domingo, 18 de março de 2018

Sem Globo: 36 vereadores foram assassinados desde 2016

O assassinato de Marielle Franco, vereadora do PSOL carioca, está sendo noticiado como uma já provada perseguição da polícia a uma ativista de direitos humanos. Entretanto, o Congresso em Foco fez um levantamento mostrando que simplesmente 36 vereadores foram mortos nos últimos dois anos no Brasil. O triste destino de Marielle, assim, parece mais uma estatística do que um nítido “crime político”.

A narrativa da mídia sobre o assassinato de Marielle Franco está sendo mantida a fórceps, martelando-se palavras-chave todo dia. A militante de extrema-esquerda é sempre descrita como “ativista dos direitos humanos”, uma expressão que ainda tenta passar uma aura quase de santidade e abdicação samaritana pelos pobres e oprimidos. Seu assassinato é sempre noticiado com esta descrição, tentando dar a entender alguma causalidade. Ficaríamos com o contraste entre a abnegada defensora dos pobres e oprimidos e algum plano maquiavélico da polícia carioca.

Só no Rio de Janeiro, podemos lembrar de Silvério Amaro Pereira Filho (PRB), presidente da Câmara de Vereadores de Rio Claro, assassinado a tiros enquanto dirigia na Rodovia Saturnino Braga (RJ-155), em fevereiro de 2016. 

Um mês antes, Geraldo Cardoso, vereador do PSB em Magé, foi morto dentro da Câmara de Vereadores, com três tiros, enquanto tentava cassar o mandato de outro vereador.

Tais crimes não tiveram o destaque na Rede Globo que a vereadora do PSOL teve. No caso de Marielle, só há elogios e palavras edulcoradas: feminista, ativista dos direitos humanos, defensora da população pobre e negra. Sua trajetória é descrita em tons quase hagiográficos. O próprio Congresso em Foco carrega nas tintas róseas no caso de Marielle

“Diante dessa realidade, o governo federal não tem tomado providências para proteger, na esfera pública, não só vereadores, mas também ativistas e demais militantes de qualquer causa.”

Novamente, os “ativistas” parecem fazer parte de uma categoria superior de seres humanos. O que é corroborado pela ONU:

Segundo reportagem veiculada nesta quinta-feira (15) no site do jornal O Estado de S. Paulo, o governo ignorou alertas das Nações Unidas sobre ameaças e assassinatos envolvendo ao menos 17 ativistas de direitos humanos.

Após falar de sua “natural liderança feminista”, o Congresso em Foco ainda arremata:

Quatro dias antes do seu assassinato, Marielle fez uma denúncia em seu perfil nas redes sociais contra policiais do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar) de Acari.A tentativa de incutir nada sutilmente uma relação de causalidade entre a crítica ao BPM (o site não comenta, mas Marielle o chamou de “Batalhão da Morte”) e o assassinato da vereadora é premente.

O que salta aos olhos não é nenhuma particularidade do assassinato de Marielle, e sim a proximidade ideológica da vereadora de extrema-esquerda e da própria mídia, que escolhe o que noticiar, o que dar destaque e sobre o que silenciar. 

Basta pensar que o PSOL é uma inexpressividade eleitoral, mas tem uma proximidade de unha e carne com os progressistas pró-drogas do Projac.

O obituário seria muito maior se fossem incluídos na conta todos os ex-vereadores, candidatos a vereadores ou parentes de vereador executados por motivos políticos. Mas, dos 36 vereadores mortos nos últimos 2 anos, apenas a única do PSOL teve um destaque e comoção nacional e internacional. Observando-se por este prisma, podemos entender muito melhor o que está acontecendo no Brasil, registra o site sensoincomum.org