terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SÉRGIO MORO É O GUARDIÃO DA LAVA JATO E CONTA COM A PROTEÇÃO DO POVO. NEM O STF PODE CONTER A VONTADE DA SOCIEDADE

Há poucos meses, os representantes da direita brasileira viviam denunciando as manobras do PT de Lula e Dilma no sentido de destruir a Operação Lava Jato. Hoje o país sabe que o governo petista perpetrou diversas tentativas neste sentido. Mas não conseguiram, embora todos os representantes da esquerda defendiam que era preciso fazer algo para conter a sangria. Lula, Dilma e todos os setores da esquerda, inclusive os jornalistas de aluguel, alegavam perseguição política e denunciavam vazamentos seletivos. 

De uns tempos para cá, os representantes da esquerda mudaram o discurso e passaram a acusar o atual governo de tentar acabar com a Lava Jato. O fato é que não há como separar membros do atual governo dos integrantes dos governos anteriores do PT, pois praticamente todos chafurdaram na mesma lama. Não haveria como o atual governo arquitetar qualquer plano de sabotar a Lava Jato sem a participação de toda a escória do PT, o partido que comandou todos os esquemas de corrupção ao longo dos últimos treze anos. 

Qualquer idiota sabe que nenhum membro de outro partido meteria a mão no caixa da Petrobras sem o aval de Lula e Dilma, os detentores das chaves de todos os cofres públicos. Não adianta alegar que o PMDB, o PP ou o PSDB também roubaram, pois não teria como roubar sem a conivência de Lula e Dilma, que fizeram dos esquemas de corrupção um mecanismo para obter apoio político no Congresso. Mesmo que todos tenham roubado um pouco, e é bem provável que isso tenha ocorrido, só poderiam roubar com a conivência do PT, que definitivamente o partido que mais roubou. 

Logo, não há qualquer possibilidade de blindar alguns em detrimento dos outros. Todos os que estão envolvidos de alguma forma devem cair ao longo das investigações. 

Também não é nenhum absurdo supor que ministros do próprio Supremo Tribunal Federal, STF, mantenham algum conluio com políticos corruptos. Afinal, estavam praticamente todos lá durante o auge da roubalheira. O absurdo neste caso, seria da parte dos próprios ministros do STF supor que a sociedade vá se calar diante de alguma manobra suja que vise proteger alguns envolvidos. 

As delações e provas fornecidas pelos envolvidos são feitas junto ao Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato, em Curitiba. Que ouve os depoimentos e colhe o material fornecido pelos delatores são os procuradores da República que integram a força­-tarefa. Tudo isso ocorre bem distante dos togados do STF. Isto significa que quando o caldo entorna, já é tarde demais para tentar conter o estrago. Somente ações muito visíveis aos olhos do público vindas do STF poderiam prejudicar a Lava Jato e os ministro não são burros. 

Eles sabem que a população está com Sérgio Moro e com os integrantes da investigação que enche os brasileiros de orgulho. Quem quer que tente atentar contra a Lava Jato, sofrerá consequências inimagináveis nas mãos do povo. Isto é um fato. O juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato são as únicas reservas morais do país. Ao contrários dos políticos e de certos juízes do STF que precisam se locomover em jatinhos particulares para não serem hostilizados em aeroportos, Moro é aplaudido pelo povo onde quer que ande. Esta realidade incomoda os poderosos , mas eles ainda não viram nada. 

O juiz Sérgio Moro, por sua vez, já deixou bem claro que não vai arregar e desafiou o ministro Gilmar Mendes, que andou criticando as prisões preventivas de bilionários corruptos. Moro foi curto e grosso: "não há ninguém acima da Lei".

Ao contrários dos políticos e de certos juízes do STF que precisam se locomover em jatinhos particulares para não serem hostilizados em aeroportos, Moro é aplaudido pelo povo onde quer que ande. Esta realidade incomoda os poderosos , mas eles ainda não viram nada.


fonte: Imprensa Viva









O TRECHO DO DESPACHO DE MORO QUE "SENSIBILIZOU" TEMER

Eduardo Cunha ameaçou Michel Temer no seu depoimento a Sérgio Moro.

