O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou nesta quarta-feira (21) após escândalo político que envolveu a empreiteira brasileira Odebrecht e uma posterior compra de votos para permanecer no cargo. Conhecido como PPK, ele liderou o país por um ano e sete meses.
Segundo o jornal local "La República", a decisão foi tomada após uma sessão do Conselho de Ministros do país.
A crise política enfrentada por PPK teve início com a operação Lava Jato, que impulsionou investigações em países da América Latina e da África, com acusações de que a empreiteira Odebrecht teria subornado governos locais para garantir contratos de obras públicas.
Em dezembro de 2017, o congresso peruano votou o impeachment do presidente, no entanto o processo não teve o número de votos necessário para derrubá-lo.
No entanto, nos últimos dias, veio à tona um vídeo em que Kenji Fujimori, filho do ditador Alberto Fujimori e até então integrante do congresso pelo mesmo partido que PPK, aparece ao lado de outros políticos oferecendo projetos de obras públicas a parlamentares, em troca de ajuda para derrotar o pedido de impeachment. As gravações foram feitas pelo maior partido de oposição do país, o Força Popular.
A renúncia é feita um dia antes de o Congresso votar um novo pedido de retirada do presidente do cargo.