domingo, 18 de junho de 2017

"Vamos dar uma trégua ao Brasil", Fernando Henrique Cardoso

Em entrevista à ISTOÉ, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que o apoio do PSDB ao presidente Temer não significa acordo com o PMDB para 2018. Para ele, a crise é do sistema político e o pior para o País seria o surgimento de um salvador da Pátria.

Comemorando 86 anos neste domingo 18, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2003), considerado o “príncipe” dos sociólogos, classifica a decisão do PSDB de continuar apoiando o governo de Michel Temer como acertada e diz que a medida foi tomada “no limite da responsabilidade”. Ou seja, sem os tucanos, o peemedebista poderia ter seu governo inviabilizado e as reformas ameaçadas. Em entrevista à ISTOÉ na tarde da última quinta-feira 15, em seu apartamento no sofisticado bairro de Higienópolis, FH, como gosta de ser chamado, afirma que se Temer for denunciado pelo procurador-geral da República e o Congresso aprovar a abertura da ação, o governo perde a legitimidade e, ai sim, o PSDB desembarca do governo. “Não só o PSDB, mas a sociedade vai exigir mudanças”. Para ele, se o governo perder a legitimidade, poderia até haver uma antecipação das eleições, mas ele acha melhor que Temer fique até o final. FH, no entanto, pede que haja uma “trégua” da classe política para que o País volte a ter estabilidade social.
O PSDB decidiu permanecer apoiando o governo Temer. O senhor acha que foi a medida mais acertada?
Foi no limite da responsabilidade. Eu vi várias interpretações sobre a decisão. E a verdade é a seguinte: dizem que o PSDB quer fazer um acordo com o PMDB, pensando nas eleições futuras. Isso tudo é fantasia. Porque daqui até as eleições vai passar muita coisa.
 O senhor acha que a governabilidade falou mais alto?
Eu prefiro pensar que sim.
 Sem o PSDB, o governo se inviabiliza? O PSDB passa a ser o fiel da balança?
Não sei se seria o fiel da balança. As dificuldades do governo são com a Nação, não são com o sistema partidário. O governo para se viabilizar precisa explicar ao País, primeiro, qual é o rumo. Segundo, as acusações que existem, que procedência têm? Precisa haver um ajuste de verdades. O povo está inconformado, irritado, achando que tudo é corrupção. Então, o governo precisa se explicar perante a Nação.
Na questão do desembarque , algumas cabeças pretas, como são chamados os tucanos mais jovens, discordaram da decisão de ficar. Os caciques do PSDB não têm o partido nas mãos?
Faz tempo que os cabeças brancas não comandam mais nada. Nem no PSDB e nem em nenhum outro lugar. Hoje se tem um nível de informação tão grande que as pessoas formam sua opinião de maneira tão independente que você tem de convencê-las. Não importa se as cabeças são brancas ou são pretas. Ninguém toma uma decisão só porque alguém deu uma ordem. O Brasil está indeciso e o PSDB reflete isso.

O partido disse que fica, desde que não surjam fatos novos, que possam vir a comprometer esse apoio. Quais fatos novos que podem tirar o PSDB do governo?
A denúncia do procurador-geral por exemplo. Até há pouco, havia a pressuposição, a partir de uma ação movida pelo PSDB, de que a campanha eleitoral de 2014 foi ganha através do abuso do poder econômico. Isso foi o PSDB quem propôs. O TSE decidiu, por 4 a 3, de que não foi assim. Então, nós vivemos dentro da Constituição. E a Constituição diz que uma possibilidade legal seria o TSE ter declarado que houve abuso. Mas ele declarou que não houve. Diante dessa situação, um fato novo grave é o que se diz que vai acontecer. Ou seja, o procurador-geral da República deve pedir licença ao Congresso para processar o presidente da República.
E isso é grave?
Isso é uma coisa de suma gravidade. Eu me recordo que no tempo do Getúlio, quando os militares se moveram e fizeram os famosos Inquéritos Policiais Militares, os IPMs, do Galeão, e chamaram o irmão dele, o Banjamin Vargas. Getúlio se matou pouco depois. Se o Congresso der autorização para processar o presidente, isso é gravíssimo. Para pedir essa autorização o procurador tem que estar bem embasado. Se o Congresso diz que está embasado, acabam as condições morais de governar.

