As expectativas de que o ex-presidente Lula possa recorrer para lançar sua candidatura
logo que sua condenação for confirmada pelo TRF4 tornam-se cada vez mais remotas.
Ao tornar-se inelegível pela Lei da Ficha Limpa, a chance de sucesso em uma iniciativa
de judicialização de sua candidatura é de praticamente zero.
A Lei é bastante clara e
dificilmente os demais candidatos, com apoio maciço da opinião pública, vão investir
pesado em ações para eliminar o criminoso condenado da disputa.
Neste cenário, dois candidatos devem polarizar a disputa à Presidência em 2018.
O
deputado Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin são os que
possuem mais chances de concentrar as atenções do eleitores, pelo menos até o
primeiro trimestre do próximo ano.
O primeiro já conta com uma boa base de apoio
de parte do eleitorado. Já o tucano é muito bem avaliado no maior colégio eleitoral do
país.
Mas o imponderável pode interferir na polarização entre Bolsonaro e Alckmin. Até o momento, o governo Temer não se manifestou sobre quem irá apoiar nas próximas
eleições.
Apesar de sua baixa popularidade, a influência do Planalto terá um peso
muito grande na disputa à sucessão presidencial em 2018. Além da recuperação da
economia e do crescimento da oferta de emprego no país, os partidos que compõem a
base governitas detém quase 40% do tempo na propaganda eleitoral gratuita.
Enquanto o PMDB e aliados de Temer possuem seis minutos, Alckmin tem apenas 1
minuto e 18 segundos e Bolsonaro 10 segundos. Isto explica o receio do governador
de São Paulo em romper com o governo Temer, contrariando a orientação do PSDB.
Caso a base do governo permaneça coesa até meados de 2018, será tarde demais para
que outros candidatos corram em direção a Temer com um pires na mão. A esta altura
do campeonato, o Palácio do Planalto já terá definido o nome de seu candidato.
No cenário atual, ainda com Lula na disputa, o governador Geraldo Alckmin lidera a
preferência dos eleitores do estado de São Paulo para a corrida presidencial,
superando o deputado Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, conforme levantamento
realizado pelo instituto Paraná Pesquisas.
O instituto quis saber “Se as eleições para Presidente do Brasil fossem hoje e os
candidatos fossem esses, em quem o Sr(a) votaria?
Alckmin ficou em primeiro, com
23,7% da preferência dos entrevistados, seguido de Jair Bolsonaro (19,9%) e Lula
(19,4%), que aparecem praticamente na sequência.
A saída de Lula da disputa deve resultar na distribuição de seus votos entre
praticamente todos os candidatos.
Já os eleitores indecisos, algo em torno de 65% dos
brasileiros, deve aguardar a consolidação dos atuais nomes e o surgimento de mais um
candidato com condições de dividir a disputa em 2018.
Por enquanto, não há nada
definido.
Com informações de Imprensa Viva