sábado, 27 de maio de 2017

Gleisi Hoffmann defendeu internações compulsórias de viciados em crack quando era ministra



Em 2013, durante a apresentação de um programa do governo federal para combate ao crack, Gleisi Hoffmann, então ministra-chefe da Casa Civil, defendeu a internação compulsória de viciados. Ela disse que se opor às internações era uma "falsa polêmica". O então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que "a lei é clara a esse respeito". 

Leia matéria publicada pelo G1 em 30/01/2013:

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quarta-feira (30) a internação compulsória ou involuntária de viciados em crack em casos que, no entendimento dela, a ação for "necessária". Desde o dia 21, o estado de São Paulo passou a adotar a internação compulsória para dependentes químicos. Essa modalidade de internação precisa ser autorizada pela Justiça.
Ela também chamou de "falsa polêmica" a divergência de opiniões sobre esse tipo de internação. A ministra apresentou a novos prefeitos e prefeitas que participam de encontro em Brasília o programa do governo federal para combate ao crack, o "Crack, é Possível Vencer", lançado em 2011.

"Vamos acabar com essa falsa polêmica na questão das internações. Toda vez que vislumbramos risco de morte na pessoa e ela  não consegue discernir, cabe à família e ao estado decidir. Temos que salvar vidas", afirmou a ministra.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também apresentou o programa do crack para os prefeitos, afirmou que, sobre as internações, a ele cabe analisar a parte da lei. " Nós temos uma lei que determina que, quando há ordem judicial, deve haver a internação. Então a mim cabe a parte da lei, e a lei é clara a esse respeito", disse.
Os ministros anunciaram que,em 2013, o Crack, é possível vencer" vai ser levado também para municípios. Hoje, o programa, que foi lançado em dezembro de 2011, promove parceria entre União e 14 governos estaduais.
De acordo com números apresentados pelo governo, R$ 990 milhões já foram investidos em ações de saúde mental, polícia e justiça para combater o crack. Em 2013, a meta é levar a parceria para os 13 estados restantes e começar e estendê-la também para municípios.
"Não se vence o crack sozinho. É preciso ter envolvimento da União, estados e municípios. Esses três agindo juntos, tenho certeza que vamos vencer o crack", disse Cardozo.