E aí o PSDB desembarca?
O país vai ficar de perna para o ar.
O senhor disse que falta legitimidade a Temer e que ele teria que antecipar as eleições como gesto de grandeza.
Não é que falta legitimidade ao Temer. Ele está lá por imposição constitucional. É legal. O governo é que está perdendo legitimidade. É o consentimento dos que obedecem à ordem dada. Quando as pessoas começam a discordar, e não é só do governo federal, perde-se a legitimidade. O que se vê hoje é atrito entre a Polícia Federal e os procuradores. Entre o Executivo e o Legislativo. Membros do Judiciário mandam cessar o mandato de um membro do Legislativo. Tudo isso são sinais de que a ordem está começando a perder validade. Isso é grave. Isso é que é deslegitimar. Não é só o Temer. É muito maior do que isso.

O que o senhor quis dizer que se a pinguela quebrar, vamos atravessar o rio a nado?
Eu quis dizer que se ficar claro que o governo perdeu as condições de governar é preciso recorrer à soberania popular.

No auge da crise, se dizia que Temer deveria ficar por não haver um nome de consenso para substituí-lo. Falava-se no nome do senhor como essa alternativa. O senhor gostaria de fazer essa transição?
Não. Eu já disse uma porção de vezes. É mais fácil o presidente atual comandar o processo de transição do que um outro. Se for para o lugar de Temer tem que ser para um processo de transformação. Não pode ser com a ideia de permanecer. Mas eu acho que precisa de uma pessoa que mostre à Nação qual é o rumo a ser seguido e que tenha energia. Eu tenho 86, que completarei domingo agora. É muito tempo. Está na hora de mudar a geração de mando. Podemos esperar as eleições para isso, mas essa pessoa tem que dar sinais de pacificação à Nação.

O senhor sempre foi considerado esse pacificador. Acha que precisa haver um pacto pela união nacional?
Implicitamente sim. Pacto não é conchavo. Precisa haver uma convergência de pontos de vista. Não excludente. Não apelando só aos partidos, mas à sociedade. Os sindicatos, os empresários, as igrejas, os movimentos sociais, os intelectuais. Para dizer: vamos dar uma trégua ao Brasil. Precisamos desse acordo porque o desemprego está enorme, o desenvolvimento econômico mal começa a aparecer e cai novamente.
Trégua com Temer ou sem Temer?
Tanto faz. Se Temer sentir que o dever dele é conduzir o País para um novo passo, é mais fácil.
Com a vitória no TSE, a tormenta dele passou?
Não acredito, porque a tormenta vem de todo lado. A tormenta é permanente para todos os chefes de Estado.
 O senhor acredita que o TSE foi político, sem levar em consideração as provas de corrupção na eleição de 2014?
Não tenha dúvida. O PSDB moveu a ação convencido disso. E o que foi mostrado era o suficiente para cassar. E por que não foi cassada a chapa? Porque os ministros do TSE acharam que em nome da estabilidade foi melhor não cassar.
O senhor acha que Temer tem como dar a volta por cima e reconduzir o país no caminho das reformas?
Não posso garantir, mas espero.
 O senhor acredita que a oposição esteja sabotando as reformas?
A oposição está fazendo o que toda a oposição faz. Ela vota contra. A situação política chegou a tal gravidade, que precisa surgir alguém é diga: olha aqui vamos parar os interesses dos partidos e das pessoas e confluir em alguns pontos, para depois recomeçar a briga?
 O senhor entende que ainda existe clima para as reformas ou elas deveriam ficar para o novo governo?
Eu vi o que aconteceu no Senado na reforma trabalhista. O senador Tasso Jereissati e o PSDB é que aguentaram a reforma. A da Previdência é mais complexa. Eu passei por ela também. Há um problema óbvio que é o desequilíbrio fiscal, mas tem o problema da população que quer se aposentar o quanto antes melhor. Tem que ver ajustes. Não são recuos.
 Quando o PT fica contra as reformas, o senhor acha que o partido quer ver Temer sangrar até o final para depois apresentar Lula como o salvador da pátria?
O PT também propôs reformas quando esteve no poder. A razão agora é meramente política. Mas o que pode acontecer de pior para o Brasil é um salvador da pátria. Seja quem for. A pátria só vai ser salva se fortalecermos as instituições. O drama que o PT tem é que ele abdicou de ser um partido que tem um conjunto de idéias para ter um líder, que passa a ser a fonte de legitimação de tudo o que faz. E esse líder está sendo questionado e até ameaçado de prisão.
 O senhor acha que pode ter uma aliança do PSDB com o PMDB para 2018?
Até lá, o tempo é tão longo e precisamos ver quem vai sobreviver, inclusive os partidos. Essa crise não é do PT, não é do PMDB, não é do PSDB, é de todo o sistema político. Dá a impressão que ele se exauriu. Cansou e não representa mais os anseios do País.

