quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Torquato, o crime organizado e as freiras da PM

As declarações de Torquato Jardim criaram um alvoroço no governo do Rio de Janeiro, na Assembleia Legislativa e no comando da Polícia Militar.

Tem gente exigindo do ministro da Justiça que apresente “os nomes” de quem estaria envolvido com o crime organizado.

Torquato provavelmente teve acesso a informações sigilosas, mas uma simples pesquisa no Google confirma o envolvimento criminoso da elite da segurança pública fluminense.

“Próprio bandido é quem comanda batalhão”, diz uma manchete do Fantástico de 2014.

Reportagem de maio deste ano, do El País, traz um raio-x do problema: Dos 4.082 investigados pelo Gaeco, de 2010 a março de 2017, 1.886 são traficantes e 563 são policiais ou já exerceram a função.

Integrantes do Bope vazavam operações ao Comando Vermelho, vendiam fardas e armamentos.

Recentemente, a Corregedoria da PM abriu investigação para apurar se policiais militares deram carona a traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em um caveirão, na Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio.

Agir como se o Rio fosse governado por freiras beira o ridículo. Mas Torquato poderia fazer um bem à Nação e entregar, sim, todos os nomes.