domingo, 25 de novembro de 2018

Desintoxicação ideológica do serviço exterior brasileiro

A nomeação do diplomata Ernesto Araújo como Ministro das Relações Exteriores do Brasil harmoniza melodicamente com o programa governamental de Jair Bolsonaro, logo que, impreterivelmente, sua condição antagonista ao sistema ideológico implementado na chancelaria brasileira pelo Partido dos Trabalhadores nos últimos 13 anos, sistema esse que presenteou, patrocinou e apadrinhou ditaduras mundo afora, desperdiçando recursos nacionais no ‘investimento’ em empreendimentos romanescos, deve ser tomado como um pilar fundamental para concretizar o reposicionamento do Brasil como nação livre de influências comunistas na gestão do relacionamento com a comunidade internacional.
Mais do que isso, a formação intelectual de Ernesto Araújo em simetria com sua carreira diplomática liderando o Itamaraty anuncia ao mundo que o Brasil não mais fará coro ao movimento revolucionário, ao derretimento dos valores ocidentais cristãos, e que tal como os Estados Unidos da América não reclinará em adoração ao globalismo ideológico.
A experiência de Ernesto Araújo adquirida na posição de assessor na divisão do Mercosul, e mais tarde como secretário da missão brasileira junto à União Europeia, onde liderou o setor econômico da embaixada brasileira na Alemanha, e principalmente como chefe de divisão das áreas de serviços, investimentos, assuntos financeiros e negociações do Mercosul, além de várias outras posições por ele ocupadas no MRE, indica que o diplomata possui o rudimento político necessário para liderar o processo de redirecionamento de prioridades nas relações exteriores, anteriormente canalizadas para a liga mundial dos fracassados formada por ditaduras africanas, caribenhas e tutti quanti países assolados por governos comunistas-socialistas, agora para as grandes potências ocidentais que formam o bloco de resistência ao avanço das políticas de implementação do governo global e em defesa da cultura ocidental.
Devemos lembrar também que o Itamaraty foi amotinado pela trupe de Lula e seus blue-caps em ordem de ser utilizado como máquina de propagação dos sustentáculos de safadezas do petismo all over the world. Utilizando a aliança de poder entre o Estado e a metacapitalista elite empresarial brasileira, o MRE revelou ao mundo o que mais tarde ficaria conhecido como o principal produto de exportação brasileiro: a corrupção tupiniquim. Portanto, devemos sobretudo compreender que a missão de Ernesto Araújo deve ser personificar frente à comunidade internacional a base de valores que o movimento liberal-conservador busca resgatar no Brasil, e assim, limpar a imagem de completa devassidão deixada pelo PT.
Como não poderia ser diferente, o pútrido mainstream da mídia brasileira, desposado com a causa revolucionária, tenta pateticamente desmerecer a escolha de Bolsonaro por Ernesto Araújo taxando seu trabalho intelectual particular de lunático, aluado ou excêntrico, por defender justamente o posicionamento de Donald Trump e dos norte-americanos contra o globalismo e contra o plano de desmanche da cultura e dos valores ocidentais, como se não fossem essas justamente as bandeiras da própria esquerda, mas um devaneio oriundo de teorias da conspiração. É a velha e boa tática da dialética comunista: para eles, dar as mãos e cantar Kumbaya com Fidel, Chávez, Kadafi e Mugabe está de acordo com a mais genuína normalidade. Estapafúrdio é recusar-se a financiar os estrambólicos governos destes ditadores e investir nas relações com os líderes dos países que historicamente defendem o direito de liberdade, soberania e prosperidade das nações.
O desconsolo da corrente dominante da mídia e do estamento burocrático é para eles uma dolorosa reação deste doente corpo causado pelo processo de desintoxicação ideológica do serviço exterior e de todo o Estado brasileiro.

texto de Alain Ibrahim
(em Conexão Política)