terça-feira, 28 de novembro de 2017

VEM AÍ O MINISTÉRIO DOS ESTADOS?

É uma ironia, mas que fazer se nossa Federação virou uma coisa ridícula?
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Em O Espírito das Leis (1746) Montesquieu recomendou que as repúblicas, para fins de segurança contra inimigo externo, adotassem o modelo da Federação, ou seja “uma convenção pela qual vários corpos políticos consentem em se tornarem cidadãos de um Estado maior que querem formar”.
Foi nesse ânimo que, 30 anos mais tarde, as 13 colônias inglesas na América se organizaram na Convenção de Filadélfia e constituíram os Estados Unidos. Entre as características da nova nação se incluía a preservação das autonomias dos estados, integrados a um corpo nacional para fins comuns. Um século e pouco depois, na primeira constituinte republicana, o Brasil adotaria o mesmo modelo, em tom mais moderado. Abandonou, então, o regime monárquico e a forma unitária de Estado.
De lá para cá, se existe uma vocação percebida na história da nossa república, é a vocação para federalismo na teoria e para centralismo na prática. Nossa Federação não esconde suas tendências suicidas. "Todo poder à União!", parecem bradar quantos chegam à presidência da República. E a corte da burocracia federal aplaude em pé. Poder centralizado, político e financeiro, sistemas únicos, programas nacionais, serviços federais, bases nacionais comuns, parecem ser melhor do que mulher, do que doces portugueses e do que uísque aged 30 years.
A relação entre democracia e descentralização é autoevidente. Pelo viés oposto, quanto mais centralizado o poder, mais ele avança na direção do autoritarismo ou, mesmo, do totalitarismo.
A Constituição de 1988 reafirmou o compromisso com a intenção federativa a ponto de incluir os municípios como entes federados, concedendo-lhes autonomia política, administrativa e financeira. Até parece. O que se viu a partir daí foi uma re-centralização, acompanhando a deterioração fiscal dos entes federados.
Melhor e mais destapado exemplo disso aconteceu no dia 1º de janeiro de 2003 quando Lula, num de seus primeiros atos como presidente da República, criou um Ministério das Cidades, que logo se tornaria a cereja do bolo na mesa central do poder. É o ministério pelo qual todos brigam e o que maior poder de barganha tem no jogo do poder, pois dele sai o dinheiro para obras e programas municipais. Acaba de se tornar posto de provimento por indicação do presidente da Câmara dos Deputados.
A centralização estimula a corrupção e as más práticas políticas. Ademais, a dependência induz o dependente à irresponsabilidade. A falência dos entes federados brasileiros e o suicídio da Federação pode acabar gerando um Ministério dos Estados, onde se entregarão os dedos porque os anéis já foram. É preciso deixar de lado a desídia segundo a qual, como tenho tantas vezes afirmado, "está tudo errado, mas não mexe", e repactuar o Brasil. A situação está para lá de ridícula.
texto: Percival Puggina

Bolsonaro escolhe referência do pensamento econômico liberal para seu ministro da Fazenda

O economista Paulo Guedes, o nome que o deputado Jair Bolsonaro diz que gostaria de tornar seu ministro da Fazenda, atua no mercado financeiro. 

É um dos fundadores do Banco Pactual – que posteriormente foi comprado e integra hoje o BTG Pactual, um dos maiores do país. Também criou o BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos – empresa que investe em ações privadas (private equity) e da qual ele faz parte.

Guedes, é ph.D em economia pela Universidade de Chicago, instituição que é considerada uma referência do pensamento econômico liberal. O economista já foi membro do conselho de administração de companhias como Localiza, PDG e Anima Educação. 

Além da atuação no mercado financeiro e corporativo, foi fundador do Ibmec, instituição educacional com cursos de graduação em economia e administração, e é autor de colunas no jornal O Globo. 

Em um texto publicado no jornal no mês passado, avaliou que o “centro” da política estava “vazio” no momento e considerou um segundo turno disputado por Bolsonaro e Lula. 

Enquanto o petista seria representante da “Velha política”, classificou o deputado como “fenômeno eleitoral de uma ‘direita’ que defende ‘a lei e a ordem’, valores de uma classe média indignada com a corrupção na política, a estagnação na economia e a falta de segurança nas ruas”.


Lula e Marinho se encontrarão na sexta

O condenado Lula é esperado no lançamento da pré-candidatura de Luiz Marinho ao governo de São Paulo, na sexta-feira.
A organização do evento diz que o ex-presidente já confirmou que vai.

Mas não esperem explicações sobre o dinheiro desviado do Museu do Trabalho e do Trabalhador.

Para ex-ministro tucano, “candidatura presidencial viável”

O PSDB deverá vender a ideia de Geraldo Alckmin como “o candidato de centro”.
O deputado Bruno Araújo, ex-ministro das Cidades, disse ao site O Antagonista, sobre o acordo para que o governador de São Paulo assuma o comando do partido:

“É a construção de uma candidatura presidencial viável. De centro.”

Para Araújo, a desistência de Tasso Jereisatti e de Marconi Perillo (na disputa pela presidência da legenda) “é o gesto de dois importantes homens públicos que ajudam a consolidar a unidade necessária”.

Rodrigo Maia e ‘Temer caindo amanhã’

Rodrigo Maia, outro dos entrevistados do evento de Veja, disse ter recebido “muitas visitas” na madrugada depois de a conversa de Michel Temer com Joesley Batista vir à tona.

“Era um ambiente de ‘vai cair amanhã'”, disse o presidente da Câmara.

Maia afirmou, porém, que teria votado contra as duas denúncias da PGR contra Temer. Pelo regimento interno da Câmara, o presidente da Casa não é obrigado a se posicionar.

Alckmin: ninguém vai votar em partido

Geraldo Alckmin acredita que a fragilidade do PSDB ao apoiar um governo como o de Michel Temer não será um problema na eleição de 2018.
“Ninguém vai votar em partido. Os partidos estão fragilizados. Vão votar em pessoas”, disse o governador paulista.

Pelo visto Alckmin, que deve assumir a presidência do PSDB em breve, quer que o Brasil se esqueça de que ele é tucano.

Moro e os “ataques sujos”

Ao abordar a Lava Jato no evento da Veja, Sérgio Moro disse que “um lado negativo que eu realmente não esperava  foram alguns ataques sujos, por conta desses casos envolverem pessoas da política”.

Alguns?!

A sorte de Bolsonaro

Se PT e PSDB candidatarem o condenado Lula e o investigado Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro já pode ir comemorando.

O animador de auditório

Luciano Huck fugiu da disputa ao Palácio do Planalto.
Ele publicou um longo depoimento na Folha de S. Paulo, anunciando sua decisão.

O único trecho que importa é:

“Contem comigo. Mas não como candidato a presidente”.

Podemos contar com ele como animador de auditório.

Rosinha e Lourdinha na mesma cela

Rosinha Garotinho e Adriana Ancelmo (codinome Lourdinha) dividem uma cela na cadeia de Benfica.
As imagens foram mostradas pelo Fantástico.

Delicie-se com este fotograma:


O Polo de Lula

“É Jaques Wagner, e não Fernando Haddad, o candidato de Lula à Presidência das República”, diz Lauro Jardim.
É uma boa escolha.

Além de garantir o feudo baiano do PT, Jaques Wagner – codinome Polo – era um dos homens de Lula no departamento de propinas da Odebrecht.