terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O PT em busca do ‘plano C’

Lula ligou para Jaques Wagner depois da Operação Cartão Vermelho e recomendou que o ex-governador da Bahia não abra mão de seus projetos políticos e “não recue”, diz a Folha.

Apesar das manifestações de apoio a Wagner –e de os petistas insistirem que o “plano A” é o condenado por corrupção e lavagem de dinheiro–, o partido já começou a discutir um “plano C”. Entre os nomes aventados estão, além de Fernando Haddad, Patrus Ananias e Celso Amorim. (Podem rir.)

Ciro Gomes, segundo a Folha, continua descartado. O PT prefere lançar candidatura própria, ainda que nanica.

Tempo de intervenção no Rio é ‘insuficiente’, diz Villas Bôas

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que o período de nove meses para a intervenção na segurança pública do Rio é “insuficiente” para atingir as causas da violência.

“Esse tempo é insuficiente para que se possa atingir com profundidade as causas que levaram a esse estado de coisas. É um trabalho que certamente necessitará de prosseguimento, e agora, com a criação do Ministério da Segurança, creio que estão sendo promovidas condições estruturais para que isso aconteça”, declarou o general.

Villas Bôas declarou ainda, conforme o relato da Folha, que o novo ministério era necessário “porque todo o combate à criminalidade no Brasil carece de um mínimo de integração e de parâmetros”.

O SUCESSOR DE SEGOVIA

No lugar de Fernando Segovia assumirá o delegado Rogério Galloro.

Veja o currículo dele:

“Delegado de Polícia Federal, Rogério Augusto Viana Galloro é secretário-nacional de Justiça, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, desde 22 de novembro de 2017. Tem sob sua responsabilidade uma vasta gama de importantes atribuições como migração, refugiados, estrangeiros, cooperação jurídica internacional, recuperação de ativos, combate à corrupção e ao tráfico de seres humanos, facilitação ao acesso à justiça, classificação indicativa, dentre outros.


Estão ainda sob sua presidência o Comitê Nacional para Refugiados, o Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Em setembro de 2017 foi eleito Membro do Comitê Executivo da Interpol para o período 2017/2020.

Dr. Galloro é Bacharel em Direito desde 1992 e inscrito na OAB/SP desde 1993. Tem MBA pela FGV em Gestão de Políticas de Segurança Pública e Especialização pela UnB em Relações Internacionais. É ex-aluno da Universidade de Harvard no Programa Segurança Nacional e Internacional da Harvard Kennedy School.

Ele começou sua carreira na Polícia Federal como delegado em 1995 e atuou em unidades de repressão à drogas, à crimes fazendários e de inteligência policial; ocupou inúmeras chefias importantes como Chefe da DPF/Presidente Prudente/SP, Coordenador de Passaportes, Delegado Regional Executivo na SR/Pernambuco, Superintendente Regional da PF em Goiás, Diretor de Administração e Logística Policial, Adido Policial na Embaixada do Brasil em Washington/EUA, Diretor Executivo da Polícia Federal (Diretor Geral Substituto) e em setembro/2017 foi eleito Membro do Comitê Executivo da Interpol, como representante das Américas.

Dr. Galloro por cinco anos foi professor da Academia Nacional de Polícia na cadeira Migração. Desenvolveu habilidades em relações internacionais, adoção internacional, documentos falsos, tráfico de pessoas, segurança transnacional no Mercosul, controle de fronteiras na América do Sul, gerenciamento de crises em transporte aéreo e lavagem de dinheiro.

Ele foi o representante da Polícia Federal junto a ICAO (Organização de Aviação Civil Internacional) em Montreal e coordenou o projeto do Novo Passaporte Brasileiro em 2006. Representou a PF e o Brasil em dezenas de países nos cinco continentes. Foi Presidente da PALA – Associação de Adidos Policiais Latino Americanos nos EUA. Coordenou as forças da Polícia Federal na segurança da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos RIO2016. Publicou o ensaio Ir e Vir num mundo globalizado – o passaporte como instrumento de garantia e constrangimento dos direitos do cidadão: um estudo histórico sobre o passaporte brasileiro.”

