domingo, 22 de abril de 2018

Eleição sem Lula é a morte política dos que chegaram ao poder graças à indicação do condenado


Esta semana, mais um grupo de políticos desesperados pretende visitar o ex-presidente Lula na cadeia. Estão todos em fim de mandato e sem qualquer chance de vencer uma eleição sem a influência do condenado nos palanques.

Muitos se surpreendem com o fato de políticos briguem tanto para visitar o ex-presidente Lula na prisão. Afinal, como interpretar a caravana de pré-candidatos para visitar um criminoso condenado?

O fato é que o ex-presidente Lula ainda possui um expressivo poder de transferência de votos. Expressivo até certo ponto, na verdade. Em determinadas regiões do país, o petista consegue até 30% de aprovação popular. Isto não é suficiente para eleger ocupantes de cargos executivos, mas é mais que bastante para eleger candidatos a cargos legislativos, como deputados estaduais, federais e senadores. Mas para que isso ocorra, Lula precisava estar solto. De nada adianta aos desesperados ter um cabo eleitoral na  prisão.

Com Lula preso, ninguém no campo da esquerda irá se beneficiar de todo potencial de transferência de votos do petista. O que restou de seu poder de eleger políticos está preso com ele na sala do quarto andar do prédio da Polícia Federal em Curitiba. Como Lula não poderá fazer campanha nem da prisão, boa parte dos políticos de esquerda que sempre dependeram dele para se eleger vão amargar uma derrota certa nas eleições de outubro. Não é por acaso que a maior preocupação dos políticos do campo da esquerda no momento é o 'isolamento' do ex-presidente.

Sem a presença de Lula nos palanques, Gente como Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa e outros parlamentares devem ficar de fora do Congresso no ano que vem. Nos estados a municípios, novas lideranças devem ocupar o vácuo deixado por Lula.