domingo, 10 de junho de 2018

O dia em que um juiz fez uma confissão a um criminoso

O significado da confissão de Marcelo Bretas a Luiz Inácio Lula da Silva

Não raro vemos relato de pessoas que acreditaram e se decepcionaram com a possibilidade de que um simples metalúrgico, calejado pela vida e conhecedor da mais absoluta pobreza, pudesse fazer a diferença. E, sem dúvida, poderia. 

Infelizmente, o metalúrgico que escolhemos, não era detentor de uma boa índole, havia se deteriorado no meio da politicagem sindical e não soube transformar as dificuldades que havia passado na vida em coisas boas para a sua alma. 

Muito pelo contrário, alimentou uma ganância cega pelo poder. O poder pelo poder, custe o que custar.

Em audiência com Sérgio Cabral, um outro criminoso, comparsa de Lula, o juiz Marcelo Bretas confessou que em 1989 havia usado boné com o nome do petista e votado nele. 

Antes porém, o próprio juiz Sérgio Moro, certa ocasião, havia dito que deu o seu primeiro voto para o homem que condenou por ter roubado a nação. 

Quem escreve esse texto, ainda não era eleitora em 1989, mas torceu por Lula. 

Bretas, Moro e eu, somos três das milhões de pessoas que se decepcionaram com este canalha.

texto de Amanda Acosta, articulista e repórter.
(artigo publicado originalmente no Jornal da Cidade Online.)

Juíza vai indeferir estúdio e TSE não irá permitir exibição de vídeos já gravados, mas PT já tem outro plano

A Justiça não pretende amolecer ante aos pleitos absurdos do PT e dos advogados de Lula. 

O pensamento das autoridades envolvidas é de que, pela condição de ex-presidente, muitas regalias já foram permitidas a Lula. Chegou a hora de apertar o cerco para que o petista brevemente possa cumprir sua pena como preso comum, segundo o Jornal da Cidade Online. 

Nesse sentido, a autorização para transformar a cela em um estúdio, solicitada pelo advogado Cristiano Zanin, afim de que o presidiário possa gravar vídeos para um eventual programa eleitoral, será negada pela juíza Carolina Lebbos. Não tenham dúvida. 

Da mesma forma, o TSE não irá permitir a exibição de uma série de vídeos que Lula gravou antes de ser preso. 

Por outro lado, a intenção da corte é obstar o registro da candidatura, que a senadora Gleisi, presidente do PT, garante que vai registrar no dia 15 de agosto. 

Assim, no PT, começa a ganhar ênfase o plano do deputado Arlindo Chinaglia. 

A ideia é lançar outro candidato agora, que renunciaria faltando 20 dias para a disputa eleitoral, dando lugar a Lula. 

É apenas mais um plano infame dos petistas, que certamente não será permitido. 

Eles se julgam muito inteligentes e acima da lei. 

Felizmente, o Brasil está mudando.

Nada mais apropriado para o lançamento de uma candidatura fake do que Dilma usando máscara

Nada mais apropriado para o momento. Dilma usando máscara lançando uma candidatura inelegível e lendo uma carta supostamente escrita por Lula. Uma farsa indisfarçável, em Minas Gerais, publica o Jornal da Cidade Online.

A quadrilha que iria incendiar o Brasil, caso o chefe fosse preso, conseguiu reunir, segundo a Folha de S.Paulo, apenas duas mil pessoas. 

Na carta, a hipocrisia: 

"É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República". 

No vídeo apresentado, a mentira deslavada: 

"O povo quer, a lei permite, o Brasil precisa. Lula, o Brasil feliz de novo". 

Segundo a publicação, o povo não quer, a lei não permite e o Brasil não quer ser roubado novamente. 

Todos esses que protagonizaram esta lambança em Minas Gerais, também estão envolvidos em esquemas escabrosos de corrupção, inclusive os anfitriões, o governador Fernando Pimentel e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. 

Brevemente terão o mesmo castigo do comandante máximo. 

Veja abaixo a carta do presidiário, que certamente não foi ele que escreveu: Há dois meses estou preso, injustamente, sem ter cometido crime nenhum. 

Há dois meses estou impedido de percorrer o País que amo, levando a mensagem de esperança num Brasil melhor e mais justo, com oportunidades para todos, como sempre fiz em 45 anos de vida pública. 

Fui privado de conviver diariamente com meus filhos e minha filha, meus netos e netas, minha bisneta, meus amigos e companheiros. Mas não tenho dúvida de que me puseram aqui para me impedir de conviver com minha grande família: o povo brasileiro. Isso é o que mais me angustia, pois sei que, do lado de fora, a cada dia mais e mais famílias voltam a viver nas ruas, abandonadas pelo estado que deveria protegê-las. 

De onde me encontro, quero renovar a mensagem de fé no Brasil e em nosso povo. Juntos, soubemos superar momentos difíceis, graves crises econômicas, políticas e sociais. Juntos, no meu governo, vencemos a fome, o desemprego, a recessão, as enormes pressões do capital internacional e de seus representantes no País. Juntos, reduzimos a secular doença da desigualdade social que marcou a formação do Brasil: o genocídio dos indígenas, a escravidão dos negros e a exploração dos trabalhadores da cidade e do campo.

