Em nova pesquisa presidencial XP Investimentos/Ipespe realizada entre 10 e 12 de setembro e divulgada nesta sexta-feira (14), Marina Silva (Rede) lidera rejeição, seguida de Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo o levantamento, a candidata Marina Silva possui 64% de rejeição e Geraldo Alckmin, 60%. Seguidos de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), com 57%, Ciro Gomes (PDT) com 56% e Álvaro Dias (Podemos), com 47%.
Confira a trajetória dos índices de rejeição na tabela abaixo:
Uma semana após a tentativa de homicídio contra Jair Bolsonaro, o candidato cresceu em 3 pontos percentuais, estando 14 pontos percentuais à frente de Ciro Gomes, além de reduzir sua rejeição. Ciro Gomes aparece em segundo lugar, seguido de Fernando Haddad, oficializado como candidato do PT. Marina Silva aparece em quinto lugar, depois de Geraldo Alckmin.
Considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais, há um empate técnico entre Ciro Gomes, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin e Marina Silva, que disputam a vaga no segundo turno. A candidata Marina Silva, que já ocupou o segundo lugar em pesquisas anteriores, empata tecnicamente também com Álvaro Dias e João Amoedo (Novo).
Confira o gráfico da pesquisa estimulada:
A pesquisa também mostrou um segundo cenário ao eleitor, com Fernando Haddad sendo “apoiado por Lula”, onde o candidato alcança o segundo lugar, estando 5 pontos percentuais a frente de Ciro Gomes, mas sem reduzir os votos de Jair Bolsonaro. Haddad não empata tecnicamente com nenhum candidato, estando, neste cenário, com sua vaga garantida no segundo turno.
Confira o gráfico do segundo cenário da pesquisa estimulada:
O levantamento também mostrou a migração de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa, para os demais candidatos. Fernando Haddad lidera a herança de votos do petista, mesmo no cenário sem ser mostrado como apoiado por Lula, apesar de ficar atrás do voto branco/nulo por 3 pontos percentuais. O candidato Ciro Gomes aparece logo após Haddad, tendo uma herança considerável dos votos do presidiário.
Confira o gráfico de migração de votos do Lula:
Além das pesquisas estimuladas, o levantamento também apresenta uma pesquisa espontânea – onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor – em que Jair Bolsonaro lidera com mais que o dobro de pontos de Lula, que aparece em segundo colocado. Apesar da liderança isolada de Jair Bolsonaro, 32% dos eleitores dizem não saber ou não respondem.
Confira a pesquisa espontânea:
A pesquisa foi realizada por telefone entre os dias 10 e 12 de setembro, ouvindo 2.000 pessoas de todo o país.
O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-07277/2018. Por Matheus F. Romero
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, reagiu veementemente à soltura do ex-governador Beto Richa e vários outros presos pelo ministro Gilmar Mendes.
Para o procurador, o ministro ultrapassou os limites: "Não é possível mais que nos escondamos em um relativismo moral que finge não perceber o que está acontecendo".
Leia o desabafo do procurador:
Gilmar Mendes desdenha a Justiça brasileira. Toma para si a competência de um habeas corpus que deveria ter sido livremente distribuído, o que faz em desafio à competência dos demais ministros. Simplesmente, doravante, caríssimos advogados de defesa, em qualquer processo que haja uma prisão temporária de um candidato, farão saltar pela justiça brasileira HCs cangurus até o ministro Gilmar Mendes, que dará não somente uma ordem de liberdade, mas um salvo conduto-mesmo sem saber os motivos - que impedirá o candidato de ser preso mesmo que preventivamente. É a consagração de que não há lei que valha para a política. Não é possível mais que nos escondamos em um relativismo moral que finge não perceber o que está acontecendo. É preciso dizer que decisões monocráticas como essa, bem como a de Toffoli na reclamação de Mantega, afrontam a Constituição brasileira, pois não há mecanismos de freio possível ao abuso de poder.
Renata Vasconcellos disse que Fernando Haddad, ungido por Lula, foi o único prefeito de São Paulo a ser derrotado logo no primeiro turno ao tentar se reeleger. E perguntou por que o eleitor deveria acreditar, de novo, no “ungido”.
Haddad se esquivou de responder sobre sua derrota em São Paulo citando os números de sua passagem pelo Ministério da Educação. E atribuiu o fiasco ao “clima de antipetismo” no país.
Para o novo poste, o eleitor paulistano foi “induzido a votar errado” quando optou por não reelegê-lo.