quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Maia adiou a votação da reforma política: “Achei melhor deixar para próxima semana”

A Câmara dos deputados iniciou nesta quarta-feira (16) a discussão sobre a proposta de reforma política, entretanto, uma hora e 20 minutos depois, a sessão foi encerrada e a votação, adiada.
Segundo Rodrigo Maia (DEM-RJ),  presidente da Casa, havia o risco de não ter quórum suficiente para aprovar as medidas e, assim, ele decidiu adiar a votação para a próxima terça (22).
“Tinha 430 [deputados], não tem como ter garantia de que vai ganhar nada. Tem que ter quórum, tem que ter 470 para votar uma matéria dessa. A decisão foi minha [de adiar]. Achei baixo [o quórum]”, disse Rodrigo Maia ao deixar o plenário.
“Achei melhor encerrar e deixar para a próxima semana. Até é bom porque a gente ganha um tempo para continuar debatendo os temas que estão se construindo”, acrescentou.
Questionado se faltou consenso, Maia respondeu. “Esse debate sobre reforma política gera muitas emoções. Estamos chegando ao ponto de que daqui vai se chegar ao ponto de dizer que o sistema atual, que é o responsável por grande parte da crise que vivemos, da falta de legitimidade que nós passamos, que ele é maravilhoso”, ironizou.
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma política precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados em dois turnos e ter o apoio mínimo de 308 dos 513 deputados para, então, seguir para o Senado, onde também será submetida a duas votações.
Para as novas regras passarem a valer já nas eleições de 2018, precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional até 7 de outubro. Por isso, o Congresso corre contra o tempo.