O jornal Folha de São Paulo foi o primeiro grande veículo de comunicação do país a
admitir que errou ao embarcar na tentativa de Golpe promovida pela Rede Globo que
divulgou uma transcrição falsa de uma conversa que o empresário Joesley Batista
gravou com o presidente Michel Temer. Acompanhe abaixo a matéria publicada no
site da Folha sobre o fato da publicação ter sido induzia ao erro através de um
vazamento feito pelo colunista Lauro Jardim, de "O Globo" e amplamente explorado
pela emissora, que colocou todos seus empregados para pedir a renúncia de Temer
com base na transcrição falsa:
"A Folha errou ao afirmar que o empresário Joesley Batista gravou conversa com o
presidente Michel Temer em que relatou a compra do silêncio do ex-deputado
Eduardo Cunha na prisão e recebeu aval à operação.
A afirmação foi publicada no final da tarde de quarta (17), primeiro creditada ao
colunista Lauro Jardim, de "O Globo", e depois confirmada pela Folha.
Naquele momento, nenhum dos dois jornais tinha tido acesso às gravações. Elas só
foram tornadas públicas no dia seguinte, 18 de maio.
Nesse dia, a Folha publicou reportagem dizendo que o áudio, na verdade, é
inconclusivo a respeito da compra do silêncio de Cunha.
A tese do aval para a compra de silêncio é uma interpretação da Procuradoria-Geral da
República, usada para pedir a abertura de inquérito contra Temer. O pedido foi
atendido pelo ministro Edson Fachin, mas a defesa do presidente nega a versão do
Ministério Público.
A correção de erros é característica da Folha, reforçada na última versão de seu
Projeto Editorial, que diz:
"Mesmo com as cautelas recomendadas e adotadas, um jornal comete erros e
imprecisões; pode, em certas circunstâncias, prejudicar indevidamente a imagem
pública de pessoas e organizações.
É preciso reforçar o sistema interno de freios e contrapesos —a obrigação de publicar
contestações fundamentadas, a atividade do ombudsman (profissional dedicado a
representar direitos do leitor, das fontes e dos personagens do noticiário) e a
veiculação metódica de retificações de equívocos constatados."
fonte: Imprensa Viva
fonte: Imprensa Viva