domingo, 26 de março de 2017

Presidente de partido anuncia que haverá confronto de militantes com Moro para evitar prisão de Lula


O presidente do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta, afirmou que o juiz Sérgio Moro pretende prender o ex-presidente Lula no dia de seu depoimento, em 3 de maio. 

Para Pimenta, os militantes, operários e sindicalistas não podem permitir a prisão de Lula.


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conteúdo: Folha Política



'Lula é hoje uma caricatura do que foi', diz colunista

A colunista Vera Magalhães, do jornal O Estado de S. Paulo, comenta o seminário realizado pelo PT para atacar a Lava Jato. Segundo a jornalista, enquanto os petistas criam uma narrativa vitimista, "no mundo real as provas estão à mão de quem se dispuser a consultar os arquivos públicos da Lava Jato, num acervo horripilante da corrupção". E, "a cada dia em que se sucedem revelações escabrosas de como as empreiteiras criaram um Estado paralelo no Brasil, principalmente de 2006 a 2014, soam mais inverossímeis os discursos repetitivos de Lula".

Leia abaixo o texto completo: 
Em mais um dos muitos comícios que tem feito na esperança de convencer a sociedade de que é vítima de perseguição política, e não um réu em cinco ações penais decorrentes de seu exercício da Presidência e das atividades a que se dedicou depois de deixá-la, Luiz Inácio Lula da Silva participou na última sexta de um evento em que o PT, vejam só, se propôs a apresentar o “outro lado” da Lava Jato.
Na versão petista da história não há provas do petrolão, a Lava Jato é mais arbitrária que o regime militar, o governo Lula promoveu o renascimento da indústria naval brasileira e, depois que ele deixou o poder, voltou a predominar no País o “complexo de vira-lata”. Tudo nas palavras roufenhas, intercaladas por assoadas de nariz, de um Lula cada vez mais apagado, uma sombra do orador que já foi.
Pois no mundo real as provas estão à mão de quem se dispuser a consultar os arquivos públicos da Lava Jato, num acervo horripilante da corrupção chamado E-proc. O tal renascimento da indústria naval foi mais um cavalo de Troia para usar o Estado como veículo de propina para partidos aliados, diretores de estatais corruptos e empresários idem. E a volta do complexo de vira-lata talvez se deva ao fato de que os poucos avanços sociais promovidos por Lula foram roubados pelo desmonte que sua afilhada Dilma Rousseff promoveu na economia brasileira.


Ainda no mundo lulista, aos amigos tudo é facultado e com eles se vai longe. Não bastassem as evidências de que, no poder, Lula promoveu um verdadeiro capitalismo dos amigos tendo como plataformas a Petrobrás, o BNDES, a tal política dos campeões nacionais e um aparelhamento sem precedentes da administração federal, ele próprio se pôs a fazer perorações sobre o valor das amizades.
Disse o ex-presidente que, diante da “falta de provas” cabe a cada petista aprender a ter “coragem” e estar “ao lado dos amigos da gente”. Fazia uma referência não só a si próprio, mas também aos companheiros presos, como João Vaccari, Antonio Palocci e José Dirceu.


Também admitiu ter “amigos” em outro setor: o empresariado. Desafiou qualquer um deles, preso ou solto, a dizer se alguma vez ele, Lula, pediu um centavo que fosse.
De fato, esse parece ser um ponto sustentável da defesa do ex-presidente. Afinal, Alexandrino Alencar, o “brother” de Lula na Odebrecht, disse em sua delação que a reforma do sítio de Atibaia foi pedida pela ex-primeira-dama Marisa Letícia, já que a obra corria muito devagar.


Marcelo Odebrecht disse que havia uma conta sigilosa no departamento de propinas da empresa, operada por Palocci, mas preferiu não dizer à Justiça Eleitoral a quem se destinava.
José Carlos Bumlai afirma que intermediou um empréstimo fraudulento junto ao banco Schain, mais tarde pago com um contrato com a Petrobrás, para resolver um incêndio do PT – mas não diz que Lula lhe pediu para fazer isso.


Mas nem todos os amigos são tão benevolentes. E Delcídio do Amaral, que foi líder de Dilma e frequentador assíduo do Instituto Lula nos últimos anos, diz que foi ele, Lula, quem pediu para intermediar o silêncio de Nestor Cerveró. Mas ele não pediu nenhum centavo, Lula tem razão.
O fato é que, a cada dia em que se sucedem revelações escabrosas de como as empreiteiras criaram um Estado paralelo no Brasil, principalmente de 2006 a 2014, soam mais inverossímeis os discursos repetitivos de Lula.


