Míriam Leitão, no Globo, elenca alguns dos equívocos das propostas econômicas de Ciro Gomes.
Diz um trecho:
“Na economia, o ex-ministro da Fazenda continua confuso e com propostas mal explicadas. A ideia que ele defende de estabelecer um teto para o gasto com a dívida é a mais perigosa das que já defendeu nesta campanha.
Segundo ele, seria um mecanismo parecido com o que existe nos Estados Unidos. Lá quando bate no teto, como se viu, ou o Congresso o eleva ou o governo fecha as portas.
Mas o que espanta é ele não ter entendido ainda o que é ser emissor da moeda mais desejada do mundo, e da dívida que mais atrai investidores, e ser um país que sequer tem grau de investimento.
Ao mesmo tempo que diz que sabe que a dívida é a poupança dos brasileiros, Ciro aproveita as entrevistas para defender a ideia, fácil e errada, de que os juros da dívida pública são pagos apenas aos banqueiros.
Foi exatamente desse erro que o PT fugiu quando quis se tornar viável em 2002.
Tantos anos depois, Ciro comete o mesmo equívoco.
Limite para pagamento do serviço da dívida pode ser o primeiro passo para um calote”.