu pela primeira vez ter recebido propina do empresário Miguel Iskin, apontado como o corruptor do esquema na pasta revelado pela operação Fatura Exposta, informa  O Globo.

A admissão de Côrtes ocorreu em depoimento de 10 de agosto, em investigação do MPF sobre uma conta na Suíça de Verônica Vianna, sua mulher, que, em 2011, recebeu um depósito de US$ 6 milhões de Iskin.

Iskin é acusado de subornar Côrtes para obter vantagens em contratos de compra de equipamentos hospitalares pela secretaria estadual de Saúde do Rio na gestão do ex-governador Sérgio Cabral.

Alvo da investigação, Verônica disse que assinou o documento de abertura da conta a pedido do marido, que lhe teria dito ser um papel para a criação de um cartão de crédito internacional.

“Côrtes repetiu aos procuradores a história contada pela mulher e foi além: afirmou que ele próprio falsificou a assinatura de Verônica para encerrar a conta na Suíça, abrir outra nas Bahamas e transferir para lá o dinheiro, o que ocorreu em janeiro de 2016. No pedido de cooperação com a Suíça para levantar o histórico da conta, os procuradores afirmam que ‘não se afigura crível’ a versão contada por Côrtes e sua mulher.”





Os pagamentos a Padilha “Fodão” e Geddel “Babel”

A Folha informa que a PGR encontrou no sistema eletrônico Drousys, da Odebrecht, ordens de pagamentos ao ministro Eliseu Padilha, codinome “Fodão”, e ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, o “Babel”, ambos do PMDB.

Uma planilha chamada “programações semanais-2010”, por exemplo, traz uma de R$ 200 mil para “Fodão” na data de 27 de julho de 2010 e sete para “Babel” no mesmo ano, em Salvador. A primeira, de R$ 155 mil, indica “Obra: Tabuleiros Litorâneos”.

“Outros arquivos apontam ainda repasses atribuídos a Padilha por meio dos codinomes ‘Primo’ (R$ 4,6 milhões em 2008 e 2014) e ‘Bicuira’ (R$ 1,4 milhão em 2010).”

“Para investigadores, a importância dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente.

A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos.”

PF conclui que Pimentel favoreceu Casino

A Polícia Federal concluiu que o governador Fernando Pimentel (PT-MG) atuou com o auxílio do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho para favorecer o Grupo Casino ao não liberar empréstimo para viabilizar a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour.

É o que consta em relatório encaminhado ao STJ, no âmbito da Operação Acrônimo, segundo o Estadão.

A PF aponta que o Casino, contrário à fusão, teria efetuado pagamentos de R$ 8 milhões para uma empresa do ex-jornalista e consultor Mário Rosa que cedeu 40% dos valores à mulher de Pimentel, Carolina de Oliveira.

Para os investigadores, o repasse seria uma contrapartida à inclusão de uma cláusula em desfavor do empresário Abílio Diniz.

A cláusula tratava da obrigatoriedade do Pão de Açúcar não possuir qualquer disputa judicial com os franceses para poder ter acesso ao dinheiro do BNDES, o que acabou, na prática, impedindo a fusão.


PF indicia Luciano Coutinho e mulher de Pimentel

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina de Oliveira, e o consultor Mário Rosa por corrupção passiva no âmbito da Operação Acrônimo.

O petista Fernando Pimentel não foi indiciado porque é governador e tem foro privilegiado no STJ.


“Não foi o melhor exemplo a ser dado por um grande líder”

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, que na semana passada lançou seu nome dentro do PSDB como um pré-candidato à Presidência da República, falou ao Globo sobre Aécio Neves:

“Com 48 milhões de votos, o Aécio encarnava a esperança, mas perdeu para as mentiras da campanha de Dilma. Ele ia muito bem, era opção inquestionável para 2018 e sei que para ele a queda é muito grande. O fato é que aconteceu esse episódio do Joesley. Não vejo crime, não houve nada em troca, mas não deveria ter conversa com esse tipo de gente, não foi o melhor exemplo a ser dado por um grande líder, e o povo não perdoa. 

Do ponto de vista jurídico, ele pode se defender, mas o erro capital do ponto de vista da política é muito difícil consertar. Houve uma colisão com a opinião pública que está sedenta de Justiça.”

Hostilizado antes de chegar. Manifestantes prometem protestos contra Lula em Ipatinga,Minas Gerais

O ex-presidente Lula inicia esta semana mais uma etapa na sucessão de constrangimentos que tem marcado suas viagens pelo país. O petista iniciará por Ipatinga a edição da caravana pelo estado de Minas Gerais, mas a sua chegada à cidade nesta segunda-feira (23), promete ser marcada por diversos protestos. 

Grupos locais e contrários a corrupção estão se organizando para recepcionar o petista com toda pompa e circunstância digna de um criminoso condenado e réu em seis ações penais. 

As manifestações contrárias à presença do petista estão sendo organizadas nas redes sociais, onde até o momento, mais de mil pessoas confirmaram presença nos atos de protestos. 

Segundo o portal Vale do Aço Notícias, "Moradores das quatro principais cidades do Vale do Aço, já estão se mobilizando para o protesto contra o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT).

Os manifestantes se concentrarão às 17h, na próxima segunda-feira (23), no Centro de Ipatinga, próximo a Praça dos Três Poderes. Segundo Alessandra Silva, a Alê, da Direita Minas, o objetivo da manifestação é demonstrar apoio a investigações e mostrar que o Vale do Aço é contra a corrupção. “O foco da manifestação é mostrar apoio a Operação Lava Jato e as ações da Polícia Federal. 

Mostrar também nossa irresignação com essa corrupção que está tomando conta do Brasil. E, nada melhor que a data que o ex-presidente Lula estará no Vale do Aço, para que ele veja que o povo da nossa região não gosta de corrupção e não quer bandido aqui”, disse Alê. 

Na abertura da caravana por Minas Gerais, o ex-presidente, discursará em um evento denominado “Em defesa da soberania nacional”, na Praça dos Três Poderes, em Ipatinga, às 17h. 

Após Ipatinga, a caravana passará por mais 11 cidades de Minas Gerais. O encerramento acontecerá no dia 30 de outubro, em Belo Horizonte. 

O ex-presidente deverá estar acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff e também do governador Fernando Pimentel, que ainda não confirmaram presença. 

PT no Vale do Aço 

O Partido dos Trabalhadores que esteve no comando das prefeituras das principais cidades do Vale do Aço, no mandato 2012-2016, foi derrotado em todas elas na última eleição. A região, que era um dos principais redutos eleitorais do partido, conseguiu eleger poucos vereadores nas cidades. 

Alê Silva informou ainda que a adesão à manifestação é grande. “Várias pessoas da região estão nos procurando para participar e alguma maneira. A expectativa é que muitas pessoas compareçam”, destacou". 

Com informações do Vale do Aço Notícias

Cena de uma das CPIs da Câmara dos Deputados

Não se trata de uma cena da Escolinha do Professor Raimundo, mas de uma das CPIs da Câmara dos Deputados.
Chico Anísio talvez não fosse tão criativo e hilário.

AÉCIO DEPUTADO

Os principais aliados do senador Aécio Neves reconhecem que a disputa por uma das 513 vagas na Câmara dos Deputados seja seu caminho mais provável em 2018, segundo O Globo.

Aécio se queimou tanto que chegou ao nível de petistas como Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que cogitam descer um degrau no Congresso para manter o foro privilegiado.