Os principais líderes do PSDB foram abatidos por denúncias na Lava Jato. O senhor acha que isso abre caminho para nomes novos, como o do prefeito de São Paulo, João Doria?
Acho que sim. Não só para o João Doria, mas o PSDB tem muitos governadores, prefeitos, lideranças novas na Câmara.
 As denúncias envolvendo o senador Aécio maculam o PSDB?
Não sei se macularam, mas complicaram bastante a situação do partido. Mas primeiro precisa ver os fatos contra ele e depois julgar. Precisamos agora um pouco de moderação. Não é moderação para absolver, mas é para não fazer vingança. Ainda não vi com clareza qual é a acusação contra ele. Mas acho que a prisão da irmã do senador Aécio significa que ou o Tribunal tem informações que não passou para ninguém ou não vejo razão para uma pessoa ficar presa sem ainda não ter sido julgada. Há vários casos como o dela. Sou a favor da Lava Jato, mas acho que uma prisão temporária tem que acontecer quando uma pessoa tem capacidade de obstruir a Justiça, por exemplo, mas não se justifica quando vai se passando muito tempo e não há julgamento.
 Muito se fala dos exageros da PGR, de divulgar fitas sem perícias. O senhor acha que a PGR está extrapolando?
Acho que no caso da fita não entendo porque não houve perícia. Deveria ter havido. Tem que haver os devidos passos do processo legal. Acho que precisa haver prudência. Prudência não é medo. Cautela para respeitar a lei. Os tribunais tem que exercer também a capacidade de julgar. Os procuradores tem que acusar. É a função deles, mas acusar desde que tenha indícios. A Justiça tem que ser serena.



Funcionários da Petrobras vão pagar taxa extra para cobrir rombo deixado pelo PT no fundo de pensão

Os funcionários da Petrobras vão pagar taxa extra para cobrir rombo da poupança de aposentadoria, valor maior que R$ 17 bilhões. 

O problema vem da má gestão no fundo de pensão Petros, que começou a desandar sob influência do PT nos governos de Lula e Dilma.

Enchendo os bolsos do governo cubano com o nosso dinheiro

De acordo com o site Diário do Poder, este ano R$ 1,3 bilhão já foi enviado para a ditadura de Cuba como pagamento pelo programa Mais Médicos, dinheiro intermediado pela Opas. 

Do salário de R$ 11,5 mil, apenas parte, R$ 3 mil, vai para os médicos cubanos.

Três boas notícias

A semana trouxe 3 boas notícias, em meio à crise que o Brasil atravessa. 

A intenção de investimentos na indústria subiu 7,9 pontos. 
Pela 1ª vez em 14 anos, a meta da inflação será baixada para 4,25%, confirmando a estabilidade da economia. E o PIB teve crescimento em abril. Confira.