Sérgio Moro entendeu a ameaça de Eduardo Cunha a Michel Temer, como fica claro no seu despacho.

Michel Temer entendeu que Sérgio Moro entendeu a ameaça de Eduardo Cunha -- e o presidente, talvez"sensibilizado", deu um passo atrás hoje (13)  na ofensiva que se armava contra a Lava Jato.

Leia (ou releia) o trecho do despacho de Sérgio Moro que reproduzimos na última sexta-feira:

"75. Nem mesmo a prisão preventiva de Eduardo Cosentino da Cunha o impediu de prosseguir com o mesmo modus operandi, já apontado pelo eminente Ministro Teori Zavascki, de extorsão, ameaça e intimidações.

76. Sequer se sentiu tolhido de utilizar, para tanto, o processo judicial, como fazia anteriormente, segundo os indícios relatados pelo eminente Ministro Teori Zavascki, no processo legislativo, com requerimentos parlamentares de mão própria ou de terceiros e que veiculavam simuladas extorsões ou ameaças.

77. Afinal, essa é interpretação cabível em relação à parte dos quesitos que ele apresentou nesta ação penal para serem dirigidos ao Exmo. Sr. Presidente da República (evento 136).

78. A pretexto de instruir a ação penal, Eduardo Cosentino da Cunha apresentou vários quesitos dirigidos ao Exmo. Sr. Presidente da República que nada diziam respeito ao caso concreto. Destaco em especial os seguintes e que não têm a mínima relação com o objeto da ação penal:

'35 – Qual a relação de Vossa Excelência com o Sr. José Yunes?

36 – O Sr. José Yunes recebeu alguma contribuição de campanha para alguma eleição deVossa Excelência ou do PMDB?

37 – Caso Vossa Excelência tenha recebido, as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?'

79. Tais quesitos, absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham, em cognição sumária, por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso."


fonte: O Antagonista

A IMPORTÂNCIA DA LAVA JATO

Vinte e sete enunciados sobre a oportunidade de desmontar o mecanismo de exploração da sociedade brasileira

1) Na base do sistema político brasileiro, opera um mecanismo de exploração da sociedade por quadrilhas formadas por fornecedores do estado e grandes partidos políticos. (Em meu útimo artigo, intitulado Desobediência Civil, descrevi como este mecanismo exploratório opera. Adiante, me refiro a ele apenas como “o mecanismo”.)

2) O mecanismo opera em todas as esferas do setor público: no Legislativo, no Executivo, no governo federal, nos estados e nos municípios.

3) No Executivo, ele opera via superfaturamento de obras e de serviços prestados ao estado e às empresas estatais.

4) No Legislativo, ele opera via a formulação de legislações que dão vantagens indevidas a grupos empresariais dispostos a pagar por elas.

5) O mecanismo existe à revelia da ideologia.

6) O mecanismo viabilizou a eleição de todos os governos brasileiros desde a retomada das eleições diretas, sejam eles de esquerda ou de direita.

7) Foi o mecanismo quem elegeu o PMDB, o DEM, o PSDB e o PT. Foi o mecanismo quem elegeu José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer.

8) No sistema político brasileiro, a ideologia está limitada pelo mecanismo: ela pode balizar políticas públicas, mas somente quando estas políticas não interferem com o funcionamento do mecanismo.

9) O mecanismo opera uma seleção: políticos que não aderem a ele têm poucos recursos para fazer campanhas eleitorais e raramente são eleitos.

10) A seleção operada pelo mecanismo é ética e moral: políticos que têm valores incompatíveis com a corrupção tendem a ser eliminados do sistema político brasileiro pelo mecanismo.

11) O mecanismo impõe uma barreira para a entrada de pessoas inteligentes e honestas na política nacional, posto que as pessoas inteligentes entendem como ele funciona e as pessoas honestas não o aceitam.

12) A maioria dos políticos brasileiros têm baixos padrões morais e éticos. (Não se sabe se isto decorre do mecanismo, ou se o mecanismo decorre disto. Sabe-se, todavia, que na vigência do mecanismo este sempre será o caso.)

