A ex-presidente Dilma Rousseff se meteu em uma verdadeira enrascada ao se utilizar
de um endereço eletrônico com nome falso para se comunicar com os membros da
organização criminosa sobre os avanços das investigações da Operação Lava Jato.
Os
e-mails atribuídos a ex-presidente Dilma Roussef pela delatora Mônica Moura são
válidos e podem ser rastreado, garante o coordenador do Centro de Tecnologia e
Sociedade da FGV Direito Rio, Pablo Cerdeira. Segundo o especialista, "tudo que está
na internet deixa rastros".
Neste caso não é diferente, informou o Globo.
"Quando a mensagem não vai a lugar nenhum, permanece no rascunho do correio
eletrônico, ainda é possível descobrir com mandados de busca e apreensão, segundo
Cerdeira.
Além disso, o Google também tem as informações salvas no rascunho do e-mail".
Caso a petista continue negando que recorreu a este tipo de artifício para ocultar suas atividades criminosas, o Ministério Público Federal pode, a qualquer momento da
investigação, requisitar ao Google quebra do sigilo eletrônico referente aos e mails
supostamente usados por Dilma.
Neste caso, será possível identificar de qual endereço
físico a conta foi utilizada.
— O Ministério Público pede uma ação cautelar para o Google dizer quais IPs estavam
vinculadas a essa conta (de e-mail). IP é o número único de conexão para internet, que
é mais ou menos igual ao CEP.
O Google vai informar isso. Depois, para saber qual
computador estava conectado, vão precisar de outra ordem contra provedores de
conexão — afirmou o especialista.
A defesa de Mônica fez um registro em cartório da existência do e-mail fictício
(iolanda2606@gmail.com) pelo qual ela disse que se comunicava com a ex-presidente.
O registro foi feito em 13 de julho de 2016 em um cartório de Curitiba.