Fraudes no setor elétrico da Venezuela usam esquema semelhante ao do petrolão

Longe dos apagões na Venezuela, investigadores europeus e americanos apuram o desvio de milhões de dólares de contratos públicos nos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro para contas secretas nos bancos da Suíça.

Documentos obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo revelam que contratos de milhões de dólares para o abastecimento de energia estão sob suspeita de terem sido fraudados e “emergências elétricas” decretadas pelo governo permitiram mudanças nos processos de licitação que abriram caminho para propinas.

No total, os suíços confirmam que existem três processos abertos em cooperação com os Estados Unidos sobre a situação na Venezuela. Em apenas um deles, mais de US$ 100 milhões foram bloqueados em contas secretas na Suíça, que fariam parte de um suposto esquema de corrupção em Caracas. 

Segundo os documentos do Tribunal Federal da Suíça, de março de 2017, um dos alvos da investigação é a empresa Derwick Associates. Os proprietários são dois venezuelanos, que negam irregularidades. A companhia, que tem sua base nos EUA, teria fechado com a estatal de energia elétrica da Venezuela contratos no valor de US$ 767 milhões. 

As autoridades suíças confirmam que os primeiros contatos com a Justiça americana começaram em 2015. Na ocasião, os EUA pediam dados de contas em 18 bancos suíços relativos a contratos da Derwick para a venda de centrais elétricas. 

O contato entre o governo venezuelano e a empresa começou, segundo os documentos, há oito anos, justamente quando os apagões passaram a afetar a Venezuela. Em setembro de 2009, falhas deixaram às escuras 10 dos 23 Estados e parte da cidade de Caracas. Segundo Hipólito Izquierdo, então presidente da Corporação Eléctrica Nacional (Corpoelec), o problema ocorreu na localidade de Tacoa, ao norte de Caracas. “Em razão da falta de energia no final de 2009, o então presidente da Venezuela assinou uma ordem de emergência, em 2 de fevereiro de 2010, estabelecendo a abolição de processos padrão para licitações e contratos com as empresas estatais venezuelanas”, indicou o Tribunal Federal da Suíça, citando investigações americanas e em referência às novas normas propostas por Chávez. Seis dias depois, o governo decretou “emergência energética”, acelerando processos de licitação.

“Em resposta à situação emergencial e diante da modificação do processo de licitação, a empresa (estatal venezuelana) fechou um contrato para a compra de turbinas, num valor de US$ 767 milhões, com três empresas com sede nos EUA”, explicou o documento.

O que chamou a atenção foi que, apesar de apenas uma empresa ter fornecido as turbinas, o negócio envolveu mais de uma companhia. A estatal Corpoelec comprou diretamente dos fabricantes. Mas fechou contratos com diversas empresas intermediárias que, por sua vez, teriam comprado o equipamento do mesmo fabricante. 

Sem citar nomes, a investigação também chegou à constatação de que os donos da Derwick “não tinham experiência profissional relevante, treinamento ou conhecimento sobre a indústria de energia”. Um deles tinha 31 anos quando o contrato foi assinado e o outro ainda não havia completado 18 anos quando a empresa foi criada, em 2003. 

“Apesar da falta óbvia de qualificações da administração, a empresa conseguiu estabelecer uma relação contratual e vender outros serviços no valor de aproximadamente US$ 209 milhões”, indicou o tribunal. 

O inquérito também revelou que a mesma empresa fechou contratos com outras estatais venezuelanas e a suspeita era que os acordos eram garantidos por meio de pagamentos de propinas. Essas transações eram camufladas em “taxas de consultoria, sem licitação pública”. 

Os preços das turbinas vendidas seriam três vezes superiores aos valores de mercado. “Com base em análises financeiras, a empresa fez pagamentos para diversas contas em bancos suíços”, apontou o documento. Entre 2009 e 2013, esses contratos somaram US$ 1,2 bilhão. A empresa suspeita fez “ao menos 42 transferências para bancos suíços totalizando US$ 58 milhões”. 

