quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A lógica da rivalidade entre Bolsonaro e Alckmin deve perdurar por mais duas semanas


Apesar do receio de parte da campanha do candidato à Presidência Geraldo Alckmin em relação à estratégia de desconstrução da candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro, há indicativos de que a estratégia deverá ser mantida ao longo das próximas semanas, publica o site Imprensa Viva.

Segundo a publicação, a lógica que se depreende por parte da campanha dos dois candidatos é bem simples: os dois são os representantes do campo conservador com maiores chaces de enfrentar os representantes do campo da esquerda no segundo turno. Sob este ponto de vista, não seria produtivo para nenhum dos dois concentrar ataques apenas em adversários como Haddad, Ciro e Marina os três com maiores chances de disputar um segundo turno mais identificados com o campo da esquerda.

Alckmin e  Bolsonaro possuem objetivos comuns: enfraquecer o adversário para conseguir disputar o segundo turno num cenário em que um dos três candidatos identificados pelo campo da esquerda consiga passar pela primeira etapa do pleito nas eleições de outubro.

Não há outra saída para nenhum dos adversários. Tanto Bolsonaro quanto Alckmin apresentam altos índices de rejeição e é provável que a corrida para o Palácio do Planalto se estenda por pistas diferentes ao longo dos próximos dias. Em uma das pistas, Ciro, Haddad e Marina disputam uma vaga no segundo turno. Na outra pista, além de Bolsonaro e Alckmin, há ainda os azarões Herique Meirelles, pelo MDB, e João Amoêdo, do Partido Novo. Apesar de figurarem com pequenos índices de preferência entre o eleitorado, Meirelles e Amoêdo tiram votos preciosos de Bolsonaro e Alckmin que podem ser decisivos na disputa pelo segundo turno.

Ao que tudo indica, só haverá alguma trégua durante o período mais próximo das eleições, quando os candidatos terão que apostar em propostas como diferencial competitivo. Enquanto não saírem pesquisas confiáveis indicando que a estratégia está sendo eficaz para qualquer um dos lados,  a disputa entre Bolsonaro e Alckmin deve continuar.