sábado, 29 de setembro de 2018

Um apelo à razão contra o fanatismo do impossível

Algumas pessoas falam que é fanatismo defender Bolsonaro no propósito de derrotar o socialismo petista nestas eleições. Muitas dessas pessoas são aquelas tomadas pela incrível “vontade de acreditar”, pessoas que consideram ser possível vencer uma eleição com as máximas “os últimos serão os primeiros”, “não desisto nunca”, “tem muito chão até o dia 7”, “rumo à vitória”, “vamos virar o jogo a uma semana das eleições” etc.
Pouco mais de uma semana para as eleições e: não, os últimos continuarão sendo os últimos e somente os primeiros vão protagonizar a decisão, os dois primeiros, no caso. É assim que funcionam as eleições, não é mesmo? Isso, senhoras e senhores, não é fanatismo, é realismo sereno, é a sanidade ainda presente. É pé no chão.
Entendo o deslumbramento com novos players em momento de total ressaca política, eu mesmo já me empolguei com isso antes de ser trazido para solo firme. A maturidade política, porém, não nos permite apostar em paixões em momentos de combate tão sérios como este, em que devemos escolher também, não de modo menos importante, o que não queremos de jeito nenhum. Quem quer lutar tanto pela mudança e morrer em combate?
Calma, turma. Calma. Antes de morrer, todo mundo vai poder votar em quem quiser, se assim desejar. Agora, aqui do fogo cruzado, precisamos garantir nossa sobrevivência e a sobrevivência das ideias que vocês (nós) defendem(os).
Sem fanatismos, vamos à razão! Fora, PT!

texto de Guilherme L. Campos