Agora, após uma longa batalha nos tribunais, a Suíça poderá cooperar com as investigações do FBI e enviará aos EUA os extratos bancários dos suspeitos. Para o Tribunal Federal da Suíça, há suspeitas suficientes de fraude na compra de turbinas por parte de estatais venezuelanas de US$ 767 milhões. A suspeita é de que esse contrato tenha sido usado para “lavagem de dinheiro, propinas a funcionários públicos estrangeiros e outros crimes”. 

Num esforço para evitar que os dados fossem repassados aos EUA, uma longa batalha judicial começou em 2015. Em março deste ano, o apelo foi rejeitado pela corte suprema. 

PDVSA

Mas esse não é o único caso que reúne americanos e suíços na trama sobre os contratos públicos em Caracas. Um dos casos se refere ainda a dois empresários detidos em Houston, Roberto Rincón e Abraham Shiera, em 2015. Em janeiro deste ano, eles admitiram o esquema e fecharam um acordo de delação premiada. Eles são acusados de ter criado mais de 20 empresas de fachada para simular uma concorrência e ficar com contratos com a PDVSA. Mas, para garantir o esquema, eles transferiram propinas de mais de US$ 1 bilhão entre 2009 e 2014, usando 730 contas. Antes, em 2013, os americanos ainda pediram o auxílio dos suíços para investigar o Banco de Desarrollo Económico y Social de Venezuela. Atuando ao lado de traders, a suspeita é que empréstimos tenham sido concedidos com base em propinas. 

Durante a gestão Maduro, o problema dos apagões também não foi resolvido, com o governo acusando a oposição de sabotar centrais e apontando para a seca como o motivo da crise. Já a Corpoelec deixou de publicar desde 2009 seus relatórios mensais de produção e o Ministério de Energia não divulgou mais seu balanço de gestão. 

Para lembrar

A Venezuela enfrentou frequentes apagões em 2008 e 2009, principalmente, segundo disseram especialistas na época, em razão da falta de investimentos de longo prazo na infraestrutura de geração de energia e as piores secas de sua história – 70% da energia provinha das usinas hidrelétricas. Em 2007, o então presidente Hugo Chávez nacionalizou a Eletricidade de Caracas, controlada pela americana AES Corporation, e algumas empresas do interior do país, após lançar seu "socialismo do século 21".

DIRETOR DE ESTATAL DA VENEZUELA GASTA EM PARIS COMO UM SHEIK ÁRABE

             À ESQUERDA, AS GARRAFAS DE PETRUS ESVAZIADAS 
             PELO DIRETOR DA ESTATAL DA VENEZUELA, ENTRE 
            AS  QUAIS AS DO TIPO MAGNUM, QUE CHEGAM A CUSTAR 
            R$120 MIL.
A notícia saiu no bem informado Site Diário do Poder. Um diretor da estatal venezuelana PDVSA (a Petrobras de lá), passou por Paris como um sheik. Na capital francesa, alheio à miséria que infelicita a Venezuela, hospedou se no hotel Four Seasons George V e, só em vinhos finos, gastou uma obscenidade.

Em um canto da adega do hotel, aberta a visitação, ficaram dezenas de garrafas vazias de Petrus, um dos vinhos mais caros do mundo, todas esvaziadas pelo marajá bolivariano. A garrafa de Petrus custa no mínimo US$4 mil (equivalentes a R$13 mil). Mas ele entornou o que havia de mais caro: uma garrafa de Petrus magnum de R$120 mil. E, a julgar pela quantidade, não terá bebido sozinho: entre as garrafas vazias havia várias magnum (1,5 litro).

Que há de estranho? Nada. Em todos (TODOS!) os países em que se esboçou o socialismo é igual: luxo, ostentação, esbanjamento (do dinheiro dos outros!), eis a conduta típica da elite burocrática do socialismo. Nada de inusitado há, pois, em que um apaniguado do regime chavista haja optado por hospedar-se no George V, cuja adega é tida por uma das mais completas do mundo, com mais de 50 mil garrafas consideradas "preciosidades".

