sexta-feira, 2 de junho de 2017

Folha é o primeiro grande jornal a reconhecer que errou sobre gravação de Temer. Falta Globo, Antagonista, Estadão..

O jornal Folha de São Paulo foi o primeiro grande veículo de comunicação do país a admitir que errou ao embarcar na tentativa de Golpe promovida pela Rede Globo que divulgou uma transcrição falsa de uma conversa que o empresário Joesley Batista gravou com o presidente Michel Temer. Acompanhe abaixo a matéria publicada no site da Folha sobre o fato da publicação ter sido induzia ao erro através de um vazamento feito pelo colunista Lauro Jardim, de "O Globo" e amplamente explorado pela emissora, que colocou todos seus empregados para pedir a renúncia de Temer com base na transcrição falsa: "A Folha errou ao afirmar que o empresário Joesley Batista gravou conversa com o presidente Michel Temer em que relatou a compra do silêncio do ex­-deputado Eduardo Cunha na prisão e recebeu aval à operação.

A afirmação foi publicada no final da tarde de quarta (17), primeiro creditada ao colunista Lauro Jardim, de "O Globo", e depois confirmada pela Folha. 

Naquele momento, nenhum dos dois jornais tinha tido acesso às gravações. Elas só foram tornadas públicas no dia seguinte, 18 de maio. 

Nesse dia, a Folha publicou reportagem dizendo que o áudio, na verdade, é inconclusivo a respeito da compra do silêncio de Cunha. 

A tese do aval para a compra de silêncio é uma interpretação da Procuradoria-­Geral da República, usada para pedir a abertura de inquérito contra Temer. O pedido foi atendido pelo ministro Edson Fachin, mas a defesa do presidente nega a versão do Ministério Público. 

A correção de erros é característica da Folha, reforçada na última versão de seu Projeto Editorial, que diz: 

"Mesmo com as cautelas recomendadas e adotadas, um jornal comete erros e imprecisões; pode, em certas circunstâncias, prejudicar indevidamente a imagem pública de pessoas e organizações.

 É preciso reforçar o sistema interno de freios e contrapesos —a obrigação de publicar contestações fundamentadas, a atividade do ombudsman (profissional dedicado a representar direitos do leitor, das fontes e dos personagens do noticiário) e a veiculação metódica de retificações de equívocos constatados."

fonte: Imprensa Viva