13) A administração pública brasileira se constitui a partir de acordos relativos a repartição dos recursos desviados pelo mecanismo.

14) Um político que chega ao poder pode fazer mudanças administrativas no país, mas somente quando estas mudanças não colocam em xeque o funcionamento do mecanismo.

15) Um político honesto que porventura chegue ao poder e tente fazer mudanças administrativas e legais que vão contra o mecanismo terá contra ele a maioria dos membros da sua classe.

16) A eficiência e a transparência estão em contradição com o mecanismo.

17) Resulta daí que na vigência do mecanismo o Estado brasileiro jamais poderá ser eficiente no controle dos gastos públicos.

18) As políticas econômicas e as práticas administrativas que levam ao crescimento econômico sustentável são, portanto, incompatíveis com o mecanismo, que tende a gerar um estado cronicamente deficitário.

19) Embora o mecanismo não possa conviver com um Estado eficiente, ele também não pode deixar o Estado falir. Se o Estado falir o mecanismo morre.

20) A combinação destes dois fatores faz com que a economia brasileira tenha períodos de crescimento baixos, seguidos de crise fiscal, seguidos ajustes que visam conter os gastos públicos, seguidos de novos períodos de crescimento baixo, seguidos de nova crise fiscal...

21) Como as leis são feitas por congressistas corruptos, e os magistrados das cortes superiores são indicados por políticos eleitos pelo mecanismo, é natural que tanto a lei quanto os magistrados das instâncias superiores tendam a ser lenientes com a corrupção. (Pense no foro privilegiado. Pense no fato de que apesar de mais de 500 parlamentares terem sido investigados pelo STF desde 1998, a primeira condenação só tenha ocorrido em 2010.)

22) A operação Lava-Jato só foi possível por causa de uma conjunção improvável de fatores: um governo extremamente incompetente e fragilizado diante da derrocada econômica que causou, uma bobeada do parlamento que não percebeu que a legislação que operacionalizou a delação premiada era incompatível com o mecanismo, e o fato de que uma investigação potencialmente explosiva caiu nas mãos de uma equipe de investigadores, procuradores e de juízes rígida, competente e com bastante sorte.

23) Não é certo que a Lava-Jato vai promover o desmonte do mecanismo. As forças politicas e jurídicas contrárias são significativas.

24) O Brasil atual esta sendo administrado por um grupo de políticos especializados em operar o mecanismo, e que quer mantê-lo funcionando.

25) O desmonte definitivo do mecanismo é mais importante para o Brasil do que a estabilidade econômica de curto prazo.

26) Sem forte mobilização popular é improvável que a Lava-Jato promova o desmonte do mecanismo.

27) Se o desmonte do mecanismo não decorrer da Lava-Jato, os políticos vão alterar a lei, e o Brasil terá que conviver com o mecanismo por um longo tempo.

fonte: coluna José Padilha / O Globo

CORRUPÇÃO ENDÊMICA NO BRASIL NÃO É SÓ DO PT, MAS FOI TOTALMENTE ANCORADA POR LULA E DILMA AO LONGO DE 13 ANOS

Os petistas e representantes da esquerda estão aproveitando a onda de delações envolvendo políticos de outros partidos para tentar minimizar os impactos da onda de insatisfação que arrastou o PT de Lula e Dilma para o esgoto da política nacional. 

Ao se referirem aos casos do petrolão, o assalto sem precedentes na história da estatal, ao roubo no BNDES e aos esquemas de corrupção descobertos em praticamente todos os lugares em que os petistas comandaram ao longo dos últimos treze anos, os representantes da oposição comemoram sempre que aparece um nome de outro partido. 

O fato é que Dilma e Lula comandaram a Petrobras, o BNDES e todos os ministérios com mão de ferro. Ninguém que ajudou a roubar o país durante a última década e meia roubou sem a autorização expressa de Lula, Dilma ou de alguém da cúpula do PT.

Para assegurar a governabilidade e ampliar a base de apoio no Congresso, Lula e Dilma permitiram que membros de outros partidos como PMDB e PP também roubassem. O esquema, como todos já sabem, era organizado através da distribuição de cargos aos membros da base aliada dos governos petistas. Mas quem comandava de fato a organização criminosa era Lula e Dilma. 