Mas quem é o indigitado socialista? Por ora, ninguém saberá seu nome. O atencioso funcionário do Four Seasons George V conta a história, mas não revela quem é o privilegiado. A menos que o acaso favoreça a sagacidade de algum jornalista, o nome desse agente da revolução bolivariana permanecerá como segredo do regime.

Aliás, o jornalista que desvendar a treta correrá o risco de levar uns tabefes. Em junho de 2015, o repórter Yasar Anter, da agência Dogan, flagrou Antonio Castro Soto del Valle (filho do ditador cubano Fidel Castro, socialista icônico) gozando férias como um potentado - alheio à pobreza de seu país. Em Bodrum, na Turquia, aonde chegou em um iate alugado em Mykonos (charmosa ilha grega), Castro pagou, para seus 12 acompanhantes, cinco suítes de um resort cuja diária custava US$ 1 mil. Por causa do flagrante, o repórter acabou tomando porradas de um guarda-costas daquele príncipe da revolução cubana.

Afinal, o que é que vale, o socialismo real ou o do devaneio dos militantes? Até hoje, em todos os lugares, o socialismo manteve um padrão: liberdade de imprensa inexistente, poder concentrado nas mãos do partido único, população empobrecida, uma elite improdutiva que vive do bom e do melhor, e repressão violenta a quem questiona os abusos do regime. Daí, fica difícil saber se é sincera ou cínica uma declaração como, por exemplo, a da ex-deputada Luciana Genro, que diz que o socialismo não deu certo até hoje porque, segundo ela, "os outros" não entenderam o que Marx falou, mas vai dar certo quando o seu partido (Psol) assumir o poder. Ora, uma cinquentona com discurso de colegial...

Por Renato Sant’Ana ( Psicólogo e Bacharel em Direito.)

fonte: alerta total

Banco do Brasil investiga Bendine

O Banco do Brasil informou que abriu investigação interna para apurar informações prestadas por colaboradores na operação Lava Jato sobre o ex-presidente da instituição, e também da Petrobras, Aldemir Bendine.
Bendine é alvo de um inquérito aberto pelo juiz Sérgio Moro, para investigar suspeita de recebimento de R$ 3 milhões de propina da Odebrecht.

conteúdo: O Antagonista

Deltan Dallagnol rebate "ataques maldosos e mentirosos" sobre palestras

O procurador Deltan Dallagnol divulgou na tarde deste sábado (17), em sua página no Facebook, um texto de esclarecimento sobre as palestras que faz.
Eis o texto na íntegra:
"Amigos, diante de críticas maldosas que circulam em grupos de aplicativos e em blogs, achei relevante prestar os seguintes esclarecimentos a vocês. Por favor, leia e compartilhe:
1 – O combate à corrupção sempre foi objeto de meu interesse profissional e acadêmico. Por isso, escrevi sobre o tema em 2012 e há mais de década trabalho na área.
2 – Estou convicto de que o meu papel não se restringe apenas à esfera judicial, cabendo atuar na área acadêmica e cidadã. Por essa razão, resolvi trabalhar no combate à corrupção não apenas na frente repressiva-institucional, mas também na preventiva-cidadã, por meio de palestras em que posso promover valores de respeito à lei e ao bem comum e exercer minha cidadania em busca de reformas anticorrupção.
3 – A maior parte das palestras é gratuita e nunca autorizei que empresas de agenciamento usassem meu nome para a divulgação de serviço oneroso (quem o fez agiu sem minha autorização e estão sendo adotadas providências para que cessem a indevida divulgação).
4 – Dentro do mesmo espírito, no caso de palestras remuneradas sobre ética e corrupção em grandes eventos, tenho destinado o dinheiro para entidades filantrópicas ou para a promoção da cidadania, da ética e da luta contra a corrupção.
5 – Embora eu pudesse legalmente dar destinação pessoal aos recursos, como muitos profissionais da área pública e privada fazem, optei por doar praticamente tudo para que não haja dúvidas de que a minha motivação é apenas contribuir modestamente, como qualquer cidadão de bem, para um país com menos corrupção e menos impunidade.
6 – Realizei palestras em grandes eventos em 2016 e o valor, nos casos em que houve pagamento, foi INTEGRALMENTE destinado para a construção do hospital oncopediátrico Erasto Gaertner, uma entidade filantrópica que contribuirá com o tratamento de câncer em crianças de vários locais do país. Em 2017, após descontado o valor de 10% para despesas pessoais e os tributos, os valores estão sendo destinados a um fundo que será empregado em despesas ou custos decorrentes da atuação de servidores públicos em operações de combate à corrupção, tal como a Operação Lava Jato, para o custeio de iniciativas contra a corrupção e a impunidade, ou ainda para iniciativas que objetivam promover, em geral, a cidadania e a ética.
7 – Nunca divulguei isso antes para evitar que tal atitude fosse entendida como ato de promoção pessoal. Contudo, diante de ataques maldosos e mentirosos, reputo conveniente deixar isso claro para evitar qualquer dúvida de que o que me motiva é o senso de dever, como procurador e como cidadão.
Deltan Dallagnol, procurador da República e coordenador da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba".