Combatemos sem tréguas as injustiças. De cabeça erguida, chegamos a ser considerados o povo mais otimista do mundo. Aprofundamos nossa democracia e por isso conquistamos protagonismo internacional, com a criação da Unasul, da Celac, dos BRICS e a nossa relação solidária com os países africanos. Nossa voz foi ouvida no G-8 e nos mais importantes fóruns mundiais. 

Tenho certeza que podemos reconstruir este País e voltar a sonhar com uma grande nação. Isso é o que me anima a seguir lutando. 

Não posso me conformar com o sofrimento dos mais pobres e o castigo que está se abatendo sobre a nossa classe trabalhadora, assim como não me conformo com minha situação.

Os que me acusaram na Lava Jato sabem que mentiram, pois nunca fui dono, nunca tive a posse, nunca passei uma noite no tal apartamento do Guarujá. Os que me condenaram, Sérgio Moro e os desembargadores do TRF-4, sabem que armaram uma farsa judicial para me prender, pois demonstrei minha inocência no processo e eles não conseguiram apresentar a prova do crime de que me acusam. 

Até hoje me pergunto: onde está a prova? 

Não fui tratado pelos procuradores da Lava Jato, por Moro e pelo TRF-4 como um cidadão igual aos demais. Fui tratado sempre como inimigo. 

Não cultivo ódio ou rancor, mas duvido que meus algozes possam dormir com a consciência tranquila

Contra todas as injustiças, tenho o direito constitucional de recorrer em liberdade, mas esse direito me tem sido negado, até agora, pelo único motivo de que me chamo Luiz Inácio Lula da Silva. 

Por isso me considero um preso político em meu país.

Quando ficou claro que iriam me prender à força, sem crime nem provas, decidi ficar no Brasil e enfrentar meus algozes. Sei do meu lugar na história e sei qual é o lugar reservado aos que hoje me perseguem. Tenho certeza de que a Justiça fará prevalecer a verdade. 

Nas caravanas que fiz recentemente pelo Brasil, vi a esperança nos olhos das pessoas. E também vi a angústia de quem está sofrendo com a volta da fome e do desemprego, a desnutrição, o abandono escolar, os direitos roubados aos trabalhadores, a destruição das políticas de inclusão social constitucionalmente garantidas e agora negadas na prática. 

É para acabar com o sofrimento do povo que sou novamente candidato à Presidência da República.

Assumo esta missão porque tenho uma grande responsabilidade com o Brasil e porque os brasileiros têm o direito de votar livremente num projeto de país mais solidário, mais justo e soberano, perseverando no projeto de integração latino-americana. 

Sou candidato porque acredito, sinceramente, que a Justiça Eleitoral manterá a coerência com seus precedentes de jurisprudência, desde 2002, não se curvando à chantagem da exceção só para ferir meu direito e o direito dos eleitores de votar em quem melhor os representa.

Tive muitas candidaturas em minha trajetória, mas esta é diferente: é o compromisso da minha vida. Quem teve o privilégio de ver o Brasil avançar em benefício dos mais pobres, depois de séculos de exclusão e abandono, não pode se omitir na hora mais difícil para a nossa gente. 

Sei que minha candidatura representa a esperança, e vamos levá-la até as últimas consequências, porque temos ao nosso lado a força do povo.

Temos o direito de sonhar novamente, depois do pesadelo que nos foi imposto pelo golpe de 2016. 

Mentiram para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita. Mentiram que o país iria melhorar se o PT saísse do governo; que haveria mais empregos e mais desenvolvimento. Mentiram para impor o programa derrotado nas urnas em 2014. Mentiram para destruir o projeto de erradicação da miséria que colocamos em curso a partir do meu governo. Mentiram para entregar as riquezas nacionais e favorecer os detentores do poder econômico e financeiro, numa escandalosa traição à vontade do povo, manifestada em 2002, 2006, 2010 e 2014, de modo claro e inequívoco

Está chegando a hora da verdade. 

Quero ser presidente do Brasil novamente porque já provei que é possível construir um Brasil melhor para o nosso povo. Provamos que o País pode crescer, em benefício de todos, quando o governo coloca os trabalhadores e os mais pobres no centro das atenções, e não se torna escravo dos interesses dos ricos e poderosos. E provamos que somente a inclusão de milhões de pobres pode fazer a economia crescer e se recuperar. 

Governamos para o povo e não para o mercado. É o contrário do que faz o governo dos nossos adversários, a serviço dos financistas e das multinacionais, que suprimiu direitos históricos dos trabalhadores, reduziu o salário real, cortou os investimentos em saúde e educação e está destruindo programas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronaf, Luz Pra Todos, Prouni e Fies, entre tantas ações voltadas para a justiça social.

Sonho ser presidente do Brasil para acabar com o sofrimento de quem não tem mais dinheiro para comprar o botijão de gás, que voltou a usar a lenha para cozinhar ou, pior ainda, usam álcool e se tornam vítimas de graves acidentes e queimaduras. Este é um dos mais cruéis retrocessos provocados pela política de destruição da Petrobrás e da soberania nacional, conduzida pelos entreguistas do PSDB que apoiaram o golpe de 2016. 

