O deputado federal
gaúcho Marco
Maia tornou-se, em
maio de 2016, o
primeiro nome do PT
gaúcho investigado no
âmbito da Lava Jato
no Supremo
Tribunal Federal.
Hoje, ele se dedica a
espalhar calúnias
contra o juiz Sérgio
Moro. Em um vídeo
chamado “A casa caiu
para família Moro”,
divulgado em sua página no Facebook na
última sexta-feira, há
acusações caluniosas
de um suposto
dinheiro ilícito
depositado para toda
família do juiz.
Agora, relembre a
“bela” história deste
deputado na operação
Lava Jato.
Maia surgiu no
cenário nacional, em
2016, após ser alvo da
operação da Polícia
Federal que suspeita
de cobrança de
“pedágio” das
empreiteiras para
protegê-las na CPI
Mista da Petrobras,
conduzida em 2014.
Na comissão, Maia era
relator e Vital Rêgo, do
TCU, o presidente.
Júlio Camargo, ex-consultor
da Toyo
Setal, e o ex-senador
petista Delcídio
Amaral contaram que
executivos de
empreiteiras
investigadas na Lava Jato
teriam de
repassar recursos
para parlamentares
para barrarem
suas convocações para
depoimentos.
Camargo informou
que Maia, que foi
presidente da Câmara
entre 2011 e 2012,
solicitou R$ 500 mil a
fim de livrar o
consultor da
convocação para
depor na comissão.
Na versão de Delcídio,
os empreiteiros
fizeram uma “força-tarefa”
para impedir
seus depoimentos. O
senador informou o
núcleo responsável
pelo “pedágio”, que
incluía Maia, Vital do
Rêgo, ministro do
TCU, além do ex-senador
Gim Argello
(PTB-DF).
Em um depoimento ao
juiz da Sergio Moro
em setembro de 2016,
o ex-presidente da
OAS Léo Pinheiro
corroborou as
suspeitas da polícia.
Segundo o empresário,Maia o
procurou em 2014
para cobrar propina
de R$ 1 milhão em
troca de proteção a
sua empresa na CPI
que deveria investigar
as irregularidades na
estatal petrolífera. Léo
Pinheiro disse que a
OAS fez o pagamento
para um empresário
indicado pelo
parlamentar,
que atuaria em campanhas
políticas.
Em 2014, foram
instaladas uma CPI
Mista e uma CPI no
Senado. Nenhuma
delas convocou
empreiteiros das
grandes construtoras
para depor. No caso da
CPI Mista, o texto final do relator Marco Maia
foi aprovado em 18 de
dezembro daquele ano
e pedia o indiciamento
de 52 pessoas. O
parecer de Maia foi
modificado na última
hora e aprovado por 19
parlamentares e com a
objeção de oito
membros da oposição.
Maia, por ser
deputado, tem foro
privilegiado.
Apartamento em
Miami
Em novembro de 2015,
o nome de Maia esteve
envolvido em outra
polêmica. Segundo a
revista Veja,
o deputado é dono de
um apartamento em Miami avaliado em
US$ 671 mil (R$ 2,5
milhões). O imóvel
estaria em nome de
uma empresa aberta
por Alexandre
Romano, ex-vereador
petista de Americana
(SP), o Chambinho.
Em agosto de 2015, o
ex-vereador foi preso
pela Lava-Jato por
suspeitas de cuidar da
distribuição de
propina dentro do
Ministério do
Planejamento, onde a
empresa de
informática Consist
estaria envolvida. Em
troca da assinatura de
um contrato
milionário, a empresa
repassava, segundo a
acusação, parte do valor recebido para o
PT.
A escritura do
apartamento estava
entre o material
reunido pelos policiais
e que Marco Maia
passou férias no
imóvel. O petista
afirmou à Veja que, a
convite de
Chambinho, se
hospedou no
apartamento por 10
dias, mas “uma única
vez”.
Entretanto, em delação
premiada, o ex-vereador
disse que o
verdadeiro dono do
imóvel é Maia. O
apartamento tem 164
metros quadrados,
fica na South Tower at The Point e conta com
três quartos e dois
banheiros. O prédio
faz parte de um
condomínio de cinco
edifícios situado a
poucos metros da
praia e proporciona o
uso de uma marina e
de um spa.
fonte: república de curitiba online