Como chefes da organização e donos das chaves dos cofres públicos, é natural que o PT tenha roubado bem mais do que todos os outros partidos juntos. Lula, Dilma e seus correligionários também lucravam com o roubo de membros de outros partidos através das alianças políticas em tempos de eleição. Quem roubava junto com o PT apoiava os candidatos do partido em coligações por todo o Brasil. 

É fato que Dilma e Lula comandaram o assalto aos cofres públicos do país e compraram apoio político de membros de outros partidos com dinheiro roubado do povo. Segundo esta lógica, seria praticamente impossível que o PT permitisse que seus rivais políticos declarados participassem de algum esquema de corrupção por uma série de razões óbvias. Quem estava no comando do Brasil, da Petrobras, do BNDES, da Caixa, do Banco do Brasil e de tudo mais era Lula e depois Dilma, que obedecia Lula. 

Não tinha como nenhum outro partido roubar sem a conivência dos dois e do PT. Isto é um fato. Lula foi apontado pela Procuradoria-­geral da República como o chefe da organização criminosa que vitimou a Petrobras em bilhões ao longo de todos estes anos. A afirmação do procurador Rodrigo Janot foi feita com base nas profundas investigações no âmbito da Lava Jato e nas delações de dezenas de envolvidos no esquema criminoso montado pelo PT, como Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro, Ricardo Pessoa e os donos das 9 maiores empreiteiras do Brasil. 

Praticamente todos os aliados de Lula e Dilma estão envolvidos nos esquemas de corrupção dos governos petistas. A origem de todo o mal é o PT, que além de roubar, ajudou a eleger outros ladrões de outros partidos para apoiar os governos corruptos de Lula e Dilma. 

Isto não quer dizer que os membros dos outros partidos sejam santos, mas traduz o fato do Brasil enfrentar a maior epidemia de corrupção de toda a sua história, pois, baseados na cultura da corrupção e na compra de apoio político, o PT acabou financiando e levando para Brasília a pior geração de políticos de todos os tempos. De praticamente todos os partidos, através das alianças e da distribuição de dinheiro roubado do contribuinte. O PT e os partidos das bases aliadas dos governos de Lula e Dilma teve 3 eleições para selecionar os aliados políticos cúmplices de seus esquemas criminosos. Nestas alianças, foram eleitos dezenas de senadores e centenas de deputados federais alinhados com as diretrizes da organização criminosa comandada por Lula. 

Permitir-­se influenciar por argumentos que visam desacreditar o sistema político como um todo é algo que deve ser considerado com cautela. O PT não é apenas o partido que mais roubou na história do Brasil. É o partido que financiou outros criminosos com o dinheiro roubado do povo e fez do Congresso Nacional um verdadeiro ninho de ratos. 

Em 2018, o eleitor terá finalmente a oportunidade de se livrar dos bandidos que, ao lado do PT de Lula e Dilma, ajudaram a trazer o país para o estado em que se encontra nos dias de hoje.

fonte: Imprensa Viva







COM OS DIAS CONTADOS, PT NÃO COMEMORA 37º ANIVERSÁRIO E ANUNCIA DEMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS

Após 36 anos de muita farra, o PT anuncia que não haverá festa de comemoração do 37º aniversário da legenda este ano. A direção do partido realizou apenas uma reunião na noite de
sexta (10) em uma celebração considerada "chocha" por líderes partidários. 

Este ano não tem festa para a esquerda festiva e vermelha. Os membros da cúpula do partido já adiantaram que a decisão faz parte de um pacote de contenção de despesas que incluiu até demissão de funcionários. 

Nem o ex­-presidente Lula se deu o trabalho de comparecer no discretos eventos locais, como o organizado pelo diretório municipal do Sindicato dos Químicos, no bairro da Liberdade, em São Paulo. 

Num auditório arejado por ventiladores de parede, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, discursou para pouco mais de 300 pessoas.