Fernando Segovia é demitido do comando da Polícia Federal

O diretor-geral da PF, Fernando Segovia, caiu.

Bateu de frente com Raul Jungmann, novo ministro da Segurança Pública, e levou a pior.

Rogério Galloro será o novo Diretor-Geral da Polícia federal na vaga de Segovia. 

Número dois da PF na gestão de Leandro Daiello, Galloro sempre foi o preferido do general Sérgio Etchegoyen para a vaga.

A saída de Bolsonaro para a economia

Paulo Guedes, conselheiro de Jair Bolsonaro, resumiu em O Globo seu programa para a economia:

“O governo gasta muito e gasta mal. Gasta muito porque suas despesas atingiram 45% do PIB, após ininterrupta expansão ao longo de décadas. Gasta mal porque suas maiores despesas são com juros da dívida e privilégios salariais e previdenciários de seu funcionalismo, em vez de investimentos em saúde, educação e segurança, legítimas aspirações da democracia emergente. Centenas de bilhões de reais em gastos federais fabricando desigualdades, quando dezenas de bilhões de reais resolveriam problemas sociais críticos dos governos locais.

A reforma da Previdência, o controle de gastos do funcionalismo e a redução da dívida pública, através das privatizações e concessões, são a saída.”

A ‘Casa Branca’ de Jaques Wagner

O prédio onde Jaques Wagner mora em Salvador –Victory Tower, no bairro nobre Corredor da Vitória– é digno de uma reportagem fotográfica da revista Caras.

Segundo o site O Antagonista, Wagner mora no 13º andar. 

Deve ter sido realmente um grande esforço para pagar pelo apartamento com o salário de governador ou o de secretário do governo baiano.



O prédio tem também um píer que leva ao mar. 

Clique abaixo para assistir um vídeo do local. 



Jaques Wagner: “São relógios absolutamente simples”

Jaques Wagner, principal alvo da Operação Cartão Vermelho, convocou a imprensa para uma coletiva e disse, entre outras coisas, o que levaram de seu apartamento durante o mandado de busca e apreensão:

“Levaram o Ipad, um computador no escritório que eu nunca usei e a escritura pública do meu apartamento e da chácara que tenho em Andaraí.”

O ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia também fez um comentário sobre os 15 relógios levados por agentes da Polícia Federal.

“Espero que ela [a delegada] mande periciar, porque ela disse que são objetos luxuosos. Na perícia, seguramente ela vai ver o valor dos relógios. São relógios absolutamente simples, eu gosto de relógios. Não tem nenhum luxo. Acho estranho ela ter dito isso sem ter feito perícia nenhuma.”

TRE-BA arquivou investigação contra Wagner

Patrícia Kertzman Szporer, juíza do TRE da Bahia, arquivou monocraticamente na semana passada processo contra Jaques Wagner que tratava dos mesmos fatos narrados na operação de hoje da PF, relata Lauro Jardim.

Originário da Lava Jato, o processo –em que delatores narraram o pagamento de US$ 12 milhões em propina– foi encaminhado ao TRE-BA pela Justiça Federal no estado. A Procuradoria Regional Eleitoral recomendou a remessa para a PF, para abertura de inquérito.

A juíza, porém, não viu elementos que justificassem a medida.

Polícia apreende arsenal de guerra que iria para favela do Rio

Em uma blitz na via Dutra, agentes da Polícia Rodoviária Federal apreenderam o que descrevem como um “arsenal de guerra” que seria entregue no Complexo da Maré, no Rio.

Uma picape foi parada na blitz, na altura de Seropédica (RJ), e dentro dela os policiais encontraram 12 fuzis, 33 pistolas, 106 carregadores, uma granada e cerca de 40 mil munições.

O motorista, de 23 anos, confessou o crime e disse que trazia o material de Foz do Iguaçu.