FAZENDO O QUE O PT QUERIA FAZER NO BRASIL. MADURO AMEAÇA DEPUTADOS E CRIA 'COMANDO ANTI-GOLPE'
O presidente venezuelano,
Nicolás Maduro, acusou nesta
terçafeira a oposição que
controla o Parlamento de tentar
um "golpe de Estado" ao
declará-lo em "abandono do
cargo", e advertiu que a decisão
terá consequências.
"Atenham-se às consequências
do chamado golpe de Estado que
a quadrilha aprovou ontem na
Assembleia Nacional", disse
Maduro ao ativar nesta terça um
"comando anti-golpe" integrado
por figuras que se autoproclamam chavistas radicais.
Em sua primeira reação à decisão do Legislativo, Maduro afirmou que é um "manifesto golpista e nulo",
que incita à violência e ao caminho para tirá-lo do poder por qualquer meio, incluindo a intervenção
estrangeira.
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"Sou o presidente da República Bolivariana da Venezuela, o chefe de governo e o chefe de Estado pelo
mandato do povo, e com o povo seguirei defendendo a paz", afirmou Maduro em rede nacional de rádio e
TV.
O Legislativo declarou Maduro em "abandono do cargo" por não cumprir suas funções em meio à grave
crise política e econômica, e exige a convocação de eleições antecipadas.
"Dizem que abandonei o cargo e há 10 milhões de estudantes", se defendeu Maduro ao citar os
investimentos do governo em setores como educação, saúde e habitação.
Após a decisão do Parlamento, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou que o Legislativo não tem a
faculdade de destituir o presidente.
O governo recorreu ao TSJ para poder processar penalmente os congressistas que aprovaram o
"abandono de cargo" de Maduro.
O presidente destacou a necessidade de se constituir um "comando anti-golpe" para atuar com "firmeza"
contra a oposição.
"Sabemos quais são os promotores da violência e devemos agir preventivamente", declarou Maduro ao
integrantes do "comando", ao qual delegou o combate às conspirações.
Liderado pelo recém-nomeado vice-presidente, Tareck El Aissami, o "comando" é integrado ainda por
Diosdado Cabello, número dois do chavismo; Vladimir Padrino López, ministro da Defesa; Néstor Reverol,
ministro do Interior; e Gustavo González López, diretor do Serviço de Inteligência.
Fonte: Folha Política