Pouco animado, Falcão propôs "ações diretas de mobilização". Afirmou ser "importante atacar a base dos deputados". "Chega de fazer militância pela internet", afirmou ele diante de uma plateia minguada.

fonte: Imprensa Viva

APÓS FUNCIONAR COMO PUXADINHO DO PT, PCdoB QUER SE DESCOLAR DO PARTIDO MAIS CORRUPTO DA HISTÓRIA DO BRASIL

O PCdoB foi o primeiro partido da esquerda brasileira a anunciar o rompimento com o PT nas próximas eleições majoritárias. Após 37 anos atuando como um "puxadinho" de Lula e do PT, o Partido Comunista do Brasil planeja apresentar candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. É óbvio que, assim como outros partidos satélites do PT, a orientação interna do PCdoB mantém a postura de atuar como linha auxiliar de Lula, Dilma e companhia. 

O partido foi apontado como recebedor de pelo menos 30% dos valores repassados pelo governo Dilma em projetos do Programa Minha Casa Minha Vida, em um esquema criminoso envolvendo construtoras. Segundo o delator Pedro Corrêa, os corruptos do PCdoB cobravam até 30% de propina por cada casa construída para famílias carentes. O ex-­ministro Aldo Rebelo embolsava um terço do dinheiro sujo destinado aos comunistas no esquema.

E é justamente o mesmo Aldo Rabelo, ex­-ministro do governo Dilma, o candidato "favorito" no partido para concorrer à Presidência em 2018. O partido, que apoiou a candidatura de Rodrigo Maia para a reeleição como presidente da Câmara dos Deputados, admite que está muito atrelado à imagem do PT de Lula e Dilma. 

“Estamos com a avaliação de que vivemos uma fragmentação razoável no nosso campo político. E num ambiente desses de crise política, com fortes ares de crise institucional, como muita instabilidade, ao contrário de buscar um caminho na defensiva, avaliamos que vale muito a afirmação de um pensamento para o País”, afirmou a presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE)

fonte: Imprensa Viva

LULA TENTA CONVENCER PT A SUPERAR DISCURSO DO 'GOLPE'

Preocupado com a sobrevivência política do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta convencer o partido de que, depois de quase quatorze anos no comando do governo federal, a sigla não pode voltar a ter uma atuação apenas de contestação, e sim fazer uma oposição propositiva. Quase seis meses depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Lula considera que é preciso ir além do discurso do “golpe”.

— Nós ficamos gritando “Fora Temer” e o Temer está lá dentro. Gritamos “não vai ter golpe” e teve golpe. Estamos gritando contra as reformas e eles estão aprovando as reformas em tempo recorde — disse Lula, ao discursar, no último dia 19, no lançamento do 6º Congresso Nacional do PT, que discutirá em junho os rumos do partido.

Quinze dias depois desse discurso, Lula abriu diálogo com o presidente Michel Temer, que foi prestar condolências pela morte de sua mulher, Marisa Letícia. No PT, tanto as alas à esquerda quanto o campo majoritário, tentaram minimizar o encontro, classificando-o de protocolar. Os petistas tentam implodir qualquer possibilidade de desdobramento político.

Já o entorno de Temer é entusiasta da continuidade do diálogo, embora afirme que não há perspectiva de nova conversa no curto prazo. Auxiliares do presidente afirmam que a única pauta comum possível é a reforma política. Apesar da torcida petista contra, um ministro de Temer ressaltou que é da natureza de Lula a composição política.

Recentemente, o ex-presidente já havia contrariado a militância e a esquerda do PT ao orientar o apoio às candidaturas do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) às presidências da Câmara e do Senado. O objetivo era garantir cargos na Mesa Diretora das duas Casas e evitar que o PT ficasse ainda mais isolado politicamente. A reação da militância levou a direção nacional do PT a recuar e recomendar a união das esquerdas. Na Câmara, o partido acabou apoiando a candidatura do deputado André Figueiredo (PDT-CE), e, no Senado, a bancada rachou.

DEDICAÇÃO AINDA MAIOR À POLÍTICA

Lula deve mergulhar ainda mais de cabeça na política após a morte da mulher. A expectativa de aliados mais próximos é que a perda da ex-primeira-dama não mudará a sua disposição de assumir a presidência do PT, na metade do ano, como vem sendo articulado pelos principais caciques da legenda.

