segunda-feira, 13 de março de 2017

Lula é o pai da orgia 'Estado-Odebrecht', Diz Demétrio Magnoli

Enquanto setores da imprensa se preocupam em determinar o envolvimento de membros do governo e de outros partidos no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Odebrecht, pouso jornalistas se preocupam em se ater aos fatos. 

O principal deles é que não haveria como a Odebrecht manter um regime de corrupção tão profundo e arraigado no governo federal sem o aval dos ex­-presidentes Lula e Dilma. O próprio Marcelo Odebrecht admitiu que 80% da propina reservada pela empreiteira eram destinados exclusivamente ao PT. Os outros 20% entregues a membros de outros partidos, todos eles da antiga base aliada governista, eram liberados para outros políticos e partidos mediante o aval de Lula e Dilma, com quem Marcelo Odebrecht se reuniu mais de 100 vezes, segundo o próprio empresário. 

Isto significa que Lula, Dilma e o PT, através de seus ex­-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci, foram responsáveis pela distribuição de mais de R$ 3 bilhões em propina. O valor constava das planilhas do setor de operações estruturadas da empreiteira, o departamento de propina concebido por Marcelo Odebrecht, para que ele pudesse organizar o fluxo do dinheiro sujo oriundo de contratos espúrios com os governos petistas. Os atuais membros do governo envolvidos em esquemas de corrupção com a Odebrecht fizeram parte do governo de Lula e Dilma, como Romero Jucá, Renan Calheiros, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima. Todos os ilícitos que tenham praticado ocorreram durante os governos petistas e se receberam propina, receberam com aval de Lula e Dilma em troca de apoio aos seus governos. É tolice e má fé tentar atribuir a corrupção destas pessoas ao governo Temer. Para montar sua equipe de transição e garantir o máximo de apoio político para aprovar as medidas necessárias, Temer teve que confiar na palavra de seus ministros, que acabaram caindo em pouco tempo. 

Em artigo publicado na Folha, Demétrio Magnoli afirma que "A corrupção, tão velha quanto o Brasil, está disseminada por todos os partidos, mas o "Estado ­Odebrecht" nasceu sob as asas de Lula. A "esquerda brasileira" centralizou os esquemas de captura privada do poder público, convertendo-os em ferramenta política estratégica. No "centro da Lava Jato", encontram-­se os que detinham as chaves das portas das empresas estatais durante os 13 gloriosos anos do verde-­amarelismo lulopetista. Mas, em exercícios de hipocrisia extrema, os intelectuais de esquerda comemoram os inquéritos que atingem o círculo de Temer enquanto denunciam uma suposta "perseguição de Moro" contra seu idolatrado ex­-presidente. Como não lastimar isso?

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