A Petrobras não foi criada para gerar ganhos para os especuladores de Wall Street, em Nova Iorque, mas para garantir a autossuficiência de petróleo no Brasil, a preços compatíveis com a economia popular. A Petrobras tem de voltar a ser brasileira. Podem estar certos que nós vamos acabar com essa história de vender seus ativos. Ela não será mais refém das multinacionais do petróleo. Voltará a exercer papel estratégico no desenvolvimento do País, inclusive no direcionamento dos recursos do pré-sal para a educação, nosso passaporte para o futuro.

Podem estar certos também de que impediremos a privatização da Eletrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa, o esvaziamento do BNDES e de todos os instrumentos de que o País dispõe para promover o desenvolvimento e o bem-estar social. 

Sonho ser o presidente de um País em que o julgador preste mais atenção à Constituição e menos às manchetes dos jornais. 

Em que o estado de direito seja a regra, sem medidas de exceção. 

Sonho com um país em que a democracia prevaleça sobre o arbítrio, o monopólio da mídia, o preconceito e a discriminação. 

Sonho ser o presidente de um País em que todos tenham direitos e ninguém tenha privilégios.

Um País em que todos possam fazer novamente três refeições por dia; em que as crianças possam frequentar a escola, em que todos tenham direito ao trabalho com salário digno e proteção da lei. Um país em que todo trabalhador rural volte a ter acesso à terra para produzir, com financiamento e assistência técnica.

Um país em que as pessoas voltem a ter confiança no presente e esperança no futuro. E que por isso mesmo volte a ser respeitado internacionalmente, volte a promover a integração latino-americana e a cooperação com a África, e que exerça uma posição soberana nos diálogos internacionais sobre o comércio e o meio ambiente, pela paz e a amizade entre os povos. 

Nós sabemos qual é o caminho para concretizar esses sonhos. Hoje ele passa pela realização de eleições livres e democráticas, com a participação de todas as forças políticas, sem regras de exceção para impedir apenas determinado candidato.

Só assim teremos um governo com legitimidade para enfrentar os grandes desafios, que poderá dialogar com todos os setores da nação respaldado pelo voto popular. É a esta missão que me proponho ao aceitar a candidatura presidencial pelo Partido dos Trabalhadores. 

Já mostramos que é possível fazer um governo de pacificação nacional, em que o Brasil caminhe ao encontro dos brasileiros, especialmente dos mais pobres e dos trabalhadores.

Fiz um governo em que os pobres foram incluídos no orçamento da União, com mais distribuição de renda e menos fome; com mais saúde e menos mortalidade infantil; com mais respeito e afirmação dos direitos das mulheres, dos negros e à diversidade, e com menos violência; com mais educação em todos os níveis e menos crianças fora da escola; com mais acesso às universidades e ao ensino técnico e menos jovens excluídos do futuro; com mais habitação popular e menos conflitos de ocupações nas cidades; com mais assentamentos e distribuição de terras e menos conflitos de ocupações no campo; com mais respeito às populações indígenas e quilombolas, com mais ganhos salariais e garantia dos direitos dos trabalhadores, com mais diálogo com os sindicatos, movimentos sociais e organizações empresarias e menos conflitos sociais.

Foi um tempo de paz e prosperidade, como nunca antes tivemos na história. 

Acredito, do fundo do coração, que o Brasil pode voltar a ser feliz. E pode avançar muito mais do que conquistamos juntos, quando o governo era do povo. 

Para alcançar este objetivo, temos de unir as forças democráticas de todo o Brasil, respeitando a autonomia dos partidos e dos movimentos, mas sempre tendo como referência um projeto de País mais solidário e mais justo, que resgate a dignidade e a esperança da nossa gente sofrida. Tenho certeza de que estaremos juntos ao final da caminhada.

Daqui onde estou, com a solidariedade e as energias que vêm de todos os cantos do Brasil e do mundo, posso assegurar que continuarei trabalhando para transformar nossos sonhos em realidade. E assim vou me preparando, com fé em Deus e muita confiança, para o dia do reencontro com o querido povo brasileiro. 

E esse reencontro só não ocorrerá se a vida me faltar.

Até breve, minha gente 

Viva o Brasil! Viva a Democracia! 

Viva o Povo Brasileiro! 

Luiz Inácio Lula da Silva 

Curitiba, 8 de junho de 2018






Prioridade do PT é fazer aliança com PSB e PCdoB, diz Paulo Pimenta

O deputado petista Paulo Pimenta disse que a prioridade do PT é formar uma aliança nacional com o PSB e o PCdoB, relata a Folha.

“O que nós queremos é construir com PCdoB e com PSB uma estratégia nacional comum”.

Em relação ao PDT, a intenção de Lula é fazer um ‘pacto de não agressão’ com Ciro Gomes.

Pimenta disse também que a candidatura de Dilma Rousseff ao Senado em Minas Gerais é uma das “questões centrais na estratégia nacional do PT”.