Os petistas que riram pela manhã vão passar a noite chorando. O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, acaba de retirar retirou o sigilo das
delações de sete executivos do Grupo JBS, inclusive as dos irmãos Joesley e Wesley
Batista.
O relator da Operação Lava Jato no STF atendeu ao pedido do presidente Michel
Temer e ainda na noite desta quinta-feira (18), o Brasil tomará conhecimento sobre o
conteúdo daquela que promete ser a mais devastadora delação premiada desde o
início da Lava Jato.
O ineditismo desta delação é que ela foi totalmente acompanhada pela Polícia Federal,
Procuradoria-geral da República e pelo próprio STF. É o primeiro acordo de delação
que conta com operações controladas pela própria Polícia Federal, que coletou uma
série de provas, como as que levaram ao pedido de prisão do senador Aécio Neves e à prisão de sua irmã, Andrea Neves.
A cúpula do PT está reunida em compasso de espera de uma desgraça na vida de Lula,
Dilma e do ex-ministro Guido Mantega, tradicionais cúmplices dos crimes cometidos
pelos controladores do grupo JBS-Friboi na obtenção de empréstimos bilionários no
BNDES. Os discos rígidos contendo toda a delação do grupo já estão sendo preparados
para serem entregues para a imprensa.
Fachin, que homologou hoje mesmo a delação do grupo JBS, já encaminhou aos
demais ministros do STF suas decisões tomadas no âmbito do acordo que teve início
no mês de março. A postura foi vista no tribunal como um gesto de “cortesia”.
“A publicidade, de regra, é a tônica da administração pública, é o que viabiliza o
acompanhamento por vocês da imprensa e o acompanhamento dos cidadãos em
geral”, disse o ministro Marco Aurélio Mello a jornalistas depois da sessão plenária
desta tarde.