MOREIRA FRANCO DIZ QUE JOESLEY TEM 'DESENVOLTURA E OUSADIA EM MENTIR'

MOREIRA DIZ QUE ESTEVE UMA VEZ COM ELE NA CHINA, A TRABALHO
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, divulgou nota neste sábado, 17, rebatendo as acusações do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F. Em entrevista à revista Época, o executivo afirmou que Moreira faria parte de uma "organização criminosa".
"É surpreendente a ousadia e a desenvoltura em mentir do contraventor Joesley Batista. Estive com ele uma única vez, em um grupo de brasileiros, numa viagem de trabalho em Pequim, ocasião em que me foi apresentado. E nunca mais nos encontramos. Seu juízo a meu respeito é o de quem quer prestar serviço e para tal, aparenta um relacionamento que nunca existiu", diz a nota de Moreira Franco, na íntegra.
Temer
Na entrevista, Joesley Batista afirma que o presidente Michel Temer é "chefe de organização criminosa" e que "quem não está preso está hoje no Planalto", citando diretamente Moreira Franco e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Mais cedo, o presidente Temer disse por meio de nota que irá processar o empresário.
Lula e PT
Joesley destacou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT "institucionalizaram a corrupção no Brasil". Em uma entrevista que durou mais de quatro horas e rendeu reportagem de 12 páginas à revista, o empresário contou detalhadamente quem, como e quando se institucionalizou a corrupção do País. "Foi do governo do PT para frente. O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção", disse Batista ao ser perguntado pela revista quando o processo começou, ressaltando, contudo, que "o modelo do PT foi reproduzido por outros partidos".
De acordo com o dono da JBS, "o que houve no Brasil foi a proliferação de organizações criminosas". Segundo Batista, houve criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em Estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES.
Defesa de Lula
O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, comentou as acusações de Joesley Batista contra o petista. Em comunicado à imprensa, Martins afirmou que Batista "foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente".
"A entrevista de Joesley Batista tem que ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história. Mesmo nesse contexto, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida, conversada ou do conhecimento do ex-presidente Lula. Considerações genéricas e sem provas de delatores não podem ser consideradas como dignas de crédito e não têm qualquer valor jurídico", afirmou.
Questionado sobre os motivos pelos quais não gravou conversas comprometedoras com o ex-presidente também, Joesley Batista afirmou que nunca tratou, diretamente, de propina com Lula. "Nunca tive conversa não republicana com o Lula. Zero. Eu tinha com o Guido. Conheci o Lula no final de 2013", explicou ao fazer referência ao ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.