sexta-feira, 18 de maio de 2018

Boulos detona Lula. Após escândalo da extorsão de sem-tetos em prédios invadidos, líder do MTST apela para ver se consegue decolar sua campanha à Presidência


O pré-candidato à Presidência da República Guilherme Boulos (PSOL), resolveu apelar para outro discurso, após ter sua imagem abalada pelos escândalos envolvendo a extorsão de sem-teto em invasões de prédios em São Paulo. 

Após a tragédia do desabamento do edifício Edifício Wilton Paes de Almeida, que deixou pelo menos 8 vítimas fatais, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem teto (MTST), adotou outra estratégia política para ver se consegue decolar sua campanha à Presidência.

Sem conseguir ultrapassar o teto de 1% de intenções de votos, Boulos se deu conta de que o fato de ter colado no ex-presidente Lula nos dias que antecederam a prisão do petista não lhe rendeu nada. Em sua participação no Debate da Super Manhã da Rádio Jornal nesta quarta-feira (16), Boulos desceu a lenha em Lula, criticando o ex-presidente petista por não ter feito as reformas política, tributária e agrária durante o tempo que comandou o País. O líder do MTST afirmou que Lula governou com as “raposas que sempre estiveram na estrutura do governo” desde do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), incluindo o senador Renan Calheiros (MDB-AL), hoje aliado do ex-presidente.

Boulos afirmou ainda que "Não se democratizou o Estado e a política e se governou com os mesmos de sempre” e que as “raposas” “estavam na sombra” nos governos do PT. Apesar de ressaltar a sua relação próxima de “admiração e respeito” e a defesa da candidatura do ex-presidente Lula, Boulos afirmou, que ele e Lula tem suas “diferenças também" e  que os governos do PT de Lula e Dilma fracassaram, afirmando que “não se enfrentou os privilégios” nos 13 anos que o PT esteve no Palácio do Planalto.

“Eu concordo que (Lula) fez um governo que teve melhorias sociais, como o Bolsa Família. Mas deixou de fazer enfrentamentos que precisam ser feitos”, disse o pré-candidato do PSOL, tentando alinhar o discurso com setores da extrema esquerda, que agora tenta se descolar da imagem de Lula.