O abatimento do antes mitológico líder popular parece vir menos da suposta “perseguição” de que se diz vítima e mais da certeza, estampada em seus olhos, de que ele é hoje uma caricatura do que foi. E a culpa não é do juiz Sérgio Moro, do Ministério Público ou da imprensa. Quem traçou o caminho de Lula foi o próprio Lula.




Ciro Gomes receberá SERGIO MORO 'na bala'


Assista ao vídeo em que Ciro ameaça atirar em Moro e “sua turma”.

Achamos o vídeo em que Ciro Gomes ameaça receber “a turma de Moro” à bala, se tiver sua prisão decretada. 

Ministra do STJ restabelece prisão domiciliar de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral

A ministra do Superior Tribunal de Justiça Maria Thereza de Assis Moura concedeu liminar em Habeas Corpus e voltou a permitir que a advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB), fique em prisão domiciliar. A decisão foi divulgada pelo tribunal na sexta-feira (24/3).



Presa preventivamente no dia 6 de dezembro, Adriana teve sua prisão convertida em domiciliar no dia 17 de março. A decisão, de ofício, foi do juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, que levou em consideração o fato de que tanto ela quanto o marido estarem presos dificulta a criação dos dois filhos menores, de 11 e 14 anos.
Ministério Público Federal no Rio de Janeiro impetrou Mandado de Segurança, com pedido de liminar, para que a decisão do juiz Marcelo Bretas fosse suspensa. O desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região Abel Gomes deu razão aos procuradores da República, e concedeu a liminar determinando que Adriana Ancelmo retornasse à prisão.
O próprio desembargador já havia relatado pedido de Habeas Corpus em favor da advogada. Na ocasião, a 1ª Turma Especializada do TRF-1 negou a conversão de preventiva em domiciliar entendendo que o artigo 318 do Código de Processo Penal — que permite a prisão domiciliar da mulher gestante ou mãe de filhos com até 12 anos incompletos — não se aplica a Adriana Ancelmo devido à gravidade dos fatos a ela imputados.
Segundo o magistrado, o juiz não poderia, de ofício, conceder a prisão domiciliar uma vez que não havia fatos novos para justificar a alteração da situação da custódia da acusada.
O artigo 318 do Código de Processo Penal diz que o juiz poderá substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos. Contudo, Abel Gomes apontou que o termo "poderá" contido no artigo "não remete a decisão judicial apenas ao que passa a achar o magistrado de uma hora para outra, nem lhe é uma 'permissão' vazia de conteúdo silogístico à luz do mundo do processo e do direito".
Abel Gomes considerou ainda que a decisão beneficiando a advogada criaria expectativas para outras mulheres presas preventivamente, que não conseguem o mesmo direito.
Contra essa decisão, os advogados de Adriana, Luís Guilherme Vieira, Eduardo de Moraes, Renato de Moraes, Alexandre Lopes, Aline Amaral de Oliveira, Lucas Rocha e Pedro Machado de Almeida Castro, impetraram HC no STJ. Eles alegaram não ser cabível a impetração de MS com a finalidade de conferir efeito suspensivo a recurso em sentido estrito interposto contra decisão concessiva de liberdade e, por conseguinte, da aplicação de medida cautelar pessoal diversa.
A ministra Maria Thereza de Assis Moura concordou com os advogados, e restabeleceu a prisão domiciliar de Adriana. Mas a mulher de Cabral só poderá ir para casa após vistoria da Polícia Federal no imóvel, para confirmar que não há internet ou telefone no local. Essa foi uma das exigências de Marcelo Bretas para que ela pudesse deixar o presídio de Bangu 8.
Desvio de dinheiro
Sérgio Cabral foi preso preventivamente em 17 de novembro. O político foi alvo de dois mandados de prisão preventiva, um expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e outro pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
A ação em conjunto no Rio e em Curitiba tinha como objetivo aprofundar investigações sobre um esquema que envolvia o pagamento de propinas para a execução de obras públicas no estado, como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano, e posterior ocultação desses valores. Segundo o MPF, a organização criminosa envolve dirigentes de empreiteiras e políticos de alto escalação do governo do Rio de Janeiro. Cabral seria o líder do esquema. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.
Duas semanas depois, Adriana Ancelmo também foi encarcerada provisoriamente. Sua prisão preventiva se baseou na suspeita de que ela tenha usado seu escritório de advocacia para lavar dinheiro repassado por empresas que conseguiram isenção fiscal junto ao Executivo fluminense durante a gestão do peemedebista. Isso fez com que a seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil suspendesse por 90 dias o registro profissional dela.
Cabral já foi denunciado seis vezes pelo MPF. Ele já é réu em quatro ações penais. Com informações da Agência Brasil.