domingo, 23 de abril de 2017

LÉO PINHEIRO CONTRA-ATACA E APRESENTA DOCUMENTOS PARA PROVAR ACUSAÇÕES CONTRA LULA

Para comprovar as acusações que fez nesta quinta-feira ao juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula, o empresário Léo Pinheiro vai utilizar um conjunto de documentos para mostrar que falou a verdade. 
Com cartas na manga, o empresário tem em mãos informações que incluem agenda de encontros pessoais entre os dois no primeiro ano de investigação da Lava-Jato, além de centenas de telefonemas e contatos relacionados às tratativas em torno do tríplex do Guarujá, o qual, segundo o empresário, estava reservado à família Lula desde que a OAS assumiu as obras do Edifício Solaris, em 2009.

Há ainda informações sobre as viagens que Léo Pinheiro fez ao Guarujá para encontros com Lula e dona Marisa, que devem ser corroboradas com os roteiros de viagens ao litoral paulista feitos por veículos registrados em nome do Instituto Lula. Os contatos por e-mail feitos para reformas no apartamento, que foi personalizado, e a compra de mobiliário e eletrodomésticos, já tinham sido revelados pela força-tarefa no início das investigações.

Parte dos novos documentos foi anexada à ação relacionada ao tríplex dez dias atrás. Inicialmente, o foco de Léo Pinheiro será no detalhamento das agendas, encaminhadas por e-mail, onde são registrados encontros pessoais com o ex-presidente Lula durante o primeiro ano da operação, deflagrada em março de 2014. Entre junho e novembro daquele ano, o empresário esteve cinco vezes em encontros com Lula até ser preso pela Polícia Federal. A última reunião entre os dois ocorreu em 10 de novembro de 2014, quatro dias antes de ser desencadeada a 7ª fase da Lava-Jato — a primeira grande ofensiva contra as empreiteiras acusadas de participar do cartel da Petrobras.

Há ainda informações sobre as viagens que Léo Pinheiro fez ao Guarujá para encontros com Lula e dona Marisa, que devem ser corroboradas com os roteiros de viagens ao litoral paulista feitos por veículos registrados em nome do Instituto Lula. Os contatos por e-mail feitos para reformas no apartamento, que foi personalizado, e a compra de mobiliário e eletrodomésticos, já tinham sido revelados pela força-tarefa no início das investigações.

Parte dos novos documentos foi anexada à ação relacionada ao tríplex dez dias atrás. Inicialmente, o foco de Léo Pinheiro será no detalhamento das agendas, encaminhadas por e-mail, onde são registrados encontros pessoais com o ex-presidente Lula durante o primeiro ano da operação, deflagrada em março de 2014. Entre junho e novembro daquele ano, o empresário esteve cinco vezes em encontros com Lula até ser preso pela Polícia Federal. A última reunião entre os dois ocorreu em 10 de novembro de 2014, quatro dias antes de ser desencadeada a 7ª fase da Lava-Jato — a primeira grande ofensiva contra as empreiteiras acusadas de participar do cartel da Petrobras.

Léo Pinheiro declarou que, em janeiro de 2014, foi procurado por Lula porque o ex-presidente queria fazer uma visita ao apartamento junto com a mulher. De acordo com o ex-presidente da OAS, a reforma foi aprovada pelo casal e já estava adiantada. Em uma segunda visita ao imóvel, dona Marisa pediu que as obras ficassem prontas antes do fim do ano.

— Dona Marisa me fez um pedido. Disse: “Nós gostaríamos de passar as festas de fim de ano aqui no apartamento. Teria condições de estar pronto?”. Eu disse: “Olha, pode ficar certa que, antes disso, nós vamos entregar tudo pronto” — declarou o empresário no depoimento.

Preso duas vezes na Lava-Jato, a última em setembro de 2016 até hoje, o empresário vinha optando pelo silêncio, numa espécie de pacto de preservação a Lula. Seguiria a mesma estratégia da Odebrecht até o momento em que os executivos de outras empresas quebraram o silêncio.

O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, contestou os documentos em nota: “Desde quando um e-mail de agenda prova a ocorrência de um encontro e, sobretudo, o que poderia ter sido discutido no suposto encontro? Léo Pinheiro não tem nenhuma prova contra Lula, porque ele não cometeu qualquer ato ilícito. Ele (o empresário) tem uma versão negociada para agradar os procuradores para ter a sua delação premiada — negociada desde 2016 — finalmente aceita, para que possa deixar a prisão ou obter benefícios”.