sexta-feira, 20 de outubro de 2017

QUARTA REVOLUÇÃO

PRIMEIRO MUNDO
Os países de primeiro mundo, felizmente, jamais se dão por satisfeitos. Estão sempre, como a história registra, buscando novos experimentos e técnicas de produção com o propósito de se tornarem cada vez mais produtivos, atraentes e desenvolvidos.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A rigor, o marco inicial do contínuo desenvolvimento mundial é a chegada da Revolução Industrial, que começou em meados do século 18, quando foi dado o primeiro e grande passo rumo ao constante crescimento econômico, social e cultural.
PACTO COLONIAL
À época, como se sabe, o Brasil sofria os efeitos do Pacto Colonial imposto pela coroa portuguesa, que impedia a abertura de indústrias no nosso país. Lamentável, pois essa decisão se transformou numa poderosa CAUSA do nosso baixo desenvolvimento, que até hoje persiste por ordem puramente cultural.

REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA
Ainda assim, o que nos anima é que muitos brasileiros estão lutando, com todas as forças, para fazer do nosso Brasil um ambiente típico dos países desenvolvidos. Isto, graças à Revolução Tecnológica, que vem sendo bem aproveitada, produzindo eficiência em vários setores que colocam o Brasil no radar de investidores internacionais.

QUARTA REVOLUÇÃO
Como já bateu à porta de todos os países a QUARTA REVOLUÇÃO, esta onda não podemos perder. Até porque não há PACTO CONTRÁRIO. A propósito, eis o que diz o jornalista e historiador inglês Adrian Wooldridge, autor do livro - A Quarta Revolução — A Corrida Global para Reinventar o Estado, em parceria com o jornalista John Micklethwait:
A sobrevivência das democracias requer uma reformulação dos governos, levando em conta as possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias — entre elas, a inteligência artificial.



BEM ESTAR SOCIAL

Países como o Brasil, afirma Adrian em entrevista que concedeu à revista Veja desta semana, nem chegaram a atingir na plenitude o estágio do Estado de bem-estar social. Perguntado sobre -Qual deve ser o papel do Estado no mundo de hoje?- a resposta foi a seguinte:


- Precisamos de um Estado poderoso para fornecer serviços públicos, para evitar que as pessoas matem as outras, para preservar a ordem pública. O problema é que o Estado tende a se autoalimentar. Quanto maior o seu tamanho, mais indisciplinado ele fica. Presta serviços cada vez piores à população, até colapsar sob o próprio peso. É preciso usar a tecnologia moderna para aperfeiçoá-lo.

Pode parecer banal dizer isso, mas, se voltarmos ao século XIX, houve um salto de produtividade graças ao uso de máquinas que substituíram trabalhos feitos a mão, com a Revolução Industrial e a Revolução Agrícola. Agora temos as bases de uma nova revolução com as máquinas inteligentes. Os computadores tendem a ser intensivos no uso de informações e de mão de obra. A produtividade na prestação de serviços pode crescer muito.
Eles estão condenados ao atraso? A América Latina pode tirar proveito de tecnologias mais modernas. Os países da região também podem se beneficiar de todos os tipos de reforma que estão acontecendo ao redor do mundo.

Antigamente, havia a noção de que as melhores ideias vinham essencialmente da Europa e dos Estados Unidos. Muitas das melhores ideias na área de saúde vêm da Índia, particularmente em termos de design e produção de equipamentos médicos. É uma inovação que se torna realidade por uma fração do custo que teria em países desenvolvidos.

Há melhores condições para criar um Estado de bem-estar social hoje em dia do que no passado. Basta refletir sobre o modelo da Grã-Bretanha no início do século XX e que se expandiu fortemente depois da II Guerra. O governo ideal deveria ser dirigido por grandes estruturas burocráticas, parecidas com fábricas. Esse tipo de estrutura não é hoje o mais eficiente em prover serviços à população. Prestar serviços em níveis locais funciona melhor. Essa tarefa hoje é facilitada por celulares e computadores.

por Gilberto Simões Pires