No entorno de Lula, há ainda quem acredite que o petista vai agora colocar o pé na estrada para percorrer o país, até como uma forma de ocupar a cabeça. O ex-presidente já vinha ensaiando esse giro pelo Brasil desde o início da crise que levou ao impeachment de Dilma, mas nunca chegou a concretizar o plano.

Marisa implicava com as viagens e com as agendas do petista no final de semana. Por outro lado, era favorável que ele retomasse o comando do partido, posto que ocupou até 1994.

Lula tem defendido que os petistas se engajem em discussões sobre política econômica, como geração de emprego e renda, retomada do crescimento, e sobre reforma política, especialmente financiamento de campanhas eleitorais. Para o ex-presidente, o PT tem que aproveitar os supostos retrocessos promovidos por Temer, como a PEC do Teto de Gastos, para construir seu discurso. Lula quer reunir economistas, especialistas em políticas públicas e gestão governamental para preparar desde já um programa de governo para 2018.

— O Lula, por natureza, é muito prático. Ele está pensando no futuro, em como juntar os cacos do PT, construir um projeto e ir para a rua. Ele quer ser presidente de novo — disse uma pessoa próxima do ex-presidente.

Lula vinha discutindo, antes da morte de Marisa, o melhor momento para colocar na rua a sua candidatura à Presidência da República em 2018. A expectativa é que isso aconteça durante o congresso da legenda, em junho, o mesmo que deve sacramentar a sua indicação para comandar o PT.

Resistente inicialmente à ideia de voltar ao comando formal do PT, temendo que as investigações contra ele contaminassem a legenda — Lula é réu em cinco ações na Justiça — o ex-presidente deu, desde o final do ano passado, sinais de que vai encarar a missão para evitar um racha que poderia ser mortal para o partido que fundou em 1980.

Com Lula, mesmo grupos que fazem oposição ao atual comando do PT e defendem alterações radicais na forma de condução do partido, como o Muda PT, desistiriam de lançar candidato para presidir a legenda. Além da unidade em torno de seu nome, o ex-presidente também exige, para aceitar a missão, que as correntes apresentem os seus melhores nomes para compor a Executiva Nacional, numa forma de fortalecer a direção.

Um dos movimentos que indicam a disposição de Lula de presidir o PT foi a articulação endossada por ele para que Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo, assuma o comando do partido em São Paulo. Por ser um dos melhores amigos de Lula na política, Marinho seria a principal opção para a presidência nacional, caso Lula não quisesse o posto.

O discurso feito no velório de Marisa, no dia 4, já deu sinais de que Lula não vai abandonar o embate político. Na ocasião, disse que não tem "medo de ser preso" e que "vai brigar" contra os que "levantaram leviandades" sobre a mulher.

Na missa de sétimo dia da ex-primeira-dama, realizada na última quinta-feira, Lula mostrou que não vai deixar a política nem momentaneamente. Presente à cerimônia, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, foi convocado pelo ex-presidente para uma reunião na dia seguinte.

fonte: Folha Política


EM DEPOIMENTO, DILMA DIZ QUE NÃO SABIA DE ATRASOS DE PAGAMENTO DO TESOURO

Em depoimento ao procurador da República Ivan Marx, a ex-presidente Dilma Rousseff lançou mão de um expediente semelhante ao usado por Lula no mensalão: dizer que “não sabia”. Ela, que ganhou fama de ‘gerentona’ por se preocupar com os detalhes, afirmou não saber que o Tesouro Nacional atrasava pagamentos a bancos públicos. Disse, ainda, não saber que o FGTS era usado para financiar os empréstimos do Minha Casa Minha Vida sempre que o Orçamento do programa chegava ao fim. Dilma também disse desconhecer os atrasos ao Plano Safra. Segundo ela, só soube das pedaladas após os acórdãos divulgados pelo Tribunal de Contas da União. 

O depoimento foi colhido por Marx - que atua no Ministério Público Federal no Distrito Federal - há dois meses em Porto Alegre no âmbito do processo civil sobre as pedaladas fiscais.

fonte: Folha Política