LULA COMEÇOU O ANO ESCONDIDO
PETISTA AINDA NÃO DEU AS CARAS EM 2017
O ex-presidente Lula está sumido desde o final do ano passado e, até o momento, não
deu as caras ou se manifestou sobre a possibilidade de ser preso neste ano de 2017.
Alvo principal da Operação Lava Jato, o petista é réu em cinco ações penais e
investigado em outros três inquéritos na Justiça.
Lula já foi apontado como o chefe da organização criminosa por trás de praticamente
todos os esquemas de desvios de recursos da Petrobras ao longo dos últimos treze
anos. A Lava Jato, que investiga os crimes do petrolão, já provocou desdobramentos e
investigações em outros 40 países, segundo dados do Ministério Público Federal,
MPF.
A investigação liderada pelo juiz federal Sérgio Moro apura desde 2014 uma rede de
corrupção e lavagem de dinheiro que envolve as maiores empreiteiras e grandes
empresas de infraestrutura do Brasil, como a Petrobras e inúmeros agentes públicos e
políticos ligados a Lula, Dilma e integrantes da base aliada dos governos petistas.
O ex-presidente Lula tem papel central na organização criminosa que vitimou não
apenas a Petrobras, mas também o BNDES, bancos públicos e fundos de pensão. De
acordo com a Procuradoria-Geral da República, a chamada força-tarefa da Operação
Lava Jato já tratou de pedidos de cooperação internacional (ativos e passivos) para
investigações nesses 40 países. O Ministério Público enviou até o momento 123
pedidos de cooperação para ao menos 34 países.
Lula está sendo investigado em praticamente todas as frentes da operação. No Brasil,
há três núcleos de investigação da Lava Jato: em Curitiba (onde foi iniciada a operação
a partir da descoberta da movimentação de recursos financeiros ilícitos em postos de
gasolina, o que deu origem ao nome Lava Jato), no Rio de Janeiro e na Procuradoria-Geral
da República, em Brasília.
Como disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o esquema criminoso na
Petrobras não teria sido possível sem o comando de Lula. Os números da Lava Jato
são todos monumentais e impressionantes. A rede de propinas e crimes chega a R$
6,4 bilhões, segundo os investigadores. O bloqueio de bens dos réus já totaliza a cifra
de R$ 3,2 bilhões. O Ministério Público Federal pede o ressarcimento de R$ 38,1
bilhões pelos crimes cometidos, incluindo nesse montante a aplicação de multas
milionárias às empresas envolvidas.
Investigações da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos,
divulgadas publicamente em 2016, revelam a existência de uma rede internacional de
distribuição de propinas pela empreiteira Odebrecht e algumas de suas subsidiárias. O
documento dos EUA sustenta que, no período de 2001 a 2016, a Odebrecht e
empresas ligadas a ela pagaram mais de US$ 1 bilhão em propinas referentes a 100
projetos desenvolvidos em 12 países: Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República
Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.
Apesar da divulgação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre acordo
de cooperação da Odebrecht, onde já constam informações comprometedoras contra
Lula, o petista foi duramente atingido pelas delações de Emílio e Marcelo Odebrecht.