domingo, 19 de março de 2017

'Em 28 anos de trabalho, jamais encontrei local de crime onde a arma fosse registrada ou o cidadão tivesse porte legal de arma', diz Tenente-Coronel Nádia

A vereadora e Tenente Coronel da reserva Nádia derrubou os argumentos de que o desarmamento da população poderia contribuir para a diminuição da criminalidade:  "Em 28 anos de trabalho na BM jamais encontrei local de crime onde a arma fosse registrada ou cidadão tivesse porte legal de arma". 


A vereadora, conhecida como Comandante Nádia, defende o fim do desarmamento e participa da frente parlamentar "Armas pela Vida". Ela divulgou uma Carta Aberta em resposta a um colunista que a criticou, onde explica sua visão sobre o porte de armas pela população. 

Leia abaixo a Carta Aberta: 
Que estranho não ter lido, nos últimos 20 anos, nada nos jornais com teu nome, Paulo Germano, criticando que existem armas nas mãos de todos os criminosos nas ruas de Porto Alegre. Para mim isso já basta para desconstituir tua teoria. Hoje, caro leitor, qualquer objeto pode ser utilizado como arma quando usado com o princípio da surpresa para ameacar e atacar. Exemplificando: agressores matam suas vítimas, inclusive violência doméstica, com espetos de churrasco, chaves de fenda, torniquetes, cordas, pedras, entre tantos outros objetos que poderia listar.
 Quanto à classificação das armas, desde brancas, de fogo, não letais, efeito moral, química, biológica, ocasional, porém todas se usadas de maneira errada podem levar à morte.Durante milhares de anos, o homem sobreviveu com suas armas naturais, ou seja, suas unhas, punhos e dentes (como os demais animais).Sem discorrer sobre a evolução da sociedade moderna, apenas digo que com o tempo surgiram as primeiras armas que passaram a ter várias utilidades humanas como para tiro desportivo, a defesa de uma coletividade (Forças Armadas, Polícias) e nosso pleito, a autodefesa. Mudou o foco dos ataques pois hoje se tira vidas por bonés e celulares e, mesmo que o atendimento policial fosse instantâneo, que todos os crimes fossem elucidados com criminosos presos por muitos anos, mesmo assim afirmo que isso não tiraria o meu direito de ter arma de fogo, o instrumento que traz equilíbrio no triste confronto entre, por exemplo, um jovem bandido e uma idosa, como ocorreu na invasão de um apartamento em Caxias do Sul, anos atrás. 

É claro que existirão os critérios objetivos. Até pode ser feita uma analogia com a concessão do Estado para a CNH ou o brevê de pilotagem de aeronaves, visto a grande fiscalização e cursos existentes para que um cidadão conduza veículos automotores e aeronaves que ampliam em milhares de vezes a força, a capacidade de carga, a velocidade e, porque não, o poder de destruição no caso de mau uso destes, seja culposa ou dolosamente. 

Não estamos buscando a obrigatoriedade de todos terem, muito longe disso, lutamos por um direito natural. Desta forma, se até hoje tu não tenhas vindo participar, mesmo antes do movimento não ter nome específico ou slogan que tanto desaprovas, se até agora não vi nada ao teu respeito lutando pelo direito mínimo de ter armas em casa e no local de trabalho, então posso também acreditar que teu ataque a nossa causa é decorrente de mera inveja ou divergência política, sentimentos menores que não podem abafar o grito dos que querem realmente poder se defender e a tudo que mais amamos, a vida. 

Um dia ainda viveremos em um mundo sem grades, sem drogas, sem violência, sem crimes, sem armas e sem hipocrisia. Enquanto não alcançamos este ideal, armas pela vida!